EUA anunciam nova ajuda de segurança à Ucrânia no valor de US$ 2,5 bi

Os Estados Unidos anunciaram um pacote de ajuda militar de US$ 2,5 bilhões (R$ 15,5 bilhões na cotação atual) para a Ucrânia nesta segunda-feira,30, enquanto correm para fornecer ajuda a Kiev antes que o presidente eleito , Donald Trump, tome posse. A vitória eleitoral de Trump em novembro lançou dúvidas sobre o futuro da ajuda dos EUA à Ucrânia.

O novo pacote anunciado nesta segunda-feira inclui um “pacote de redução” militar de 1,25 bilhão de dólares (R$ 7,7 bilhões), permitindo ao Pentágono retirar armas dos arsenais dos EUA e enviá-las rapidamente para o campo de batalha. Outra ajuda de 1,22 bilhão de dólares (R$ 7,5 bilhões) será financiada por meio da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, mediante a aquisição de material para a indústria do setor.

“Tenho orgulho de anunciar quase 2,5 bilhões de dólares em assistência de segurança para a Ucrânia, enquanto o povo ucraniano continua defendendo sua independência e liberdade da agressão russa”, disse o presidente Joe Biden em um comunicado.

As reduções dos estoques do Departamento de Defesa incluem drones, munições para sistemas de foguetes de alta mobilidade (HIMARS), mísseis guiados opticamente, sistemas de armas antitanque, munições ar-terra e peças de reposição, de acordo com um comunicado separado do Departamento de Estado. “Os Estados Unidos e mais de 50 nações estão unidos para garantir que a Ucrânia tenha as capacidades possíveis para se defender da agressão russa”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken.

A administração em fim de mandato de Biden trabalha para obter o máximo de ajuda possível à Ucrânia antes de Trump, que criticou repetidamente a assistência dos EUA a Kiev e afirmou que poderia garantir um cessar-fogo dentro de horas, tome posse em 20 de janeiro. Biden indicou que seu governo já entregou todo o dinheiro de ajuda à Ucrânia aprovado pelo Congresso na primavera deste ano, após intensas negociações.

O presidente democrata afirmou que pretendia que continuassem enviando a Kiev o máximo de ajuda militar possível no final de seu governo, incluindo equipamentos militares mais antigos dos Estados Unidos, e que fossem transferidos rapidamente para o campo de batalha, em um momento em que a Ucrânia perde território para as tropas russas.

Enquanto isso, o Departamento do Tesouro anunciou nesta segunda-feira o desembolso de 3,4 bilhões de dólares (R$ 21 bilhões) em apoio orçamentário direto à Ucrânia, a última entrega de fundos como parte do pacote de ajuda bilionária planejada no início deste ano.

“Junto com a assistência de segurança que os Estados Unidos estão fornecidos à Ucrânia e as ações do Tesouro para suportar ainda mais as avaliações contra a máquina de guerra da Rússia, continuaremos fazendo tudo o que for possível para posicionar a Ucrânia no caminho de alcançar uma paz justa”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em um comunicado.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou que a ajuda chega em um momento crítico, enquanto a Rússia intensifica seus ataques contra o território ucraniano, “até recorrendo à participação de soldados norte-coreanos e recebendo continuamente armas da Coreia do Norte e do Irã “.

AFP

Putin promete mais ‘destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu neste domingo mais “destruição” na Ucrânia, em resposta a um bombardeio com drones que atingiu no sábado um prédio residencial na cidade de Kazan, região central do país.

“Quem quer que seja, e por mais que tentem destruir, enfrentarão muito mais destruição e se arrependerão do que estão tentando fazer em nosso país”, disse Putin durante uma reunião de governo exibida na televisão.

A Rússia acusou a Ucrânia de executar um bombardeio em larga escala com drones, que atingiram um bloco de apartamentos de luxo em Kazan, a quase 1.000 quilômetros da fronteira.Vídeos divulgados nas redes sociais russas mostram o impacto dos drones contra um edifício. Nenhuma vítima foi relatada no ataque.

AFP

EUA anunciam quase US$ 1 bilhão para dar mais armas à Ucrânia

Os Estados Unidos fornecerão US$ 988 milhões a mais em armas no longo prazo para a Ucrânia, disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin, neste sábado, 7, enquanto a administração Biden se apressa em gastar todo o dinheiro aprovado pelo Congresso que resta para reforçar Kiev antes que o presidente eleito Donald Trump assuma o cargo no próximo mês.

O pacote mais recente incluirá mais drones e munições para os Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, ou HIMARS, que os EUA forneceram. Embora essas armas sejam criticamente necessárias agora, elas serão financiadas por meio da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, que paga por sistemas de longo prazo a serem contratados.

Os sistemas de armas comprados são frequentemente destinados a apoiar as capacidades militares futuras da Ucrânia, não fazendo uma diferença imediata no campo de batalha. O pacote de quase US$ 1 bilhão soma-se a outra assistência militar dos EUA, de US$ 725 milhões, anunciados na segunda-feira, 2.

A Ucrânia está enfrentando um ataque intensificado pela Rússia, que agora está usando milhares de soldados norte-coreanos para aumentar sua luta para retomar a região de Kursk. Moscou também lançou um míssil balístico de alcance intermediário e regularmente ataca a infraestrutura civil de Kiev.

Com dúvidas sobre se Trump manterá o apoio militar à Ucrânia, a administração Biden tem tentado gastar cada dólar restante de um grande projeto de lei de ajuda externa aprovado no início deste ano para colocar a Ucrânia na posição mais forte possível.

“Esta administração fez sua escolha. A próxima administração deve fazer sua própria escolha,” disse Austin em um encontro anual de oficiais de segurança nacional, empresas de defesa e legisladores na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan em Simi Valley, Califórnia.

Estadão Conteúdo

Putin assina acordo de defesa mútua com Coreia do Norte

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um tratado de defesa mútua com a Coreia do Norte, soldados, segundo Kiev e Washington, estão prestes a se unir às forças russas que combatem as forças ucranianas.

Concluído durante uma visita de junho de Putin a Pyongyang, o tratado entre dois dos principais inimigos dos Estados Unidos prevê, entre outras coisas, “assistência militar imediata” recíproca no caso de um ataque a qualquer um dos países.

A alta câmara do Parlamento russo ratificou o tratado em 8 de novembro, mas ele ainda precisa ser assinado pelo presidente russo para entrar em vigor. O Kremlin publicou uma lei de ratificação em seu site na noite de sábado.

O acordo formaliza meses de crescente cooperação de segurança entre os dois países, aliados comunistas durante a Guerra Fria. A Rússia e a Coreia do Norte se aproximaram consideravelmente desde o início da invasão russa na Ucrânia em 2022.

O acordo também compromete os dois países a cooperar internacionalmente para se opor às avaliações ocidentais e coordenar suas posições na ONU. Em junho, Putin chamou o acordo de “documento revolucionário”.

Citando relatórios de inteligência, a Coreia do Sul, a Ucrânia e o Ocidente afirmam que a Coreia do Norte envia cerca de 10.000 soldados para a Rússia para lutar na Ucrânia. Questionado publicamente sobre essa implantação em outubro, o presidente russo não negou o fato, desviando uma pergunta para criticar o apoio ocidental à Ucrânia.

A Tarde

Irã alerta sobre risco de ‘propagação’ da guerra para além do Oriente Médio

Teerã alertou, neste sábado (9), sobre o risco de que os conflitos em Gaza e no Líbano, onde Israel está em confronto com as organizações pró-Irã Hamas e Hezbollah, se espalhem para outras regiões do mundo.

“O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio”, advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em discurso transmitido pela televisão estatal. “A insegurança e a instabilidade podem se espalhar para outras regiões, mesmo distantes”, acrescentou.

Israel, um dos principais inimigos regionais do Irã, está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza e com o Hezbollah no Líbano, dois movimentos aliados a Teerã, que, por sua vez, pede um cessar-fogo em ambas as frentes. A tensão entre os dois países cresceu no calor dos conflitos em Gaza e no Líbano e, em 26 de outubro, caças israelenses bombardearam instalações militares no Irã, em retaliação a um ataque balístico iraniano contra Israel em 1º de outubro. Teerã prometeu responder, e Israel deixou claro que atuaria com mais força se isso acontecesse.

Na quinta-feira, Ali Larijani, assessor do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o Irã deve se proteger contra uma reação “instintiva” contra Israel para “não cair na armadilha” do governo de Benjamin Netanyahu. Já o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, declarou no domingo que um eventual cessar-fogo entre os aliados do Irã e os de Israel poderia influenciar a resposta de seu país aos ataques israelenses.

Neste sábado, o Irã também pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que “mude” sua política de “pressão máxima”, aplicada durante sua primeira administração na Casa Branca.

“Trump deve demonstrar que não segue as políticas errôneas do passado. Como um empresário, ele deveria avaliar os prós e os contras e decidir se deseja continuar ou mudar esta política prejudicial”, disse Mohamad Javad Zarif, vice-presidente iraniano de assuntos estratégicos, à imprensa.

AFP

Exército israelense intensifica bombardeios no Líbano

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos no Líbano neste domingo (13), dentro e fora dos redutos do movimento islamista libanês Hezbollah, com o qual trava combates por terra em setores próximos da fronteira no sul do país.  O Hezbollah indicou que repeliu neste domingo duas tentativas de infiltração de tropas israelenses.

Segundo a milícia pró-iraniana, os seus combatentes detonaram dispositivos explosivos contra soldados israelenses que “os confrontaram quando tentaram se infiltrar” perto da cidade libanesa de Ramia. Afirmou também que atacou soldados israelenses em Marun al Ras, alguns quilômetros a leste, e que bombardeou uma base militar israelense ao sul da cidade de Haifa. Além disso, pela primeira vez, o movimento relatou combate corpo a corpo com soldados israelenses em uma aldeia no sul do Líbano.

Por sua vez, o Exército israelense relatou uma operação “seletiva e limitada” no sul, assim como um “combate corpo a corpo” com o Hezbollah. Também anunciou ter capturado um combatente da milícia em um túnel, “destruído [sua] infraestrutura ao longo da fronteira” e matado “dezenas” de combatentes.

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel em outubro de 2023 para apoiar o seu aliado, o Hamas, na guerra na Faixa de Gaza, desencadeada após o ataque mortal do movimento islamista palestino em solo israelense em 7 de outubro daquele ano.

Depois de enfraquecer o Hamas em Gaza, Israel transferiu a maior parte das suas operações para a frente libanesa em setembro, com o objetivo de afastar o Hezbollah das zonas fronteiriças e permitir o retorno de cerca de 60.000 israelenses que tiveram que abandonar as suas casas no norte de Israel, devido ao lançamento de foguetes do grupo xiita. Mas neste domingo, o Exército disse ter interceptado cinco projéteis vindos do Líbano.

Mesquita destruída

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos desde a meia-noite passada, segundo a agência de notícias oficial libanesa Ani, assim como os disparos contra cidades do sul do país, um reduto tradicional do Hezbollah.  Um bombardeio “por volta das 03h45” (horário local) destruiu “completamente” uma antiga mesquita no centro da aldeia de Kfar Tibnit, acrescentou.

A Cruz Vermelha libanesa informou que vários dos seus socorristas ficaram feridos neste domingo em um bombardeio de uma casa no sul, para onde foram enviados “em coordenação” com a força de paz da ONU no Líbano (Unifil).  A frente que o Hezbollah abriu contra Israel há um ano transformou-se em uma guerra aberta em 23 de setembro, com intensos bombardeios israelenses contra redutos do Hezbollah no Líbano, que mataram o líder do movimento, Hassan Nasrallah.

Ofensiva em Jabaliya

Depois de mais de um ano de combates, Israel continua a sua ofensiva em Gaza, território governado pelo Hamas.  O Exército bombardeia principalmente a região de Jabaliya, no norte, onde acusa o Hamas de reorganizar as suas forças. Neste domingo, o Exército indicou que eliminou “dezenas de terroristas” neste setor e atacou “40 alvos terroristas”.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em solo israelense causou a morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses e que inclui reféns mortos ou assassinados em cativeiro em Gaza.  Ao menos 42.227 palestinos, a maioria civis, morreram na ofensiva israelense no território, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

AFP

Quarenta países se unem para pedir proteção dos capacetes azuis no Líbano

Quarenta países expressaram neste sábado seu apoio à força de manutenção da paz da ONU no sul do Líbano (Finul) e pediram a proteção dos capacetes azuis, cinco dos quais ficaram feridos nas últimas 48 horas.

“Pedimos às partes em conflito que respeitem a presença da Finul, o que inclui garantir a segurança de todos os seus funcionários, a todo momento”, escreveram os 34 países que contribuem para essa força de paz e outros 6 Estados, em comunicado publicado na conta no X da missão da Polônia nas Nações Unidas.

AFP

Avião que vai repatriar brasileiros no Líbano segue para Beirute

Em meio à grave crise humanitária no Líbano, decorrente dos recentes ataques aéreos de Israel, o governo brasileiro iniciou nesta quarta-feira (2/10) uma operação de repatriação de seus cidadãos. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Beirute, capital libanesa.

A aeronave KC-30, com capacidade para transportar cerca de 220 pessoas, fará uma escala técnica em Lisboa, Portugal. A expectativa é que a primeira leva de brasileiros seja trazida de volta para o país nos próximos dias.

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Irã lança mísseis contra Israel; estatal iraniana confirma

Na tarde desta terça-feira (1º), Tel Aviv, capital de Israel, foi atingida por uma série de mísseis disparados pelo Irã, de acordo com informações da mídia internacional. A agência estatal iraniana Irna confirmou o lançamento dos explosivos, descrevendo-o como “um ataque com mísseis contra Tel Aviv”, sem fornecer mais detalhes sobre

Relatos de sirenes de ataque aéreo dispararam em Tel Aviv e, logo após, também foram ouvidos na cidade de Jerusalém. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram que as mísseis foram disparadas do território iraniano, direcionadas ao capital israelense.

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Hezbollah confirma morte do líder do movimento, Hassan Nasrallah, em bombardeio israelense

O movimento islamista libanês Hezbollah confirmou neste sábado (28) que seu líder, Hassan Nasrallah, morreu em um bombardeio israelense na sexta-feira contra o subúrbio sul de Beirute, reduto do grupo pró-Irã, horas depois de Israel anunciar que havia eliminado o dirigente.

“Sayed Hassan Nasrallah se uniu a seus companheiros mártires (…) cuja marcha liderou durante quase 30 anos”, anunciou o grupo em um comunicado.  O Hezbollah, arqui-inimigo de Israel, anunciou oficialmente a morte de seu chefe mais de 19 horas após os bombardeios de Israel contra seu quartel-general em um bairro densamente habitado na periferia sul da capital libanesa.

Uma fonte próxima ao movimento pró-Irã havia informado que o grupo “perdeu o contato” com Nasrallah na sexta-feira à noite. Algumas horas antes, o Exército israelense anunciou a morte do líder do Hezbollah. “Hassan Nasrallah está morto”, afirmou uma fonte do Exército, Nadav Shoshani, na rede social X.

O porta-voz do Exército, o contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que a eliminação do chefe do Hamas torna o mundo “um lugar mais seguro”. O grupo islamista palestino Hamas classificou o assassinato de Nasrallah de “ato terrorista covarde”. Hassan Nasrallah, de 64 anos, era um homem muito influente e venerado no Líbano. Líder do Hezbollah desde 1994, ele vivia escondido e fez raras aparições públicas. “A mensagem é simples: saberemos como alcançar qualquer pessoa que ameace os cidadãos de Israel”, alertou o comandante do Estado-Maior israelense, general Herzi Halevi.

“Nova ordem”

Um comunicado militar israelense afirma que Ali Karake, apresentado como o comandante da frente sul do Hezbolllah, e outros dirigentes do movimento morreram ao lado de Nasrallah. O Exército afirmou que a “maioria” dos líderes do grupo xiita foi “eliminada” nas operações israelenses dos últimos meses.

As forças de segurança do país divulgaram imagens do ministro da Defesa, Yoav Gallant, de Herzi Halevi e do comandante da Força Aérea, Tomer Bar, reunidos em um centro de comando durante a operação contra Nasrallah, batizaa de “Nova ordem”. O Exército israelense iniciou na segunda-feira uma campanha de bombardeios em larga escala contra o Hezbollah no Líbano, após um ano de confrontos na fronteira com o movimento pró-Irã.

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel no início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque contra o território israelense de seu aliado Hamas em 7 de outubro de 2023. Desde então, prometeu continuar “até o fim da agressão israelense em Gaza”.

Israel afirma que, com os bombardeios, pretende restabelecer a segurança no norte do país, alvo dos ataques do Hezbollah, e permitir o retorno para suas casas de dezenas de milhares de habitantes que foram obrigados a deixar a região.

O Hezbollah, financiado e armado pelo Irã, foi criado em 1982 por iniciativa da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica. O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, denunciou neste sábado “política míope” de Israel, após o anúncio da morte de Nasrallah, mas sem mencionar o nome do líder do Hezbollah.

AFP

Bombardeios de Israel no Líbano matam 274; país vive dia mais sangrento desde a guerra de 2006

Na segunda-feira (23), o Ministério da Saúde do Líbano relatou que 274 pessoas perderam a vida e mais de 1.024 ficaram feridas devido a um ataque aéreo amplo realizado por Israel.

Pouco antes dos bombardeios, as Forças de Defesa de Israel alertaram a população civil para que se afastasse “imediatamente” de áreas suspeitas de abrigar depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.

Entre os mortos, 21 são crianças e 31 são mulheres, conforme informado pelas autoridades libanesas, que também destacaram a presença de profissionais de saúde entre as vítimas. Israel, por sua vez, afirmou ter eliminado um dos comandantes do Hezbollah, identificado como Ali Karaki.

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Rússia e Ucrânia trocam 206 prisioneiros após mediação dos Emirados Árabes Unidos

A Rússia anunciou, neste sábado (14), a troca de 206 prisioneiros com a Ucrânia, 103 de cada parte, após um acordo negociado pelos Emirados Árabes Unidos, que inclui soldados russos capturados por Kiev na região fronteiriça de Kursk.

No total, “103 militares russos capturados na região de Kursk foram devolvidos daquele território controlado pelo regime de Kiev”, informou o Ministério da Defesa russo. “Em troca, foram entregues 103 prisioneiros de guerra do exército ucraniano”, acrescentou.

Segundo o ministério, os Emirados Árabes fizeram “esforços de mediação” para permitir a troca. Os militares russos foram capturados na ofensiva ucraniana na região russa de Kursk. “Todos os soldados russos (trocados) estão atualmente em Belarus, onde recebem a ajuda psicológica e médica necessária”, acrescentou a fonte.

As autoridades ucranianas ainda não confirmaram oficialmente a troca. A ofensiva de Kiev lançada em 6 de agosto na região fronteiriça russa de Kursk pegou o exército russo de surpresa. A Ucrânia anunciou a prisão de centenas de soldados de Moscou.

Segundo a imprensa russa, estes prisioneiros são, em sua maioria, recrutas e guardas de fronteira. Em 24 de agosto, Rússia e Ucrânia anunciaram, também com a mediação dos Emirados Árabes, uma troca de 230 prisioneiros, incluindo soldados russos detidos em Kursk.

AFP

Otan condena ataques russos e reafirma compromisso de reforçar defesa da Ucrânia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reafirmou nesta quarta-feira (28) o seu compromisso em reforçar as capacidades de defesa da Ucrânia, após uma onda de bombardeios russos atingir infraestruturas energéticas ucranianas na segunda e terça-feira.

O Conselho Otan-Ucrânia se reuniu hoje para analisar a situação após o incidente afetar o fornecimento de eletricidade nas cidades ucranianas. Em comunicado, a aliança militar sinalizou que os integrantes do Conselho “condenaram veementemente os ataques indiscriminados da Rússia e reafirmaram seu compromisso de reforçar ainda mais as defesas da Ucrânia”.

Em nota, o secretário-geral da Otan, Jens Soltenberg, afirmou que Kiev segue interceptando mísseis diariamente, mas que manter esta capacidade “requer um fornecimento maior e mais apoio”. Por isso, declarou, “devemos continuar proporcionando à Ucrânia o equipamento e as munições necessárias para se defender da invasão russa. Isto é vital para que a Ucrânia possa se manter na luta”.

A Otan informou ainda que a reunião desta quarta-feira ocorreu a nível de embaixadores “e foi convocada a pedido da Ucrânia”. O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, participou através de videoconferência e apresentou informações sobre a situação atual de segurança e as “necessidades prioritárias” em relação às capacidades.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu às forças aéreas europeias que ajudassem o seu país a adquirir a capacidade de interceptar drones e mísseis russos. “Em várias regiões da Ucrânia poderíamos fazer muito mais para proteger vidas se a aviação dos nossos vizinhos europeus trabalhasse em conjunto com os nossos [caças] F-16 e a nossa defesa aérea”, disse Zelensky.

Os ataques russos de segunda e terça-feira estiveram entre os mais importantes das últimas semanas: 15 regiões ucranianas foram atacadas por um total de 236 mísseis e drones, dos quais o governo ucraniano afirmou ter atingido 201. Os bombardeios causaram pelo menos quatro mortes e forçaram as autoridades ucranianas a impor cortes de energia emergenciais. Na terça, vários bairros da capital Kiev ficaram sem eletricidade.

AFP

Luciano Huck deixa hotel às pressas antes de entrevista com Zelensky

O apresentador Luciano Huck teve que deixar o hotel onde estava, na Ucrânia, às pressas antes de entrevistar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O brasileiro foi encaminhado a um abrigo após um ataque aéreo russo. Em texto publicado no jornal O Globo, nesta terça-feira (27), Luciano Huck relatou que não conseguiu dormir na primeira madrugada que passou em Kiev, capital da Ucrânia.

“Os alarmes agudos soaram a partir das 3h. Sirenes nas ruas, alertas no celular, chamados nos alto-falantes do hotel, o alerta veio de todos os lados. Parecia um filme, mas era vida real. Hóspedes e funcionários foram prontamente encaminhados ao abrigo antiaéreo, no subsolo. Camas dobráveis tinham sido improvisadas, lado a lado”, disse o apresentador.

“Minha primeira madrugada em Kiev, capital da Ucrânia, foi em claro, à mercê de um dos mais amplos e intensos ataques aéreos que a Rússia lançou desde o começo da guerra. Foram 127 mísseis e 109 drones, a maioria deles tendo como alvo instalações de infraestrutura”, acrescentou Huck.

Pela manhã, por volta das 10h, Huck foi autorizado a deixar o abrigo e foi recebido por Zelensky. “Fui à Ucrânia para ouvi-lo e ver de perto o que está acontecendo na terra de 3 dos meus 4 avós, onde estão minhas raízes familiares”, pontuou o apresentador. Segundo Huck, o conteúdo completo da conversa com Zelensky será compartilhado em um documentário na plataforma do Globoplay.

Um dos destaques da entrevista foi sobre a possibilidade do fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Quando questionado por Huck acerca do assunto, o presidente ucraniano disse que tem um plano de paz. “Temos um plano de paz, que pretendo apresentar até novembro. Mas a pergunta que fica é: os russos concordarão?”, respondeu Zelenski.

Diário de Pernambuco

Itamaraty diz para brasileiros deixarem Líbano por guerra com Israel

O aumento da troca de mísseis entre o Líbano e Israel no final de semana levou o Itamaraty a recomendar aos brasileiros que vivem na região que abandonem o local e que não viajem ao Líbano neste momento. No domingo (25), a embaixada do Brasil em Beirute divulgou recomendações aos cerca de 21 mil brasileiros que vivem no país do Oriente Médio, sendo a maior comunidade do Brasil nesta região.

“A embaixada recomenda aos cidadãos que residem no Líbano, ou que passam por ele, que deixem o país pelos seus próprios meios até que as coisas voltem ao normal”, diz o informe, acrescentado que os brasileiros que decidirem ficar no país não devem ficar na região sul, nas zonas fronteiriças e outras áreas consideradas perigosas, onde se concentram os ataques.

O comunicado pede ainda que os brasileiros sigam as instruções das autoridades locais; reforcem medidas de precaução; não participem de comícios e protestos; certifiquem-se que o passaporte está válido pelos próximos seis meses e atualizem todos os dados de registro na embaixada brasileira.

O grupo libanês Hezbollah e o exército de Israel têm intensificado a troca de mísseis na fronteira entre os dois países, com o Hezbollah lançando centenas de foguetes e drones contra Israel na manhã desse domingo, enquanto Israel teria atacado o Líbano com 100 jatos, segundo informa a agência de notícias Reuters.

O conflito na fronteira do Líbano com Israel começou ao mesmo tempo que a guerra na Faixa de Gaza, após o 7 de outubro de 2023. Lideranças do Hezbollah defendem que os disparos devem continuar enquanto Israel seguir com sua campanha no enclave palestino. Nos últimos dias, os ataques têm se intensificados, em parte em resposta ao assassinato, no Líbano, do líder do Hezbollah Fuad Shukr.

Brasil
Em nota, o governo brasileiro informou que acompanha, com grave preocupação, a escalada das tensões entre Líbano e Israel. “O Brasil conclama todas as partes envolvidas a exercerem máxima contenção, a fim de evitar a intensificação de hostilidades na região e o alastramento do conflito para o restante do Oriente Médio”, informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil nesse domingo.

Agência BRasi

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