Covid 19 – Onze estados receberam doses da vacina

O Ministério da Saúde emitiu uma nota confirmando a conclusão da distribuição das doses de vacinas contra a Covid-19 para 10 estados, além do Distrito Federal: Paraíba, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná, Sergipe, Tocantins e São Paulo. Segundo a pasta, todos os estados serão contemplados com celeridade.

O lote com 1,2 milhão de doses é parte da compra emergencial de imunizantes. Agora, cabe aos estados a responsabilidade de abastecer os municípios de acordo com a demanda local.

O Ministério da Saúde também reforça que um novo pregão já foi concluído para a compra de mais 69 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, garantindo a proteção contra as cepas atualizadas pelos próximos dois anos. As entregas pelos fabricantes serão feitas de forma gradual, de acordo com a adesão da população e as atualizações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Falta de vacinas
Em setembro deste ano, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que 64,7% dos municípios brasileiros estavam com falta de vacinas. O imunizante contra a Covid-19 para crianças era apontado como o segundo com estoques mais desfalcados.

Na nota publicada na última semana, o Ministério da Saúde ressaltou que “não há falta generalizada de vacinas no Brasil” e que “adota estratégias para manter a vacinação em dia e garantir a proteção da população”.

Óbitos por Covid-19
Em 2024, foram notificados 5.222 óbitos por Covid-19, segundo o mais recente Informe da Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde. O número está bem próximo do recorde de mortes por dengue este ano — 5.680 até agora, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

O médico infectologista Marcelo Daher destaca que, em 2024, o Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue. No entanto, em comparação com os óbitos da Covid-19, é preciso considerar quais foram realmente provocados pela doença.

“Temos que tentar distinguir o que é morte por Covid-19 e morte com Covid-19. Isso é uma discussão ampla, que está acontecendo em vários lugares do mundo, porque muitas vezes você identifica Covid-19, mas essa não foi a causa do óbito. Mas é importante que as pessoas entendam que a doença ainda circula e, se as medidas de contenção não forem tomadas, nós teremos outro surto de dengue e Covid-19, que continuarão acontecendo e matando.”

O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta uma diminuição dos novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 na maioria dos estados brasileiros. Entre o total de óbitos por SRAG, em 2024, 52% estavam relacionados à doença.

Fonte: Brasil 61

Pesquisa mostra falta de vacinas em mais de 1,5 mil municípios

Mais de 1,5 mil municípios relatam falta de vacinas, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento mostra que, nessas localidades, faltam vacinas principalmente para as crianças. Entre os principais que estão em falta estão os imunizantes contra varicela, covid-19 e meningocócica C.

O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 11 de setembro e contou com a participação de 2.415 municípios. Desses, 1.563 – o equivalente a 64,7% dos que participaram da pesquisa e cerca de 28% do total de municípios no Brasil – enfrentavam falta de imunizantes há pelo menos 30 dias.

A vacina contra varicela é a que está mais em falta segundo o levantamento. Ela protege crianças de 4 anos da catapora – nessa idade é aplicado o reforço. O imunizante falta em 1.210 municípios respondentes, com uma média de desabastecimento superior a 90 dias.

A falta de vacina contra a covid-19 para crianças afeta 770 municípios que estão, em média, 30 dias sem o imunizante. Já a vacina Meningocócica C, que protege contra infecções graves e fatais, como a meningite, está indisponível em 546 municípios, em média, há cerca de 90 dias.

Também foram apontadas como em falta nos municípios: a Tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba e a rubéola, em 447 municípios; a Hepatite A, em 307 municípios; e a DTP, que combate a difteria, tétano e coqueluche, em 288 municípios.

“Sabemos que vacinas são compradas e são de responsabilidade do governo federal, aos estados cabe comprar as agulhas para que se possa fazer a aplicação das vacinas. Isso chega aos municípios e eles aplicam as vacinas”, ressalta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

“Por isso estamos instando o Ministério da Saúde para que providencie imediatamente a compra das vacinas necessárias e os estados para que também possam fazer a sua contribuição para que haja a complementação da vacinação em todo o Brasil. É muito importante porque nos últimos 30 dias tem faltado vacina no Brasil”, diz.

Localização
De acordo com a pesquisa, o estado com maior falta de imunizantes é Santa Catarina, 128 prefeituras relataram esse problema, o que corresponde a 83,7% dos municípios da unidade federativa. Em seguida, estão Pernambuco, com 58 (80,6%); e Paraná, com 155 (78,7%).

Considerando as regiões do país, o Sudeste aparece em primeiro lugar com 595 municípios enfrentando falta de imunizantes, o que corresponde a 68,5% dos municípios na região; o Sul, com 395 (65,1%); o Nordeste, com 370 (65,1%); o Centro-Oeste, 136 (63%); e o Norte, com 67 (42,9%).

Ministério da Saúde
Em nota, o Ministério da Saúde diz que mantém “envios regulares de vacinas aos estados, que são responsáveis por abastecer os municípios”.

A pasta afirma ainda que não há falta generalizada de vacinas no Brasil. “O levantamento da CNM traz questões pontuais para as quais o Ministério da Saúde adota estratégias para manter a vacinação em dia e a proteção da população. Essas ações são realizadas em diálogo constante com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)”, diz a nota.

Segundo o ministério, foram distribuídas 65,9 milhões de doses das dez principais vacinas citadas pelo levantamento, incluindo a de covid-19, com 22,9 milhões de doses aplicadas até o momento. Sobre a vacina contra Varicela, no fim de 2023, de acordo com a pasta, foram compradas 2,7 milhões de doses via Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), com 150 mil previstas para serem entregues até setembro. A aquisição regular para 2024 está em andamento.

Para covid-19, segundo o ministério, a entrega semanal segue a capacidade de armazenamento da rede de frio estadual, uma vez que essa vacina exige armazenamento em baixíssima temperatura. O Ministério da Saúde diz ainda que está finalizando o pregão para a compra da vacina mais atualizada XBB. Em relação à oferta da vacina contra Meningo C, nas regiões que registrarem falta, a orientação do ministério é para substituição pela Meningo ACWY, de mesma eficácia, mantendo a população protegida.

Agência Brasil

Após baixo resultado, Butantan encerra estudo para vacina contra covid

O Instituto Butantan confirmou nesta sexta-feira (23), em nota oficial, que irá encerrar o desenvolvimento de imunizante contra a covid-19. Os estudos para a vacina estavam na chamada Fase II, que contava com testes em 400 voluntários. Porém, os resultados obtidos foram abaixo do desempenho esperado, ficando aquém de outras vacinas utilizadas no país.

“De acordo com a pesquisa, a Butanvac dobrou a quantidade de anticorpos contra a doença após 28 dias de sua aplicação, quando a meta esperada era que induzisse uma produção de anticorpos quatro vezes maior, número atingido por vacina já disponível à população”, diz a nota.

“O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso. Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras”, explica o diretor do instituto, o epidemiologista Esper Kallás, no comunicado.

A vacina era chamada internacionalmente de NDV-HXP-S e estava sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia, a partir de tecnologias que o instituto já dominava para a produção de vacina contra a gripe causada pelos vírus influenza e que utilizam ovos de galinha para produzir os antígenos.

Agência Brasil

Mpox: Anvisa simplifica regra para importação de vacina e medicamento

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que dispensa registro e autorização excepcional de importação de medicamentos e vacinas adquiridos pelo Ministério da Saúde para prevenção ou tratamento da mpox.

A norma, aprovada por unanimidade, tem caráter provisório e excepcional e permite que a pasta solicite a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados para prevenção ou tratamento da doença pelas seguintes autoridades reguladoras internacionais:

– Organização Mundial da Saúde (OMS);

– Agência Europeia de Medicamentos (EMA);

– Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA);

– Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA);

– Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW);

– Agência Reguladora do Canadá (Health Canada).

Em nota, a Anvisa destacou que as condições de uso e distribuição dos medicamento e vacinas a serem importados devem ser as mesmas aprovadas e publicizadas pelas autoridades reguladoras listadas. “O medicamento ou vacina deve ter todos os locais de fabricação, incluindo linhas e forma farmacêutica, aprovados por autoridades reguladoras membros do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica.”

Ainda de acordo com o comunicado, o pedido de dispensa de registro será avaliado prioritariamente pelas áreas técnicas da agência e a decisão deverá ocorrer em até sete dias úteis. “A norma prevê um rito simplificado e prioritário para a importação dos medicamentos e vacinas, semelhante ao modelo já adotado para as importações via Covax Facility”, destacou a Anvisa, ao se referir à uma aliança internacional conduzida pela OMS para acelerar o desenvolvimento e a produção de vacinas contra covid-19.

Público-alvo
Segundo a agência, o ministério ficará responsável por estabelecer grupos classificados como vulneráveis e prioritários para o uso de medicamentos e vacinas para mpox. Caberá à pasta, ainda, o monitoramento dos insumos importados e dos pacientes, além da divulgação de orientações para serviços de saúde, notificações de eventos adversos e queixas técnicas.

“[O ministério] também deverá assegurar que os medicamentos ou vacinas atendam às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional e garantir que as vacinas somente sejam utilizadas após sua liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz).”

Os medicamentos e vacinas adquiridos por meio desta resolução poderão ser utilizados até o final do seu prazo de validade. “Com a aprovação da norma, a Anvisa tem como objetivo a simplificação documental e a agilidade do processo de importação, de modo a facilitar o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas já aprovados por outra autoridade regulatória internacional para o tratamento ou prevenção da mpox. A medida é fundamental para o enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, declarada novamente pela OMS no último dia 14 de agosto.”

Agência Brasil

Vacina brasileira contra a mpox está próxima dos testes em humanos

O Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou estar próximo de iniciar a última etapa no desenvolvimento de uma vacina nacional contra a mpox, os testes em humanos. “A equipe está produzindo o chamado Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) para enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, assim, receber o sinal verde para começar os testes em humanos”, informou.

O imunizante brasileiro ganhou maior projeção depois que a mpox foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) emergência em saúde pública de importância internacional, em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. A vacina nacional, entretanto, já vinha sendo desenvolvida há 2 anos, desde a primeira emergência global provocada pela doença.

De acordo com a UFMG, a dose brasileira utiliza um vírus atenuado e não replicativo, o que torna o imunizante “extremamente seguro”, inclusive para uso entre imunossuprimidos e gestantes. Os testes iniciais da vacina, segundo a universidade, apresentaram bons resultados, demonstrando “indução de neutralizantes, resposta celular e resposta robusta contra a doença”.

Nas redes sociais do CTVacinas, a líder da Plataforma de Vetores Virais e Expressão de Célula Eucariota, Karine Lourenço, explicou que, durante a fase de pesquisa, a vacina demonstrou ser “protetora e esterilizante”.  Segundo ela, o país já é capaz de produzir em larga escala a cepa atenuada do vírus vaccinia, gênero causador da doença. “Estamos prontos, em pouquíssimo tempo, para poder submeter essa vacina à Anvisa. E, quem sabe aí, o ensaio clínico”.

Prioridade
Esta semana, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou que o imunizante nacional contra a mpox figura como uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia criado para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.

Em nota, a pasta destacou que, em 2022, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou para a UFMG material conhecido como semente do vírus da mpox, uma espécie de ponto de partida para o desenvolvimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção do imunizante.

“No momento, a pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção, verificando a obtenção de matéria-prima para atender a demanda em grande escala”, informou o ministério. A dose, segundo a pasta, é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente, até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, como o ser humano.

Outras vacinas
De acordo com a OMS, existem, atualmente, duas vacinas disponíveis contra a mpox. Uma delas, a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinarmaquesa Bavarian Nordic, também é composta pelo vírus atenuado e é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.

O segundo imunizante é o ACAM 2000, fabricado pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions, mas com diversas contra indicações, além de mais efeitos colaterais, já que é composta pelo vírus ativo, “se tornando assim, menos segura”, conforme avaliação do próprio MCTI.

Com a declaração de emergência global, o Ministério da Saúde anunciou que negocia a compra de 25 mil doses da Jynneos junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Desde 2023, quando a Anvisa aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses do imunizante e aplicou 29 mil.

Agência Brasil

Vacina brasileira contra a Mpox é produzida em universidade

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou, nesta semana, que o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está produzindo uma vacina contra a Mpox (ou monkeypox, em inglês). Na fase atual da criação, os pesquisadores verificam a possibilidade de aumentar a produção e atender grande escala com o imunizante.

O desenvolvimento da vacina iniciou com a doação, em 2022, pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos à UFMG, do material conhecido como “semente do vírus”. Esse é o ponto de partida para o desenvolvimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Desde então, testes são realizados para atenuar o vírus e torná-lo uma vacina.

“Desde o surto da doença, em 2022, vimos a necessidade de termos estratégias de produção para a pronta utilização do insumo. Então, o que nós estamos fazendo no Brasil é deixar preparado o sistema de produção dessa vacina para o caso de necessidade”, disse Flávio Fonseca, professor da UFMG e coordenador da CâmaraPox, setor do comitê Rede Vírus, criado pelo MCTI para integrar iniciativas contra viroses emergentes.

De acordo com o pesquisador, o estudo está “verificando a obtenção de matéria-prima para atender a demanda em grande escala”.

Atualmente, existem duas vacinas disponíveis contra a Mpox no mundo. A primeira é a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinarmaquesa Bavarian Nordic. Ela é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV. E a segunda é a ACAM 2000, fabricada pela americana Emergent BioSolutions, mas que possui diversas contraindicações e efeitos colaterais, sendo considerada, então, menos segura.

Com o anúncio do estado de emergência em saúde pública internacional por conta da Mpox, determinado na semana passada pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, o governo federal negocia a compra de imunizantes. Segundo o Ministério da Saúde, 25 mil doses de Jynneos estão sendo negociadas com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).Desde 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante em território nacional. Ao todo o Brasil já recebeu 47 mil doses de vacinas contra Mpox e aplicou 29 mil. Neste ano, o país já registrou 709 casos da doença.

Correio Braziliense

OMS pede trégua humanitária em Gaza para vacinação contra pólio

Duas rodadas de campanhas de vacinação contra a poliomielite devem acontecer no fim de agosto e no início de setembro na Faixa de Gaza no intuito de interromper a propagação do vírus na região. Para tanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta sexta-feira (16) por uma trégua humanitária na região.

Em nota, a entidade, junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pede que todas as partes envolvidas no conflito em Gaza implementem pausas humanitárias durante um período de pelo menos 7 dias, de forma a permitir a realização das campanhas de vacinação contra a pólio.

“Essas pausas nos combates permitiriam que crianças e famílias chegassem em segurança às unidades de saúde e que agentes comunitários alcançassem crianças que não têm acesso a essas unidades para serem imunizadas contra a poliomielite. Sem as pausas humanitárias, a realização das campanhas não será possível”, apelou a OMS. A expectativa é que, em cada uma das rodadas da campanha, mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos de idade possam receber a vacina oral, conhecida popularmente como gotinha.

O poliovírus foi detectado em julho em amostras ambientais colhidas na Faixa de Gaza. Desde então, segundo a OMS, pelo menos três crianças apresentaram quadros suspeitos de paralisia flácida aguda, sintoma comum da pólio. Amostras de sangue foram colhidas e enviadas para análise laboratorial.

“Mais de 1,6 milhão de doses da vacina oral, utilizada para interromper a propagação do vírus, serão entregues na Faixa de Gaza. As entregas das vacinas e dos equipamentos de refrigeração devem passar pelo aeroporto Ben Gurion [em Israel] antes de serem direcionadas à Gaza, no fim de agosto”, informou a entidade.

“É essencial que o transporte das doses e dos equipamentos de refrigeração seja facilitado em todas as etapas dessa jornada, para garantir o recebimento em tempo oportuno, a aprovação e a liberação dos insumos em tempo para que a campanha aconteça”, ressaltou a OMS. Ao todo, 708 equipes com cerca de 2,7 mil profissionais de saúde foram acionadas.

A organização alertou que é preciso alcançar uma cobertura vacinal de pelo menos 95% durante cada rodada da campanha para interromper a propagação da pólio e reduzir o risco do ressurgimento da doença, levando em consideração “sistemas de saúde, água e saneamento gravemente prejudicados na região”.

Dados da entidade mostram que a Faixa de Gaza esteve livre da pólio pelos últimos 25 anos. O ressurgimento da doença, sobre o qual a comunidade humanitária já havia alertado ao longo dos últimos 10 meses, representa outra ameaça para as crianças em Gaza e em países vizinhos. Um cessar-fogo é a única forma de garantir a segurança da saúde pública na região”.

Risco
Ainda de acordo com a OMS, a Faixa de Gaza mantinha boa cobertura vacinal antes da escalada dos conflitos, em outubro do ano passado. De lá para cá, a vacinação de rotina foi fortemente impactada – incluindo a segunda dose da vacina contra a pólio, que caiu de 99% em 2022 para menos de 90% em 2023 e no primeiro trimestre de 2024.

“O risco de disseminação do vírus, dentro da Faixa de Gaza e internacionalmente, permanece alto em razão de lacunas na imunidade das crianças, provocadas por interrupções na vacinação de rotina, dizimação do sistema de saúde, deslocamento constante da população, desnutrição e sistemas de água e saneamento gravemente danificados”, alerta a OMS. “A situação também aumentou o risco de propagação de outras doenças preveníveis ​​por vacinação, como o sarampo, além de casos de diarreia, infecções respiratórias agudas, hepatite A e doenças de pele entre crianças”, disse a OMS.

Agência Brasil

Prefeitura oferece novo ponto de vacinação contra a influenza em Petrolina

A prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde adota, a partir desta segunda-feira (20), uma nova estratégia para ofertar vacina contra a influenza. Agora, quem frequentar o River Shopping, poderá se proteger contra três tipos das doenças: H1N1, H3N2 e Influenza B. As aplicações vão ocorrer de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. A vacina está disponível para toda a população a partir dos seis meses de vida.

Além da oferta nas 57 Unidades Básicas de Saúde e drive-thru aos sábados, os petrolinenses terão a oportunidade de se vacinar no shopping. Essa nova estratégia tem como objetivo buscar as pessoas em diferentes locais e, assim, assegurar a proteção de todos, evitando complicações e casos graves de doenças respiratórias.

Para tomar a vacina é necessário apresentar documento oficial com foto, cartão SUS ou CPF e o cartão de vacina. Caso a pessoa não possua um novo será entregue pela equipe de saúde.

Meta do público prioritário

A meta é vacinar, até 31 de maio, mais de 111 mil pessoas. Até o momento, cerca de 31% do público prioritário foi imunizado. Fazem parte desse público: crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, professores do ensino básico e superior, pessoas com 60 anos ou mais, profissionais das forças de segurança e salvamento, pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, profissionais do sistema prisional, socioeducativo, população carcerária e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.

Débora Sousa/Ascom Secretaria de Saúde

Vacina contra HIV produz anticorpos para reconhecer e neutralizar o vírus

Uma vacina apontada como meio capaz de combater o HIV, desenvolvida pelo Duke Human Vaccine Institute, nos Estados Unidos, gerou a produção de uma pequena quantidade de anticorpos amplamente neutralizantes — um tipo específico de anticorpo capaz de reconhecer e neutralizar uma ampla gama de variantes de um vírus. O ensaio clínico foi realizado com um pequeno grupo de participantes e os resultados foram publicados na revista Cell.

O estudo mostra que a vacina testada pode gerar anticorpos para combater diversas variantes do vírus e iniciar esse processo em semanas, desencadeando uma resposta imune crucial. A droga mira uma área do envelope externo do HIV-1 chamada região proximal externa da membrana (MPER), que se mantém estável mesmo quando o patógeno sofre mutações. Os anticorpos contra essa área estável podem bloquear a infecção por várias cepas.

“Esse estudo é um avanço significativo, demonstrando a possibilidade de induzir anticorpos através de imunizações que neutralizam as cepas mais difíceis do HIV”, comemorou, em nota, Barton F. Haynes, diretor do Duke Human Vaccine Institute. “Os próximos passos incluem induzir anticorpos mais potentes contra outras partes do HIV para evitar a fuga do vírus. Ainda não chegamos lá, mas o caminho está mais claro.”

Voluntários

Vinte pessoas saudáveis e sem o vírus participaram do ensaio clínico avaliado pelos cientistas. Quinze receberam duas das quatro doses planejadas da vacina experimental e cinco receberam três doses. Após duas imunizações, a vacina teve uma taxa de resposta sérica de 95% e uma taxa de resposta de células T CD4 no sangue de 100% —duas medidas que indicam forte ativação imunitária. A maioria das respostas séricas estava direcionada à parte do vírus alvo da vacina.

Apesar de a resposta à vacina ocorrer com apenas duas doses, o ensaio foi interrompido quando um participante teve uma reação alérgica não fatal. Similar às raras situações vistas em vacinações contra a covid-19. A equipe investigou a causa e acredita que o problema foi provavelmente causado por um aditivo.

“Para obter um anticorpo amplamente neutralizante, vários eventos precisam ocorrer, geralmente ao longo de anos após a infecção”, frisou Wilton Williams, membro do Duke Human Vaccine Institute. “O desafio sempre foi replicar esses eventos em menos tempo com uma vacina. Foi emocionante ver que, com essa vacina, pudemos induzir anticorpos neutralizantes em poucas semanas.”

Grande potencial

Hemerson Luz, infectologista e chefe da Clínica de Infectologia do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, afirma que o desenvolvimento de uma vacina contra o HIV certamente vai impulsionar o avanço da ciência e da medicina. “Com a capacidade do Brasil em desenvolver e fabricar vacinas com tecnologias nacionais, temos um dos melhores programas de imunização do mundo, com acesso universal da população, isso facilitará a implementação do imunizante em um futuro não muito distante, mas os desafios ainda são enormes”, ressalta Luz.

Segundo o especialista, uma vacina contra o HIV reduz os custos da saúde. “Menos pessoas infectadas significa um menor gasto com tratamentos, muitas vezes caros e de longo prazo resultando assim em um impacto econômico significativo.” Para ele, o imunizante pode ajudar a reduzir o estigma em torno da Aids, doença provocada pelo HIV.

Como características promissoras da droga, os pesquisadores apontam a permanência de células imunológicas cruciais em um estado que lhes permite adquirir mutações, evoluindo junto com o vírus. Os pesquisadores afirmam que ainda há trabalho a ser feito para criar uma resposta mais robusta e atingir mais regiões do envelope do vírus. Uma vacina eficaz contra o HIV provavelmente terá pelo menos três componentes, cada um mirando diferentes áreas do vírus.

Werciley Vieira Júnior, infectologista do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, pontua que a primeira função da vacina seria controlar os quadros infecciosos, reduzir complicações e condições mais graves. “O vírus pode atingir qualquer pessoa, está em todos os continentes e causa um grande agravo social, psicológico e orgânico. O grande impacto é sair de uma doença que não tem cura, que é apenas controlável, e conseguir fazer com que ela não evolua.”

“Precisaremos atingir todos os locais vulneráveis do envelope para que o vírus não possa escapar”, afirmou Haynes. “Mas este estudo mostra que anticorpos amplamente neutralizantes podem ser induzidos em humanos por vacinação. Agora que sabemos que a indução é possível, podemos replicar isso com imunógenos que têm como alvo outras áreas vulneráveis do envelope do vírus.”

Luz detalha que as constantes mutações do vírus e os locais do organismo em que eles se escondem do sistema imunológico, conhecidos como santuários, continuam sendo “os principais desafios para o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o HIV.”

Rastreamento 

Uma equipe também do Duke Human Vaccine Institute (DHVI) desenvolveu uma vacina que funciona como um GPS, orientando o sistema imunológico a produzir anticorpos amplamente neutralizantes contra o HIV. Publicado na Cell Host & Microbe, recentemente, o trabalho detalha como fornecer instruções passo a passo para gerar esses anticorpos essenciais. O grupo começou com uma versão inicial de um anticorpo neutralizante, adicionando mutações sequenciais para identificar as que seriam necessárias para neutralizar o HIV. Eles desenvolveram uma vacina que instrui o sistema imunológico a seguir essa rota mutacional. Testada em ratos geneticamente modificados, a abordagem se mostrou eficaz em desencadear a produção desses anticorpos, com potencial para aplicação em outras vacinas. O próximo desafio será testar a estratégia em primatas e humanos.

Rastrear o vírus

Uma equipe também do Duke Human Vaccine Institute (DHVI) desenvolveu uma vacina que funciona como um GPS, orientando o sistema imunológico a produzir anticorpos amplamente neutralizantes contra o HIV. Publicado na Cell Host & Microbe, recentemente, o trabalho detalha como fornecer instruções passo a passo para gerar esses anticorpos essenciais. O grupo começou com uma versão inicial de um anticorpo neutralizante, adicionando mutações sequenciais para identificar as que seriam necessárias para neutralizar o HIV. Eles desenvolveram uma vacina que instrui o sistema imunológico a seguir essa rota mutacional. Testada em ratos geneticamente modificados, a abordagem se mostrou eficaz em desencadear a produção desses anticorpos, com potencial para aplicação em outras vacinas. O próximo desafio será testar a estratégia em primatas e humanos.

Diário de Pernambuco (Com informações do Correio Brasiliense)

Apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe

Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe. Até o momento, 14,4 milhões de doses foram aplicadas para uma população-alvo de 75,8 milhões de pessoas. A campanha de vacinação começou oficialmente no dia 25 de março.

“A partir de agora, a expectativa é imunizar 75 milhões de pessoas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), como idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, professores da rede pública de ensino, entre outros públicos prioritários”, disse, na ocasião, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Os estados com as menores porcentagens da população vacinada são o Distrito Federal (13,78%), Mato Grosso do Sul (14,18%), Mato Grosso (14,36%), Bahia (14,92%) e Rio de Janeiro (17,76%).

Em 2024, a vacinação contra a influenza acontecerá no primeiro semestre do ano nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto no Norte será no segundo semestre. A mudança na estratégia, desde 2023, busca atender às particularidades climáticas da região, que inicia no período do Inverno Amazônico, quando há maior circulação viral e de transmissão da gripe.

Neste ano, a composição da vacina é destinada a proteger contra a Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.

Agência Brasil

Pernambuco recebe 72 mil doses da vacina contra dengue

Pernambuco recebeu, nesta sexta-feira (5), 72.020 doses de vacina contra a dengue. Trata-se da terceira remessa nacional disponibilizada pelo governo federal, que tem como meta expandir a vacinação para novas regiões do País.

Em todo o Brasil, mais 165 municípios foram contemplados com a ampliação da imunização, com os critérios estabelecidos: Regiões de Saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes. Também são consideradas as altas taxas de transmissão nos últimos meses.

Em Pernambuco, 20 cidades foram beneficiadas (veja lista ao final desta matéria).

A distribuição para os 20 municípios da 1ª Regional de Saúde do Estado começa na próxima segunda-feira (8), segundo informou a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE).

O início da vacinação ocorre de acordo com a organização e a estratégia da gestão de saúde de cada município.

O público-alvo da vacinação, neste início, são as crianças entre 10 e 11 anos, 11 meses e 29 dias de idade.

O Programa Estadual de Imunizações (PEI-PE) direcionou a 1ª dose, em Pernambuco, para esta faixa etária, com o intuito de ampliar o número de municípios no acesso ao imunobiológico, diante da quantidade limitada de doses recebidas neste momento.

A estratégia federal, o PEI-PE destaca, abrange a população de 10 a 14 anos.

“É uma notícia muito boa; mostra a parceria forte entre a SES-PE e o Ministério da Saúde. É um reconhecimento de Pernambuco dentro rede nacional contra as arboviroses. É mais saúde para o povo pernambucano. Nesse caso, para as nossas crianças, que vão ter acesso às doses contra a dengue. A vacina chega numa hora oportuna, em virtude do crescimento dos casos em Pernambuco”, frisa a secretária Estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti.

Os pais ou responsáveis devem se dirigir a uma unidade de saúde básica com cartão de vacinação e documento de identificação com foto.

A SES-PE reforça que o esquema completo da imunização é feito em duas doses, com intervalo de três meses.

“Os pais ou responsáveis têm que levar as crianças para se vacinar e fortalecer seus filhos contra mais uma doença, que é a dengue. Já alinhamos com as Secretarias de Saúde dos municípios contemplados e, tão logo eles se organizarem, vão iniciar a vacinação”, afirmou a superintendente estadual de imunizações, Jeane Tavares Torres.

Cidades beneficiadas com a vacina contra a dengue
Recife, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Vitória de Santo Antão, Cabo de Santo Agostinho, Igarassu, Camaragibe, Abreu e Lima, Olinda, Chã Grande, Araçoiaba, São Lourenço da Mata, Chã de Alegria, Moreno, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Glória do Goitá, Fernando de Noronha, Pombos e Itapissuma.

Estudo aponta perfil de quem compartilha notícias falsas sobre vacinas

Pessoas entre 35 anos e 44 anos de idade, educação inferior ao ensino médio, das classes D ou E, independente de sexo, e que frequentam igrejas evangélicas, são as que mais compartilham notícias falsas sobre vacinas no Brasil. O perfil foi delineado pelo estudo A Comunicação no Enfrentamento da Pandemia de Covid-19, realizado em agosto, no Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília (CPS/UnB), que ouviu 1.845 pessoas com acesso à internet.

“Não quer dizer que pessoas que têm essas características são pessoas que automaticamente compartilham notícias falsas, mas o contrário, que pessoas que compartilham esses tipos de desinformação sobre vacinas costumam ter essas características”, explicou o pesquisador que está a frente do estudo e coordenador do CPS/UnB, Wladimir Gramacho.

Segundo o pesquisador, quando comparado a outros levantamentos que também trataram sobre desinformação na internet, é possível observar que o comportamento de pessoas que divulgam informações incorretas, ou notícias falsas, variam conforme o tema. De acordo com Wladimir, quando o tema político é observado, há uma tendência de pessoas idosas mais facilmente compartilharem notícias erradas, mas quando o assunto é vacina esse padrão é diferente no Brasil, inclusive quando comparado a pesquisas realizadas em outros países.

“A principal explicação para isso talvez seja o fato de pessoas mais velhas terem sido socializadas em uma época em que o país viveu grandes conquistas no seu Programa Nacional de Imunizações”, disse.

Metodologia
Para seleção da amostra nacional, os pesquisadores utilizaram um cadastro online com mais de 500 mil inscritos, no qual foram aplicadas cotas de gênero, idade, região e classe social para representar adequadamente a população brasileira. Os participantes selecionados responderam um questionário online no qual foram convidados a compartilhar 12 notícias sobre vacinas, identificadas apenas pelo título, sendo metade com conteúdo verdadeiro e outras seis falsas.

De todos os pesquisados, 11,3% informaram que compartilhariam ao menos uma das notícias falsas e 3,7% informaram que compartilhariam cinco das notícias inverídicas.

Hábitos de mídia
Na amostra também foram analisados os hábitos de uso de mídias das pessoas que afirmaram que compartilhariam as notícias falsas. Os pesquisadores puderam observar que as pessoas que mais espalhariam desinformação são as que têm nas mídias digitais a principal fonte de informação. “São usuários mais frequentes de plataformas como Telegram e Tik Tok que têm maior tendência de compartilhar notícias falsas sobre as vacinas”, disse Wladimir.

Quando os pesquisadores analisaram o comportamento de uso da televisão, principal meio de informação no país, eles verificaram que, na comparação entre os que declararam fazer parte da audiência do Jornal Nacional e os que declararam fazer parte da audiência do Jornal da Record, os primeiros tiveram a metade das chances de divulgarem notícias falsas.

Para os analistas, uma possível justificativa para esse comportamento seria um processo de exposição seletiva dos brasileiros entre esses dois telejornais. “A audiência mais frequente do Jornal da Record reúne pessoas simpatizantes do governo Jair Bolsonaro, que foi um governo que difundiu muitas informações incorretas sobre as vacinas e que, ele próprio, fez campanha contra a vacinação”, destaca Wladimir.

Seminário
No dia 7 de novembro, uma análise sobre as possibilidades de intervenção para diminuir a divulgação de informações incorretas nos meios digitais será divulgada pelos pesquisadores durante o 2º Seminário A Desinformação Científica como um Problema Público Transnacional, que acontecerá na Faculdade de Comunicação da UnB.

Agência Brasil

Vacina brasileira contra dependência em cocaína e crack vence o Prêmio Euro

Esta semana, ocorreu, em São Paulo, a cerimônia de entrega do prêmio que reconhece grandes inovações da área médica. A equipe da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) superou outras 11 iniciativas com a Calixcoca, vacina terapêutica contra a dependência química pela cocaína e crack.

A equipe levou o prêmio no valor de 500 mil euros (R,6 milhões), na premiação organizada pela multinacional farmacêutica Eurofarma. A vacina SpiN-Tec, também desenvolvida pela UFMG, contra a covid-19, recebeu 50 mil euros por ter sido uma das vencedoras na categoria “inovação em terapias”.

De acordo com a Faculdade de Medicina da UFMG, o financiamento para desenvolver a vacina tem sido do governo federal e de Minas Gerais, com verbas de emendas parlamentares, e depende de novos recursos para dar continuidade. Em julho deste ano, o secretário da Saúde Minas Gerais, Fábio Baccheretti, havia anunciado durante visita da ministra Nísia Trindade a UFMG, o aporte de R milhões no projeto. Mas a busca por novos parceiros para licenciar a vacina continua e é feita pela Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da Universidade.

Atualmente não existem tratamentos registrados em agências reguladoras para a dependência química em cocaína e crack. As alternativas existentes são tratamentos comportamentais ou o uso de medicamentos com a função de ajudar a tolerar a abstinência.

Calixcoca

O medicamento desenvolvido na UFMG induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga numa molécula grande, que não passa pela barreira hematoencefálica — estrutura que tem função de regular o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central.

O teste feito em ratas grávidas, atestou que a vacina produz níveis significativos de anticorpos e impede a ação da droga na placenta e no feto. O projeto já passou pelos testes pré-clínicos, em que comprova segurança e eficácia, e a partir de financiamentos poderá avançar para a etapa com humanos.

Correio Brasiliense

Prefeitura de Petrolina oferta vacinação em horário especial

A Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, continua ofertando vacinação em horários especiais. Nesta sexta-feira (11), a Unidade Básica de Saúde (UBS) Atrás da Banca, está com a sala de vacina aberta das 8h às 12h e das 14h às 19h. Já no sábado, será a vez da UBS Júlio Andrade, no Cacheado, abrir das 8h às 12h.

Para se imunizar, basta comparecer nas Unidades com documento de identificação com foto, cartão SUS ou CPF e o cartão de vacinação. Serão disponibilizadas vacinas para crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Prefeitura de Juazeiro reforça a importância da vacinação contra gripe e Covid-19

A Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), segue reforçando o alerta sobre a importância da vacinação contra influenza e Covid-19 para prevenção das doenças. Os imunizantes seguem disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do município.

Juazeiro vacinou, até o momento, pouco mais de 43% do público alvo de influenza. Para estimular e facilitar o acesso da população à vacina, a Sesau esteve com suas equipes nos supermercados da cidade oferecendo imunizantes contra a gripe e a bivalente da Covid-19. A ação permitiu que 751 doses fossem aplicadas nos dias 10 e 17 de junho.

De acordo com a enfermeira da Unidade Central de Imunização da Sesau, Renata Moreira, foram aplicadas 295 doses de influenza e 286 de bivalente. “A ação trouxe resultados positivos, mas reforçamos a importância da vacinação para prevenir casos graves de gripe e Covid-19, que podem levar até a óbitos”, disse.

Para tomar a vacina é preciso levar RG, CPF ou cartão SUS e o cartão de vacina. Destacando que cada UBS tem um cronograma próprio de aplicação de vacinas.

 

 

Texto: Marcela Cavalcanti – Ascom Sesau/PMJ

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