Estudo mostra relação entre dependência da internet

A universitária Milena Dias cursa jornalismo, em Brasília, e diz que todo mundo estranha o fato de ela não ter rede social. A estudante acredita que, em algum momento, isso vai mudar, mas, por enquanto, gosta de não fazer parte do ambiente virtual. “Não sinto falta de postar fotos minhas, não sinto falta de ver as postagens dos outros, [porque] é um mundo separado da realidade. É diferente da vida real, é um mundo muito de estereótipos e, mais do que isso, de muita exposição.”

Já para a estudante de nutrição Maria Eduarda Nestali, que também mora na capital federal, as redes sociais são importantes: “Eu tenho WhatsApp, Instagram, TikTok, mas sou bem criteriosa com os conteúdos que eu assisto”, pondera Maria Eduarda.

Estudos indicam que o impacto da internet na saúde mental pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da forma como ela é utilizada. A necessidade de permanecer conectado à rede mundial de computadores preocupa especialistas, que apontam a relação entre o consumo excessivo das plataformas online e transtornos mentais como depressão e ansiedade.

Foi buscando uma resposta para o que acontecia com estudantes da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) que a professora Irena Penha Duprat resolveu aliar o interesse pelo uso excessivo da internet à pesquisa sobre a chamada ideação suicida. Este ano, ela defendeu, na Universidade de São Paulo (USP), a tese O Papel da Internet na Saúde Mental de Jovens Universitários e sua Relação com Ideação Suicida.

Irena Duprat observou, em 2017 e 2018, um aumento no número de alunos com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, e algumas tentativas de suicídio, o que, segundo ela, era muito preocupante. “Queria saber se o uso excessivo influenciava no pensamento suicida do estudante”, explica.

Foram entrevistados 503 alunos de seis cursos da área de saúde. “Eles responderam alguns questionários e, entre eles, um teste sobre dependência de internet e um sobre ideação suicida, além da questão sociodemográfica para conhecer o perfil de cada estudante”, conta Irena.

Cerca de 51% dos estudantes foram classificados com algum tipo de dependência: leve, quando a pessoa usa muito a internet, mas tem a percepção disso e consegue parar; e moderada e grave, quando já não há essa percepção. Irena explica que, nesses dois últimos casos, a dependência é comparada a qualquer outra, sem limites. “No caso da ideação suicida, no questionário, a gente teve uma prevalência de 12,5% de estudantes com ideação presente”, revela.

Onze dos entrevistados com sintomas depressivos apresentaram maior frequência de ideação suicida, assim como aqueles com nível de ansiedade alto. Ainda de acordo com a pesquisa, a ideação suicida foi maior entre estudantes que reportaram dependência moderada ou grave da internet.

“O uso da internet [é] como um mecanismo de fuga para diversas situações da vida deles. Principalmente aqueles que relataram problemas como depressão, ansiedade, estresse. Eles usavam na verdade a internet como um refúgio para fugir dos problemas”, aponta a professora Irena Duprat.

O impacto negativo também é sentido no caso da exposição em mídias sociais como Instagram e Facebook, sobretudo na saúde mental das mulheres. A professora diz que, para as jovens, é “algo que influenciava na questão do pensamento suicida, principalmente em relação a esses conteúdos que podem gerar sentimentos de inferioridade, baixa autoestima”.

“Por quê? Porque a gente olha aquelas redes sociais, as influencers, e as pessoas parecem ter uma felicidade. As mulheres apresentam o ideal de beleza que quem está olhando muitas vezes não se sente assim”, ressalta.

 A psicóloga Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere, que se dedica ao trabalho de prevenção e de posvenção (apoio nos processos de luto) ao suicídio, também avalia que o uso da tecnologia pode ser positivo ou negativo.

“É difícil a gente estabelecer o que começa antes, se um uso excessivo da tecnologia que leva a questões de saúde mental ou influencia as questões de saúde mental; ou se as pessoas já estão lidando com questões de saúde mental e acabam fazendo um uso excessivo das redes, por conta disso”, destaca a psicóloga Karen Scavacini.

Karen acredita que os impactos dependem da vulnerabilidade das pessoas, se elas estão passando por situações delicadas, com algum transtorno mental não tratado ou não diagnosticado. Têm relação também com as horas de uso e como é esse uso – se é mais passivo ou mais ativo.

Outro fator que merece atenção é o que a rede tem oferecido para os usuários dependendo dos conteúdos que eles buscam, a partir dos algoritmos. “Se ela vai e procura depressão, o que ela recebe de informação? Se ela procurar autolesão, se ela procurar suicídio, o que que ela encontra? Então, o que as redes oferecem em termos de conteúdo.”

A psicóloga lembra que, em muitos casos, as pessoas recorrem às redes para buscar grupos de pertencimento, com quem conversar e pedir ajuda. Ela cita pesquisas recentes que mostram que muitos jovens, por exemplo, têm buscado na internet informações sobre saúde mental e como superar o preconceito e o estigma em relação ao assunto.

O Instituto Vita Alere oferece materiais educativos gratuito de acesso livre. Desde um baralho que pode ser usado em sala de aula por professores para abordar o tema da prevenção do suicídio na internet, até uma cartilha para pais e educadores sobre tempo de uso. No ano passado, o instituto abriu um centro de inovação para estudos em saúde mental, tecnologia e suicidologia.

O instituto oferece ainda o Mapa da Saúde Mental, um mapeamento nacional dos locais de atendimento em saúde mental gratuitos no país. Os interessados podem acessar o Mapa da Tecnologia, que mostra locais de ajuda específicos para pessoas que estão passando ou passaram por alguma violência online.

Karen Scavacini destaca que, hoje em dia, a tecnologia pode funcionar como aliada e cita, por exemplo, aplicativos que indicam onde buscar informações e outros tipos de ajuda para pessoas em sofrimento.

Agencia Brasil

Após baixo resultado, Butantan encerra estudo para vacina contra covid

O Instituto Butantan confirmou nesta sexta-feira (23), em nota oficial, que irá encerrar o desenvolvimento de imunizante contra a covid-19. Os estudos para a vacina estavam na chamada Fase II, que contava com testes em 400 voluntários. Porém, os resultados obtidos foram abaixo do desempenho esperado, ficando aquém de outras vacinas utilizadas no país.

“De acordo com a pesquisa, a Butanvac dobrou a quantidade de anticorpos contra a doença após 28 dias de sua aplicação, quando a meta esperada era que induzisse uma produção de anticorpos quatro vezes maior, número atingido por vacina já disponível à população”, diz a nota.

“O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso. Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras”, explica o diretor do instituto, o epidemiologista Esper Kallás, no comunicado.

A vacina era chamada internacionalmente de NDV-HXP-S e estava sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia, a partir de tecnologias que o instituto já dominava para a produção de vacina contra a gripe causada pelos vírus influenza e que utilizam ovos de galinha para produzir os antígenos.

Agência Brasil

Declínio financeiro em pessoas entre 50 e 65 anos aumenta risco de demência, alerta novo estudo

Um estudo realizado com 8 mil pessoas analisou pessoas que perderam pelo menos 75% de suas economias em dois anos. Esses homens e mulheres, quando comparados com quem manteve uma situação financeira estável, tiveram um risco 27% maior de desenvolver demência.

Coordenado pela Escola de Medicina da Universidade de Zhejiang, na China, e publicado na revista JAMA Network Open, o trabalho acompanhou pessoas com mais de 50 anos nos Estados Unidos ao longo de 14 anos. O diagnóstico foi baseado em uma avaliação telefônica detalhada com um médico especializado e no desempenho em testes de habilidades de pensamento. O médico também investigou sobre questões relacionadas a atividades diárias, como fazer compras, cozinhar e tomar medicamentos.

Aqueles que foram acometidos por uma mudança financeira mostraram um declínio mais rápido quando submetidos a testes regulares que avaliaram suas capacidades de raciocínio, que incluíam lembrar uma lista de itens após um atraso, contar regressivamente e matemática mental.

A relação entre a queda econômica o declínio cognitivo foi observada, no entanto, apenas em pessoas com até 65 anos de idade. Uma das possíveis explicações para o impacto nessa faixa etária está no fato de ser uma fase da vida em que ainda temos grandes responsabilidades financeiras, estamos produtivos, mas com uma perspectiva de envelhecimento mais próxima.

Os mais velhos não sofreram o mesmo efeito. Os autores do estudo sugerem que os idosos podem lidar melhor com acontecimentos estressantes da vida. Mas a conclusão sobre os mais velhos pode não ser precisa, uma vez que o estudo incluiu um número relativamente pequeno de pessoas com mais de 65 anos, o que pode ter distorcido os resultados.

Jing Guo, autor principal do estudo, afirmou que o estresse de um choque financeiro negativo e repentino implica, em primeiro lugar, na diminuição do consumo de bens e serviços de bem-estar que melhoram a saúde. Além disso, as pessoas podem ter de abandonar os hábitos alimentares saudáveis e reduzir drasticamente a atividade física e atividades sociais devido à emoção deprimida, afirmou o pesquisador.

A experiência de desamparo e impotência causada pelo drama financeiro também age diretamente no funcionamento dos mecanismos do corpo. O organismo tem a pressão arterial e a inflação aumentada, o que pode também prejudicar o cérebro e acelerar a perda de memória mais tarde na vida.

A longo prazo, a pressão alta pode danificar as artérias cerebrais, sobretudo as de pequeno calibre o que pode resultar em declínio cognitivo. Além disso, a hipertensão também pode danificar artérias maiores, aumentando o risco de derrame.As pessoas que participaram do estudo perder pelo menos três quartos de suas economias, como dinheiro na poupança, ações, imóveis e dívidas no cartão de crédito e empréstimos.

Agência O Globo

IFSertãoPE: Em estudo, pesquisador do IFSertãoPE desenvolve metodologia para o diagnóstico precoce do Alzheimer por meio de células bucais

O professor e pesquisador do campus Floresta do IFSertãoPE, Marfran Claudino Domingos, desenvolveu estudo que investiga a possibilidade de diagnóstico da doença de Alzheimer através de células bucais. A técnica utiliza-se do potencial da espectroscopia infravermelha, que baseia-se no fato de que a maioria das moléculas absorvem luz na região infravermelha do espectro eletromagnético, podendo, assim, ser usada para identificar um composto ou investigar a composição de uma amostra.

“Combinada com algoritmos de aprendizagem automática, a análise obteve uma sensibilidade de 76% e uma especificidade de 100%, indicando, assim, alta precisão na detecção da doença. Essas descobertas destacam a viabilidade da análise espectroscópica de células bucais como uma alternativa não invasiva e econômica para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer, com potencial impacto na progressão da doença através de intervenções oportunas”, explicou o pesquisador.

O estudo, desenvolvido em parceria com pesquisadores do Reino Unido e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi transformado em artigo. Com o título “O uso da espectroscopia ATR-FTIR para o diagnóstico da doença de Alzheimer utilizando células orais bucais”, a produção rendeu publicação na prestigiada revista científica Applied Spectroscopy Reviews (Fator de Impacto 6.1 e Qualis A1), do prestigiado grupo Taylor & Francis.

Aascom

Estudo identifica, pela primeira vez, região árida no Norte da Bahia

Um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), identificou características de clima árido no norte da Bahia. É a primeira vez que essa situação é detectada no país. Os pesquisadores dos dois órgãos federais, ambos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), também constataram que a área com clima semiárido vem aumentando.

Conforme os resultados do estudo, com exceção da região Sul e do litoral dos estados de Rio de Janeiro e São Paulo, a tendência de aumento da aridez se observa em todo o país. Os pesquisadores apontam que esse processo está relacionado com o aquecimento global. Isso porque, com o clima mais quente, cresce também a evapotranspiração [combinação entre a evaporação da água que cai no solo e a transpiração de água pelas plantas]. Na região Sul, no entanto, observa-se uma tendência inversa, associada ao aumento das chuvas.

Os resultados constam em uma nota técnica divulgada na última terça-feira (14). Eles utilizaram uma metodologia reconhecida internacionalmente. Através dela, é estabelecido o índice de aridez, calculado a partir de uma fórmula onde os valores de precipitação são divididos pela evapotranspiração potencial de cada região.

Nos climas mais secos, onde há um déficit de chuvas, essa razão fica abaixo de 1. A região é considerada semiárida se o resultado ficar entre 0,21 e 0,5 e árida se ficar abaixo de 0,2. De acordo com a nota técnica, em regiões com índice de aridez crítico, a falta de água favorece a ocorrência de queimadas e pode afetar de forma severa a agricultura e a pecuária. Nessas condições, quando o uso do solo não é feito de forma sustentável, observa-se processos de desertificação no longo prazo.

O diagnóstico produzido pelo Inpe e pelo Cemaden subsidiará a Política Nacional de Combate à Desertificação, coordenada pelo Ministério do Meia Ambiente. A análise considerou dados levantados entre 1960 e 2020. Eles foram divididos em períodos de 30 anos. Assim, foram feitos mapas com as médias históricas de quatro intervalos: 1960-1990, 1970-2000, 1980-2010 e 1990-2020.

Observou-se que áreas do semiárido do país, a cada década, cresce a uma taxa média superior a 75 mil quilômetros quadrados. Essas áreas concentram-se principalmente no Nordeste e no norte de Minas Gerais. No último período considerado, 1990-2020, observou-se o aparecimento de uma área de 5,7 mil quilômetros quadrados definida como árida no norte da Bahia.

Agência Brasil

HPV: um a cada três homens está infectado pelo vírus no mundo

O novo artigo da revista científica The Lancet Global Health divulgado nesta terça-feira (05/09) mostra que um a cada três adultos jovens entre 18 e 35 anos estão infectados com ao menos algum tipo do papiloma vírus humano (HPV), precursor do câncer de colo de útero em mulheres. Os dados foram coletados entre os anos de 1995 e 2022.

O HPV é a infecção viral sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo. Pesquisas mostraram que a maioria dos homens e mulheres sexualmente ativos terão pelo menos uma infecção genital por HPV durante suas vidas. Ainda de acordo com o artigo da The Lancet, existem mais de 200 tipos do vírus que podem ser transmitidos e todos os anos mais de 340 mil mulheres morrem de câncer de colo de útero no mundo. Nos homens, a doença se manifesta clinicamente com verrugas genitais, associadas aos cânceres de pênis e anal.

O estudo e as estimativas enfatizam a importância de incorporar os homens em estratégias abrangentes de prevenção, principalmente para reduzir a mortalidade relacionada com o vírus e a eliminação do cancro do colo de útero nas mulheres.

Vacinação

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há duas estratégias para eliminar a incidência do câncer de colo de útero em mulheres no mundo. São elas: o rastreamento da doença e a vacinação contra o HPV.

O rastreamento do câncer deve ser feito desde as mulheres que não apresentam sintomas e podem se sentir perfeitamente saudáveis até aquelas que apresentam lesões pré-cancerosas. A triagem também pode detectar o câncer em um estágio inicial, fazendo com que o tratamento tenha um alto potencial de cura.

Ainda de acordo com a OMS, existem atualmente duas vacinas que protegem contra o HPV 16 e o 18, que são conhecidos por causar pelo menos 70% dos casos do câncer. As vacinas também podem ter alguma proteção cruzada contra outros tipos menos comuns de HPV, como o 6 e 11, causadores de verrugas anogenitais.

Importante ressaltar que ambas as vacinas funcionam melhor se administradas antes da exposição ao HPV, por isso, a OMS recomenda a vacinação para meninas com idades entre 9 e 13 anos.

CorreioBrasiliense

Preço da cesta básica sofre aumento em Petrolina e Juazeiro, segundo Facape

(Foto: Internet)

Uma recente pesquisa, realizada pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Petrolina (Facape), mostrou que, em comparação com maio, Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) registraram aumento no preço final da cesta básica.

De acordo com a pesquisa, em Juazeiro a inflação foi de 3,49% e em Petrolina de 1,63%. “Isso significa que um trabalhador do Vale do São Francisco, que recebeu um salário-mínimo de R$ 1.212,00, gastou 42,8% da sua renda com a compra de produtos da cesta básica”.

Assim como no mês anterior, no mês de junho, a cidade de Juazeiro (BA) teve um custo de cesta básica menor que o município de Petrolina (PE). Na cidade baiana, o custo da cesta básica é de R$ 515,07. Já em Petrolina o valor foi de R$ 522,61.

A pesquisa ressalta que existem muitas diferenças entre os preços coletados. “O ideal é que os consumidores fiquem atentos e pesquisem para poder economizar, já que a inflação geral continua crescendo fortemente”.

Estudo da Fiocruz mostra efetividade das vacinas em idosos

(Foto: Itamar Crispim/Fiocruz)

Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que o esquema vacinal completo contra covid-19 (duas doses) garante taxas de efetividade médias de 79,8% em pessoas com 60 a 80 anos e de 70,3% em idosos com mais de 80 anos.

Considerando-se uma média daqueles que receberam o esquema vacinal completo e aqueles que tomaram apenas a primeira dose, as taxas de efetividade ficam em 73,7% em idosos com até 79 anos e de 63% em pessoas com 80 anos ou mais.

O estudo considerou os imunizados com CoronaVac e AstraZeneca e foi feito com base em registros de hospitalização e morte por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que permitiu avaliar a efetividade em relação à redução de casos graves e óbitos.

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Idoso de 81 anos realiza sonho de se formar em contabilidade na Facape

Aos 81 anos, seu Manoelito de Campos Rodrigues é o aluno mais velho da Faculdade de Petrolina – Facape. Ele está concluindo a graduação em Ciências Contábeis, área que já atua há mais de 50 anos. O desejo de qualificar-se foi a grande motivação para sua entrada na universidade. O Censo de Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) aponta que o número de idosos matriculados em cursos de ensino superior aumentou 46,3% entre os anos de 2013 e 2017.

Natural de Sento Sé/BA , veio para Juazeiro/BA aos 14 anos para estudar e na mesma cidade concluiu o ensino médio, casou e formou família. Bacharel em educação religiosa e com outras experiências universitárias, seu Manoelito considera-se um sonhador. “Sempre sonhei com isso e nunca é tarde pra buscar ser feliz. O maior aprendizado é entender que tudo podemos fazer e ser. A minha história é longa, tenho 81 anos bem vividos e estou aqui para viver mais, com fé em Deus,” relatou.

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Óculos podem reduzir risco de contaminação pelo novo coronavírus, diz estudo

Um estudo apontou que o risco de infecção por Covid-19 em pessoas que usam óculos regularmente pode ser de duas a três vezes menor. A taxa de contaminação cai dos usuais 1,35 para a população no geral para 0,48 entre os usuários de óculos, diz a pesquisa.

Liderado pelo cientista indiano Amit Kumar Saxena, o estudo, ainda em fase preliminar, abrangeu mais de 300 pessoas na região norte da Índia entre aqueles que haviam contraído o novo coronavírus ou que não foram contaminados.

Entre os participantes da pesquisa realizada por Saxena, 58 disseram usar óculos de grau na maior parte do tempo ou óculos de sol sempre que estão ao ar livre. Segundo o pesquisador, a mudança nas taxas de transmissão desse grupo em relação ao total da população se mostrou “estatisticamente significante”.

Anteriormente, outro estudo havia sido realizado na China para medir a relação entre usuários de óculos e a baixa taxa de transmissão. A pesquisa apontou que apenas 16 pacientes de um total de 276 internados com Covid-19 no hospital Suizhou Zengdu, na província de Hubei, tinham miopia e usavam óculos com frequência.

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IF Sertão-PE e Uneb lançam a Revista Baiana de Educação Matemática

(Foto: Internet)

Uma parceria entre o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) vai possibilitar a divulgação de pesquisas científicas na área da Educação Matemática e experiências de professores da Educação Básica e estudantes dos cursos de licenciatura. É a Revista Baiana de Educação Matemática (RBEM), um periódico virtual de fluxo contínuo que pretende intercambiar ideias entre pesquisadores de diferentes regiões do país e nacionalidades.

Os trabalhos, que podem ser enviados em qualquer tempo, serão publicados logo após a sua aprovação e quando da realização da diagramação. Não será cobrada nenhuma taxa para submissão, avaliação ou publicação de artigos, que têm como foco o professor de Matemática, sua formação, a realidade e cultura escolar e o ensino e aprendizagem dessa ciência.

De acordo com o editor-assistente da Revista e professor do campus Santa Maria da Boa Vista do IF Sertão-PE, André Ricardo Vieira, o compromisso do periódico é oferecer um espaço qualificado à comunidade da Educação Matemática. “Além de prezar pela qualidade de suas publicações, a RBEM estará acompanhando as necessidades de seus colaboradores e as exigências para sua visibilidade, qualificação e impacto científico enquanto espaço de socialização das diversas experiências ocorridas, tanto no Ensino Superior como na Educação Básica”, afirma ele.

Conheça a Revista Baiana de Educação Matemática acessando o endereço: https://www.revistas.uneb.br/index.php/baeducmatematica/index.

Estudo projeta 4,6 mil casos de coronavírus e 187 mortes na Bahia no dia 4 de maio

(Foto: Renan Pinheiro/TV Bahia)

Uma pesquisa da Rede CoVida, ligada à Fiocruz Bahia, aponta que o estado deve ter cerca de 4,7 mil casos confirmados de coronavírus no dia 4 de maio. Atualmente, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do estado (Sesab) no início da tarde desta quinta-feira (30), são 2.851 pessoas diagnosticadas com a doença. O número de óbitos, que hoje é de 104, poderá passar para 125, podendo atingir 187 óbitos.

Em Salvador, também se prevê uma duplicação do número de casos até o dia 4 de maio, quando o total acumulado pode superar os 2.500 pacientes diagnosticados com a doença. O número de mortes na capital baiana deverá chegar a 80, mas pode atingir 121 casos no cenário mais pessimista.

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Coronavírus evolui de forma mais controlada no Brasil, diz estudo

O novo coronavírus está evoluindo de forma mais controlada no Brasil do que em outros países afetados pela pandemia, como China, Itália, Espanha e Estados Unidos. A conclusão está em uma nota técnica de um grupo o é de especialistas da PUC-RJ e da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O documento é do NOIS (Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde), que monitora e faz projeções sobre o desenvolvimento dos casos de covid-19 no Brasil em relação ao resto do mundo.

O crescimento mais lento no número de casos estaria ligado ao fato do país ter se preparado com as medidas de contenção ainda no início da epidemia por aqui.

A nota, assinada por 14 especialistas, ressalta, no entanto, que o Brasil tem duas dificuldades na identificação dos casos confirmados de infecção.

A primeira se deve à falta de testes suficientes para se fazer uma ampla sondagem do número de pessoas com a covid-19. A segunda seria a demora na obtenção dos resultados e notificações. A região mais impactada por esses dois fatores seria o estado de São Paulo.

Nesta quarta, o governo federal começou a distribuir os 500 mil kits de testes rápidos importados da China para ampliar a detecção de casos positivos da doença. A remessa é o primeiro lote de uma doação  de 5 milhões de unidades.

Segundo dados divulgados no fim da tarde pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 6.836 casos confirmados de coronavírus e 241 mortes provocadas pela doença.

Projeto de Lei de Osório prevê estudos para instalação de teleférico entre Petrolina e Juazeiro

O Projeto ainda deve ser analisado pelas comissões devidas para, posteriormente, ir a plenário.

Um Projeto de Lei de autoria do vereador Osório Siqueira, presidente da Câmara Municipal de Petrolina, prevê a realização de estudos para a implantação de um teleférico entre as cidades de Petrolina e Juazeiro. A proposição dará entrada nesta quinta-feira (28) na Casa Legislativa.

O projeto autoriza o Poder Executivo a realizar estudos de viabilidade técnica e operacional para implantação de transporte por cabo aéreo teleférico, com embarque e desembarque sobre o Rio São Francisco.

A proposição deve ser analisada pelas devidas comissões, antes de ir a plenário para que os parlamentares possam debater o teor do texto e, posteriormente, aprovar ou não o projeto.

Estudo mundial aponta Petrolina e Juazeiro como cidades do Brasil que apresentam risco extremo de escassez de água

Rio São Francisco (Foto: Arquivo)

Um estudo mundial sobre recursos hídricos, realizado pela ONG World Resources Institute, divulgado hoje (6) pelo telejornal Bom Dia Brasil da TV Globo, aponta quais países estão em risco de escassez de água. Segundo a pesquisa, 17 países são apontados em risco extremamente alto de falta d’água, 12 deles estão no Oriente Médio ou na África.

Apesar de o Brasil não ser um dos países em pior situação, no estudo, as cidades de Petrolina (PE), Juazeiro (BA) e Juazeiro do Norte (CE) apresentam risco extremo de estresse hídrico, quando a região tem menos água que o necessário.

As causas apontadas para essa escassez de água são: consumo excessivo, desperdício, crise climática e degradação ambiental (áreas de captação de água).

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