Recife e Olinda celebram aniversário nesta quarta (12) com corte de bolo, desfile, anúncios de obras e inauguração de creche

Recife e Olinda celebram 488 e 490 anos, respectivamente, nesta quarta-feira (12) e irão marcar a data com entregas de serviços, início de obras, corte de bolos, desfiles de blocos, apresentações de orquestra, missa e shows.

No Recife, a programação começa às 9h30, com a inauguração da Creche da Mustardinha. A unidade, que integra um pacote de investimentos voltado à ampliação da rede de ensino infantil, recebeu recursos na ordem de R$ 3 milhões e tem capacidade para acolher 300 crianças, contemplando turmas do berçário ao grupo V.

Em seguida, às 11h, serão iniciadas as obras de duplicação da Ladeira da Cohab, localizada no bairro da Cohab/Ibura de Cima. O serviço, que conta com um investimento de R$ 10,8 milhões, inclui também a criação de uma nova alça de acesso pela BR-101 e a contenção da encosta, além de melhorias na infraestrutura e acessibilidade da região.

Às 12h45, haverá o corte do bolo de aniversário da cidade no Restaurante Popular Naíde Teodósio, em Santo Amaro. O público atendido no local e a população em situação de vulnerabilidade cadastrada pela Prefeitura participarão do corte simbólico do bolo, que marca os 488 anos da cidade. No evento, serão distribuídas 1,4 mil fatias da sobremesa festiva. O Restaurante Naíde Teodósio fica na Rua Afonso Costa, 212, Santo Amaro. Na parte da tarde, o Paço do Frevo realizará aulas de dança nos horários de 14h, 14h40, 15h20 e 16h. As aulas acontecerão na rua, em frente ao museu, localizado na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife.

Às 14h45, a Prefeitura do Recife promove a segunda edição do Encontro Conecta Recife 2025, no Mirante do Paço, das 13h às 19h. O evento é voltado exclusivamente ao debate de soluções inovadoras com foco em governos digitais (e-Gov). O encontro reunirá instituições públicas e privadas, universidades, empresas de tecnologia e startups, além de profissionais de diversas áreas, para discutir o que há de mais moderno quando o assunto é inovação no acesso aos serviços públicos. O evento segue até quinta-feira (13).

No meio da tarde, às 15h, será inaugurada a exposição Travessia, na Biblioteca Dr. Joaquim Suassuna, que funciona na antiga passarela do Pina. A mostra reúne registros fotográficos de todo o processo de construção da biblioteca e ficará aberta ao público durante todo o mês de março. O espaço funciona na Rua Herculano Bandeira, com horário de atendimento das 9h às 21h, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados e domingos.

Por fim, às 20h, haverá uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife, no Teatro de Santa Isabel, sob a regência do maestro José Renato Accioly. Os concertos, gratuitos e oferecidos pela Prefeitura do Recife, terão ingressos disponibilizados pela internet e presencialmente.

Olinda

Celebrando seus 490 anos de história, a cidade de Olinda preparou uma programação que começa às 9h e se estende até às 21h. O município, que é Patrimônio da Humanidade, terá uma festa com corte simbólico de um bolo de 15 kg, desfiles tradicionais, missa, cortejo cultural e queima de fogos. Pela manhã, haverá uma missa em homenagem ao aniversário da cidade, na Catedral da Sé, às 9h. Das 9h às 16h, os visitantes poderão participar de uma sessão de fotos com o Homem da Meia-Noite, na Estrada do Bonsucesso.

À tarde, estão programados os seguintes desfiles:

 • 15h – Desfile do Menino da Tarde (do Largo da Igreja de Guadalupe até a sede da Prefeitura);
• 16h – Desfile da Pitombeira dos Quatro Cantos (da sede da agremiação ao Largo da Prefeitura);
• 17h – Cortejo da Família Salustiano (da Estrada do Bonsucesso até a sede da Prefeitura).

Às 17h30, acontece o Cortejo Cultural Itinerante, com bois, ursos, palhaços e brincantes da cultura pernambucana, do Largo do Bonsucesso até a Prefeitura.

Às 18h, será lançado o documentário Olinda Sacra, no Largo do Mosteiro de São Bento. Em seguida, às 18h30, haverá uma queima de fogos e o corte do bolo comemorativo.

Confira a programação dos shows no Largo da Prefeitura:

• 17h – Zuza Miranda e Thaís
• 18h – Mestra Ana Lúcia do Coco
• 19h – Gangga Barreto
• 20h – Orquestra de Bolso
• 21h – Sambadeiras

Diario de Pernambuco

Azul retornará segunda operação diária entre Recife e Petrolina, a partir de 1º de abril

A Azul Linhas Aéreas irá retomar, a partir de 1º de abril de 2025, a segunda operação diária entre Recife e Petrolina, no interior de Pernambuco. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10), mesmo dia em que a suspensão da operação entre as duas cidades teve início. Em nota, a companhia alegou que o serviço será retomado “depois de uma breve interrupção do serviço”.

Segundo a Azul, a operação decola às 8h da manhã da capital pernambucana e chega ao destino às 9h50. No sentido contrário, sai do Aeroporto de Petrolina às 10h20 e pousa às 12h10 no Aeroporto Internacional Guararapes.

No comunicado, a empresa confirmou ainda que Petrolina também mantém o serviço de um voo diário saindo do Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas, interior de São Paulo, o principal hub da Companhia.

Diario de Pernambuco

Redução de voos diretos entre Petrolina e Recife entra em vigor nesta segunda-feira

A partir desta segunda-feira (10), passageiros que precisem voar entre Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e a capital Recife, vão ter apenas uma opção de voo direto, em virtude da redução anunciada pela empresa Azul, responsável pela rota, em janeiro. Na época, em nota enviada ao g1 Petrolina, a Azul informou que, após a redução, o voo sairá de Recife às 13h20 e chega em Petrolina às 14h50. O retorno acontece às 15h20, com o pouso na capital pernambucana às 16h50. Anteriormente, a rota era feita em dois horários.

A Azul justificou a redução de dois para apenas um voo diário entre as duas cidades informando que “como empresa competitiva, reavalia constantemente suas operações, como parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”. Ainda segundo a companhia, “os clientes impactados serão reacomodados e receberão a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”. “Em breve nós retornaremos aqui com a governadora e traremos uma resposta que funcione para todo mundo. A gente passa por um momento de ajuste de malha, mas com certeza o pedido da governadora será avaliado com muito carinho por nós da Azul”, completou.

Por sua vez, o prefeito de Petrolina informou que havia entrado em contato com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, no dai 30 de janeiro, solicitando a manutenção dos dois voos diários entre Petrolina e o Recife. O prefeito teria alertado o ministro para o impacto econômico da mudança anunciada pela Azul Linhas Aéreas.

“Petrolina é uma cidade exportadora que a cada ano tem ampliado fortemente suas vendas de frutas e outros produtos. É gente indo e voltando todo dia. Essa mudança da Azul seria muito ruim para Petrolina. É perda financeira, é redução do turismo e outros problemas para a logística de uma cidade que teve a população que mais cresceu em todo o Nordeste. Portanto, não faz sentido a cidade estar bombando de negócios, serviços, de obras, de exportações e a Azul cortar pela metade os voos”, explicou Simão.

Até o momento, a Companhia Aérea não informou nenhuma media revogando a redução dos voos diretos entre Petrolina e Recife. No site da empresa, aparece apenas uma opção ligando as duas cidades, a partir desta segunda-feira.

G1 Petrolina

Foliões dizem ‘até logo, carnaval’ ao som do Orquestrão no ‘arrastão do frevo’ pelas ruas do Recife

“Carnaval não acaba porque ele é um sentimento, está na cabeça e no coração das pessoas”. O veredito dado pelo cantor Alceu Valença em entrevista à imprensa momentos antes de subir ao palco, na noite da terça-feira (4) foi seguido à risca pelos foliões que “se acabaram” no frevo até o amanhecer no Bairro do Recife, no Centro da capital pernambucana.

Se Alceu é o rei do carnaval, como foi anunciado ao público que lotou o Marco Zero, maestro Spok é o comandante do Orquestrão, que mantém a tradição do arrastão do frevo até a manhã da Quarta-feira de Cinzas (5). Acompanhado de um grupo de amigos, o estudante universitário Pedro Martins, de 21 anos, foi um dos resistentes. Ele chegou por volta das 21h da Terça-feira Gorda (4) e só voltou para casa quando a turma da limpeza urbana já estava na varrição. “Nunca tinha conseguido ficar até de manhã. Via boa parte dos shows, mas não ficava para o arrastão. Esse ano foi a primeira vez. Muito massa essa energia. Impressionante”, disse Pedro.

Já a psicóloga Silvana Santana, de 32 anos, fez diferente. Ela e mais duas amigas seguiram para o Bairro do Recife já de madrugada. “Passamos o dia em Olinda e voltamos para casa para descansar, para poder pegar o arrastão. A ideia é ainda conseguir curtir uma praia”, afirmou. Tudo no Orquestrão é superlativo. Além de dezenas de passistas, foram, aproximadamente, 150 músicos que se reuniram sob a batuta de Spok. “Vamos tocar frevo e se divertir”, orientou o maestro aos músicos.

São tantos instrumentistas no palco que o posicionamento de cada um deles precisa ser bem desenhado. “O pessoal da tuba, por favor, um pouquinho mais para o lado. Atenção, pessoal da tuba”, pediu alguém da produção, ao microfone, momentos antes do início do último show da noite.  Spok começou a apresentação às 2h40. O maestro Edson Rodrigues foi o primeiro de uma série de dezenas de convidados recebidos no palco. “Esse é um professor. Sabe bem pouquinho de frevo”, reverenciou o anfitrião.

O show do maestro com o Orquestrão não teve repertório previamente definido. As músicas foram numeradas, e Spok decidia na hora o que executar, sinalizando o numeral. Passaram pelo palco também as sambistas Gerlane Lopes e Karina Spinelli, além do maestro Forró, Orquestra Malassombro, entre outras atrações do carnaval recifense.

Do palco para o chão
Às 4h10, os músicos deixaram o palco e seguiram pela passarela, até ganhar as ruas do Bairro do Recife. Mais cedo, a cantora Elba Ramalho, uma das homenageadas do carnaval do Recife deste ano, repetiu a dobradinha que fez no Galo da Madrugada com Luã Yvys. Mãe e filho cantaram e pularam juntos. “Ela é muito maravilhosa. Precisa tirar o chapéu para tanta energia e disposição em cima do palco”, elogiou a servidora pública Maria do Rosário, de 46 anos, que assistiu ao show bem próximo ao palco, acompanhada do marido. “Chegamos cedo”, contou.

Na entrevista que havia concedido à imprensa antes da abertura do carnaval, Elba havia dito que sua voz segue preservada e potente, prestes a completar cinco décadas de carreira. O público pode atestar a veracidade da declaração da artista. Com a voz firme, a cantora encerrou uma maratona de 14 apresentações em dez dias, sucedendo o músico Lenine no palco. Segundo da noite a se apresentar, o pernambucano cantou seus principais sucessos, como “Leão do Norte”.

Quem abriu a programação do Marco Zero foi o cantor Almir Rouche. Antes do show, em conversa com a imprensa, ele avisou: “a voz está meio rouca, mas o coração está cheio de amor pra dar”. O gogó de Alceu Valença também não estava dos melhores. Na interação com o público, ele contou que adoeceu e precisou recorrer ao uso de antibiótico. Por isso, a voz foi comprometida, mas a animação do bicho maluco beleza continuava intacta porque, como ele mesmo disse, o “carnaval não acaba”.

G1 Pernambuco

Noite dos Tambores Silenciosos reúne cerca de 40 nações de maracatu para celebrar a ancestralidade

O Pátio do Terço, no bairro de São José, no Recife, foi palco de um dos momentos mais marcantes da folia pernambucana na noite desta segunda-feira (3): a 61ª edição da Noite dos Tambores Silenciosos. O evento carnavalesco reuniu  cerca de 40 nações de maracatu de baque virado, entre grupos mirins e adultos, em um ritual de reverência à ancestralidade africana.

Esta foi a primeira vez em que a  cerimônia foi conduzida por Mãe Lu de Oxalá, Iyá-Kekere da Casa de Raminho de Oxóssi, e por Jorge de Bessen, babalorixá Jejê-Nagô. “Foi uma mistura de saudade e gratidão. Meu pai sempre me preparou para esse momento, mas estar aqui sem ele é difícil. Ao mesmo tempo, sinto sua energia em cada toque de tambor, em cada olhar que me cerca. Sei que ele está comigo, e isso me dá força para seguir honrando seu legado”, afirmou Jorge de Bessen. Para ele, este também foi um momento de conexão  espiritual, especialmente por suceder seu pai, Tata Raminho de Oxóssi, que por décadas esteve à frente do ritual e faleceu em 8 de dezembro do ano passado.

O ponto alto da cerimônia aconteceu à meia-noite, quando todas as luzes do pátio foram apagadas, e os tambores, que durante todo o carnaval ecoam em ritmos vibrantes, silenciaram por cerca de 30 minutos. Esse momento simboliza o respeito aos negros escravizados e a memória dos antepassados. Centenas de pessoas acompanharam o ritual em silêncio, que traz reflexão sobre a resistência da cultura afro-brasileira.

“Essa celebração não é apenas um ritual, é um compromisso com aqueles que vieram antes de nós. Carregar esse legado é uma grande responsabilidade, pois estamos aqui para honrar a memória dos nossos ancestrais, reforçar nossa fé e garantir que essa tradição continue viva para as futuras gerações. O silêncio dos tambores é um grito de resistência e de respeito à nossa história”, registrou Mãe Lu de Oxalá, Iyá-Kekere da Casa de Raminho de Oxóssi.

Durante o cortejo, tochas foram acesas e levadas até a porta da Igreja de Nossa Senhora do Terço, onde foram entoados cânticos em homenagem a Nossa Senhora do Rosário e à orixá Iansã, que simboliza o vento e a conexão entre os mundos espiritual e terreno. Em seguida, quatro pombas brancas foram soltas, representando a paz e a ligação com os espíritos dos ancestrais.

História

Criada na década de 1960, a Noite dos Tambores Silenciosos foi idealizada por Maria de Lourdes Silva, conhecida como Badia, moradora do Pátio do Terço. O evento nasceu como uma homenagem aos negros escravizados que passaram pelo local, que, no período colonial, serviu como mercado de escravizados e um dos primeiros espaços de prática do candomblé nagô em Pernambuco. Inicialmente, a cerimônia tinha um caráter teatral e era encenada pelo grupo de teatro Equipe. Com o tempo, tornou-se um dos rituais mais importantes do Carnaval do Recife, reunindo nações de maracatu e fiéis das religiões de matriz africana.

Com o passar dos anos, o ritual cresceu e se tornou um dos momentos mais emblemáticos da folia pernambucana, reunindo maracatus, lideranças religiosas e fiéis em um ato de fé e resistência. “Esse ritual sempre existiu. Antigamente, os negros celebravam a liberdade na segunda-feira de Carnaval. Hoje fazemos isso de forma ainda maior, mas mantendo o respeito e a fé dos nossos ancestrais”, destacou João Jhadyell, de 15 anos, que participou da cerimônia pela primeira vez como ogã, responsável por tocar os ilús, instrumentos sagrados do candomblé.

Diario de Pernambuco

Encontro dos Blocos Líricos emociona foliões no Marco Zero

O encontro dos tradicionais blocos líricos reuniu foliões de várias gerações nesta segunda-feira (3), no Marco Zero. Com trajes repletos de cores e muito brilho, os participantes das agremiações desfilaram e emocionaram o público, que relembrou os costumes dos antigos carnavais.

O início da programação da segunda de carnaval atraiu diversas famílias, que trouxeram as crianças para curtir a folia no Bairro do Recife. Esse foi o caso do servidor público Breno Ribeiro, de 46 anos, que estava acompanhado da esposa Daniela, dos filhos Artur, de três anos, e Pedro, de um ano e quatro meses. Eles viajaram de Caruaru, Agreste de Pernambuco, para passar o carnaval no Recife.

Além de elogiar a organização do carnaval do Recife, Breno destacou a importância cultural dos blocos líricos no carnaval pernambucano, que é passado de geração em geração. “O carnaval é alegria e a gente queria mostrar isso para os nossos filhos, incentivando a nossa cultura. O carnaval do Recife é tradicional e cada vez vem melhorando. Então a gente quer vivenciar isso com os nossos filhos e passar a tradição, que foi dos meus pais”, destacou.

Para a funcionária pública recifense Romilda Paes, de 66 anos, a tradição dos blocos líricos merece ainda mais apoio do pelo poder público para que a tradição se prolongue ao longo dos anos. “Eu sinto falta da população participar desse tipo de bloco, principalmente do público mais jovem. O sentimento é que talvez um dia essa essa cultura se acabe por conta da falta de valorização dos jovens de manter a tradição. Os governantes deveriam estimular esses blocos para que eles tenham condições ainda melhores para se apresentar”, declarou Romilda.

A foliã recifense estava acompanhada da amiga, Lourdes Tavares, de Limoeiro, Agreste de Pernambuco, de 69 anos, que veio ao Recife para curtir a folia. Ela destaca que o encontro dos blocos líricos traz lembranças dos carnavais da sua juventude. “Eu me sinto bem e recordo da minha infância e adolescência. Na minha época, a diversão era mais nos clubes, com bandas, todo mundo enfeitado e arrumado. As brincadeiras eram de molha molha, de talco e de lama e por aí vai”, relembrou Lourdes.

Diario de Pernambuco

Carnaval 2025: Mesmo com chuva, Galo da Madrugada arrasta multidão e ferve as ruas do Recife

Nem a chuva foi capaz de apagar o fervor dos milhares de foliões que ocuparam as ruas do Centro do Recife nos 6,5 quilômetros de trajeto do Galo da Madrugada. Apesar da previsão da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) apontar para um sábado de Zé Pereira sem chuvas, quem saiu para festejar o maior bloco de rua do mundo no Carnaval 2025 teve a alma lavada pelo frevo e o corpo pela chuva. Porém, como é tradição, não faltou animação.

O Galo da Madrugada desfilou pela 46ª vez, com alegria, tradição e uma programação musical repleta de grandes nomes, embalando o público com frevo, maracatu, brega e até rock. A alegoria principal, o icônico Galo de 4,5 metros de altura, surgiu este ano em tons de prata e dourado, simbolizando a majestade da folia pernambucana. No carro “Abre-alas”, passistas, caboclinhos e o rei e a rainha do maracatu abrilhantaram o desfile.

Outros carros alegóricos homenagearam símbolos do Carnaval do Estado, do Agreste ao Sertão, como a Pitombeira dos Quatro Cantos, a La Ursa, os bonecos gigantes de Olinda, os Caretas, os Caboclos de Lança, os Papangus e as Caiporas do Sertão. Nos trios elétricos, os artistas animaram os foliões mesmo debaixo de chuva. No Trio Selva Nua, João Gomes levou o público ao delírio ao cantar “Eu Tenho a Senha”, além de prestar uma homenagem a Chico Science.

Michel Teló e Nena Queiroga emocionaram ao entoar “Voltei Recife”, imortalizada na voz de Alceu Valença, enquanto André Rio e Gaby Amarantos fizeram um dueto com a mesma canção, além da música “Chuva de Sombrinhas”.  Já no trio da Pitú, a banda Asas da América contou com a participação de Lula Queiroga e encantou a multidão.

Maestro Forró e Toni Garrido levaram o reggae ao público, enquanto Maestro Spock e Priscila Senna fizeram os foliões saírem do chão com muito frevo. A cantora Bia Villa-Chan, já tradicional no desfile, manteve a energia em alta, acompanhada pelo passista e quadrilheiro Matheus Pimentel. E quando Elba passou, “a terra tremeu”! Homenageada do Carnaval do Recife e uma das estrelas do carnaval pernambucano, Elba Ramalho foi um dos pontos altos do desfile, principalmente quando passou pela Praça Sérgio Loreto.

Com a bandeira de Pernambuco erguida em uma sombrinha de frevo, a paraibana incendiou a multidão ao cantar “Chuva de Sombrinhas” e emocionou o público com “Deus me Proteja”, acompanhada pelo conterrâneo Chico César, autor da música, e Lula Queiroga. O frevo dividiu espaço com outros gêneros, garantindo um desfile para todos os gostos. Geraldinho Lins comandou a folia na Praça Sérgio Loreto com a “A Vida Inteira te Amar”, do colega Almir Rouche, enquanto Michelle Melo trouxe o brega recifense e agradeceu à direção do bloco por dar espaço ao gênero na programação.

Almério e Juba trouxeram o rock nacional com clássicos de Rita Lee. Já Marrom Brasileiro apostou no romantismo e fez a multidão cantar junto “Fogo e Paixão”, de Wando. Romero Ferro e Pabllo Vittar levantaram o público ao som de “São Amores”. Outras participações marcantes incluíram Cristina Amaral, que esteve à frente do trio da Secretaria da Mulher de Pernambuco, levando uma orquestra formada exclusivamente por mulheres, e Tiago Abravanel, que estreou no Galo ao lado de Gerlane Lopes com sucessos de Tim Maia.

Folha PE

Disputa pelo tráfico de drogas pode ter motivado chacina no Recife; pai e filho estão entre vítimas

Para a Polícia Civil de Pernambuco, a morte de sete pessoas, sendo três da mesma família, na madrugada deste domingo (12), no Alto do Reservatório, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife, pode ter sido motivada pela disputa pelo tráfico de drogas na área. “Essa é a nossa linha mais forte de investigação até o momento”, afirmou o delegado Ivaldo Pereira, diretor da Diretoria Integrada Especializada (Diresp).

De acordo com o delegado, nem todos os sete eram alvos diretos dos criminosos. As vítimas identificadas pela Polícia são Valdeci Sebastião da Silva, 51 anos; Cláudio José da Silva, 43 anos (irmão de Valdeci); Luiz Fernando da Silva Barbosa, 25 anos (filho de Valdeci); Silvânio José da Silva, 36 anos; Luiz Herculano Alves Filho, 40 anos; Cleiton José Bento, 41 anos; e José Carlos Gomes Bezerra, 37 anos.

“Como os autores chegaram lá e encontraram alguns, eles resolveram matá-los e ceifar todos que estavam ali, em uma queima de arquivo. Foi um crime brutal, injustificável, que a Polícia se compromete em dar em uma resposta rápida e eficiente”, afirmou o delegado.

Questionado sobre o histórico das vítimas, o delegado confirmou que, entre os sete mortos, dois tinham antecedentes criminais — um por homicídio e outro por estupro. Ele também destacou que nenhum estava envolvido em roubo. “Segundo colaboradores da investigação, eles eram pessoas que trabalhavam e se reuniam naquele imóvel para consumir drogas”, disse.

No imóvel, foram encontrados utensílios relacionados ao uso de entorpecentes, como balança de precisão, pratos com resíduos de “pó virado”, descrito pelo delegado como a mistura de crack com ácido bórico, giletes e outros objetos.

Investigação

Através de imagens de videomonitoramento de uma residência próxima ao local da chacina, a polícia confirma que dois carros participaram do ato, mas não informou quantas pessoas estiveram envolvidas.

“Aproveitamos o espaço para convocar toda a população a contribuir, seja presencialmente, prestando depoimentos, ou por meio dos nossos canais de denúncia. Garantimos que a identidade de todos será preservada. Esse apoio é fundamental para que possamos dar uma resposta à altura a esse crime brutal”, concluiu o delegado.

Diário de Pernambuco

Morre, aos 88 anos, Raminho de Oxóssi, que comandava Noite dos Tambores Silenciosos

Severino Martiniano da Silva, mais conhecido como Raminho de Oxóssi, que conduzia a Noite dos Tambores Silenciosos, no Recife, morreu neste domingo (8), aos 88 anos. O local e a causa da morte não foram divulgados. A informação sobre o falecimento foi divulgada na página do Instagram de Raminho de Oxóssi através de uma nota de falecimento.

“Hoje somos tomados por uma tristeza profunda, ainda incrédulos com a partida ao Orun do nosso Olorí Egbé Pai Raminho, patrimônio do Estado de Pernambuco, não era apenas uma referência religiosa, ele é e sempre será o maior da nossa nação, do nosso estado”, diz a nota de falecimento.

“Agradecemos por, absolutamente, tudo, nosso Pai que os deuses recebam o senhor com a reverência equivalente à magnitude da sua existência no Ayé, não serão poucas. Nós te amamos sempre, para sempre, e levaremos seu nome com orgulho para onde formos e onde pisarmos. Com amor, seu Egbé”, conclui a nota de pesar.

Pai Raminho, como também era chamado, nasceu no Recife em 1936 e iniciou no candomblé aos dez anos de idade, no Pátio do Terço, no bairro de São José, no Recife, pelas Tias do Sítio de Pai Adão. Aos 20 anos, ele trouxe para Pernambuco o culto Jeje, que cultua os Voduns.

Ele comandou um dos maiores terreiros de Pernambuco, a Roça Oxum Opará e o Oxóssi Ibualama em Vila Popular, em Olinda. Também foi babalorixá da Nação Jeje Nagô e implantou em Pernambuco este formato de religiosidade que virou referência.

Além disso, Raminho de Oxóssi fundou o Afoxé mais antigo em funcionamento, o Ará Odé, que estava presente no Carnaval do Estado. Este leva para as ruas a cultura africana e luta contra o racismo. Por mais de 30 anos, protagonizou a Procissão de Oxalá, as Águas de Oxalá ou Lavagem do Bonfim de Olinda, que arrastava mais de 10 mil pessoas às ladeiras da cidade.

Raminho de Oxóssi era mestre das  tradições culturais de matriz africana no estado e dava continuidade às tradições trazidas pelas Tias do Terço (Sinhá Yáyá Tia Bernardina), que organizaram a comunidade negra do Pátio do Terço, no bairro de São José. Raminho celebrava a tradicional  Noite dos Tambores Silenciosos no Pátio do Terço, sempre realizado nas segundas feiras de Carnaval, marcado pelo encontro de batuqueiros de vários grupos de Maracatu Nação.

Diário de Pernambuco

Desabamento do teto do Santuário: cinco vítimas ainda estão internadas, diz SES-PE

Cinco pessoas atingidas pelo desabamento do telhado do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, na Zona Norte do Recife, nessa sexta-feira (30), ainda continuam internadas em unidades hospitalares.

De acordo com a  Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), em boletim divulgado neste sábado (31), entre as 25 pessoas atendidas nas unidades estaduais de saúde, 18 já receberam alta, duas assinaram termos para que a alta fosse autorizada e cinco permanecem recebendo assistência nos hospitais Getúlio Vargas, Santo Amaro e Memorial Jaboatão.

No Hospital Getúlio Vargas, 4 pacientes deram entrada na noite de ontem, dois receberam alta neste sábado e os outros dois estão em observação. Eles são um homem e uma mulher, de 80 e 43 anos, respectivamente, que já passaram por avaliação do cirurgião, acompanhamento ambulatorial das fraturas e permanecem com quadros de saúde considerados estáveis.No Memorial Jaboatão, a paciente mulher, 49 anos, encontra-se em observação. Está consciente, orientada e estável.

No Hospital da Restauração, onze pessoas, com idades entre 4 e 76 anos, foram atendidas. Nove pacientes receberam alta entre a tarde de sexta-feira e a manhã deste sábado (31). Outras duas mulheres, de 51 e 66 anos, foram transferidas para o Hospital Santo Amaro.

Acompanhamento psicológico 
Desde a sexta-feira, a Secretaria de Saúde do Recife iniciou também a busca ativa das vítimas que receberam alta das unidades médicas para começar os acompanhamentos psicológicos na rede municipal. Os profissionais estão de plantão na Unidade de Saúde da Família (USF) José Bonifácio dos Santos, ao lado do Santuário, para acolher as pessoas e iniciar os acompanhamentos. Dos feridos, cinco já foram acolhidos pela equipe e iniciados os acompanhamentos.

Folha PE

Três pessoas são presas em operação da PF contra lavagem de dinheiro e contrabando de cigarros

Três suspeitos de participarem de uma organização criminosa que praticava lavagem de dinheiro e contrabando de cigarros foram presos em Pernambuco pela Polícia Federal (PF). Segundo a corporação, a quadrilha importava ilegalmente cigarros estrangeiros e realizava fabricações clandestinas do produto.

As investigações começaram em 2021 e fazem parte da Operação Conexão Suriname, deflagrada pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz). O nome da operação faz referência à rota de cigarros estrangeiros, que tem no Suriname um entreposto para distribuição ilícita de cigarros nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

De acordo com a PF, as prisões aconteceram na quarta-feira (28), sendo duas em Petrolina, no Sertão, e uma em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Os nomes e as idades dos presos não foram divulgados pela Polícia Federal, que informou que os dois alvos dos mandados de prisão cumpridos em Petrolina já estavam detidos na penitenciária da cidade. Também foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais nos seguintes municípios pernambucanos:

  • Recife;
  • Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife;
  • Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana;
  • Camaragibe, no Grande Recife;
  • São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana;
  • Águas Belas, no Agreste;
  • Pesqueira, no Agreste;
  • Custódia, no Sertão.

Ainda segundo a PF, além do contrabando de cigarros estrangeiros por importação marítima e terrestre, a quadrilha também era responsável pela fabricação do produto de diversas marcas em fábricas clandestinas, sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Caso sejam condenados, os investigados que foram presos podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, contrabando e integrar ou constituir organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 23 anos de prisão.

G1 Pernambuco

Caso da jovem acorrentada tem perda de virgindade, tortura para negar estupro e até ajuda dos pais na fuga de irmão agressor

A adolescente de 16 anos, acorrentada dentro de casa após denunciar um estupro pelo próprio irmão, perdeu a virgindade no crime e foi torturada pelos pais para dizer que a relação havia sido consensual, de acordo com a Polícia Civil. Os três suspeitos estão presos.

Segundo a investigação, o estupro aconteceu na casa da jovem, no Ibura, na Zona Sul do Recife, em novembro de 2023. A vítima tinha 15 anos na época do abuso. Já o agressor, que é irmão dela por parte de pai, tinha 18. Em depoimento, a jovem relatou que vinha resistindo às investidas do suspeito, com quem convivia amigavelmente desde a infância. No dia do crime, no entanto, ela foi agarrada à força por ele, tentou se defender e acabou arrastada para um dos quartos da casa.

“Ele manteve relação sexual contra a vontade dela”, afirma o delegado Geraldo Costa, titular da Delegacia Especializada de Crimes contra Criança e Adolescente (DECCA), responsável pela investigação.

Tortura e ajuda de fuga

Por não acreditar na denúncia da filha, a mãe decidiu prendê-la dentro de casa, com cadeado e correntes de aço. A adolescente era monitorada, ainda, por uma câmera de segurança durante o expediente dos pais. Só era solta para usar o banheiro e realizar afazeres domésticos.

Segundo a Polícia Civil, ela também foi submetida a sessões de espancamento, com golpes de fio de carregador de celular na região das coxas, para forçá-la a “confessar” que fez sexo por vontade própria. Para os investigadores, o crime de tortura teve anuência do pai.

A jovem passou uma semana acorrentada e foi desacorrentada após as marcas das agressões sumirem. “O caso parece da Idade Média, quando havia calabouços. A criança ficou acorrentada para não denunciar o abuso sexual do irmão paterno”, relatou o delegado Darlson Freire, gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). “Parece um filme de terror”.

Em paralelo, os pais da adolescente ajudaram o suspeito de estupro a fugir. O acusado ficou escondido na casa de parentes em Escada, na Mata Sul de Pernambuco, a cerca de 60 quilômetros do Recife.

Investigação

Mesmo agredida e com o agressor acobertado, a adolescente sustentou ter sido vítima de abuso. A Polícia Civil diz que, diante da insistência da jovem em sustentar que foi forçada ao ato sexual, os pais teriam concordado em formalizar a denúncia de estupro em uma delegacia. A condição era a vítima não relatar que ficou presa e sofreu agressões em casa.

A perícia confirmou que houve “conjunção carnal”. Duas semanas depois de a investigação de estupro começar, a adolescente conseguiu acessar o celular da mãe e obteve imagens que comprovavam as agressões sofridas em casa. Ela recebeu ajuda de uma professora, que a acompanhou até a DECCA, para fazer a denúncia. Um novo inquérito foi instaurado para apurar as torturas.

Ao colher depoimento de testemunhas, os agentes descobriram que aquela não havia sido a primeira vez que a jovem foi castigada com correntes. Cerca de seis meses antes, os pais também a trancaram em casa após a notícia de que a jovem estaria namorando.

Prisão

Acusados de tortura, os pais foram presos preventivamente no dia 2 de agosto. À Polícia Civil, a mãe teria admitido os crimes. Já o pai pôs a culpa na esposa. Por sua vez, o irmão da adolescente responde pelo crime sexual e foi capturado na segunda-feira (19). Em interrogatório, ele optou por permanecer em silêncio. Com a família na cadeia, a jovem está sob os cuidados de uma tia.

Diário de Pernambuco

CNU: mais da metade dos inscritos em Pernambuco é do Recife

Está chegando a hora do maior concurso em número de inscritos no país. O Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como o “Enem dos Concursos” acontece neste domingo (18). Mais de 2,1 milhões de brasileiros inscritos de diversos estados deverão concorrer as vagas.

Mais de 103 mil candidatos estão inscritos para fazer a prova em Pernambuco, destes, mais da metade são do Recife (53.169). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

O CNU oferece 6.640 vagas para 21 órgãos da administração pública federal. O certame também conta com um banco de candidatos, na qual mais de 13 mil candidatos classificados ficarão em lista de espera, com a possibilidade de novas convocações, até mesmo para possíveis vagas temporárias.

A prova será dividida em dois turnos:

No período da manhã, os portões serão abertos às 7h30 e fechados às 8h30. A aplicação da prova se iniciará 9h, com duração de 2h30, no máximo.  As provas serão de Língua Portuguesa e Redação (nível intermediário) e Conhecimentos Gerais e discursiva (nível superior).

Já no período da tarde, a entrada será liberada às 13h e encerrada às 14h. A aplicação da prova começará às 14h30 e durará, no máximo, 3h30. As provas serão de Noções de Direito, Matemática e Realidade Brasileira (nível intermediário) e Conhecimentos Específicos (nível superior).

Diário de Pernambuco

Prefeitura do Recife doa 500 colchões a vítimas das enchentes no RS

Em solidariedade às vítimas das intensas chuvas que têm afetado o estado do Rio Grande do Sul, o prefeito João Campos, anunciou neste domingo (05) a doação da Prefeitura do Recife de 500 colchões, 500 kits de higiene pessoal e 500 kits de limpeza. O material vai auxiliar as pessoas que estão desabrigadas em Porto Alegre. “Liguei  há pouco para o prefeito Sebastião Melo, colocando a nossa cidade à disposição para ajudar naquilo que for necessário. E quero aqui agradecer à Azul Linhas Aéreas, que fará o transporte desse material gratuitamente. O momento é de união”, afirmou João.

O gestor também fez questão de esclarecer que os itens enviados estavam no estoque da PCR e serão repostos imediatamente. Por outro lado, a doação deve servir para amenizar um pouco os desafios enfrentados pelos gaúchos durante esse período emergencial. Mais do que a própria carga remetida em si, a ação solidária demonstra o espírito de colaboração entre os municípios brasileiros diante de desastres naturais.

As fortes chuvas que iniciaram no dia 27 de abril e se intensificaram no dia 29 causaram um imenso estrago em muitos municípios do Rio Grande do Sul. O último relatório da Defesa Civil estadual, emitido às 12h de hoje, aponta que 334 cidades foram impactadas, 16.609 pessoas estão em abrigos, 88.019 estão desalojados. Além disso, 75 óbitos já foram confirmados e 103 estão desaparecidos.

Folha PE

Câmara do Recife celebra 60 anos do Arcebispado de Dom Helder Camara

Nesta segunda (22), a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) realizará uma Reunião Solene em homenagem aos 60 anos do Arcebispado de Dom Helder Camara na Arquidiocese de Recife e Olinda e os 40 anos do Instituto Dom Helder Camara (IDHeC). O evento começa às 18h, no Plenário da Câmara do Recife. O objetivo é celebrar o  legado do Dom que é referência na luta pelos Direitos Humanos e o trabalho social fundamental do IDHeC para a nossa cidade.

“Dom Helder é uma referência para todas as pessoas que acreditam no bem viver, na construção de um mundo melhor. E o IDHeC, do qual sou sócia, é um dos responsáveis por salvaguardar o legado do Dom. O instituto também desenvolve ações de suma importância para a juventude recifense através da cultura e assistência social. Merecem todas as nossas homenagens”, comentou Cida Pedrosa.

Recentemente, o mandato da vereadora aprovou, na Câmara, um projeto de lei que torna o IDHeC Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. O documento aguarda a sanção do prefeito João Campos. Reconhecido por seu trabalho social, o Instituto também conta com a Casa de Frei Francisco, fundada em 1984, que acolhe crianças e adolescentes de 12 a 17 anos, moradores das comunidades dos Coelhos, Coque/Joana Bezerra que estão em situação de vulnerabilidade social. O espaço conta com o programa Jovem Aprendiz que insere jovens no mercado de trabalho, além de estimular o desenvolvimento através da arte.

Cida Pedrosa também é autora do PLO nº 235/23, que institui o dia 27 de agosto como “Dia Municipal dos Direitos Humanos Dom Helder Camara” no calendário oficial de eventos do município do Recife. O projeto já teve parecer favorável nas comissões e deve ir para votação em plenário ainda neste semestre.

Estarão presentes na solenidade o atual arcebispo de Olinda e Recife e segundo vice-presidente nacional da CNBB, dom Paulo Jackson; o padre Fábio Potiguar, capelão da Igreja das Fronteiras, que abrigou dom Helder durante seu arcebispado; Virgínia Pimentel, diretora-executiva do IDHeC; padre Pedro, Reitor da UNICAP; Irmã Wanda, presidenta do Conselho Curador do IDHeC; e o poeta, escritor e monge beneditino Marcelo Barros. Também terão participações online de personalidades como o ecoteólogo Leonardo Boff e o padre Júlio Lancellotti.

DOM HELDER –  Dom Helder Pessoa Câmara foi ordenado padre em 1931 e fundou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1952. Em 12 de março de 1964, foi nomeado o 6º Arcebispo de Recife e Olinda, pouco antes do Golpe Militar, fato que contribuiu para que ele se tornasse também um símbolo da resistência à ditadura e ao autoritarismo.

Durante toda sua vida, Dom Helder se dedicou de forma irmanada à sua fé e aos direitos humanos, sobretudo às pessoas mais carentes, silenciadas e excluídas. No seu período enquanto Arcebispo de Recife e Olinda também fundou diversos grupos de direitos humanos como a “Comissão de Justiça e Paz”, o “Movimento Encontro de Irmãos” e o “Banco da Providência”, além de atuar junto a diversos outros grupos, movimentos estudantis, operários e organizações comunitárias. Após escrever um manifesto de apoio à ação católica operária, foi acusado de comunista, sendo censurado e proibido de se manifestar publicamente.

O reconhecimento do trabalho de Dom Helder vai além do Brasil. Durante a ditadura, foi à Paris denunciar as práticas de tortura e a situação dos presos políticos. Ele também recebeu diversos prêmios internacionais, entre eles o Prêmio Martin Luther King. Foi indicado 4 vezes ao Prêmio Nobel da Paz, tornando-se o brasileiro mais vezes indicado. Aos 90 anos, o “Dom da Paz”, faleceu no Recife, no dia 27 de agosto de 1999. Em 2014, Dom Fernando Saburido, então Arcebispo de Recife e Olinda, solicitou ao Vaticano a abertura do processo de beatificação e canonização de Dom Helder Camara.

Serviço:

Reunião Solene em homenagem aos 60 anos do Arcebispado de Dom Helder Camara na Arquidiocese de Recife e Olinda e os 40 anos do Instituto Dom Helder Camara (IDHeC)

Data: 22 de abril de 2024
Horário: 18h
Local: Plenário da Câmara Municipal do Recife (Rua Princesa Isabel, 410 – Boa Vista)

Folha PE

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