Israel culpa Hamas pela retenção de brasileiros em Gaza

A embaixada de Israel em Brasília divulgou uma nota, no último sábado (4), afirmando que o grupo extremista Hamas é o culpado pela retenção dos brasileiros na Faixa de Gaza. Residentes do país naquela região não estão sendo inseridos nas listas de repatriação pela fronteira com o Egito, processo que teve início na última semana.

A nota se dá após o governo brasileiro questionar Israel e o Egito sobre os critérios utilizados na escolha de nacionalidades dos repatriados na missão. No último sábado, uma quinta lista foi publicada, mas nenhum brasileiro deixou o local até então. Ao todo, cerca de 2.700 pessoas já foram resgatadas de Gaza.

Segundo Jamil Chade, do UOL, a embaixada israelense responsabiliza os terroristas baseados em Gaza pela demora na liberação do grupo do Brasil, mas não explica o privilégio concedido a países aliados. O texto, segundo a reportagem, diz que os argumentos usados pelo Itamaraty e pelo Palácio do Planalto, de que há resistência em incluir os brasileiros nas listas de repatriação, são “mera alegação”.

A embaixada também utiliza a nota para reiterar os ataques sofridos em território israelense: “o Hamas é uma organização terrorista que sequestra, massacra, estupra e tortura centenas de pessoas de muitas nacionalidades…”. “O Hamas está atrasando a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza e os utiliza de maneira desumana para se apresentarem como vítimas”, diz a nota.

Por fim, a embaixada afirma que Israel “está fazendo absolutamente tudo que pode e está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível”.

JC Online

Israel declara guerra e diz que Hamas pagará “preço sem precedentes”

O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, declarou guerra contra os fundamentalistas islâmicos do Hamas, que atacaram, de surpresa, o país no início da manhã deste sábado (7/10). O líder gravou uma mensagem em vídeo para os israelenses em que afirma que “esta não é uma operação simples” e garantiu que “o inimigo pagará um preço sem precedentes”.

Esse é considerado o maior ataque contra Israel dos últimos anos. Os homens do Hamas invadiram as cidades israelenses durante uma ofensiva com mais de 5 mil foguetes disparados da Faixa de Gaza. Enquanto o fogo era lançado, os militantes armados entraram pela fronteira e começaram a invadir casas, matar soldados e civis e sequestrar israelenses.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram as cidades tomadas destruídas pelos foguetes, pânico dos moradores do país invadido e uma agressividade dos militantes. No início da operação, o comandante do Hamas publicou um vídeo e convocou os palestinos de todo o mundo para lutar.

Nas primeiras horas da invasão do Hamas, mais de 2,5 mil foguetes foram lançados contra Israel. Sirenes antiaéreas soaram nas principais cidades de Israel, inclusive em Tel Aviv e em Jerusalém. De acordo com a imprensa israelense, pelo menos 35 civis teriam sido sequestrados pelos militantes do grupo fundamentalista islâmico.

Diretor de vendas de uma empresa na área de high-tech e filho de brasileiros, Yanai Gilboa-Glebocki, 58 anos, mora em Bror Hayil, um kibbutz situado a 7,5km da fronteira com a Faixa de Gaza. Pelo menos 60% dos moradores de Bror Hayil são brasileiros, filhos e netos. Em entrevista ao Correio, Yanai contou: “Fomos surpreendidos de uma forma muito ruim”. “Lamentavelmente, tem muitos mortos e feridos. Soldados e civis foram sequestrados para dentro de Gaza. Tanques e jipes do Exército israelense foram capturados pelo Hamas. Dois, três ou até mais kibutzim estão sob controle do Hamas. A situação é ruim”, disse.

“Nós vamos ganhar e controlar tudo, mas as condições de início são péssimas e muito ruins.” O Correio apurou que Ofir Lipstein, prefeito do Conselho Regional de Sha’ar Hanegev, que congrega kibutzim do sul de Israel, foi morto durante troca de tiros com os militantes do Hamas.

Com informações do Correio Braziliense.