“O Programa Primeiro Emprego (PPE) tem sido um transformador na minha realidade como mulher negra e de comunidade periférica, pois não está só me proporcionando oportunidades valiosas, mas também incentivado a sair da minha zona de conforto”, afirma a beneficiada do PPE Gabriela Diogo de Oliveira, de 23 anos. Ela entrou no programa em 2021, como jovem aprendiz da Embasa, e hoje está locada na Casa Civil, como técnica em administração.
Articulando trabalho e educação, o PPE tem como principal objetivo dar oportunidade aos estudantes de entrar no mercado de trabalho com todos os direitos previstos na CLT. De seu lançamento, em 2016, até este ano, o PPE já acumulou 20.650 egressos beneficiados.
A seleção para o programa é feita por meio de um ranking de notas da Secretaria da Educação (SEC) para alunos que concluíram os cursos técnicos de nível médio na Rede Estadual de Educação Profissional da Bahia. A convocação é feita pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
Colega de Gabriela no PPE e na Casa Civil, Amanda Emmyli de Oliveira Teles, de 19 anos, enaltece as experiências práticas permitidas pelo PPE. De acordo com ela, essas experiências ajudam a desenvolver habilidades valiosas, aumentando a confiança e preparando os beneficiados para os desafios profissionais.
“São programas que facilitam a entrada no mercado e nos preparam para contribuir de maneira significativa em nossas carreiras”, relata Amanda. “A experiência no PPE tem sido extraordinária e muito além do que eu imaginava. E o impacto positivo que vem gerando na minha trajetória são notáveis, por isso sou muito grata por essa oportunidade.”
Oportunidades que seguem repercutindo na vida dos beneficiados e suas famílias – e impactando o serviço público da Bahia. “Tem sido expressiva a quantidade de egressos do PPE inseridos na administração pública e muitos são os exemplos exitosos”, relata o coordenador da Coordenação de Acompanhamento de Políticas Sociais (COAPS) da Casa Civil, Antonio José Souza Assis. “Há uma beneficiada de mais de 50 anos, por exemplo, que acabou entrando em depressão severa após uma separação, entrou no PPE por insistência da filha e hoje exerce suas atividades com excelência.”
O coordenador explica que o projeto busca acompanhar os beneficiados e seu desenvolvimento, e cita ainda o caso de uma coletora de material descartável que fez o curso técnico em enfermagem. “Pelas notas obtidas no curso, ela foi convocada e hoje, beneficiada do PPE, atua como técnica de enfermagem numa unidade de saúde do estado”, afirma. “A verdade é que o programa tem feito emergir jovens lideranças cujas vozes potentes tem ressoado com um brilhantismo incomum.”
A Tarde