Brasil se posiciona e condena ataque dos EUA ao Irã

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se posicionou e condenou, neste domingo, 6, o ataque dos Estados Unidos e Israel a instalações nucleares do Irã. Em nota divulgada pelo Itamaraty, a gestão Lula afirmou que ataques a centros de desenvolvimento nuclear são uma transgressão às normas das Nações Unidas (ONU) e uma violação do direito internacional.

“Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis”, disse a nota, afirmando que há risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala após os ataques. A diplomacia brasileira criticou ainda os ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, que têm provocado mortes e destruição de infraestrutura, como instalações hospitalares.

A nota, aponta a posição brasileira histórica em favor do uso da energia nuclear para fins pacíficos, pede contenção de todas as partes envolvidas no conflito. “Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz.”, disse o governo brasileiro.

A Tarde

 

Irã ameaça fechar importante rota de petróleo e pode afetar Brasil

O parlamento do Irã aprovou, neste domingo (22), o fechamento doEstreito de Ormuz, como retaliação aos ataques realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares do país, na noite deste sábado (21). O estreito, que liga o Golfo Pérsico ao Mar de Omã, é considerado essencial para o escoamento da produção de países como Arábia Saudita, Iraque, Irã, Emirados Árabes, Catar e Kuwait.

O Estreito de Ormuz é o corredor marítimo mais importante do mundo para o transporte de petróleo, por onde passam mais de 20% do petróleo consumido no mundo. Estima-se que cerca de 20 milhões de barris de petróleo bruto sejam transportados por ali diariamente, segundo dados da Vortexa, consultoria do mercado de energia e frete.

A via tem 33 quilômetros de largura, por onde transitam navios vindos do Golfo Pérsico em direção ao Mar Arábico. No seu ponto mais estreito, o trecho onde os navios podem navegar tem apenas 3,2 quilômetros de largura em cada direção, o que o torna congestionada e perigosa.

Como afetaria o Brasil?
Um fechamento do estreito poderá provocar turbulência em todo o globo, inclusive no Brasil. Especialistas apontam que se a ameaça for concretizada, o preço do barril do petróleo pode passar dos atuais US$ 70 para US$ 120, um aumento de 70% no valor. Em entrevista coletiva na última quinta-feira, o diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras Claudio Schlosser, minimizou os impactos no mercado local no caso de um fechamento da via marítima.

“Historicamente é muito difícil acontecer esse fechamento. Pode ter uma restrição, redução, fluxos menores dos navios. Até porque tem aliados do Irã como Catar e Kuwait, que escoam óleo por ali. Abastecimento da China também passa por aquela região. Para nossas atividades, está mais ligado com a saída do petróleo leve. Mas existem alternativas logísticas para suprir esse petróleo”, disse Schlosser.

Além do petróleo, o Estreito de Ormuz é vital para o transporte de gás natural liquefeito (GNL), especialmente do Catar, segundo maior exportador global. Um eventual bloqueio, mesmo parcial, também teria efeito sobre a oferta de energia para a Europa e a Ásia, ampliando os custos logísticos e potencialmente reconfigurando rotas comerciais.

Expectativa
A expectativa é de que o Irã não leve adiante uma interdição completa na região, afirmam especialistas. Afinal, o país também depende da própria exportação de petróleo pelo Estreito, além de arriscar represálias severas. O Irã tem costume usar a ameaça de fechamento do Estreito como ferramenta de pressão diplomática, o que pode se repetir.

Além disso, o bloqueio da via marítima poderia levar a uma intervenção militar dos EUA. A Quinta Frota do país americano, estacionada no vizinho Barein, tem a tarefa de proteger o transporte comercial na área. Qualquer movimento do Irã para interromper o fluxo de petróleo pela hidrovia também poderia comprometer as relações de Teerã com os países árabes do Golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos —países com os quais o Irã tem melhorado as relações nos últimos anos de forma meticulosa.

A Tarde

A humanidade “apela pela paz”, diz o papa Leão XIV após os ataques dos EUA ao Irã

“A humanidade apela pela paz” diante das “notícias alarmantes recebidas do Oriente Médio”, declarou o papa Leão XIV neste domingo (22), após os ataques dos Estados Unidos às instalações-chave do programa nuclear iraniano.

“Cada membro da comunidade internacional tem a responsabilidade moral de pôr fim à tragédia da guerra antes que ela se torne um abismo irreparável”, declarou o papa ao final de sua oração semanal do Angelus, no Vaticano.

AFP

EUA na guerra: Trump anuncia ataque a três instalações nucleares do Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou, na noite deste sábado (21), que as tropas norte-americanas atacaram três instalações nucleares no Irã. O caso acontece em meio ao embate entre o Irã e Israel, aliado dos Estados Unidos.

“Concluímos nosso ataque bem-sucedido às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de bombas foi lançada na instalação principal, Fordow”, escreveu o presidente norte-americano na rede social Truth Social.

“Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. AGORA É A HORA DA PAZ! Agradecemos a sua atenção a este assunto”, completou Trump.

Autoridade diz que EUA usaram bombardeiros B-2 em ataques ao Irã

Após o presidente do EUA, Donald Trump anunciar em publicação no Truth Social, que mandou atacar bases nucleares do Irã, especialistas disseram que bombardeiros norte-americanos B2 foram usados ​​na operação do fim de semana para atingir as três instalações nucleares iranianas mencionadas pelo presidente. Mais cedo no sábado o movimento de bombardeiros B-2 havia sido reportado. As aeronaves podem ser equipadas para transportar bombas que, segundo especialistas, seriam ideais para atacar os locais.

O B-2 Spirit é a única aeronave dos EUA capaz de lançar a bomba antibunker GBU-57, de 13,6 toneladas, capaz de penetrar até 61 metros no subsolo antes de explodir. Trata-se do único armamento conhecido com capacidade para destruir instalações nucleares fortemente protegidas, como as do complexo subterrâneo iraniano de Fordow. Cada bombardeiro pode carregar até duas dessas bombas.

A Tarde

Trump eleva pressão sobre Irã após ofensiva de Israel e exige novo acordo nuclear

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar duramente o governo iraniano nesta sexta-feira (13), ao comentar a recente série de bombardeios realizados por Israel contra alvos estratégicos no Irã.

Através de sua rede social Truth Social, Trump afirmou que os ataques “ainda vão piorar” se o país não aceitar um novo acordo nuclear. Ele atribuiu aos líderes iranianos a responsabilidade pela escalada do conflito e disse que “já houve grande morte e destruição”.

Segundo Trump, o Irã desperdiçou diversas oportunidades para negociar, apesar dos esforços de sua gestão em buscar um acordo. Para ele, o regime iraniano ignorou os alertas de que os Estados Unidos possuem o que chamou de “o melhor e mais letal equipamento militar do mundo”, e destacou que Israel possui esse armamento e sabe como utilizá-lo.

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Putin rejeita trégua imediata na Ucrânia e impõe condições para paz

O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou nesta quinta-feira (13), um cessar-fogo imediato na Ucrânia, defendendo mais discussões para obter um fim permanente para a guerra. Putin disse que qualquer pausa nos combates agora favoreceria os ucranianos, já que a Rússia está obtendo avanços rápidos no campo de batalha.

“A ideia (cessar-fogo) em si é boa, e é claro que a apoiamos, mas há questões que temos de discutir antes”, disse Putin, referindo-se pela primeira vez à proposta dos EUA de cessar-fogo de 30 dias. De acordo com Putin, a Rússia busca uma paz duradoura, mas precisa eliminar as “causas fundamentais” do conflito.  Entre as exigências estão o veto à adesão da Ucrânia à Otan e garantias de neutralidade do país, a desmilitarização e o reconhecimento da anexação de quase 20% do território ocupado pela Rússia. Putin exige ainda detalhes sobre o que seria permitido nos 30 dias de trégua e como ela seria verificada.

“Se pararmos de lutar por 30 dias, o que isso significa? Que todos que estão lá sairão sem lutar? Para a Ucrânia continuar sua mobilização? Para que os EUA forneçam mais armas para a Ucrânia? Quem determinará onde e quem violou a trégua? Essas são perguntas legítimas”, disse Putin. Quem também criticou a proposta americana foi Yuri Ushakov, conselheiro diplomático de Putin. “O cessar-fogo temporário proposto na Ucrânia não é nada mais do que um alívio para os militares ucranianos”, disse. “A trégua é apressada e não favorece uma solução de longo prazo.”

Pressão

Ao evitar uma rejeição total da proposta de cessar-fogo de Trump Putin tentou ontem se equilibrar entre não criticar abertamente a pressão pelo acordo e, ao mesmo tempo, impor suas próprias exigências e prolongar as negociações. O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse que os comentários de Putin foram “previsíveis e muito manipuladores”. “Putin, é claro, tem medo de dizer diretamente a Trump que ele quer continuar essa guerra, quer matar ucranianos”, afirmou. “Ele estabeleceu tantas precondições que nada vai dar certo.”

Donald Trump, falando no Salão Oval após as declarações de Putin disse que o presidente russo “fez uma declaração promissora”, mas incompleta. “Adoraria me encontrar com ele, mas temos de acabar com isso rapidamente”, afirmou o americano, que garantiu que as conversas com o Kremlin estão em andamento. “Espero que eles façam a coisa certa.”Com suas tropas avançando rapidamente e retomando o território russo em Kursk, que a Ucrânia esperava usar como moeda de troca, o Kremlin tem pouco incentivo para interromper a guerra.

“Putin não está sentindo pressão nenhuma”, disse Konstantin Sonin, especialista da Harris School of Public Policy, da Universidade de Chicago. “Trump não tem nenhuma influência sobre ele, porque Putin acha que está ganhando.”

Estadão

 

 

Putin diz que apoia trégua apenas se conduzir a uma “paz duradoura”

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que apoia cessar as operações militares na Ucrânia, mas desde que isso leve a uma “paz duradoura”. É a resposta do líder russo à proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo imediato de 30 dias.

“A Rússia concorda com a proposta de cessar as hostilidades e a ação militar, mas presumimos que isso deve conduzir a uma paz duradoura e eliminar as causas profundas e originais desta crise”, declarou Putin durante uma conferência de imprensa no Kremlin.

Putin também disse que precisa acertar detalhes com os Estados Unidos e que estuda a possibilidade de uma nova conversa telefônica com Trump. O líder russo deve se reunir ainda hoje com o enviado especial da administração do presidente dos EUA, Steve Witkoff, que já chegou a Moscou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que o governo estava “pronto” para as negociações com o representante da Casa Branca, no entanto adiantou que existem exigências a serem feitas para se alcançar um acordo.A proposta da delegação norte-americana já foi prontamente aceita e aprovada pelos ucranianos

Diario de Pernambuco

Ucrânia apoia proposta dos EUA para cessar-fogo na guerra com a Rússia

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, comunicou que Kiev aceita “negociações imediatas” com a Rússia. “A Ucrânia manifestou a sua prontidão para aceitar a proposta dos EUA de promulgar um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que pode ser prorrogado por acordo mútuo entre as partes e que está sujeito à aceitação e implementação simultânea pela Federação Russa”, diz o comunicado divulgado pelo governo americano.

O acordo foi firmado em meio às negociações entre os EUA e a Ucrânia na Arábia Saudita. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que os EUA devem convencer a Rússia a aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto nas conversações entre as delegações ucranianas e norte-americanas. “A Ucrânia encara a trégua proposta de forma positiva”, declarou Zelensky.

O chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Andrii Yermak, considera que este acordo de cessar-fogo vai mostrar se a Rússia quer paz ou não. Yermak também revelou que foram discutidas várias opções de garantias de segurança com os EUA. “Uma vez mais, demonstramos que queremos paz”, acrescentou

Diario de Pernambuco

Bombardeios russos deixam 14 mortos e 37 feridos na Ucrânia

Ao menos 11 pessoas morreram e outras 37 ficaram feridas, incluindo crianças, durante os bombardeios russos na madrugada deste sábado na Ucrânia. O Ministério do Interior ucraniano informou que as forças russas atacaram Dobropillia com mísseis balísticos, múltiplos foguetes e drones, danificando oito prédios de vários andares e 30 carros.

“Enquanto combatia o incêndio, os ocupantes atacaram novamente, danificando o caminhão de bombeiros”, disse o ministério no Telegram. Dobropillia, com cerca de 28 mil habitantes antes da guerra, está na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, a 22 quilômetros da linha de frente ao norte do importante hub de Pokrovsk, que as tropas russas têm atacado há semanas.

O exército ucraniano informou que a Rússia atacou a Ucrânia durante a noite com dois mísseis balísticos Iskander-M e um míssil de cruzeiro Iskander-K, além de 145 drones. Eles disseram que as forças aéreas derrubaram um míssil de cruzeiro e 79 drones. O exército acrescentou ainda que outros 54 drones não atingiram seus alvos.

A Tarde

 

Putin afirma querer a paz, mas não aceita ceder territórios conquistados da Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou hoje (07) estar pronto para discutir a paz com a Ucrânia, mas admitiu que não aceita perder nenhum dos territórios que as forças russas conquistaram em território ucraniano, pedindo ainda garantias de segurança para o seu país no futuro.

Putin afirmou que quer um acordo de paz com o governo de Kiev, mas se recusa a ceder os territórios que anexou desde o começo da guerra.  “Temos de escolher uma opção de paz que nos sirva e que nos garanta a paz para o nosso país a longo prazo”, disse.  Os russos controlam neste momento perto de um quinto do território ucraniano, o que corresponde a 113 mil quilômetros quadrados.

Já a predisposição e as evidências de Putin para negociar um acordo de paz vêm efetivamente a partir da nova administração de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos Donald Trump iniciou imediatamente conversações com Putin e suspendeu a ajuda militar e financeira à Ucrânia, apos um confronto com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, juntamente com o seu vice-presidente, JD Vance, na Casa Branca. Moscou também rejeita completamente  a adesão da Ucrânia a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)  e também exige que as forças de Kiev retirem suas tropas militares de quatro regiões parcialmente controladas pelos russos.

Apoio incondicional europeu

Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu hoje, em Bruxelas, na cúpula extraordinária que acontece dos líderes da União Europeia (UE), da qual foi convidado, ajuda na produção militar para o seu país. Zelensky também agradeceu o apoio dos europeus desde o começo da guerra.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, anunciou esperar que os líderes da UE tomem decisões e apresentem resultados no decorrer da conferência e garantiu que a Europa vai defender a Ucrânia.  “A segurança e a defesa da Europa não estão separadas, porque a segurança e a defesa da Ucrânia reforçam a defesa europeia. Continuaremos com vocês agora e continuaremos no futuro, em negociações de paz individuais, quando vocês decidirem que é o momento certo para negociar e, mais importante, no futuro como Estado-membro da União Europeia”, reforçou Costa a Zelensky.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou ao líder  ucraniano que a Europa e a Ucrânia se encontram num momento decisivo.“A Europa enfrenta um perigo claro e imediato e deve ser capaz de se proteger e defender, tal como nós devemos dar à Ucrânia os meios para se proteger e trabalhar para uma paz justa e duradoura”, garantiu von der Leyen.

Para a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, o bloco europeu deve se fortalecer para desenvolver as relações com os Estados Unidos. “Temos sido aliados de longa data, temos muitas relações entre nós e precisamos continuar a desenvolvê-las. A administração norte-americana também está olhando para nós para sermos mais fortes. Quando a Europa é mais forte, também somos, aos seus olhos, parceiros mais fortes”, indicou Kallas.  A alta representante para a Política Externa da UE referiu ainda que a retirada de apoio à Ucrânia anunciada pela Casa Branca se trata de uma aposta perigosa para o futuro do país.

“É por isso que estamos aqui hoje e também estamos a discutir o que mais podemos fazer do lado europeu”, referiu, acrescentando que a UE não deve subestimar o seu poder, sobretudo econômico. A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também declarou que o plano para rearmar a Europa já era esperado há muito. “A Europa tem de aceitar este desafio, esta corrida ao armamento. E tem de vencê-lo. A Europa como um todo é verdadeiramente capaz de vencer qualquer confronto militar, financeiro e econômico com a Rússia, somos simplesmente mais fortes”, completou Donald Tusk, primeiro-ministro da Polônia.

Diario de Pernambuco

 

Líderes da UE se reúnem para discutir o futuro da Ucrânia

Nesta quinta-feira (6), os líderes europeus se reúnem em Bruxelas para uma cúpula extraordinária dedicada à defesa e ao futuro da Ucrânia, convocada em reação à decisão unilateral do presidente dos EUA Donald Trump de iniciar negociações com Vladimir Putin e insistir num acordo de paz rápido.

 Na conferência, os dirigentes discutirão e tentarão projetar unidade no seu apoio coletivo à Ucrânia e responder a algumas das questões mais prementes, como garantias de segurança que a UE pode oferecer, quanto dinheiro adicional está disposta a dedicar e até onde poderá compensar a ausência de ajuda norte-americana. Além de debater a possibilidade de nomear um enviado especial para as negociações de paz.

O encontro, além disso, abordará as despesas com a defesa da Europa, com base na recente proposta da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para que seja mobilizado até 800 bilhões de euros em investimentos adicionais. Para tanto, visa garantir a sobrevivência da Ucrânia como uma democracia soberana e estável, tendo os membros  do bloco que reforçar os seus exércitos nacionais para controlar o expansionismo da Rússia e assegurar uma paz duradoura.

Há ainda o projeto em andamento de uma Coligação dos dispostos, formada por países democráticos empenhados em apoiar a Ucrânia durante e após as negociações, através de garantias de segurança. A França, a Dinamarca e a Suécia, assim como nações que não pertencem à UE como o Reino Unido, a Noruega e a Austrália, já manifestaram interesse em aderir à coligação. Entretanto, todos indicaram que a sua contribuição deve ser acompanhada de uma proteção dos EUA. Por sua vez, Trump defende, em vez disso, o acordo sobre minerais como uma espécie de dissuasão econômica contra a Rússia. “Não pode haver negociações que afetem a segurança europeia sem o envolvimento da Europa A segurança da Ucrânia, da Europa e do mundo estão interligadas”, aponta o projeto.

No entanto, todo esse esforço pode ser prejudicado pelo presidente da Hungria, Viktor Orbán, aliado totalmente com a administração Trump e que tem um histórico de veto nas questões relacionadas à Ucrânia. Orbán se opõe, entre outros pontos, à assistência militar e financeira da União Europeia a Kiev. “Existe uma divisão estratégica, uma fratura transatlântica entre a maioria da Europa e os EUA sob o comando do presidente Trump”, adiantou antes do inicio da cúpula.

A crescente adesão de Trump as justificativas do Kremlin, a não condenação à Rússia como agressora e o recente confronto com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no Salão Oval impactaram a União Europeia, que receia que a Casa Branca estabeleça um acordo com Moscou e exija que Kiev aceite.

Após Zelenskyy lamentar o confronto e elogiar a forte liderança de Trump, as tensões desescalaram um pouco. Mas mesmo assim, Washington ainda mantém uma suspensão temporária da ajuda militar e do compartilhamento de informações secretas com Kiev, duas decisões que podem levar a um agravamento profundo do país que enfrenta grandes dificuldades nas frentes dos combates.

Diario de Pernambuco

Rei Charles III recebe Zelensky após discussão com Donald Trump

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, se encontrou neste domingo (2) com o rei Charles, na casa de campo real Sandringhamem, em Nortfolk, Inglaterra. O encontro ocorreu após a cúpula com outros líderes europeus, que discutiu a guerra na Ucrânia, o reforço nas defesas do país e um trabalho em direção a um acordo de paz.

De acordo com informações da Sky News atribuídas ao Palácio de Buckingham, a reunião durou pouco menos de uma hora. Zelenski voou de helicóptero de Londres, há cerca de uma hora, para Sandringham, onde o rei e a rainha passam a maior parte do tempo. A cúpula deste domingo, organizada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, incluiu mais de 19 líderes, em sua maioria europeus, mas também o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte.

Além da reunião coletiva, Zelenski realizou alguns encontros individuais com os líderes europeus, como este com o Rei Charles e também com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Neste segundo caso, o presidente ucraniano disse, em seu perfil na rede social X, que a reunião foi produtiva, visando o desenvolvimento conjunto de um plano de ação para acabar com a guerra.

“Ninguém além de (o presidente da Rússia, Vladimir) Putin está interessado na continuação e rápido retorno da guerra. Portanto, é importante manter a unidade em torno da Ucrânia e fortalecer a posição do nosso país em cooperação com nossos aliados – os países da Europa e os Estados Unidos”, escreveu.  “A Ucrânia precisa de paz apoiada por garantias de segurança robustas. Sou grato à Itália por seu apoio contínuo e parceria para aproximar a paz na Ucrânia”, concluiu.

Zelenski não fez postagens sobre o encontro com o Rei Charles. O presidente ucraniano chegou a Londres no sábado, 1º, quando se encontrou com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. As reuniões ocorrem após o colapso das negociações entre Zelenski e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, na última sexta-feira (28), quando Trump acusou o presidente ucraniano de não ser agradecido pelo apoio norte-americano. Zelenski deixou os EUA sem a esperada assinatura de um acordo entre os dois países para a exploração mineral na Ucrânia.

Estadão

 

Países bálticos se desligam da rede elétrica da Rússia para integrar sistema elétrico europeu

O fluxo de eletricidade entre a Rússia e os países bálticos da Estônia, Letônia e Lituânia foi oficialmente cortado na manhã deste sábado, 8, após os oficiais desligarem as linhas de transmissão da rede da era soviética e se prepararem para se juntar ao restante da Europa amanhã.

“O sistema energético do Báltico finalmente está em nossas mãos, estamos em total controle”, disse o ministro da Energia da Lituânia, Žygimantas Vaiciunas, a repórteres.

O Sistema de Energia Báltico passa a operar independentemente, após 24 horas desligado da rede da era soviética. Se tudo ocorrer conforme planejado, o sistema de energia se fundirá com as redes de energia europeias na tarde de domingo por meio de várias conexões com Finlândia, Suécia e Polônia.

É esperada a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, bem como dos presidentes da Polônia e dos países bálticos, em uma cerimônia na Lituânia no domingo à noite, juntamente com outros dignitários. /Associated Press.

Estadão Conteúdo

Israel liberta 200 prisioneiros palestinos após Hamas soltar quatro reféns

Israel libertou 200 prisioneiros palestinos neste sábado, 25, como parte do acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas. A liberação ocorre após o Hamas libertar quatro reféns israelenses na manhã de hoje. Tel-Aviv optou por soltar os prisioneiros palestinos mesmo acusando o Hamas de ter violado o acordo de cessar-fogo.

Dos 200 prisioneiros, 70 não poderão retornar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Eles foram entregues as autoridades egípcias e cruzaram a fronteira para o país vizinho. O Egito foi um dos mediadores do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Os detentos foram libertados da prisão de Ofer, na Cisjordânia, e de outra instalação perto de Bersheba, no sul de Israel, segundo o comunicado do serviço penitenciário israelense.

Violação

O escritório do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste sábado, 25, que o Hamas violou o acordo de cessar-fogo ao libertar reféns soldados antes de todos os civis. Netanyahu exigiu a libertação da refém Arbel Yehud, uma civil que Israel considera que está viva.

Uma fonte do grupo terrorista Hamas afirmou à Agência Reuters que Arbel Yehud está viva e será libertada no próximo sábado, 1, mas Israel exige uma prova de vida da refém. De acordo com o documento aprovado de cessar-fogo, as mulheres civis deveriam ser libertadas antes dos soldados.

Em um comunicado, Netanyahu disse que permitiria a libertação dos 200 prisioneiros palestinos, mas não a volta de civis palestinos ao norte de Gaza, como estava previsto no acordo.

Fases do acordo

Na primeira fase do acordo, o grupo terrorista Hamas concordou em libertar 33 reféns dos quase 100 que ainda estão em Gaza em troca de mais de 1.000 palestinos que estão em prisões israelenses e uma retirada parcial das tropas de Israel em Gaza. Sete reféns já foram libertados nas últimas duas semanas.

Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver – e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.

Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo o grupo terrorista Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo.

Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional./com AP e NY

Estadão Conteúdo

Israel aprova acordo de cessar-fogo com o Hamas, e libertação de reféns deve começar neste domingo

Nesta sexta-feira (17), Israel formalizou a aprovação de um acordo de cessar-fogo e troca de referências com o Hamas, mediado por autoridades internacionais no Catar. O acordo, que aconteceu nas negociações, inclui a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

Após avaliação de segurança e aspectos humanitários, o Gabinete de Segurança e o Gabinete de Governo israelenses, liderados por Benjamin Netanyahu, aprovaram os termos.

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