ONU cita “esperança cautelosa” após queda de Assad na Síria

O enviado das Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Geir Pedersen, disse neste domingo (8) que o novo momento político do país, com a queda do presidente Bashar al-Assad, marca o fim de “um capítulo sombrio” e abre caminho para “uma esperança cautelosa por um novo tempo de paz, reconciliação, dignidade e inclusão para todos os sírios”.

Pederson avaliou o momento como decisivo na história da Síria, que “suportou quase 14 anos de sofrimento implacável e perdas indescritíveis”. Ele destacou que o momento “renova o sonho de voltar para casa, para as famílias separadas pela guerra, renova a esperança dos reencontros e, para os injustamente detidos, renova a busca por justiça”.

Transição inclusiva
O enviado da ONU para o país do Oriente Médio pediu ainda que todas as partes envolvidas no novo momento político do país evitem o derramamento de sangue e iniciem uma transição que inclua todas as comunidades, com foco na paz e na estabilidade e em evitar que o país seja dividido.

Segundo Pederson, existe um “desejo claro”, manifestado por milhões de sírios, de que sejam implementados acordos de transição estáveis e inclusivos e que as instituições sírias continuem a funcionar.

“Nesse sentido, o representante da ONU fez um apelo para que todos os atores armados mantenham a boa conduta, a lei e a ordem, protejam os civis e preservem as instituições públicas.”

Desafios
Para Pedersen, o fato de o principal grupo de oposição, o Hay’at Tahrir Al-Sham (HTS), ser listado como grupo terrorista traz desafios. O importante agora, segundo ele, é que sejam dados passos para uma transição rumo a um “futuro democrático”.

O enviado especial disse ainda que acompanha as movimentações de grupos armados e que alguns procedimentos teriam de ser seguidos caso o HTS venha a ser retirado da lista de terrorismo.

Após participar de uma reunião de alto nível em Doha neste fim de semana, incluindo encontros com Irã, Turquia e Rússia, Pederson disse ter reforçado a necessidade de garantir acordos de transição que incluam todas as comunidades na Síria. Segundo ele, todos os interlocutores convergem nesse aspecto e manifestaram apoio ao papel das Nações Unidas nesse processo.

Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu nota, na tarde deste sábado (7), informando que acompanha a escalada de violência na Síria e instando brasileiros que moram no país a procurar a embaixada brasileira em Damasco, para que também saiam do país.

No comunicado, o Itamaraty disponibilizou um telefone de emergência e recomendou que brasileiros consultem o portal consular, com alertas e atualizações sobre a situação no país do Oriente Médio.

“Em caso de emergência, o telefone de plantão da Embaixada em Damasco é: +963 933 213 438. O plantão consular do Itamaraty também permanece disponível no número +55 61 98260-0610 (inclusive WhatsApp).”

Entenda
Rebeldes sírios declararam ter deposto o presidente Bashar al-Assad após assumirem o controle de Damasco neste domingo, forçando-o a fugir e pondo fim a décadas de um governo classificado como autocrático da família de Assad após mais de 13 anos de guerra civil.

Vídeos publicados na agência de notícias RTP mostram grupos invadindo o palácio presidencial sírio, onde Bashar al-Assad residia. As imagens mostram o local tomado por rebeldes segurando bandeiras do país e parcialmente destruído. Há ainda relatos de focos de incêndio na residência oficial.

Agência Brasil

Papa Francisco nomeia 21 novos cardeais, incluindo um brasileiro

O papa Francisco eleva neste sábado ao posto de cardeal 21 prelados dos cinco continentes, com uma importante presença latino-americana, reflexo da importância que concede às periferias em uma Igreja cada vez mais globalizada.

Com este “consistório ordinário”, o 10º desde sua eleição em 2013, o jesuíta argentino, que está perto de completar 88 anos, continua consolidando sua herança e moldando à sua imagem o colégio de cardeais que deverão escolher seu sucessor.

Francisco terá nomeado quase 80% dos 140 cardeais “eleitores”, aqueles com menos de 80 anos, que participarão no próximo conclave, que exige maioria de dois terços para a escolha do novo pontífice.

Em seu pontificado, Francisco valorizou as dioceses distantes, localizadas no que ele chama de “periferias”, onde muitas vezes os católicos são minoria, e não abandonou o costume de recompensar sistematicamente arcebispados de grandes dioceses, como Milão ou Paris.

A nova promoção segue a mesma linha, com uma representação importante da América Latina e da Ásia, mas um pouco menor no caso da África.

Os novos cardeais latino-americanos serão os arcebispos de Lima, Carlos Gustavo Castillo; o arcebispo de Santiago del Estero e primaz da Argentina, Vicente Bokalic; o arcebispo de Guayaquil, Luis Gerardo Cabrera; o arcebispo de Santiago do Chile, Fernando Natalio Chomali, e o arcebispo de Porto Alegre, Jaime Spengler. “Temos que aprofundar a linha de uma Igreja aberta”, disse o argentino Bokalic em uma entrevista à imprensa oficial da Santa Sé, Vatican News.

Também há uma importante representação da Ásia-Pacífico, a região com maior expansão na última década, incluindo o arcebispo de Teerã, o arcebispo de Tóquio, o arcebispo de Bogor (Indonésia) ou o bispo da comunidade ucraniana de Melbourne. A escolha dos cardeais corresponde exclusivamente ao chefe da Igreja Católica, que os seleciona de acordo com seus próprios critérios e prioridades.

Sua missão é auxiliar o governo central da Igreja. Alguns vivem em Roma e assumem funções na Cúria (o governo do Vaticano), mas a maioria exerce seu ministério na diocese de origem.

AFP

Justiça dos EUA determina que esmeralda de quase 380 kg encontrada na Bahia seja devolvida ao Brasil

Após anos de briga judicial, a Justiça dos Estados Unidos acatou na quinta-feira (21) o pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) de repatriação da Esmeralda Bahia para o Brasil. A pedra bruta, encontrada em 2001 em Pindobaçu, no norte da Bahia, pesa aproximadamente 380 kg e é considerada um tesouro nacional. A esmeralda foi extraída e comercializada ilegalmente para o país americano, segundo a Advocacia-Geral da União.

O juiz responsável pelo caso, Reggie Walton, da Corte Distrital de Columbia, acatou o argumento brasileiro de que a pedra preciosa foi extraída e exportada ilicitamente. O magistrado determinou que o Departamento de Justiça dos EUA protocole a decisão final de repatriação até o dia 6 de dezembro.

Ainda cabe recurso da decisão, segundo a Advocacia-Geral da União (AGU). Caso aconteça, pode haver suspensão da repatriação até nova decisão da Justiça americana. Por enquanto, a Esmeralda Bahia segue sob a custódia da Polícia de Los Angeles, no estado na Califórnia.

A decisão foi celebrada por autoridades brasileiras. “Esta é uma vitória importantíssima para o Estado brasileiro, fruto de trabalho conjunto de cooperação da Advocacia-Geral da União (AGU) com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Justiça. Mais do que um bem patrimonial, a Esmeralda Bahia é um bem cultural brasileiro, que será incorporado ao nosso Museu Geológico”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias.A pedra preciosa foi levada do Brasil sem autorização ou permissão. Posteriormente, foi enviada aos EUA em 2005 com a utilização de documentos falsificados, afirmou a AGU.

Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas, no estado de São Paulo, condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos, em uma ação penal que também declarou que quem estivesse em posse da pedra devolvesse ao Brasil. Os empresários Elson Alves Ribeiro e Ruy Saraiva Filho foram condenados pelos crimes de receptação, uso de documento falso e contrabando.

A AGU atua há quase uma década no caso, desde que fez um pedido de cooperação jurídica à Justiça dos EUA por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A decisão pela repatriação atende a um pedido feito também pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, em maio de 2022, acolheu decisão da Justiça brasileira determinando a devolução da pedra.

G1 Bahia

Homem de 25 anos acorda momentos antes de ser cremado na Índia

Um indiano de 25 anos acordou momentos antes de ser cremado, depois de não ter sido realizada uma autópsia, no Rajastão, norte da Índia, na última quinta-feira. Rohitash Kumar, que tinha dificuldades de fala e audição, adoeceu e foi levado às pressas para o hospital Jhunjhunu.

A mídia indiana noticiou que o jovem sofreu um ataque epiléptico e que um médico o declarou morto ao chegar ao hospital. O médico-chefe do hospital, D. Singh, explicou que um médico “preparou o relatório post-mortem sem realizar a autópsia e que o corpo foi posteriormente enviado para cremação”.

Acrescentou que “pouco antes” da sua cremação, “o corpo […] começou a mover-se” e que o homem “estava vivo e respirando”. Kumar foi levado novamente ao hospital, onde morreu na sexta-feira.

Três médicos foram suspensos e a polícia abriu uma investigação, informaram o Times of India e outros meios de comunicação do país

Agência O Globo

Putin assina acordo de defesa mútua com Coreia do Norte

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um tratado de defesa mútua com a Coreia do Norte, soldados, segundo Kiev e Washington, estão prestes a se unir às forças russas que combatem as forças ucranianas.

Concluído durante uma visita de junho de Putin a Pyongyang, o tratado entre dois dos principais inimigos dos Estados Unidos prevê, entre outras coisas, “assistência militar imediata” recíproca no caso de um ataque a qualquer um dos países.

A alta câmara do Parlamento russo ratificou o tratado em 8 de novembro, mas ele ainda precisa ser assinado pelo presidente russo para entrar em vigor. O Kremlin publicou uma lei de ratificação em seu site na noite de sábado.

O acordo formaliza meses de crescente cooperação de segurança entre os dois países, aliados comunistas durante a Guerra Fria. A Rússia e a Coreia do Norte se aproximaram consideravelmente desde o início da invasão russa na Ucrânia em 2022.

O acordo também compromete os dois países a cooperar internacionalmente para se opor às avaliações ocidentais e coordenar suas posições na ONU. Em junho, Putin chamou o acordo de “documento revolucionário”.

Citando relatórios de inteligência, a Coreia do Sul, a Ucrânia e o Ocidente afirmam que a Coreia do Norte envia cerca de 10.000 soldados para a Rússia para lutar na Ucrânia. Questionado publicamente sobre essa implantação em outubro, o presidente russo não negou o fato, desviando uma pergunta para criticar o apoio ocidental à Ucrânia.

A Tarde

Irã alerta sobre risco de ‘propagação’ da guerra para além do Oriente Médio

Teerã alertou, neste sábado (9), sobre o risco de que os conflitos em Gaza e no Líbano, onde Israel está em confronto com as organizações pró-Irã Hamas e Hezbollah, se espalhem para outras regiões do mundo.

“O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio”, advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em discurso transmitido pela televisão estatal. “A insegurança e a instabilidade podem se espalhar para outras regiões, mesmo distantes”, acrescentou.

Israel, um dos principais inimigos regionais do Irã, está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza e com o Hezbollah no Líbano, dois movimentos aliados a Teerã, que, por sua vez, pede um cessar-fogo em ambas as frentes. A tensão entre os dois países cresceu no calor dos conflitos em Gaza e no Líbano e, em 26 de outubro, caças israelenses bombardearam instalações militares no Irã, em retaliação a um ataque balístico iraniano contra Israel em 1º de outubro. Teerã prometeu responder, e Israel deixou claro que atuaria com mais força se isso acontecesse.

Na quinta-feira, Ali Larijani, assessor do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o Irã deve se proteger contra uma reação “instintiva” contra Israel para “não cair na armadilha” do governo de Benjamin Netanyahu. Já o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, declarou no domingo que um eventual cessar-fogo entre os aliados do Irã e os de Israel poderia influenciar a resposta de seu país aos ataques israelenses.

Neste sábado, o Irã também pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que “mude” sua política de “pressão máxima”, aplicada durante sua primeira administração na Casa Branca.

“Trump deve demonstrar que não segue as políticas errôneas do passado. Como um empresário, ele deveria avaliar os prós e os contras e decidir se deseja continuar ou mudar esta política prejudicial”, disse Mohamad Javad Zarif, vice-presidente iraniano de assuntos estratégicos, à imprensa.

AFP

Google apresentará prévia de IA que assume o controle de computadores, diz jornal

O Google está se preparando para apresentar uma tecnologia de inteligência artificial que pode assumir o controle de navegadores de internet para realizar tarefas como pesquisa e compras, de acordo com o jornal “Information”.

A expectativa é que a empresa revele o produto em dezembro durante o lançamento da próxima geração do Gemini, seu modelo de linguagem de IA. O esforço é conhecido como ‘Project Jarvis’ e visa a facilitar a automação de tarefas no navegador, potencialmente transformando a interação com o ambiente digital.

Procurada pela Bloomberg, a empresa optou por não comentar sobre “especulações”, embora os planos sejam ainda preliminares e sujeitos a mudanças.

O Globo

Discípulo de Mujica é favorito na eleição no Uruguai

Depois de ter deixado o poder em 2019, após três mandatos presidenciais consecutivos, a coalizão de esquerda Frente Ampla (FA), do ex-presidente José “Pepe” Mujica (2010-2015), chega hoje às eleições do Uruguai com a esperança de um retorno em grande estilo. O homem que encarna essa esperança é Yamandú Orsi, um ex-prefeito de 57 anos que conta com o apoio crucial de Mujica, um dos maiores líderes políticos do país de todos os tempos.

Aos 89 anos, e lutando para se recuperar de um câncer no esôfago, o ex-presidente emocionou não apenas os eleitores da coalizão, mas grande parte do país, com um discurso no encerramento da campanha de Orsi, no qual afirmou que “os melhores dirigentes são aqueles que deixam um grupo que os supera com vantagem”.

Aposta no segundo turno
Foi o último gesto de respaldo ao candidato, militante do Movimento de Participação Popular (MPP, integrante da FA) e considerado seu discípulo. Segundo as pesquisas mais recentes, Mujica continua sendo um dos políticos com a imagem mais positiva no país, e seu apoio a Orsi, um dirigente mais jovem, pouco carismático e sem o poder de oratória de seu mestre, foi fundamental para colocá-lo na liderança, com grandes de chances de se eleger num provável segundo turno, em novembro.

“Pela primeira vez em 40 anos, não participo de uma campanha, e o faço porque estou lutando contra a morte… Sou um idoso que está muito perto de se retirar para o lugar de onde não se volta, mas sou feliz porque estou com vocês. Quando meus braços se forem, milhares de braços me substituirão na luta”, disse Mujica, ao lado de Orsi e diante de uma plateia profundamente emocionada.

Hoje os uruguaios votarão no primeiro turno da eleição presidencial, em que também elegerão 100% do novo Parlamento do país. O resultado da eleição parlamentar é essencial para quem for eleito como sucessor do atual presidente, Luis Lacalle Pou, à frente de uma coalizão de cinco partidos de centro e direita.

O cenário político uruguaio é profundamente diferente do de seus vizinhos. Praticamente não existe polarização no país, e as propostas dos principais candidatos não apresentam muitas diferenças. Discursos de ódio são impensáveis, numa campanha que se caracterizou por uma convivência política civilizada.

O principal rival do candidato da Frente Ampla é Álvaro Delgado, até pouco atrás tempo secretário da Presidência e braço-direito de Lacalle Pou. Aos 55 anos, Delgado tentou surfar na onda de popularidade do chefe de Estado, que, segundo pesquisas recentes, tem entre 47% e 50% de aprovação. Mas a imagem positiva de Lacalle Pou não se materializou em mais votos para o candidato do Partido Nacional, uma das legendas da coalizão governista. A expectativa do presidente é que Delgado chegue a um eventual segundo turno e, com o apoio dos demais quatro partidos, impeça o triunfo da esquerda.

A última pesquisa divulgada pela empresa de consultoria Factum, uma das mais importantes do país, confirmou a liderança de Orsi, com 45,5% das intenções de voto, superando amplamente Delgado, que aparece em segundo lugar, com 25,1%. Em terceiro, aparentemente sem chances de conquistar uma vaga no segundo turno, está Andrés Ojeda, do Partido Colorado, também integrante da coalizão governista, com 15%. Aos 40 anos, Ojeda foi a surpresa da campanha com um discurso mais descontraído, profundamente liberal e a ousadia de elogiar o presidente argentino, Javier Milei, de quem Lacalle Pou tenta manter distância.

O Globo

Ozempic: medicamento para diabetes usado na perda de peso tem efeito positivo na doença renal crônica

O medicamento para diabetes semaglutida, também conhecido como Ozempic, tem um efeito positivo em pacientes com doença renal crônica, apontou um novo estudo internacional liderado pelo farmacologista clínico Hiddo L. Heerspink do University Medical Center Groningen, na Holanda. Esta é a primeira vez que o medicamento para diabetes demonstra ser eficaz para pacientes com danos renais crônicos.

Segundo os pesquisadores, a quantidade de proteína na urina, uma medida de resultado que indica o grau de dano renal, reduziu em mais de 50%, assim como o grau de inflamação dos rins e a pressão arterial. Os resultados deste estudo foram publicados na Nature Medicine e apresentados simultaneamente no congresso anual da Sociedade Americana de Nefrologia.

Heerspink teve a ideia para este estudo no início da pandemia. Anteriormente, ele havia descoberto que outra classe de medicamentos contra diabetes tipo 2, os chamados inibidores de SGLT2, também pareciam funcionar bem para pacientes com danos renais crônicos sem diabetes. Ele, portanto, queria investigar se a semaglutida também funcionaria positivamente para pacientes com doença renal crônica e obesidade.

O estudo foi conduzido em quatro países: Canadá, Alemanha, Espanha e Holanda. Metade dos 101 participantes recebeu injeções de semaglutida por 24 semanas, enquanto a outra metade recebeu um placebo.

Descobriu-se também que o grau de inflamação renal diminuiu em 30%, a queda da pressão arterial dos participantes foi tão grande quanto a de um medicamento para baixar a pressão arterial, e neles, uma medida-chave de insuficiência cardíaca foi reduzida em 33%. Os participantes também perderam cerca de 10% do peso.

“O medicamento tem efeitos diretos nos parâmetros de inflamação no rim e reduz o tecido adiposo ao redor dos rins, reduzindo a quantidade de proteína na urina. E indiretamente, porque reduz o peso e a pressão arterial dos participantes”, afirma Heerspink.

Entretanto, o estudo precisa de mais testes. Segundo o pesquisador, o trabalho foi curto para medir a melhora na qualidade de vida dos participantes ou efeitos de médio prazo. “Todos os sinais estão verdes para testar este medicamento em um grande estudo. Gostaria de descobrir se ele pode levar a menos diálises ou transplantes renais. E gostaria muito de investigar se este medicamento também funciona positivamente em pacientes com danos renais sem obesidade”, disse.

O Ozempic é um medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de diabetes tipo 2, mas que se popularizou pelo seu uso off label para perda de peso. A administração do fármaco feita por meio de uma caneta injetável e está disponível em 0,25 mg, 0,5mg e 1mg.

O princípio ativo do Ozempic é a semaglutida, uma forma sintética do hormônio GLP-1, que promove a saciedade. O remédio age no corpo imitando um hormônio ligado ao apetite e a alimentação, ajudando a estimular a produção de insulina e, assim, a diminuir os níveis de glicose no sangue do indivíduo. Por conta deste mecanismo, quem usa o remédio sente menos fome e, consequentemente, se alimenta menos e emagrece.

Agência O Globo

Exército israelense intensifica bombardeios no Líbano

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos no Líbano neste domingo (13), dentro e fora dos redutos do movimento islamista libanês Hezbollah, com o qual trava combates por terra em setores próximos da fronteira no sul do país.  O Hezbollah indicou que repeliu neste domingo duas tentativas de infiltração de tropas israelenses.

Segundo a milícia pró-iraniana, os seus combatentes detonaram dispositivos explosivos contra soldados israelenses que “os confrontaram quando tentaram se infiltrar” perto da cidade libanesa de Ramia. Afirmou também que atacou soldados israelenses em Marun al Ras, alguns quilômetros a leste, e que bombardeou uma base militar israelense ao sul da cidade de Haifa. Além disso, pela primeira vez, o movimento relatou combate corpo a corpo com soldados israelenses em uma aldeia no sul do Líbano.

Por sua vez, o Exército israelense relatou uma operação “seletiva e limitada” no sul, assim como um “combate corpo a corpo” com o Hezbollah. Também anunciou ter capturado um combatente da milícia em um túnel, “destruído [sua] infraestrutura ao longo da fronteira” e matado “dezenas” de combatentes.

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel em outubro de 2023 para apoiar o seu aliado, o Hamas, na guerra na Faixa de Gaza, desencadeada após o ataque mortal do movimento islamista palestino em solo israelense em 7 de outubro daquele ano.

Depois de enfraquecer o Hamas em Gaza, Israel transferiu a maior parte das suas operações para a frente libanesa em setembro, com o objetivo de afastar o Hezbollah das zonas fronteiriças e permitir o retorno de cerca de 60.000 israelenses que tiveram que abandonar as suas casas no norte de Israel, devido ao lançamento de foguetes do grupo xiita. Mas neste domingo, o Exército disse ter interceptado cinco projéteis vindos do Líbano.

Mesquita destruída

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos desde a meia-noite passada, segundo a agência de notícias oficial libanesa Ani, assim como os disparos contra cidades do sul do país, um reduto tradicional do Hezbollah.  Um bombardeio “por volta das 03h45” (horário local) destruiu “completamente” uma antiga mesquita no centro da aldeia de Kfar Tibnit, acrescentou.

A Cruz Vermelha libanesa informou que vários dos seus socorristas ficaram feridos neste domingo em um bombardeio de uma casa no sul, para onde foram enviados “em coordenação” com a força de paz da ONU no Líbano (Unifil).  A frente que o Hezbollah abriu contra Israel há um ano transformou-se em uma guerra aberta em 23 de setembro, com intensos bombardeios israelenses contra redutos do Hezbollah no Líbano, que mataram o líder do movimento, Hassan Nasrallah.

Ofensiva em Jabaliya

Depois de mais de um ano de combates, Israel continua a sua ofensiva em Gaza, território governado pelo Hamas.  O Exército bombardeia principalmente a região de Jabaliya, no norte, onde acusa o Hamas de reorganizar as suas forças. Neste domingo, o Exército indicou que eliminou “dezenas de terroristas” neste setor e atacou “40 alvos terroristas”.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em solo israelense causou a morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses e que inclui reféns mortos ou assassinados em cativeiro em Gaza.  Ao menos 42.227 palestinos, a maioria civis, morreram na ofensiva israelense no território, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

AFP

Justiça da Venezuela nega anulação de sentença que valida reeleição de Maduro

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou, nesta sexta-feira (11), “inadmissível” o recurso apresentado pelo ex-candidato à Presidência, Enrique Márquez, solicitando a anulação de uma sentença emitida pela corte que validou a reeleição do presidente Nicolás Maduro.

Ex-diretor do Conselho Nacional Eleitoral pela oposição, Márquez apresentou o recurso no mês passado, juntamente com 20 dissidentes do chavismo, afirmando que a sentença que ratificou a vitória do presidente foi marcada por “vícios de inconstitucionalidade”.

Em sua nova decisão, a corte mais alta do país, acusada de favorecer o governismo, considerou “inadmissível o pedido de revisão constitucional da sentença”, ditada após um recurso apresentado por Maduro para certificar sua vitória. Segundo a corte, foi comprovada “a integridade inquestionável dos resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral”.

AFP

Inundações deixam mais de 140 mortos no Nepal

Ao menos 148 pessoas morreram no Nepal depois das fortes chuvas que provocaram inundações na capital, Katmandu, e em outras regiões do país, anunciaram as autoridades neste domingo. Grandes áreas do leste e centro do país sofreram inundações desde sexta-feira, assim como bairros inteiros da capital, após as cheias de vários rios.

A agência nacional de gestão de desastres atualizou o balanço da tragédia e informou que pelo menos 148 pessoas morreram em vários pontos do país e 59 continuam desaparecidas. “Voltamos esta manhã (domingo) e tudo havia mudado. Não conseguíamos nem abrir as portas de casa, estavam bloqueadas pela lama”, disse Kumar Tamang, um homem de 40 anos, que mora em uma comunidade carente e precisou fugir no sábado, quando a água invadiu sua casa.

“Ontem, estávamos com medo de que a água nos matasse e hoje não temos água para limpar”, disse. Algumas pessoas buscaram refúgio nos telhados dos imóveis e outras tentaram fugir avançando pela água lamacenta. “Estou com medo. Nunca vi tanta destruição”, declarou no sábado Mahamad Shabuddin, dono de uma oficia de motos, perto do rio Bagmati. O rio Bagmati e seus afluentes, que atravessam Katmandu, sofreram cheias e inundaram os bairros próximos.

Ao menos 36 vítimas fatais das inundações estavam em três veículos e foram soterradas por um deslizamento de terra em uma rodovia ao sul de Katmandu, segundo o porta-voz da polícia, Dan Bahadur Karki. Mais de três mil pessoas participam nos trabalhos de resgate, com o apoio de helicópteros e embarcações. O ministro do Interior, Rishi Ram Tiwari, informou que mais de três mil desabrigados foram resgatados.

“Tivemos que pular de um telhado a outro para ficar em segurança. Depois, eles vieram com botes e nos resgataram”, disse Bishnu Maya Shrestha, que morava em uma área inundada de Katmandu e teve que quebrar o telhado da casa para fugir.

O Vale de Katmandu registrou 240 milímetros de chuva em 24 horas, entre sexta-feira e sábado, informou a agência meteorológica nepalesa ao jornal ‘Kathmandu Post’. Este é o maior nível de chuva registrado na capital do país desde pelo menos 1970, segundo a agência. A temporada de monções, de junho a setembro, provoca mortes e danos no sudeste asiático todos os anos, mas o número de inundações e deslizamentos de terra aumentou nos últimos anos. Os cientistas afirmam que as mudanças climáticas aumentaram a frequência e gravidade dos fenômenos.

AFP

Angola, Coreia do Sul, México e Reino Unido abrem mercados para o Brasil

O governo brasileiro informou as aprovações sanitárias para a abertura de mercados em quatro países, refletindo a confiança internacional no sistema de controle sanitário e fitossanitário do país. As aprovações sanitárias foram recebidas pelo governo nesta sexta-feira, 27.

O Reino Unido e o México autorizaram a importação de Grãos Secos de Destilaria (DDG) do Brasil, sem a necessidade de certificação fitossanitária, o que contribuirá para diversificar o uso de subprodutos de grãos no mercado externo e impulsionar a indústria brasileira de biocombustíveis.

O México também autorizou, sem exigência de certificação fitossanitária do Brasil, a importação de farinha e “pellets” (ração compactada) de feno dos tipos “alfalfa hay” e “timothy hay” destinados à alimentação animal.

Além disso, as autoridades sanitárias de Angola, Coreia do Sul, México e Reino Unido aprovaram a importação de dois outros produtos brasileiros: flor seca de cravo da Índia e fibra de coco. Essas aberturas oferecerão novas oportunidades para o setor de especiarias, bem como para o de fibras naturais, o qual pode beneficiar-se do potencial de crescimento das indústrias de construção e de manufatura nesses países.

Com essas novas autorizações, o agronegócio brasileiro chega à 138ª abertura de mercado em 2024, totalizando 216 novas oportunidades desde o início de 2023. Os resultados são fruto do trabalho de articulação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A Tarde

Mark Zuckerberg entra para seleto grupo pessoas com fortunas acima de 200 bilhões de dólares

Dados mais recentes divulgados pelo Índice de Bilionários da Bloomberg mostram que a fortuna do CEO da Meta, empresa que controla redes como Facebook, Instagram e WhatsApp, Mark Zuckerberg, cresceu em 2024 e ultrapassou a marca de 200 bilhões de dólares nesta semana, o equivalente a pouco mais de um trilhão de reais na cotação atual.

Com isso, o bilionário entrou para o seleto grupo de apenas quatro pessoas cujas fortunas excedem a quantia. Além de Zuckerberg, que figura em quarto lugar, fazem parte da lista o CEO da marca de luxo LVMH, Bernard Arnault (207 bilhões de dólares), na terceira posição; o fundador da Amazon, Jeff Bezos (211 bilhões), na segunda, e, no topo, o empresário Elon Musk (272 bilhões), dono de companhias como Tesla, SpaceX e a rede social X.

No caso de Zuckerberg, o patrimônio quase dobrou em um ano. Segundo os números da Bloomberg, sua fortuna era de 109 bilhões de dólares no final de setembro de 2023. De acordo com o índice, a maior parte desse dinheiro vem da posse de 13% da participação na Meta Platforms, antiga Facebook, que concentra cerca de 4 bilhões de usuários ativos por mês.

O americano nasceu na cidade de White Plains, no estado de Nova York, e ganhou destaque cedo como um prodígio em programação de computadores. Quando aluno da Universidade de Harvard, em 2004, fundou o Facebook em seu dormitório com três amigos. Um deles foi o brasileiro Eduardo Saverin, que é hoje a pessoa mais rica do Brasil, segundo a última lista da Forbes.

A rede social, que era inicialmente voltada aos estudantes de Harvard, começou a migrar rapidamente para outras universidades americanas e se popularizar, o que levou Zuckerberg a abandonar a faculdade e mudar-se para o Vale do Silício. Em 2012, o Facebook chegou a marca histórica de 1 bilhão de usuários e adquiriu o Instagram.

Agência O Globo

Hezbollah confirma morte do líder do movimento, Hassan Nasrallah, em bombardeio israelense

O movimento islamista libanês Hezbollah confirmou neste sábado (28) que seu líder, Hassan Nasrallah, morreu em um bombardeio israelense na sexta-feira contra o subúrbio sul de Beirute, reduto do grupo pró-Irã, horas depois de Israel anunciar que havia eliminado o dirigente.

“Sayed Hassan Nasrallah se uniu a seus companheiros mártires (…) cuja marcha liderou durante quase 30 anos”, anunciou o grupo em um comunicado.  O Hezbollah, arqui-inimigo de Israel, anunciou oficialmente a morte de seu chefe mais de 19 horas após os bombardeios de Israel contra seu quartel-general em um bairro densamente habitado na periferia sul da capital libanesa.

Uma fonte próxima ao movimento pró-Irã havia informado que o grupo “perdeu o contato” com Nasrallah na sexta-feira à noite. Algumas horas antes, o Exército israelense anunciou a morte do líder do Hezbollah. “Hassan Nasrallah está morto”, afirmou uma fonte do Exército, Nadav Shoshani, na rede social X.

O porta-voz do Exército, o contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que a eliminação do chefe do Hamas torna o mundo “um lugar mais seguro”. O grupo islamista palestino Hamas classificou o assassinato de Nasrallah de “ato terrorista covarde”. Hassan Nasrallah, de 64 anos, era um homem muito influente e venerado no Líbano. Líder do Hezbollah desde 1994, ele vivia escondido e fez raras aparições públicas. “A mensagem é simples: saberemos como alcançar qualquer pessoa que ameace os cidadãos de Israel”, alertou o comandante do Estado-Maior israelense, general Herzi Halevi.

“Nova ordem”

Um comunicado militar israelense afirma que Ali Karake, apresentado como o comandante da frente sul do Hezbolllah, e outros dirigentes do movimento morreram ao lado de Nasrallah. O Exército afirmou que a “maioria” dos líderes do grupo xiita foi “eliminada” nas operações israelenses dos últimos meses.

As forças de segurança do país divulgaram imagens do ministro da Defesa, Yoav Gallant, de Herzi Halevi e do comandante da Força Aérea, Tomer Bar, reunidos em um centro de comando durante a operação contra Nasrallah, batizaa de “Nova ordem”. O Exército israelense iniciou na segunda-feira uma campanha de bombardeios em larga escala contra o Hezbollah no Líbano, após um ano de confrontos na fronteira com o movimento pró-Irã.

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel no início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque contra o território israelense de seu aliado Hamas em 7 de outubro de 2023. Desde então, prometeu continuar “até o fim da agressão israelense em Gaza”.

Israel afirma que, com os bombardeios, pretende restabelecer a segurança no norte do país, alvo dos ataques do Hezbollah, e permitir o retorno para suas casas de dezenas de milhares de habitantes que foram obrigados a deixar a região.

O Hezbollah, financiado e armado pelo Irã, foi criado em 1982 por iniciativa da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica. O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, denunciou neste sábado “política míope” de Israel, após o anúncio da morte de Nasrallah, mas sem mencionar o nome do líder do Hezbollah.

AFP

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