Criança leva cocaína para escola pensando que é doce, e PM é acionada

Pelo menos 20 crianças foram encaminhadas para uma unidade de saúde em Itamonte, no Sul de Minas Gerais, com suspeita de ingestão de cocaína nesta sexta-feira (21). Os menores de 4 e 5 anos tiveram acesso à substância quando uma colega de 4 anos levou 16 papelotes, achando que era doce.

A Polícia Militar de Minas Gerais informou que uma professora chamou a corporação após ouvir duas alunas dizendo que o “papelzinho” que uma colega tinha dado estava ruim. Quando a professora pediu para a criança mostrar o que a amiga lhe deu, a menina mostrou um objeto parecido com um papelote de droga.

A professora perguntou à menina e ela disse que os pacotes estavam na casa do pai e que ele havia dado para ela. A criança e o “papelzinho” foram levados para a diretoria. Depois, a professora encontrou mais seis pacotes na mochila e nove debaixo da cadeira. Segundo a polícia, sete pacotes estavam cheios e lacrados, e nove estavam parcialmente usados.

O pai da criança foi até a escola antes da polícia ser chamada. No local, ele tirou o produto da mão de uma coordenadora e fugiu. Pouco depois, o tio da criança chegou, desacatou duas conselheiras tutelares e levou a sobrinha embora. Ele foi encaminhado para a delegacia onde assinou Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

A polícia realizou buscas para localizar e prender o pai da criança, mas até a publicação desta matéria, ele ainda não havia sido encontrado. Amostras foram coletadas das crianças que tiveram contato com a menina que trouxe a substância, para verificar se houve inalação ou ingestão do produto. As crianças estão sendo acompanhadas pelos responsáveis.

Diario de Pernambuco

 

Médico de 81 anos suspeito de estuprar pacientes crianças é detido em Pernambuco

O médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, procurado pela  Polícia Civil da Paraíba por responder por estupro de crianças que eram suas pacientes, foi preso em Pernambuco na manhã desta sexta-feira (7). Ele era procurado pela  Justiça desde 5 de novembro de 2024, quando a Polícia tentou cumprir um mandado de prisão preventiva, mas não o encontrou em casa.

O médico estava foragido desde então e, na quarta-feira (5), o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) emitiu um novo pedido de prisão preventiva contra Fernando Cunha. A primeira denúncia formal contra o médico aconteceu em 25 de julho de 2024 e partiu de uma mãe que estava no consultório e teria percebido que o médico havia tocado nas partes íntimas da filha. Após isso, ela retirou os dois filhos do local e foi até uma delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência.

Depois desta denúncia, outras vítimas recorreram às autoridades para acusar o médico das mesmas práticas. Um dos casos envolve uma sobrinha do profissional, que alega que foi violentada em 1991. As investigações da polícia apontaram que Fernando Cunha Lima atendia a maioria das vítimas desde bebês e era considerado um profissional de confiança pelas famílias. Ele atendia os pacientes em uma clínica particular no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa.

O médico foi denunciado, inicialmente, pelo Ministério Público por quatro crimes cometidos contra três crianças, mas novas denúncias elevaram o número de vítimas para seis. Hoje, ele responde a dois processos, sendo um com quatro vítimas e outro com duas vítimas. Desde o início das investigações, a polícia e o Ministério Público da Paraíba pediram a prisão do médico, mas tiveram todas as solicitações negadas. Somente em novembro do ano passado, os desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiram acolher o recurso do MP de forma unânime e determinaram a prisão do profissional.

A defesa do médico pretende dar entrada em um habeas corpus. Além disso, os advogados pretendem transferir a prisão de Fernando Cunha para a Paraíba.

Diario de Pernambuco

Avô é suspeito de estuprar duas netas na zona rural de Araripina

A Polícia Civil está investigando um possível caso de estupros de vulnerável na Serra de Simões 2, na zona rural de Araripina, no Sertão de Pernambuco. Segundo o Boletim de Ocorrência do 9ª CIPM, que registrou o caso na terça-feira (4), a suspeita é que o avô abusa de duas netas.

O registro da PM mostra que, segundo a tia das vítimas, o avô abusa sexualmente das netas por anos, tocando as partes íntimas e tendo conjunção carnal. As meninas teriam sido ameaçadas pelo suspeito, para não revelar nada a ninguém.

Na noite da segunda-feira (3), o pai das meninas flagrou o suspeito entrando no quarto das crianças, mas o homem teria se assustado ao perceber que havia alguém acordado e se escondeu. Ao amanhecer, o pai ligou para o suspeito, que já havia saído da casa, e disse que viu o que ele estava fazendo na noite e que denunciaria o caso.

Após a denúncia, a polícia foi até a casa do suspeito, que não estava no local. As vítimas acompanhados dos respectivos responsáveis foram encaminhadas a delegacia municipal de Araripina.

G1 Petrolina

Prefeitura de Petrolina abre processo de solicitação de vaga para novos estudantes em creches

A prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, inicia nesta segunda-feira (9) o período de solicitação de vagas para novos estudantes na etapa creche, abrangendo crianças do berçário ao maternal. O cadastro é destinado a crianças com idade entre seis meses e três anos completos. As inscrições, realizadas exclusivamente online, estarão abertas até o dia 13 de dezembro por meio do site educacao.petrolina.pe.gov.br. Após esse período, as solicitações serão analisadas até o dia 23 de dezembro.

O processo consiste no preenchimento de um formulário eletrônico, onde os responsáveis devem informar dados pessoais da criança, existência de irmãos já matriculados na rede e outros dados relevantes. O sistema prioriza critérios como a proximidade entre a residência e a unidade escolar, além de buscar manter irmãos na mesma instituição de ensino.

Os responsáveis pelas crianças aprovadas deverão efetivar a matrícula de forma presencial nas unidades do Programa Nova Semente e nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI’s) entre 23 de dezembro e 6 de janeiro de 2025. Para esclarecimentos sobre o processo, a Secretaria de Educação disponibiliza atendimento pelo telefone através do número: (87) 3983-6440.

A iniciativa reforça o compromisso da gestão municipal em ampliar o acesso à educação infantil, contribuindo para o desenvolvimento das crianças de Petrolina e promovendo maior inclusão educacional desde os primeiros anos de vida.

Elaine Barbosa/ Ascom Secretaria de Educação

Petrolina dá início a 9ª edição da Semana do Bebê

A Prefeitura de Petrolina inicia, nesta segunda-feira (25), a 9ª edição da Semana do Bebê. O evento terá sua abertura na EMEIT do bairro Nova Petrolina e as ações se estendem até quinta-feira (28), com diversas atividades voltadas para crianças de 0 a 6 anos, gestantes e suas famílias. A programação é realizada em parceria com as Secretarias de Saúde (SESAU), Educação, Cultura e Esportes (SEDUCE) e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDESDH).

A Semana do Bebê é uma ação promovida pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que visa chamar a atenção para os direitos das crianças de 0 a 6 anos e garantir o acesso a serviços essenciais para o seu desenvolvimento. Durante essa semana, diversas atividades serão realizadas com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre a importância da primeira infância.

O evento é focado em promover ações que envolvem saúde, educação, cultura, e assistência social, sempre com a intenção de assegurar um desenvolvimento integral e sem discriminação para as crianças dessa faixa etária.

Dentro da programação de abertura estão: apresentações culturais, atendimentos médicos, vacinação, escovação e aplicação de flúor, orientação nutricional e atualização do Cadastro Único. Em Petrolina, o evento ocorre anualmente, com uma programação que envolve oficinas, palestras, atividades culturais e ações de conscientização para gestantes, famílias e profissionais que atuam na primeira infância.

Débora Sousa/Asom Secretaria de Saúde

Outubro, mês voltado para as crianças, a Ocupação de Segundas

Em outubro, mês dedicado à infância, a Ocupação de Segundas Cine Raiz apresentará, no dia 14, uma programação voltada ao público infanto-juvenil, com a exibição de dois curtas-metragens e contação de histórias. O evento acontece no espaço cultural Janela 353. O filme Chico e Flor – A Lenda do Rio Opará, do realizador Antonio Veronaldo, conta a história de Chico, um barqueiro solitário que, junto com a jovem Flor, imagina aventuras pelo Rio São Francisco. Juntos, descobrem a lenda do rio e Chico decide encarar sua missão de enfrentar os mistérios do
Opará.

Já Teto Cheio de Furos, dirigido por Raphaela de Paula e Thom Galiano, é uma homenagem às contadoras de histórias, reunindo teatro, circo e cinema. Raphaela atua ao lado de sua filha Maria Flor e outras atrizes;
Zuleika Bezerra, Bruna Moraes e Cecília Torres, numa adaptação do conto de Cátia Cardoso.
A contação de histórias As 3 Guardiãs das Lendas, com Zuleika Bezerra como Fulana de Tal, narra a história de Mariazinha ou Maria Franca Pires e suas aventuras com seres encantados do Rio São Francisco.

A sessão também contará com a exposição fotográfica “Travessia”, de Lizandra Martins, em sua penúltima exibição, e com delícias preparadas pelo Café de Bule. A mediação cultural será conduzida por Monique Paulino, facilitando o diálogo entre os realizadores e o público.

Ascom

Cerca de 632 mil crianças estão na fila de espera para creche no país, aponta MEC

Um levantamento feito pelo Ministério da Educação mostrou que no Brasil há cerca de 632 mil registros de crianças em fila de espera para creche. Segundo a pesquisa, 2.445 cidades (44%) afirmaram enfrentar esse problema. Desse total, 88% dos municípios alegam que o motivo da demora é a falta de vagas.

Em relação à pré-escola, há 78 mil registros de crianças que não frequentam essa etapa de ensino; 50% desse total também não estão matriculadas por falta de vagas. O estudo, divulgado nesta terça-feira, foi realizado pelo Gabinete de Articulação pela Efetividade da Política da Educação no Brasil (Gaepe-Brasil) e teve instituições públicas — entre elas o MEC — e organizações da sociedade civil como apoiadores.

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, destacou que, apesar de a educação infantil ser competência prioritária dos municípios, os desafios precisam ser enfrentados de forma colaborativa, com a atuação conjunta de União, estados e municípios.

Ela ressaltou que o acesso à creche é um direito das crianças e das famílias, na medida de suas necessidades e interesse. “Desde o início desta gestão, já investimos mais de R$ 1 bilhão na educação infantil. Foram R$ 592 milhões investidos pelo Programa Escola em Tempo Integral nessa etapa; outros R$ 492 milhões investidos pelo Programa de Apoio à Manutenção da Educação Infantil (EI Manutenção) – e ainda R$ 93 milhões aplicados no Programa Leitura e Escrita na Educação Infantil. Além disso, já entregamos 378 novas creches. Sabemos que não são apenas recursos que vão resolver os desafios, mas o investimento auxilia e mostra nossas prioridades. E a educação infantil é uma prioridade”, disse Schweickardt.

Uma das ações do governo federal para a ampliação das vagas é o Novo PAC. Até 2026, o MEC se comprometeu a construir 2.500 novas creches e pré-escolas por meio do Programa de Aceleração do Crescimento. O primeiro edital contempla a construção de 1.178 unidades, em áreas de vulnerabilidade social, beneficiando 110,6 mil crianças de 0 a 5 anos em 1.177 municípios e no Distrito Federal. O investimento previsto é de R$ 5,5 bilhões.

Há ainda o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, que tem como objetivo concluir todas as obras paralisadas e inacabadas da educação básica. O MEC, por meio do FNDE, recebeu 3.783 manifestações de estados e municípios no âmbito do Pacto. Desse total, 1.317 obras são da educação infantil, com um investimento previsto de R$ 1,7 bilhão, que permitirá criar quase 33 mil novas vagas para essa etapa nas redes públicas de ensino, segundo o ministério.

Agência O Globo

Idoso é preso suspeito de estuprar sobrinha de 7 anos em plantação de mandioca na Bahia

Um idoso de 73 anos foi preso nesta terça-feira (27), suspeito de estuprar a sobrinha de 7 anos, em uma plantação de mandioca, na cidade de Riacho de Santana, no sudoeste da Bahia. Segundo informações da Polícia Civil, as investigações apontaram que o abuso ocorreu em outubro de 2022. A mãe da vítima flagrou o momento da prática criminosa.

“A genitora observou que tinha cerca de 25 minutos que a menina tinha sumido, então resolveu ir na plantação, onde escutou um barulho de conversa, momento em que presenciou a sua filha sendo abusada pelo tio”, detalhou o delegado Sandro Marco Nunes Gomes, que investiga o crime. Mãe e filha foram ouvidas e a criança confirmou o abuso à polícia. A menina informou ainda que o suspeito disse que mataria ela e os pais, caso o crime fosse descoberto.

O caso é investigado na delegacia de Riacho de Santana, onde o suspeito foi indiciado por estupro de vulnerável. Ele fez exames de corpo de delito e está à disposição da Justiça. A vítima foi encaminhada para receber assistência de uma equipe psicossocial.

Foragido do RJ preso na Bahia
Na segunda-feira (26), um homem foragido da Justiça do Rio de Janeiro foi preso na cidade de Ipiaú, no sul da Bahia, suspeito de estuprar a sobrinha de 11 anos. De acordo com a polícia, o suspeito nasceu na cidade de Salgueiro, em Pernambuco, mas cometeu o crime na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Ele foi preso após uma denúncia de que morava em Ipiaú.

G1 Bahia

Radioagência Nacional lança o podcast Crianças Sabidas Eleições 2024

A Radioagência Nacional lança a segunda temporada do podcast Crianças Sabidas. Com jornalismo voltado para o público infantil, o tema agora é eleição. Em três episódios, a jornalista Akemi Nitahara aborda questões sobre política e as eleições municipais de 2024, mostrando que o pleito também é assunto para criança. Isso porque as decisões podem impactar o dia a dia dos mais jovens imediatamente ou no futuro. Afinal, a cidade tem que ser  pensada e planejada para todas as pessoas, independentemente da idade.

No primeiro episódio, que já está no ar, a conversa é sobre a importância e como funcionam as eleições. No segundo, a votação de outubro deste ano é o tema principal. E no último episódio, os pequenos vão entender o que fazem os vereadores e vereadoras e os prefeitos ou prefeitas.

A especialista convidada para contribuir é Corina Castro, servidora pública federal e coordenadora da equipe de educação para a democracia da Escola da Câmara dos Deputados – Cefor. Ela é responsável pelo projeto Plenarinho.

“O Plenarinho ensina crianças e adolescentes sobre política, democracia, tudo isso de um jeito divertido, fácil de entender. Lá você pode encontrar jogos, histórias em quadrinhos, vídeos, atividades, que mostram como é que as leis são feitas e como é que funciona o governo.” A Corina conta que, mesmo sem votar, as crianças podem participar aprendendo, conversando, ajudando na comunidade, apoiando os pais, praticando cidadania, trabalhos voluntários.

“A gente acha que isso cria uma base forte para as crianças serem cidadãs ativas, informadas, no futuro e hoje mesmo. Pode não importar hoje quem é esse candidato, qual é o trabalho que ele faz, mas vamos dizer que essa criança daqui a 10 anos vai saber o que esse candidato lá no passado estava prometendo. Será que ele fez? Então é uma forma de acompanhar sim, com certeza.”

O podcast também fala de democracia, República e sobre o papel dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. Para Corina Castro, as eleições também podem ser importantes para aprendermos a conviver com visões diferentes, conversar sobre isso e prestar atenção em como elaboramos nossas opiniões.

Com produção, roteiro e narração da jornalista da Agência Brasil Akemi Nitahara, que é autora da série de livros infantis Naomi e Anita, o podcast tem também a participação da Maria Eduarda Arcoverde, de 9 anos e do Caetano Farias de 11.

Crianças Sabidas Eleições 2024 conta com três episódios, lançados sempre às sextas-feiras. Clique e ouça. Você também pode ouvir nas principais plataformas de áudio, e com interpretação em libras no Youtube.

Confira também os outros podcasts da Radioagência Nacional, como o Golpe de 1964: Perdas e Danos e o Grandes Invisíveis.

Agência Brasil

Criança de 11 anos é baleada em ataque a tiros em Juazeiro

Um ataque a tiros deixou uma menina de 11 anos baleada em Juazeiro, no norte da Bahia, na manhã de sexta-feira, dia 23. A Polícia Militar informou que o caso aconteceu por volta das 11 horas, na Avenida Teotônio Vilela, bairro Maringá. Conforme a PM, a menina foi encaminhada para um hospital particular da cidade. A família disse que ela não está situação grave, mas segue internada.

A corporação detalhou que o possível alvo dos tiros tem 42 anos e passagens por delitos como furto e roubo. Ele também foi ferido na ação e não teve nome divulgado. Testemunhas ouvidas por equipes da TV São Francisco, afirmaram ter visto dois homens armados em uma motocicleta. Os suspeitos efetuaram os disparos de arma de fogo em direção a uma esquina onde o suposto alvo estava, e um dos projéteis atingiu a garota acidentalmente.

O homem foi socorrido por profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para um hospital na cidade pernambucana de Petrolina, vizinha a Juazeiro. Até o momento, ainda não há detalhes sobre o estado de saúde do rapas. A Polícia Civil investigará o caso.

a Tarde

‘Fiquei arrasado’, diz pai de criança intimidada por professora acusada de praticar maus-tratos em Bodocó

Um dia após a divulgação do vídeo que expõe o caso de maus-tratos da professora Josimar Brígida da Conceição Sá com crianças de uma creche municipal de Bodocó, no Sertão de Pernambuco, o pai de uma das vítimas se pronunciou sobre o caso e disse estar arrasado com a situação.

O motorista José Paulo Nunes é pai de uma crianças que estudavam com a servidora pública e explica que só soube da situação após ver o vídeo que circulava nas redes sociais. “Estava trabalhando quando me mandaram o vídeo, e eu fiquei arrasado”, lamenta.

Nas imagens, a filha de José Paulo aparece sendo intimidada pela professora com um calçado. A criança fica encurralada no canto da sala, enquanto recebe ameaças da mulher. Em entrevista, José Paulo destacou que a filha de quase três anos vinha apresentando um comportamento diferente nas últimas semanas e lamentou não ter percebido o que acontecia. “Ela estava com um comportamento… com dificuldade, sem querer ir para a escola. Chorava quando vestia a roupa para ir, e a gente não notava isso porque achava que era criança naquela fase de não querer ir para a escola”.

De acordo com o motorista, a professora efetiva do município começou a dar aula na turma há cerca de quatro meses. Antes disso, a filha não apresentava nenhum comportamento estranho. A situação deixou tanto José Paulo, como a família, muito abalados.

“Eu tenho pessoas do meu lado que me deram conselho, me acalmaram e também me deram força para acalmar meus familiares, porque eles ficaram todos abalados. E eles ainda estão abalados, porque a gente dá carinho e amor para chegar em um escola e a professora fazer essas coisas”.

Na tarde da quarta-feira (21), o prefeito de Bodocó, Otávio Pedrosa, se manifestou de imediato pelas redes sociais dizendo que a professora acusada de agressão já foi afastada preventivamente para a investigação das denúncias. A gestão municipal também emitiu uma nota de esclarecimento expressando seu repúdio aos fatos e reconheceu a evidência de maus-tratos, ameaças e agressões cometidos pela servidora pública Josimar Brígida da Conceição Sá.

“Espero que a justiça resolva isso porque é muito triste para um pai, assim como para outros pais e outras mães que estão passando por isso. Estou na pele da mãe daquela criança que foi chutada e eu quero que a justiça resolva isso. A justiça de Deus e a justiça dos homens na terra”, pede José Paulo.

Um processo administrativo disciplinar contra a servidora lotada na educação infantil e fundamental do 1º ao 5º ano, também foi instaurado, a fim de apurar infrações praticadas contra crianças no exercício de suas atribuições, em ambiente escolar. O secretário de educação de Bodocó, Elinaldo Galindo, também se pronunciou sobre o caso e afirmou que a secretaria está avaliando a instalação de equipamentos para fazer o monitoramento da creche. A acusada, Josimar Brígida da Conceição Sá, segue afastada do cargo e ainda não se pronunciou sobre o caso.

G1 Petrolina

OMS pede trégua humanitária em Gaza para vacinação contra pólio

Duas rodadas de campanhas de vacinação contra a poliomielite devem acontecer no fim de agosto e no início de setembro na Faixa de Gaza no intuito de interromper a propagação do vírus na região. Para tanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta sexta-feira (16) por uma trégua humanitária na região.

Em nota, a entidade, junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pede que todas as partes envolvidas no conflito em Gaza implementem pausas humanitárias durante um período de pelo menos 7 dias, de forma a permitir a realização das campanhas de vacinação contra a pólio.

“Essas pausas nos combates permitiriam que crianças e famílias chegassem em segurança às unidades de saúde e que agentes comunitários alcançassem crianças que não têm acesso a essas unidades para serem imunizadas contra a poliomielite. Sem as pausas humanitárias, a realização das campanhas não será possível”, apelou a OMS. A expectativa é que, em cada uma das rodadas da campanha, mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos de idade possam receber a vacina oral, conhecida popularmente como gotinha.

O poliovírus foi detectado em julho em amostras ambientais colhidas na Faixa de Gaza. Desde então, segundo a OMS, pelo menos três crianças apresentaram quadros suspeitos de paralisia flácida aguda, sintoma comum da pólio. Amostras de sangue foram colhidas e enviadas para análise laboratorial.

“Mais de 1,6 milhão de doses da vacina oral, utilizada para interromper a propagação do vírus, serão entregues na Faixa de Gaza. As entregas das vacinas e dos equipamentos de refrigeração devem passar pelo aeroporto Ben Gurion [em Israel] antes de serem direcionadas à Gaza, no fim de agosto”, informou a entidade.

“É essencial que o transporte das doses e dos equipamentos de refrigeração seja facilitado em todas as etapas dessa jornada, para garantir o recebimento em tempo oportuno, a aprovação e a liberação dos insumos em tempo para que a campanha aconteça”, ressaltou a OMS. Ao todo, 708 equipes com cerca de 2,7 mil profissionais de saúde foram acionadas.

A organização alertou que é preciso alcançar uma cobertura vacinal de pelo menos 95% durante cada rodada da campanha para interromper a propagação da pólio e reduzir o risco do ressurgimento da doença, levando em consideração “sistemas de saúde, água e saneamento gravemente prejudicados na região”.

Dados da entidade mostram que a Faixa de Gaza esteve livre da pólio pelos últimos 25 anos. O ressurgimento da doença, sobre o qual a comunidade humanitária já havia alertado ao longo dos últimos 10 meses, representa outra ameaça para as crianças em Gaza e em países vizinhos. Um cessar-fogo é a única forma de garantir a segurança da saúde pública na região”.

Risco
Ainda de acordo com a OMS, a Faixa de Gaza mantinha boa cobertura vacinal antes da escalada dos conflitos, em outubro do ano passado. De lá para cá, a vacinação de rotina foi fortemente impactada – incluindo a segunda dose da vacina contra a pólio, que caiu de 99% em 2022 para menos de 90% em 2023 e no primeiro trimestre de 2024.

“O risco de disseminação do vírus, dentro da Faixa de Gaza e internacionalmente, permanece alto em razão de lacunas na imunidade das crianças, provocadas por interrupções na vacinação de rotina, dizimação do sistema de saúde, deslocamento constante da população, desnutrição e sistemas de água e saneamento gravemente danificados”, alerta a OMS. “A situação também aumentou o risco de propagação de outras doenças preveníveis ​​por vacinação, como o sarampo, além de casos de diarreia, infecções respiratórias agudas, hepatite A e doenças de pele entre crianças”, disse a OMS.

Agência Brasil

Ônibus escolar com 26 crianças cai em rio em Santa Catarina

Um ônibus escolar que levava 27 pessoas, o motorista e mais 26 crianças, caiu em um rio na Estrada Municipal Ribeirão Areias, no município de Aurora, em Santa Catarina. Todos foram resgatados com vida e ainda não há informações sobre a causa do acidente.A ocorrência foi atendida pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), que retirou todos os passageiros do veículo.

Um criança com suspeita de trauma cranioencefálico (TCE) e outra com um corte na cabeça foram encaminhadas ao Hospital Regional de Rio do Sul e unidades de saúde em Aurora, e encontram-se bem e estáveis, segundo os bombeiros. A corporação também atendeu a alguns casos de hipotermia, ainda no local.

Foram deslocados para o atendimento 5 veículos, sendo 2 caminhões, 2 ambulâncias e um veículo 4×4 de busca e resgate.

Correio da BAhia

‘Pequeno gênio’ baiano de 2 anos aprende alfabeto, número e cores em inglês, russo e até coreano

Com pouco mais de 1 ano de vida, aprendeu o alfabeto em português. Quando completou 2 anos, já conseguia ler frases no idioma. Aos 2 anos e 10 meses, lê e escreve em português e reconhece letras, números e cores em pelo menos outras três línguas: inglês, russo e coreano.

Essa é a linha do tempo — e de aprendizado — do menino Daniel Mascarenhas da Silva. O futuro poliglota é natural de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador.

“Desde novinho, ele tinha interesse em explorar. Sempre foi uma criança muito ativa, mas a partir de 1 ano e 5 meses, a gente começou a perceber que ele tinha interesse por letras e números, já identificando o alfabeto”, contou a mãe do garoto, a esteticista Gabriela Mota, em entrevista ao g1. Segundo ela, isso aconteceu quando o filho “falava pouquíssimo”. Os pais perceberam que ele entendia os textos nas interações, quando pediam que apontasse as letras e Daniel respondia corretamente.

“Um dia eu estava o arrumando para ir para escola e ele leu o enunciado da reportagem que passava na TV. A gente sabia que ele estava lendo umas palavrinhas, algumas sílabas, mas a partir daí, a gente foi identificado que não era só leitura. Ele também estava escrevendo”. Gabriela conta que o filho costuma pedir giz de cera e lápis para “brincar de escrever”. Pelo menos nesse ponto, Daniel age exatamente como as demais crianças da sua idade e usa as paredes de casa como quadro.Telecurso Kids

A esteticista lembra relatos da família de que ela própria também aprendeu a ler e a escrever antes de ir para escola. Ainda assim, o avanço no processo de aprendizagem do filho surpreende. Ela acredita que a criança tenha aprendido as letras e números assistindo a vídeos na internet. Daniel, inclusive, já demonstra preferência por conteúdos educativos. “Acho que não tem outra explicação”, pontua a mãe antes de detalhar sua hipótese.

“A gente não deixa ele ficar horas a fio, mas quando estou em casa, eu coloco [telas]. E se você colocar um desenho animado, um Bob Esponja, ele não quer, só quer desenho de letra, educativo”.

Educação especial para a criança excepcional
Ao mesmo tempo que Gabriela e o marido se espantavam com o aprendizado precoce do filho único, eles também se preocupavam com um atraso na fala do menino. Isso fez o casal buscar ajuda médica e psicológica para identificar um possível quadro de autismo, porém, essa possibilidade foi descartada.

Daniel passou a falar mais e melhor quando começou a frequentar uma creche-escola, o que também colaborou para a sociabilidade dele na interação com outros colegas. Com isso, o casal se voltou para outra preocupação: encontrar um ambiente que estimule o interesse de Daniel nos estudos.

De acordo com a esteticista, foi isso que os motivou a criar um perfil para compartilhar as habilidades do “pequeno gênio” nas redes sociais. “A gente já sabe que precisa de educação especial. A escola convencional abraça da forma que pode, mas a longo prazo, ela não vai conseguir mantê-lo engajado da forma que ele precisa”, avalia a mãe.

O desejo de Gabriela é conseguir uma bolsa de estudos em uma escola que favoreça as aptidões do menino. Para isso, aos poucos, o talento dele vai sendo compartilhado na internet, onde o casal mostra o crescimento do filho em meio a leituras, escrita e jogos que estimulam o aprendizado de línguas.

G1 Bahia

Leis de proteção às crianças enfrentam cultura de violência no país

O contorno com a família em mãos dadas, o balão colorido com as crianças, e o cata-vento. Nas paredes e muros na região administrativa do Cruzeiro (DF), a conselheira tutelar Viviane Dourado, de 49 anos, resolveu traduzir ideais com tintas e pincel. Ela, que é designer e educadora social, entende que a arte pode ser estratégia para aproximação com famílias para combater a violência contra a infância.

Viviane lembra dos tempos de criança, quando recebeu castigos, com beliscões e tapas desnecessários. São as tintas também do passado que a inspiraram a ser mãe solo, educadora e profissional na luta contra essa conduta.

Nos tempos da infância de Viviane não existia legislação como as de hoje. Aliás, no último dia 26, a Lei Menino Bernardo, também conhecida como “Lei da Palmada” (Lei 13.010/2014), completou uma década. Esse regramento, em complementação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, garante o direito a uma educação sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel.

A lei foi batizada assim para lembrar a morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, que foi vítima de agressões e morto pela madrasta e pelo pai, em Três Passos (RS), em abril de 2014.

Dor em casa
Para a promotora de Justiça Renata Rivitti, do Ministério Público de São Paulo, a lei é um marco para o Brasil, um país em que ainda existe, de forma arraigada, uma percepção distorcida de que a educação precisa ser rígida. “Há ainda uma romantização e uma crença real de que educar com violência é legítimo e seria para o bem da criança ou adolescente”. Ela explica que a lei reafirma a ilicitude e a ilegalidade do castigo físico.

A promotora,que é da coordenação do Centro de Apoio da Infância do MP,  avalia que, de fato, existe esse problema cultural. “Dentro de casa, há uma legitimação da violência”. Seja como uma forma deturpada de educar ou de corrigir. “Existe uma carga histórica e cultural do nosso país”.

De acordo com informações disponíveis no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (via Disque 100), houve, no país, neste ano até o último dia 23 de junho, 129.287 denúncias de algum atentado à integridade contra crianças e adolescentes. O mesmo painel apresenta que, desse total, 81.395 casos (62%) foram dentro de casa (onde moram a criança vítima e a pessoa suspeita).

O painel disponibilizado pelo ministério dos Direitos Humanos considera que essa violência à integridade compreende violações físicas, de negligência e psíquica. Quem denuncia, em geral, são terceiros. No entanto, chama atenção que 8.852 crianças conseguiram pedir ajuda diante da violência que sofriam.

Distorção
A pesquisadora em direitos da infância e em ciências sociais Águeda Barreto, que atua na ONG ChildFund Brasil, considera que a lei Menino Bernardo tem um caráter pedagógico e preventivo. “Precisamos celebrar os 10 anos de efetivação dessa lei, mas a gente ainda precisa avançar muito, especialmente culturalmente. A gente vive numa sociedade que ainda educa as crianças através de violência”, lamenta.

A pesquisadora recorda que, em 2019, a entidade fez levantamento com crianças brasileiras e contabilizou que 67% delas não se consideravam suficientemente protegidas contra a violência. A pesquisa Small Voices, Big Dreams (Pequenas vozes, grandes sonhos) para o Brasil mostrou, além disso, que 90% das crianças rejeitam o castigo físico como forma de educação.

Águeda Barreto, que também escreveu dissertação de mestrado sobre o tema, identificou que os castigos físicos são a forma com que as crianças mais reconhecem a violência. “Muitas delas não tinham tanta clareza sobre uma violência psicológica”.

A pesquisa nacional da Situação de Violência contra as crianças no ambiente doméstico, realizada pela ChildFund, concluiu, no ano passado, que no Brasil existe  uma fragilidade em relação à implementação de leis que respaldam a intolerância à violência contra crianças. A ONG argumentou que a garantia de direitos preconizada no ECA ainda chega lentamente na vida real, a exemplo da Lei Menino Bernardo).

“A efetivação de ações se dará a partir do momento em que o governo federal, estados e municípios atuem de forma integrada na elaboração de políticas que previnam e coíbam práticas nocivas e que a implementação aconteça com  serviços operantes, monitoramento e repressão a agressores em todos os municípios do país”, argumenta o relatório da entidade.

Entre as legislações que Águeda Barreto considera avançadas estão a Lei Henry Borel, aprovada após a morte do menino no Rio de Janeiro, em 2022, e também a 14.826, que define a “parentalidade positiva e o direito ao brincar” para prevenção à violência contra crianças.

A promotora Renata Rivitti acrescenta ainda o valor da Lei 13.431, de 2017, que garantiu maior proteção às crianças. “A legislação determina o olhar integrado, da atenção integral, de justiça, segurança pública, saúde, conselho escolar, assistência social, educação, todo mundo trabalhando junto para prevenir, para enfrentar essa violência”.

Águeda Barreto explica que a legislação coloca como dever do Estado, da família e da sociedade, fazer a promoção de educação baseada no respeito. Para ela, são legislações que se mostraram como evoluções a partir da Lei do Menino Bernardo e do Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, uma das primeiras legislações mundiais sobre o tema.

Para sair do papel
Foi uma novidade considerar a criança como um sujeito de direitos, mas o desafio ainda é grande. “A gente tem percebido que a educação violenta de crianças é muito naturalizada no contexto brasileiro. Há uma cultura que nós vivemos no Brasil que a gente chama de adultocêntrica. Muitas vezes, as crianças são empurradas como uma posse do adulto”, avalia a pesquisadora.

A promotora Renata Rivitti avalia que é preciso mais pressão da sociedade para que as leis saiam do papel e funcionem no dia a dia. “A gente tem, desde 1988, legislação de primeiríssimo mundo. A nossa obrigação como poder público, como família e como sociedade é a de combater essa violência. O principal gargalo está em conseguirmos garantir a implementação dessa legislação para que ela de fato saia do papel”.

“Nós brasileiros não estamos ainda indignados o suficiente e cobrando. Não existe campanha, não existe alerta, não existe informação. Quanto menos se fala disso, menos a gente entende a gravidade da situação”, afirma a promotora.

É justamente para sensibilizar as famílias que exemplos como a da conselheira tutelar Viviane Dourado podem funcionar. Ela é alguém que segue pintando paredes, paradas de ônibus e até camisetas para falar sobre respeito e já foi até convidada para trabalhar em parceria com outros conselhos e entidades públicas. “As crianças querem brincar, ser felizes e viver a inocência”, diz. Ela sabe que alertas podem surgir por um traço, uma tinta no muro, ou um desenho de mãos dadas que pode ser mais forte do que uma palmada.

Agência Brasil

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