No 8 de março, Gleisi Hoffmann rebate fala machista de Bolsonaro: “Logo lhe faltará liberdade”

A nova ministra da Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu neste sábado (8), nas redes sociais, ao comemorar o Dia Internacional da Mulher, falas machistas desta semana do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro foi gravado afirmando considerar mulheres que apoiam o Partido dos Trabalhadores (PT) como “feias” e “incomíveis”. Depois das falas misóginas, ele e os demais presentes aparecem rindo.

“Aquelas que o inelegível chamou de ‘feias’ e outras palavras impublicáveis, expondo o machismo e a misoginia da extrema-direita que ele representa. Lhe falta espelho! E logo lhe faltará liberdade”, disse Hoffmann. Também neste sábado, o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encaminhou à Procuradoria-Geral da República as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros acusados em investigação sobre tentativa de golpe de Estado e outros crimes, incluindo organização criminosa.

Na publicação das redes sociais, a nova ministra também falou sobre a presença das mulheres no PT. “Fico muito orgulhosa de ter presidido um partido em que as mulheres exercem 50% de todos os cargos de direção. O primeiro partido no Brasil em que a paridade de gênero foi efetivada”, apontou.Gleisi deixará a presidência do partido após assumir o ministério. Sua posse está marcada para 10 de março. Ela assumirá o cargo de Alexandre Padilha, que vai para o Ministério da Saúde.

Estadão

Moraes encaminha à PGR defesas de Bolsonaro em investigação sobre tentativa de golpe

O ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encaminhou neste sábado (08), à Procuradoria-Geral da República as defesas do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e de outros acusados em investigação sobre tentativa de golpe de Estado. Ao todo, foram cinco denúncias contra 34 pessoas. Entre outros crimes apontados estão a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Os advogados dos acusados negam a participação dos investigados no planejamento e atos preparatórios de um eventual golpe. O Supremo pede que a PGR avalie os argumentos das defesas e emita seu parecer em cinco dias úteis, com base na Lei 8.038/90. O prazo começa a contar na segunda-feira, 10, e termina na sexta-feira, 14.

Terminou na última quinta-feira o prazo para Bolsonaro e os demais denunciados enviarem suas defesas prévias ao Supremo Tribunal Federal (STF). As defesas montaram forças-tarefa para analisar os autos e preparar sua argumentação.

Em entrevista ao Estadão, logo após a denúncia do procurador-geral, Paulo Gonet, chegar ao STF, os advogados de defesa afirmaram que a tese da acusação “não faz qualquer sentido”. Um dos argumentos da defesa do ex-presidente é o de que, se ele quisesse dar um golpe, Bolsonaro poderia ter trocado os comandantes das Forças Armadas para obter apoio dos militares.

O ministro Moraes compartilhou com todos os 34 denunciados provas de investigações sigilosas que têm relação com as denúncias. São investigações que envolvem o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o uso da Polícia Rodoviária Federal para influenciar as eleições de 2022 e os atos do 8 de Janeiro.

Estadão

Bolsonaro ironiza acusação de golpe: ‘Tramei com o Pateta e com o Mickey Mouse, só pode ser aí’

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a legalidade das investigações que embasaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele por tentativa de golpe de Estado. Pouco antes de apresentar sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 6, o ex-presidente ironizou as acusações. “Eu tramei com o Pateta, com o Pato Donald, com o Mickey Mouse, só pode ser isso aí”, disse a jornalistas. O ex-presidente se refere a ter estado nos Estados Unidos quando ocorreram os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, já deu declarações semelhantes, e até mesmo publicou uma imagem do pai no parque temático da Flórida, gerada por inteligência artificial. Durante participação na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), no mês passado, o parlamentar falou em “um golpe de Estado da Disneylândia, sem armas, sem um plano, e enquanto ele estava em Orlando, provavelmente debatendo estratégias com o Pateta e recebendo conselhos de segurança nacional com o Mickey Mouse”.

Na entrevista a jornalistas no Aeroporto de Brasília, Jair Bolsonaro disse que não teria “força nenhuma” para executar um golpe e afirmou que havia nomeado em dezembro de 2022, ainda durante seu governo, dois comandantes das Forças Armadas para o presidente recém-eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-presidente também negou que o 8 de Janeiro tivesse relação com a trama golpista. “Estou sendo acusado de destruição de patrimônio, só se for por telepatia. E digo, esse pessoal que estava aqui foi atrás de uma armadilha, e mesmo que não fosse, isso não é golpe. Não existe golpe de Estado em cima de prédio, de pessoas”, disse.

A defesa do ex-presidente pediu que o caso fosse levado ao plenário do STF em vez de julgado pela Primeira Turma da Corte. O colegiado é composto pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Segundo Bolsonaro, também foi solicitada a íntegra da delação premiada de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. Ele afirmou que o Supremo teria divulgado o conteúdo da delação de forma “seletiva”.

Estadão

 

Termina nesta quinta-feira (6) prazo para Bolsonaro e aliados se defenderem da denúncia do golpe

Termina nesta quinta-feira (6) o prazo para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito do golpe enviarem suas defesas prévias ao Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa prévia é o conjunto de argumentos apresentado pelos acusados antes da instauração formal do processo. Serve justamente para tentar convencer os ministros a rejeitar a denúncia e, com isso, encerrar o caso sem a deflagração de uma ação penal.

O prazo de 15 dias começou a contar a partir da notificação dos advogados, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 19 de fevereiro. A Primeira Turma do STF vai analisar as manifestações das defesas para decidir se há elementos suficientes para receber a denúncia da PGR. Pelas regras internas do Supremo, as duas turmas da Corte são responsáveis pelos julgamentos de casos criminais.

As defesas montaram forças-tarefa para analisar os autos e preparar sua argumentação. O Estadão apurou que os criminalistas Paulo Amador da Cunha Bueno e Celso Vilardi, que representam o ex-presidente Jair Bolsonaro, vão apresentar questões preliminares de ordem processual e entregar o rol de testemunhas para serem ouvidas se a denúncia for recebida.

Em entrevista ao Estadão, logo após a denúncia do procurador-geral Paulo Gonet chegar ao STF, os advogados afirmaram que a tese da acusação “não faz qualquer sentido”. Segundo a denúncia, o plano golpista fracassou porque a cúpula do Exército não aderiu. Um dos argumentos da defesa do ex-presidente é o de que, se quisesse dar um golpe, Bolsonaro poderia ter trocado os comandantes das Forças Armadas para obter apoio dos militares.

Prazo
As defesas pediram a suspensão da contagem do prazo alegando que não tiveram acesso a todas as provas da investigação. Os advogados exigem, por exemplo, o espelhamento de todas as mensagens extraídas dos celulares apreendidos no inquérito. Os criminalistas Paulo Amador da Cunha Bueno e Celso Vilardi também defenderam que o prazo deveria ser prorrogado para que as defesas tivessem direito a, no mínimo, o mesmo tempo usado pela PGR para formular a denúncia (83 dias).

Todos os pedidos foram rejeitados por Alexandre de Moraes. O ministro alegou que “o amplo e integral acesso aos elementos de prova já documentados nos autos está plenamente garantido à defesa dos denunciados”. Também apontou que os advogados “sempre tiveram total acesso aos autos, inclusive retirando cópias e com ciência dos despachos proferidos”.  Alexandre de Moraes levantou o sigilo dos autos depois de receber a denúncia. São 18 volumes de documentos que somam mais de 3 mil páginas.

A delação do tenente-coronel Mauro Cid também foi tornada pública. O STF deu publicidade aos anexos do termo de colaboração premiada, tanto em vídeo como por escrito.  Moraes ainda compartilhou com todos os 34 denunciados provas de investigações sigilosas que têm relação com a denúncia. São investigações que envolvem o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o uso da Polícia Rodoviária Federal para influenciar as eleições de 2022 e os atos do 8 de Janeiro.

Crimes atribuídos a Bolsonaro e seus aliados: tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito (pena de 4 a 8 anos); golpe de estado (pena de 4 a 12 anos); organização criminosa armada (pena de 3 a 8 anos que pode ser aumentada para 17 anos com agravantes citados na denúncia); dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima (pena de 6 meses a 3 anos); deterioração de patrimônio tombado (pena de 1 a 3 anos).

Estadão

Moraes nega novo pedido da defesa de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na quinta-feira (27), o novo requerimento em que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirma não ter tido acesso a todas as provas produzidas na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, entre elas as mídias com as conversas entre o general da reserva Mário Fernandes e o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, que fez acordo de colaboração premiada.

Moraes reafirmou que a defesa de Bolsonaro teve acesso amplo e integral a todas as provas documentadas nos autos do processo em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusa de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.

De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, todos os elementos de provas mencionadas pela defesa constam nos autos da Petição 12100 (em que foi apresentada a denúncia) e em procedimentos correlatos, e foram disponibilizadas aos advogados. O ministro frisou que se trata das mesmas provas analisadas pela PGR. Ainda segundo o magistrado, a Secretaria Judiciária do STF disponibilizou todas as mídias relacionadas à investigação, inclusive constando nos autos a certificação do recebimento por uma das advogadas do ex-presidente, além de relatórios e laudos periciais.

Negação de outro pedido

Na semana passada, Moraes negou pedido dos advogados de Bolsonaro para aumentar o prazo de 15 dias dado para a defesa prévia dos acusados e eventuais contestações à denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, o prazo final segue sendo o dia 6 de março. O prazo é fixado pela Lei 8.038/1990, que rege o trâmite de processos penais no STF. Os advogados do ex-presidente solicitam um prazo de 83 dias para responderem a denúncia, mesmo tempo que a PGR teve para analisar o relatório da Polícia Federal sobre o caso.

Correio Braziliense

CNT: inelegível, Bolsonaro bateria Lula e Haddad no 2º turno em 2026

Nesse cenário, Bolsonaro teria 43,4% dos votos, enquanto Lula teria 41,6%. Contra Haddad (39,4%), o ex-presidente teria 43,1% dos votos

Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que a disputa à Presidência da República será acirrada em 2026. No cenário de intenção de voto estimulado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria leve vantagem na disputa do segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 43,4% x 41,6% – e também contra o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) – 43,1% x 39,4%.

Os dados fazem parte da 163ª rodada da Pesquisa CNT de Opinião, divulgada nesta terça-feira (25/2). Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Embora Bolsonaro apareça numericamente à frente, ambos os cenários indicam empate técnico, quando os candidatos têm o mesmo percentual de intenções de voto ou apresentam diferença menor do que a margem de erro.

Outros cenários para 2026

Também foram observados empates técnicos em todas as combinações envolvendo Lula, Fernando Haddad, Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, segundo dados da Pesquisa CNT de Opinião

Cenário 2 – 2º turno
• Lula teria 41,2% dos votos.
• Tarcísio de Freitas teria 40,7% dos votos.

Cenário 3 – 2º turno
• r Bolsonaro teria 43,1% dos votos.
• Fernando Haddad teria 39,4% dos votos.

Cenário 4 – 2º turno
• Tarcísio de Freitas teria 38,3% dos votos.
• Fernando Haddad teria 37,3% dos votos.

PGR denuncia Bolsonaro e outros 33 ao STF por tentativa de golpe

 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou Bolsonaro, que foi indiciado pela PF. STF vai analisar se torna o ex-presidente réu

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18/2), o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorre após uma força-tarefa da PGR analisar inquérito da Polícia Federal com mais de 884 páginas sobre as investigações que levaram ao indiciamento de 40 pessoas no total.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerou que o ex-presidente da República seria o líder de uma organização criminosa que atuou para planejar um golpe de Estado, que o manteria no poder mesmo após derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022.

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Troca de ministro e anulação de caso: Bolsonaro sofre derrotas no STF ao tentar barrar investigações

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ( PL) tem acumulado derrotas no Supremo Tribunal Federal ( STF) em suas tentativas de rever as investigações em andamento contra ele, mesmo antes da apresentação de uma eventual denúncia pela Procuradoria-Geral da República ( PGR), que deve ocorrer em fevereiro.

Já houve tentativas de retirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria da principal apuração — sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado — e também de anular essa e outras duas investigações, sobre as suspeitas de fraude em cartões de vacina e de desvio de joias do acervo da Presidência. Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesses três casos, mas nega ter cometido crimes.

Essa estratégia envolve diversos instrumentos jurídicos. Enfrentando dificuldades com Moraes e na Primeira Turma do STF, os advogados do ex-presidente têm apostado em outros tipos de ação, que têm distribuição livre entre todos os ministros e que, em caso de recurso, são analisadas pelo plenário.

Com isso, já foram protocoladas três arguições de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), apresentadas em nome do PP, e um mandado de segurança. Além disso, foram peticionadas duas arguições de impedimento (Aimp) pedindo a retirada de Moraes. Desses cinco pedidos, três já foram negados, e os outros dois têm baixa chance de serem aceitos. A equipe de defesa de Bolsonaro foi procurada para comentar o cenário, mas não respondeu.

A negativa mais recente veio no domingo passado, quando a ministra Cármen Lúcia rejeitou um mandado de segurança que pedia a anulação da investigação sobre a fraude em cartão de vacina. Foi essa apuração que levou à prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou acordo de delação premiada, e também à apreensão do celular do ex-presidente.

Uma possível invalidação dessa investigação poderia causar um “efeito cascata”, já que esse caso deu origem às outras duas apurações envolvendo Bolsonaro, a partir de mensagens e documentos encontrados no celular de Cid e de outros investigados.

Uma outra tentativa de anular essa investigação já havia ocorrido em uma das ADPFs apresentadas no ano passado. Essas ações foram protocoladas formalmente pelo PP, mas foram assinadas pela equipe de defesa de Bolsonaro, e ele seria o principal beneficiário de uma decisão favorável. Uma ADPF só pode ser apresentada por uma lista de autoridades e entidades, incluindo partidos. Por isso, os advogados não poderiam ter tomado a iniciativa diretamente.

As três ações foram apresentadas no ano passado, em um intervalo de dois meses, questionando atos de Moraes nas três principais investigações contra Bolsonaro.

O processo sobre a investigação das joias foi negado por Cármen Lúcia e já arquivado. O pedido envolvendo a apuração do cartão de vacina foi rejeitado por Dias Toffoli, mas há um recurso pendente, que será analisado no plenário virtual. A terceira ação, sobre a suposta trama golpista, ainda não foi analisada por Luiz Fux.

Ofensiva contra Moraes
A primeira tentativa de retirar Moraes da investigação sobre a suposta tentativa de golpe ocorreu em fevereiro do ano passado, logo após a primeira operação da PF sobre o caso. O pedido foi negado, dias depois, pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a quem cabe analisar esse tipo de solicitação.

Os advogados de Bolsonaro recorreram, contudo, e o caso foi analisado pelo plenário em dezembro. Apenas o ministro André Mendonça, indicado pelo ex-presidente, votou para rever a decisão de Barroso e retirar Moraes o caso.

Um novo pedido de impedimento foi apresentado no início de dezembro, após uma nova operação da PF e o indiciamento de Bolsonaro e outras 39 pessoas. Essa ação ainda não foi analisada. Além dos pedidos mais amplos, já houve outras solicitações rejeitadas dentro das próprias investigações, em alguns casos apenas por Moraes e em outros por toda a Primeira Turma. Essas rejeições incluem pedidos para ter acesso à delação de Mauro Cid, tentativas de reaver o passaporte de Bolsonaro e autorização para retomar o contato com outros investigados.

Agência O Globo

Hugo Motta questiona período de inelegibilidade e Lei da Ficha Limpa, podendo favorecer Bolsonaro

O novo presidente da Câmara dos Deputados afirmou que pretende ser um presidente “muito moderado” e que não tomará decisões “repentinas”

presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que não pode ignorar o pleito do PL de levar adiante o projeto de lei para anistia aos acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Em entrevista à CNN, ele também revelou achar “tempo extenso” o período de inlegibilidade de oito anos, em referência direta à Lei da Ficha Limpa, que é alvo da oposição para colocar Bolsonaro de volta ao jogo político.

“Oito anos são quatro eleições, é um tempo extenso na minha avaliação”, disse Hugo Motta sobre a Lei da Ficha Limpa.

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Defesa de Bolsonaro diz que mostrará convite para posse de Trump após exigência do STF

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, disse que cumprirá a exigência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e apresentará o convite oficial para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro pediu ao Supremo a liberação do passaporte para viajar aos Estados Unidos. O documento foi apreendido em fevereiro do ano passado após Bolsonaro ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) que investiga suposta tentativa de golpe de Estado.

“Posso garantir que o presidente Jair Bolsonaro foi convidado para a cerimônia mais seleta, com os mais próximos do presidente Donald Trump”, disse Wajngarten na rede social X (antigo Twitter). “O convite é extensivo à um acompanhante que naturalmente será a Primeira Dama. A defesa do presidente Bolsonaro fornecerá e cumprirá as exigências do Ministro Alexandre, juntando aos autos toda a competente documentação”.

No último sábado, 11, Moraes mandou o ex-chefe do Executivo mostrar o “convite oficial” que recebeu para a posse de Donald Trump. Moraes apontou que Bolsonaro apresentou, como convite que recebeu de Trump, um e-mail enviado para o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por um endereço não identificado. De acordo com Wajngarten, “toda a construção das relações exteriores é mérito absoluto” do filho do ex-presidente.

EStadão Conteúdo

Com maioria formada, STF decide hoje sobre impedimento de Moraes em ação de Bolsonaro; só Kassio e Mendonça não votaram

O Supremo Tribunal Federal (STF) conclui nesta sexta-feira o julgamento de uma ação que questiona a condução do ministro Alexandre de Moraes na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas.

Até o momento, oito ministros já votaram contra o pedido, que foi apresentado pelo próprio Bolsonaro. Apenas os ministros Nunes Marques e André Mendonça, que foram indicados à Corte pelo ex-presidente, ainda não se manifestaram.

Para Barroso, a alegação de que Moraes seria vítima dos fatos investigados não leva a um “automático impedimento”, porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de Estado, pelos quais os investigados foram indiciados, “têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada”.

Por isso, de acordo com o ministro, se a alegação de impedimento fosse aceita, “todos os órgãos do Poder Judiciário estariam impedidos de apurar esse tipo de criminalidade contra o Estado democrático de Direito e contra as instituições públicas”.

A solicitação original foi protocolada em fevereiro, após a primeira operação da Polícia Federal (PF) sobre o tema. Entretanto, Barroso rejeitou a ação. A defesa de Bolsonaro recorreu, e agora esse recurso será analisado pelos demais ministros.

A análise do recurso ocorre duas semanas após a PF concluir a investigação do caso e indiciar Bolsonaro, ex-ministros, militares e aliados por golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa. Eles negam as acusações.

Bolsonaro admite ter discutido estado de sítio com chefes da FA

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter discutido com comandantes das Forças Armadas hipóteses de intervenções federais “dentro das quatro linhas” da constituição.“Se você ler o inquérito, em nenhum momento [Freire Gomes, comandante do Exército] fala em golpe. Quem fala em golpe é a Polícia Federal. O que o comandante do Exército disse é o seguinte, foram conversar hipóteses sobre sítio, defesa e GLO”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Gaúcha, na sexta-feira (6).

“Nas quatro linha está o estado de sítio, está [o estado de] defesa, está a GLO, está a intervenção federal”, disse na entrevista. “Foi conversado sobre possibilidades dentro das quatro linhas”, complementou.

Na entrevista, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes e repetiu críticas à presidência dele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente também negou ciência sobre qualquer plano para matar autoridades.

As investigações apontam que Bolsonaro apresentou, pessoalmente, uma minuta de decreto golpista aos comandantes do Exército e da Aeronáutica, além do Ministro da Defesa, em 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada. Em um relatório da Polícia Federal, Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A Tarde

STF julga pedido de Bolsonaro para tirar caso de golpe de Moraes, que tem apoio de colegas

Defesa do ex-presidente diz que ministro não tem imparcialidade para relatar casos por ser apontado como vítima de atos golpistas

O STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta sexta-feira (6) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria dos casos que tratam da tentativa de golpe de Estado de 2022 e dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Em fevereiro, o presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, já havia negado o pedido, que agora vai ao plenário virtual. A sessão fica aberta até a próxima sexta (13) —nesse ambiente, não há interação entre os ministros, que depositam seus votos em sistema eletrônico.

Além da solicitação de Bolsonaro, outros 191 pedidos de réus dos casos relacionados foram negados pelo presidente do STF. Todos seguiram a mesma linha de argumentação, segundo a qual a imparcialidade do julgador está comprometida por ele ser também apontado como alvo da trama golpista.

A expectativa em relação à análise da solicitação pelo colegiado é que ela seja novamente recusada.

Não há no tribunal espaço para discussão de suspeição ou impedimento do ministro em processos em que, além de juiz, ele é também parte. Moraes tem apoio de seus pares para definir o andamento dos rumorosos processos sob relatoria dele.

Apesar de ele ter sido, segundo as investigações, um dos principais alvos, o assunto é delicado para todos os ministros. A permanência do relator, porém, é vista como uma defesa da própria corte.

Paraná Pesquisas: Bolsonaro surge numericamente à frente de Lula

Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece numericamente à frente do presidente Lula no levantamento do Paraná Pesquisas.

No cenário estimulado, Bolsonaro aparece com 37,6% das intenções de voto, enquanto o atual presidente da República tem 33,6%.

Apesar da vantagem numérica do ex-presidente, Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados na margem de erro, de 2,2 pontos.

Sem passaporte, Bolsonaro diz que irá à posse de Donald Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente com o passaporte retido e proibido de deixar o Brasil, afirmou que pretende comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para janeiro do próximo ano.

A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo de seu governo, nesse sábado (23). Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) na última semana no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. Mesmo assim, ironizou a situação durante a live, ao responder uma “brincadeira” sobre sua barba estar crescendo.

“Estão dizendo que vão abrir um inquérito contra o senhor agora porque a sua barba está grande”, provocou o ex-ministro, lendo comentários de internautas. “É possível… É possível… Eu estou querendo me disfarçar para andar pelo Brasil aí. Mas na posse do Trump eu tiro a barba, pode deixar”, ironizou Bolsonaro.

Diário de Pernambuco

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