Ataques israelenses matam mais de 30 na Faixa de Gaza e número de vítimas da guerra se aproxima de 24 mil

Mais de 30 palestinos, incluindo crianças, foram mortos em dois ataques aéreos israelenses na noite de sexta-feira (12) para sábado (13), na Faixa de Gaza, disseram autoridades. Um vídeo fornecido pelo departamento de Defesa Civil de Gaza mostrou equipes de resgate vasculhando os escombros retorcidos de uma casa na Cidade de Gaza com lanternas na manhã de sábado, depois que ela foi atingida por um ataque israelense.

As imagens mostram uma menina enrolada em cobertores com ferimentos no rosto sendo carregada e pelo menos duas outras crianças que pareciam mortas. Um menino, coberto de poeira, estremeceu ao ser colocado em uma ambulância. O ataque à casa no bairro de Daraj matou pelo menos 20 pessoas no total, segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal.

Outro ataque perto da cidade de Rafah, no Sul do país, na fronteira egípcia, matou pelo menos 13 pessoas, incluindo duas crianças. Os corpos dos mortos, principalmente de uma família deslocada do centro de Gaza, foram levados para o hospital Abu Youssef Al-Najjar da cidade, onde foram vistos por um repórter da Associated Press.

Crianças e mulheres são maioria entre os mortos
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse no sábado que 135 palestinos foram mortos nas últimas 24 horas, elevando o número total de vítimas da guerra para 23.843. A contagem não diferencia entre combatentes e civis, mas o ministério afirmou que cerca de dois terços dos mortos são mulheres e crianças. O ministério disse que o número total de feridos de guerra ultrapassou 60 mil.

Estadão

Israel anuncia retirada parcial de militares na Faixa de Gaza

O Exército de Israel removerá parte de sua força militar da Faixa de Gaza, conforme anunciou nesta segunda-feira (1º/1). Esse é o primeiro grande recuo do país desde o começo da guerra com o grupo extremista Hamas, da Palestina.

Apesar disso, o governo israelense não dá sinais de que irá retirar totalmente seus soldados da região ou concederá um cessar-fogo. No sábado (30/12), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, previu a duração do confronto armado por “muitos mais meses”. A guerra se iniciou em outubro.

Em coletiva de imprensa, Netanyahu ainda disse se comprometer com a guerra “em todas as frentes” até cumprir todos os objetivos desejados: destruir o Hamas, recuperar os reféns e neutralizar ameaças em Gaza.

Diário de Pernambuco