Polícia apreende armas e recupera R$ 50 mil em materiais de empresa de energia de Pernambuco

Polícia Civil de Pernambuco apreendeu armas e munições no distrito da Lagoa do Barro, na Zona Rural de Araripina, no Sertão de Pernambuco. A ação ocorreu na tarde de quinta-feira (28) no cumprimento de mandado de busca e apreensão, e, depois de uma investigação sobre furto de energia elétrica, fios de cobre, transformadores e outros materiais de propriedade da Neonergia Pernambuco.

Durante as buscas, foram apreendidas duas espingardas, munições de diversos calibres, um carregador de pistola, quase dois quilos de chumbo para munição, pólvora, um transformador de energia e vários rolos de fios de cobre.

De acordo com a Neonergia Pernambuco, o valor do material recuperado pela polícia é de cerca de 50 mil reais.

G1 Petrolina

Carlos Bolsonaro perde o porte de armas após PF negar renovação

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comparou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao líder bíblico Moisés. A analogia foi feita em um evento de lançamento do Programa de Ação na Segurança, nessa sexta-feira (21) em Brasília. Dino também fez um aceno às forças policiais brasileiras e afirmou a Lula que elas estavam com o presidente da República no cumprimento de seus deveres.

Dino cita feitos de Moisés contados no livro Êxodo, da Bíblia, como a vitória “mais conhecida” sobre o exército de Faro e a travessia do deserto, mas afirma que há outro feito de Moisés, que, apesar de menos conhecido, faz um paralelo com o momento do Brasil e do governo do presidente Lula.

“Tem outra batalha liderada por esse general bíblico, o Moisés, que é menos conhecida mas acho que é ilustrativa em relação à importância desse momento. Narra o livro do Êxodo que em uma batalha contra o exército de Amaleque, Moisés se posicionou no alto de uma coluna e, para inspirar o exército nessa batalha, ele levantava os braços. Quando ele levantava os braços, o exército ia bem, quando ele abaixava os braços, o exército fraquejava. Ele cansou, mas havia dois ministros do lado dele para segurar seus braços para cima”, disse Dino.

Ao prosseguir, o ministro falou que os aliados e o povo brasileiro segurariam os braços do chefe do Executivo caso ele cansasse. Por fim, o ministro da Justiça afirmou a Lula que os policiais brasileiros também compunham este exército e frisou que era necessário separar a conduta de cada agente.

“Essa história bíblica, presidente, é para lhe dizer o seguinte: o senhor é nosso general no alto da colina, fique de braço levantado, por favor. E segundo, quero afirmar ao senhor, que cada vez mais e sempre, quando eventualmente o senhor cansar, o que é raro, o senhor pode contar com seus ministros, os políticos e o povo brasileiro para sustentar seus braços para cima e inscreva no seu exército as polícias brasileiras. Pode inscrever, estou lhe afirmando isso, porque a gente precisa separar o joio do trigo para fazer justiça”, concluiu.

Estado de Minas

 

 

Lula reverte mudanças de Bolsonaro no acesso a armas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, ontem (21), o novo decreto de armas. O texto atualizado impõe diversas limitações às políticas estabelecidas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As maiores restrições são para os Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). As recentes diretrizes, elaboradas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Flávio Dino (PT), estabelecem o aumento gradual dos direitos de porte e posse com base em três níveis.

Regras para CACs
Para atingir o nível 1, por exemplo, é necessário ter realizado ao menos oito treinamentos em clubes de tiro, em eventos distintos, a cada 12 meses. Os CACs nessa categoria têm direito a quatro armas de uso permitido e até quatro mil cartuchos e oito mil projéteis de menor calibre.

Já o nível 2 exige 12 treinamentos ou quatro competições de tiro, sendo duas obrigatoriamente em território estadual a cada 12 meses. Para quem atinge esse nível, o decreto estabelece direito a oito armas de fogo, 10 mil cartuchos e 16 mil projéteis de menor calibre. O nível 3 exige participação em 20 treinamentos ou em seis competições, sendo duas estaduais ou internacionais.

Defesa pessoal
As regras para quem deseja adquirir o porte de armas para defesa pessoal também mudou. No antigo decreto, eram permitidas até quatro armas, sem qualquer necessidade de comprovação, e 200 munições para cada arma por ano. Na nova norma, são permitidas apenas duas armas e 50 munições para cada arma por ano. “O decreto põe fim definitivamente ao armamentismo irresponsável que o extremismo político semeou nos lares brasileiros. Armas nas mãos certas, e não armas nas mãos das pessoas que perpetram feminicídio”, declarou o ministro Flávio Dino durante a cerimônia de assinatura.

Opiniões divididas
Políticos ligados à direita conservadora, a exemplo do deputado estadual Alberto Feitosa (PL), se posicionaram amplamente contra as mudanças. “Com a assinatura desse decreto, Lula e Flávio Dino põem em prática a ação persecutória a pais e mães de família que, obedecendo legalmente todos os requisitos exigidos por lei, tinham o direito à prática de tiro esportivo e à posse de armas para defesa de suas vidas, a de seus familiares e de seu patrimônio. […] Isso é mais um passo para transformar o Brasil numa ‘ditadura democrática’, a exemplo de Cuba, Guatemala e da Venezuela”, comentou o bolsonarista ao Diario de Pernambuco.

Políticos progressistas, em contraponto, defendem a edição do decreto. A deputada estadual Dani Portela (PSol) disse que a decisão foi “mais que um acerto”.

“A falsa sensação de segurança alardeada por quem defende o aumento da circulação de armamentos não se aplica à realidade. Sabe-se que a presença de uma arma de fogo em um ambiente doméstico expõe as mulheres a um risco de letalidade muito mais alto, visto que a maioria absoluta dos agressores dessas mulheres são seus maridos ou companheiros. A população negra tem o risco de morte por armas de fogo cerca de três vezes maior. Sem falar dos diversos casos de acidentes domésticos envolvendo crianças que tiveram acesso a armas municiadas e mal armazenadas”, pontuou a parlamentar à reportagem.

Diário de Pernambuco