Produtores do Vale do São Francisco vão aos EUA em busca de novas variedades de uva

Cooperados e colaboradores de sete cooperativas de produção de uva de mesa do Vale do São Francisco, que estiveram nos Estados Unidos, voltaram com uma nova perspectiva de mercado para a fruta. Durante a missão Arra Califórnia Field Days, na cidade de Bakersfield, na Califórnia, a delegação se reuniu, entre os dias 19 e 23, com geneticistas americanos, e conheceu novas variedades e tecnologias que podem ajudar na competitividade da fruta brasileira nos mercados interno e externo.

Durante a programação, os participantes visitaram as empresas de genética de uva sem semente, Sun World, Grapa e International Fruit Genetics – IFG, conhecendo blocos de seleção, laboratórios e fazendas da região, que é referência mundial em programas de melhoramento genético de novas variedades de uva de mesa.

Realizada pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Pernambuco (Sescoop/PE), a missão, segundo o presidente do SPR, Jailson Lira, ampliou a compreensão dos produtores em relação às pesquisas, o desenvolvimento de novas variedades, produtividade, qualidade da fruta e adaptabilidade à região do semiárido.

“A qualidade das uvas do Vale do São Francisco vem ganhando espaços em mercados como o dos Estados Unidos e da Europa. Hoje, 95% de toda a uva de mesa exportada pelo Brasil sai desta região e a inserção destas variedades possibilita a abertura de novos mercados e melhora a competitividade com outros países produtores”, detalhou.

De acordo com o produtor cooperado da Coopexvale, Eduardo Nakahara, a delegação também aproveitou a oportunidade para aquisição de variedades da fruta, com resistência às chuvas, às doenças e pragas. “Voltamos com informações necessárias para elevar a competitividade no comércio internacional, a exemplo das variedades que estão sendo mais procuradas pelos grandes mercados do mundo inteiro. Além disso, conhecemos também importadores e produtores da Europa e de países como Canadá, Austrália e África do Sul”, concluiu. “Essas inovações não apenas nos permitem atender melhor às exigências do mercado, mas também nos preparam para os desafios futuros do setor,” afirmou o gerente de Operações e Comércio Exterior da Coana, Gabriel Alves.

CLAS Comunicação

Kamala Harris é oficializada como candidata pelo partido Democratas


A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, foi oficializada nesta terça-feira, 20, como a candidata democrata à Casa Branca pelos delegados do partido. A votação foi vencida por unanimidade, durante o segundo dia da Convenção Nacional Democrata, que ocorre em Chicago.

Harris, de 59 anos, expressou estar “eternamente agradecida” a Biden, a quem chamou de um “presidente incrível”. Ela agradeceu pela liderança histórica e seu serviço à nação, enquanto era aclamada pelos milhares de delegados.

Em breve, Biden se dirigirá ao público em uma primeira noite agridoce da festa democrata, na qual Harris será oficializada como candidata para disputar a Casa Branca contra o republicano Donald Trump. Aos 81 anos, ele fará um discurso com tom de despedida após meio século na cena política, o qual revisitará sua gestão e simbolizará a transição geracional do Partido Democrata.

A nomeação é um marco em sua carreira e encerra um dos meses mais turbulentos da política americana, no qual Kamala sucedeu a Biden, que, pressionado pelas dúvidas sobre sua idade avançada, desistiu de disputar um segundo mandato. Kamala trouxe um novo ânimo ao Partido Democrata quando muitos começavam a se resignar com um cenário de derrota.

A mais recente pesquisa do The Washington Post/ABC/Ipsos divulgada no domingo mostra Kamala com uma vantagem estreita sobre Trump, uma recuperação significativa considerando que, há um mês, Biden estava empatado com o magnata republicano e perdendo terreno em estados cruciais como Arizona e Nevada.

A Tarde

Hillary Clinton pede que EUA elejam primeira mulher presidente

Hillary Clinton, que em 2016 tentou se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos, empolgou o público da Convenção Nacional Democrata de 2024 na noite desta segunda-feira, 19, com um discurso entusiasmado em apoio à candidatura de Kamala Harris.

Ao iniciar o discurso, Hillary homenageou Joe Biden, descrevendo-o como “o campeão da democracia em casa e no exterior”, alguém que “trouxe dignidade, decência e confiança de volta à Casa Branca”. Em seguida, Hillary relembrou a candidatura da congressista negra Shirley Chisholm à presidência em 1972, a indicação de Geraldine Ferraro à vice-presidência em 1984 e sua própria campanha presidencial em 2016, na qual foi derrotada por Donald Trump.

Ovacionada pelo público, a ex-secretária de Estado dos EUA afirmou que “nós nos recusamos a desistir da América”. “Com fé uns nos outros e alegria em nossos corações, vamos enviar Kamala Harris e Tim Walz para a Casa Branca. O progresso é a história da minha vida e da história do nosso país”, acrescentou.

Ao destacar a trajetória de Kamala, Clinton lembrou o público de sua própria mãe, Dorothy, que nasceu em Chicago antes das mulheres terem o direito de votar. Hillary traçou um paralelo entre a luta das mulheres pelo direito ao voto e a candidatura histórica de Harris. “Minha mãe e a mãe de Kamala diriam, continuem!”, exclamou.

“Juntos, colocamos muitas rachaduras no teto de vidro mais alto e duro. E hoje à noite, tão perto de romper de uma vez por todas, quero contar a vocês o que vejo através de todas essas rachaduras e por que isso importa para cada um de nós. O que eu vejo? Eu vejo liberdade”, disse a política, referenciando ao “teto de vidro” que ela prometia quebrar ao tentar se tornar a primeira presidente mulher dos EUA – algo que agora projeta em Kamala.

“Quando uma barreira cai para um de nós, ela cai e abre caminho para todos nós”, declarou, convidando os democratas a buscarem votos por Kamala. “Não se distraia ou se acomode”, disse Hillary

Clinton foi enfática ao abordar a candidatura de Harris, destacando sua experiência, caráter e visão. Ela afirmou que Kamala “tem o coração e a integridade” necessários para liderar o país, ressaltando sua experiência como promotora e seu compromisso com a justiça e a segurança dos cidadãos. “Ela lutará para reduzir os custos para as famílias trabalhadoras e restaurará os direitos ao aborto em todo o país”, garantiu.

Em contraste, criticou duramente Donald Trump. “Kamala se importa com as crianças e famílias, se importa com a América. Donald só se importa com ele mesmo”, afirmou. “Como promotora, Kamala prendeu assassinos e traficantes de drogas. Ela nunca descansará na defesa de nossa liberdade e segurança. Donald Trump adormeceu em seu próprio julgamento, e quando acordou, fez seu próprio tipo de história, sendo a primeira pessoa a concorrer à presidência com 34 condenações por crimes graves”, disse Hillary Clinton.

Estadão Conteúdo

Harris faz campanha às vésperas de uma convenção que terá forte segurança

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, chegou neste domingo (17) à Pensilvânia (leste), um estado crucial para as eleições presidenciais de novembro, antes de se dirigir a Chicago para uma convenção partidária que contará com medidas de segurança rigorosas.

A democrata de 59 anos, que reacendeu as esperanças de vitória contra Donald Trump após a desistência de Joe Biden, percorre o “swing state” (estado-pêndulo, que pode votar democrata ou republicano) de ônibus.A candidata e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota Tim Walz, querem mostrar seu apoio à classe trabalhadora, em um estado no qual o atual presidente venceu apenas por uma pequena margem sobre Trump em 2020.

Na sexta-feira, Harris apresentou um programa econômico focado em apoiar a classe média, como créditos fiscais para famílias com recém-nascidos ou ajuda para comprar uma casa. O candidato republicano, ciente do que está em jogo, retornou no sábado à Pensilvânia, estado onde sofreu uma tentativa de assassinato em julho. “Ela está louca”, disse o bilionário de 78 anos sobre sua adversária nas eleições.

A equipe do republicano anunciou neste domingo uma contraofensiva, com eventos de campanha planejados em estados-chave durante cada dia da convenção democrata. Trump falará sobre economia na segunda-feira na Pensilvânia, e depois sobre criminalidade e segurança nacional nos dois dias seguintes, em Michigan e na Carolina do Norte. Em segunda, viajará ao Arizona, na fronteira com o México, para falar sobre imigração.

Segundo o Partido Democrata, espera-se que pelo menos 50 mil pessoas (delegados, voluntários, simpatizantes, etc.) compareçam à terceira maior cidade dos EUA para apoiar a candidata até a noite de quinta-feira. Tudo isso com um forte esquema de segurança que mobilizará 2.500 policiais locais. Grupos pró-palestinos planejaram manifestações, enquanto a tentativa de assassinato de Trump em 13 de julho ainda está na mente de todos.

“A grande maioria dos manifestantes é pacífica” e “quer que as sua voz seja ouvida, e vamos proteger isso”, disse neste domingo à CNN o governador de Illinois, J.B. Pritzker. Mas “se houver desordeiros, serão presos e condenados”. Uma nova pesquisa de opinião do Washington Post/ABC News/Ipsos divulgada neste domingo mostrou que a vice-presidente está ligeiramente à frente nas intenções de voto a nível nacional.

Às margens do lago Michigan, os pesos pesados do partido irão apoiar Harris, começando pelo ex-presidente Barack Obama e sua esposa Michelle. Em seu reduto de Chicago, o carismático orador mobilizará ainda mais os democratas, muitos dos quais dizem encontrar, neste início de campanha da vice-presidente, uma euforia que lembra a marcha rumo à Casa Branca do primeiro presidente negro dos EUA, em 2008.

Mas caberá a Biden, na noite de segunda-feira, fazer o que será tanto o primeiro discurso importante da convenção quanto uma espécie de mensagem de despedida. A equipe de campanha promete que este último ato, que marca o final de meio século do presidente americano na política, não será de forma alguma melancólico. O presidente, segundo um comunicado de imprensa, destacará os resultados de seu mandato, que termina com “a economia mais forte do mundo”.

Acima de tudo, pedirá apoio para a vice-presidente, “ressaltando” a importância da eleição frente a um presidente que foi condenado criminalmente e que não se comprometeu a admitir uma possível derrota. Segundo a CNN, Biden pode até ser acompanhado no palco por Harris, em uma apresentação emotiva. O ato em Chicago pretende ser uma demonstração de unidade e entusiasmo frente a Trump, líder absoluto do Partido Republicano.

Enquanto os democratas se reúnem em Chicago, o magnata republicano cruzará o país, com comícios programados na Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte e Arizona durante a semana. Todas as pesquisas, embora concedam uma leve vantagem para a democrata, preveem uma votação muito apertada. A presença na convenção de Hillary Clinton, que foi derrotada pelo republicano para surpresa geral em 2016, talvez lembre aos eufóricos democratas que devem ser cautelosos.

AFP

Morre ator John Aprea, de ‘O poderoso chefão II’, aos 83 anos

Morreu, aos 83 anos, o ator John Aprea, conhecido por seus extensos papéis na TV e em filmes como “O poderoso chefão II” e “Três é demais”. De acordo com seu empresário Will Levine, ele morreu de causas naturais no dia 5 de agosto, em sua casa, em Los Angeles, cercado pela família.

Nascido em Nova Jersey, nos EUA, o ator começou sua carreira no filme de 1968 Bullitt, onde interpretou um assassino ao lado do detetive titular interpretado por Steve McQueen. Após papéis como convidado nas séries “Mannix” e “The FBI”, Aprea interpretou o jovem Salvatore Tessio no filme “O poderoso chefão II” (1974).

Aprea havia feito testes para o papel de Michael Corleone no filme original de 1972. Perdeu para Al Pacino, mas o diretor Francis Ford Coppola acabou lhe oferecendo um outro papel na sequência de 1974.

Ele voltaria a interpreta um mafioso na celebrada série “Os Sopranos’”, na primeira temporada, em 1999. Ainda na TV, ele se destacou como Lucas Castigliano na série ‘Another World’, exibida de 1989 a 1992.

Agência O Globo

Kamala Harris arrecada US$ 200 milhões na 1ª semana de campanha presidencial

A campanha da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, arrecadou US$ 200 milhões desde que ela emergiu como a provável candidata presidencial do Partido Democrata na semana passada.

A campanha, que anunciou seu número total de arrecadação de fundos neste domingo, 28, afirmou que a maior parte das doações – 66% – vem de contribuintes iniciantes no ciclo eleitoral de 2024 e foram feitas depois que o presidente Joe Biden anunciou sua saída da disputa e apoiou Harris.

Mais de 170 mil voluntários também se inscreveram para ajudar a campanha de Harris com serviços bancários por telefone, campanhas e outros esforços para conseguir votos. Faltam 100 dias para o dia das eleições. “O ímpeto e a energia da vice-presidente Harris são reais – assim como os fundamentos desta corrida: esta eleição será muito acirrada e decidida por um pequeno número de eleitores em apenas alguns estados”, disse Michael Tyler, diretor de comunicações da campanha, em um comunicado.

Harris fez campanha em Pittsfield, Massachusetts, no sábado, 27, atraindo centenas de pessoas para uma arrecadação de fundos que foi organizada quando Biden ainda estava no topo da chapa democrata. Esperava-se originalmente que a arrecadação de fundos arrecadasse US$ 400 mil, mas acabou arrecadando cerca de US$ 1,4 milhão, de acordo com a campanha.

Apoio
Harris rapidamente reuniu o apoio democrata depois que Biden, cuja candidatura fracassou após seu desempenho desastroso no debate de 27 de junho contra Trump, saiu da corrida. A ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, o ex-líder da minoria na Câmara Jim Clyburn, o ex-presidente Bill Clinton e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton foram rápidos em anunciar o seu apoio.

Os prodigiosos arrecadadores de fundos democratas, o ex-presidente Barack Obama e sua esposa Michelle Obama anunciaram seu endosso na sexta-feira. Harris, em sua arrecadação de fundos no sábado, disse que continuava sendo a “azarã” na disputa, mas que sua campanha estava ganhando força.

Estadão Conteúdo

EUA não vão prejulgar resultado das eleições na Venezuela, diz secretário de Estado americano

À medida que os eleitores da Venezuela vão às urnas para escolher o novo presidente do país, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos não irão prejulgar os resultados da disputa — cercada de denúncias da oposição sobre interferências de Nicolás Maduro.

“Os Estados Unidos não vão prejulgar o resultado. Esta é uma escolha para os venezuelanos fazerem, mas o povo venezuelano merece uma eleição que reflita genuinamente sua vontade, livre de qualquer manipulação”, afirmou Blinken, que está em viagem ao Japão.

Os centros de votação venezuelanos abriram as portas neste domingo às 06h00 (07h00 em Brasília). Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, embora analistas calculem que poderão comparecer às urnas apenas 17 milhões que estão no país e não migraram devido à dura crise da última década.

Os locais de votação devem permanecer abertos até 18h00 (19h00 em Brasília), com possibilidade de ampliação do horário em caso de necessidade. Fotos e vídeos publicados nas redes sociais mostraram enormes filas em frente a colégios eleitorais antes da abertura das urnas. Registros da noite de sábado e da madrugada deste domingo já mostravam eleitores acampando no entorno dos centros de votação.

Problemas foram registrados nas primeiras horas de votação. O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, afirmou que 95% das mesas de votação estavam abertas, sem detalhar em quais distritos eleitorais os locais de votação permaneciam fechados. Confusões entre eleitores foram registradas nas filas, e representantes partidários relataram terem sido impedidos de entrar em colégios eleitorais.

A agência de notícias americana Associated Press informou que, mais de uma hora após o horário de abertura das urnas, a polícia impedia o acesso ao maior centro de votação da Venezuela, na capital, incluindo de representantes dos partidos autorizados a entrarem no local.

Agtência O Globo

FBI confirma que Trump foi ferido por bala de fuzil em atentado na Pensilvânia

O FBI, principal agência federal de investigação dos EUA, confirmou que o ex-presidente Donald Trump foi de fato ferido por uma bala “inteira ou fragmentada” no atentado sofrido durante um comício no dia 13 de julho, na Pensilvânia. Na quarta-feira, o diretor da agência havia dito ao Congresso que ainda “não estava claro” se o republicano fora atingido por uma bala de fuzil ou por estilhaços, uma declaração criticada por aliados de Trump.

“O que impactou o ex-presidente na orelha foi uma bala, inteira ou fragmentada em pequenos pedaços”, afirmou, em comunicado, o FBI, em resposta às críticas do republicano. No dia 13 de julho, Trump fazia um comício na Pensilvânia quando foi atingido na orelha após disparos de fuzil, realizados por um homem de 20 anos, que foi morto por agentes do Serviço Secreto. Uma pessoa que acompanhava o discurso morreu, e outras duas ficaram feridas.

Na terça-feira, a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, disse a uma comissão da Câmara que aquela havia sido a “maior falha operacional em décadas” da agência, cuja principal função é proteger presidentes e ex-presidentes americanos. Um dia depois, Cheatle renunciou ao cargo.

Já o diretor do FBI, Christopher Wray, em depoimento na quarta-feira, disse que os investigadores não tinham determinado o que havia atingido Trump, que acusou a agência de agir com viés político. “Infelizmente foi uma bala que me acertou a orelha (…) não havia vidro, nem estilhaços”, escreveu em sua rede social, o Truth Social, pouco depois da fala de Wray.

Citado com frequência: Por que Trump tem mencionado Hannibal Lecter, psicopata de ‘O Silêncio dos Inocentes’, em discursos de campanha? No sábado passado, o ex-deputado Ronny Jackson, que foi médico da Casa Branca, emitiu um comunicado afirmando que o ex-presidente havia sofrido um ferimento de cerca de 2 cm na orelha, causado pelo rastro da bala do fuzil usado no ataque — o texto foi o único que ofereceu detalhes sobre o estado de Trump após o atentado, que serviu para incensar a imagem dele junto a seus apoiadores.

Depois do comunicado do FBI, o candidato republicano à Casa Branca reagiu com a habitual ironia. “Imagino que essa será a melhor desculpa que receberemos do diretor Wray, mas está totalmente aceita”, disse Trump no Truth Social. Pouco depois, ele confirmou planos para realizar um novo comício em Butler, cidade na Pensilvânia onde ocorreu o atentado.Segundo o New York Times, em matéria nesta sexta-feira, “uma análise detalhada das trajetórias das balas, imagens, fotos e gravações de áudio (…) sugere de forma contundente que Trump foi ferido de raspão pela primeira das oito balas disparadas”.

Agência O Globo

Biden desiste de candidatura à reeleição para a presidência dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que não concorrerá à reeleição. Em uma postagem na rede social X, Biden afirmou que, embora tivesse a intenção de buscar um novo mandato, acredita que a retirada de sua candidatura é do melhor interesse do Partido Democrata e do país. Ele destacou que se concentrará em seu trabalho como presidente até o final de seu mandato, em janeiro de 2025.

“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas no cumprimento de meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden em uma carta publicada na rede social.

Biden informou que se pronunciará à nação no final desta semana, dando mais detalhes sobre sua decisão. No entanto, em outra postagem no X, o presidente adiantou seu apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris para enfrentar o republicano Donald Trump.

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Bolsonaro chama Trump de ”maior líder mundial do momento” e relembra facada

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (14) que Donald Trump escapou por pouco da morte, e comparou a tentativa de assassinato do candidato à presidência dos Estados Unidos ao atentado a faca que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.

Bolsonaro, um ferrenho admirador do republicano e que chegou a ser chamado de “Trump dos trópicos”, foi esfaqueado no abdômen por um homem durante um comício em Minas Gerais.

“Os médicos disseram que foi um milagre eu ter sobrevivido em 2018, considerando a gravidade dos ferimentos, e ele foi salvo por poucos centímetros”, disse Bolsonaro hoje em São Paulo. “Isso, no meu entendimento, é algo que vem de cima”, acrescentou, olhando para o céu, em vídeo publicado no X (antigo Twitter).

Os Estados Unidos investigam a tentativa de assassinato de Trump em um comício na Pensilvânia, na véspera. O republicano, 78 anos, foi ferido na orelha, e o autor dos disparos, um homem de 20 anos, foi morto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o ataque “deve ser firmemente condenado por todos os defensores da democracia”.

Bolsonaro definiu ontem Trump como “o maior líder mundial do momento” e desejou-lhe uma “rápida recuperação”. “Te vejo na posse”, disse, em suas redes sociais. O senador Flávio Bolsonaro também traçou paralelos entre os ataques. “Tentaram matar Trump, tentaram matar Bolsonaro, mas é a (extrema) direita que é acusada de ser violenta”, publicou no X, com fotos que mostram o momento de cada ataque.

Assim como os Estados Unidos, o Brasil vive uma forte polarização e vem enfrentando desafios à sua democracia nos últimos anos. Em janeiro de 2023, apoiadores de Bolsonaro vandalizaram as sedes dos três poderes em Brasília, em rejeição à vitória de Lula nas urnas meses antes, um episódio que foi comparado ao violento ataque de apoiadores de Trump ao Capitólio em janeiro de 2021.

Bolsonaro, 69 anos, está impedido de disputar eleições até 2030, por “abuso de poder” ao espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.

AFP

Quem é Thomas Matthew Crooks, homem que atirou em Trump, segundo o FBI

O FBI identificou o atirador envolvido no atentado contra o ex-presidente Donald Trump, durante comício ontem, conforme comunicado publicado neste domingo. Trata-se de Thomas Matthew Crooks, 20 anos, morador da Pensilvânia.

“O FBI identificou Thomas Matthew Crooks, 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, como o sujeito envolvido na tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho, em Butler, Pensilvânia”, informou a agência na nota. Crooks estaria fora do perímetro da segurança do comício e foi morto pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos, conforme as autoridades.

O FBI diz ainda que a investigação do caso envolvendo Trump continua. Segundo a imprensa americana, Crooks era filiado ao Partido Republicano. Trump foi baleado durante um comício na Pensilvânia. Agentes do Serviço Secreto retiraram o ex-presidente do palco após uma série de tiros. Trump foi visto com sangue na orelha e chegou a erguer punho depois de se levantar do chão.

Em seguida, ele entrou em um veículo e, depois de atendimento médico, retornou à sua casa em Nova Jersey. Ele está “bem” e é grato aos policiais, diz um comunicado publicado no site do Comitê Nacional Republicano (RNC). O FBI afirma que está tratando o incidente como uma “tentativa de assassinato” contra Trump.

Em uma postagem em sua rede Truth Social, Trump disse que uma bala perfurou a “parte superior” de sua orelha direita. “Eu soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele”, escreveu Trump. “Houve muito sangramento, então eu percebi o que estava acontecendo.”O sangue estava claramente visível na orelha e no rosto de Trump quando os agentes o retiraram às pressas do comício.

A declaração do FBI acrescenta que o incidente é uma “investigação ativa e em andamento”. A polícia da Pensilvânia afirma que não há mais ameaças após o tiroteio. O suspeito foi morto a tiros no local por um atirador do Serviço Secreto dos EUA, disse o porta-voz da agência, Anthony Guglielmi.

Ele acrescentou que um espectador foi morto no tiroteio e outros dois ficaram gravemente feridos. Todas as três vítimas eram do sexo masculino, confirmaram as autoridades posteriormente.

Estadão Conteúdo

Lula repudia atentado contra Donald Trump: “inaceitável”

O presidente Lula repudiou neste sábado (13) o que classificou de atentado contra o ex-presidente Donald Trump. Ele considerou o ato como “inaceitável”.

“O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável”, declarou o presidente nas redes sociais.

Donald Trump, é auxiliado por pessoal de segurança após o tir, por crédito- REUTERS/ TV
Neste sábado, Trump foi retirado por seguranças do palanque onde fazia um comício na Pensilvânia. Após sons de tiros, o candidato republicano se abaixou e levantou com sangue na orelha e no rosto.

O local do comício foi abandonado com cadeiras derrubadas e fita policial amarela ao redor do palco. O caso está sob investigação.

Agência Brasil

Donald Trump está a salvo após atentado em comício, informa Serviço Secreto dos EUA

O ex-presidente americano Donald Trump está seguro e medidas de proteção foram implementadas após um atentado em um comício de campanha neste sábado, informou o Serviço Secreto dos EUA. O comício acontecia em Butler, na Pensilvânia. Trump foi retirado às pressas do palco disparos.

Anthony Guglielmi, chefe de Comunicações do Serviço Secreto dos Estados Unidos, afirmou, pelo X, que o “Serviço Secreto implementou medidas de proteção e o ex-presidente está seguro”. Ele acrescentou que uma investigação está em curso. O ex-presidente ficou ferido e caiu no chão. Ainda não há informações do que aconteceu durante o comício, mas barulhos que se assemelhavam a tiros foram ouvidos e captados pela transmissão ao vivo do evento.

O republicano foi cercado pelos agentes e escoltado para um carro de sua comitiva logo após os disparos, segurando a orelha direita, que estava sangrando. O Serviço Secreto o tirou do palco às pressas após os disparos e o público foi retirado do local.

O republicano foi cercado pelos agentes e escoltado para um carro de sua comitiva logo após os disparos que aconteceram no evento de campanha. Ele saiu segurando a orelha direita, que parecia estar sangrando. Segundo porta-voz do ex-presidente, Steven Cheung, Trump “está sendo examinado e está bem”, mas sem fornecer mais detalhes.

Atirador foi morto
O homem suspeito de atirar em Donald Trump, em um comício eleitoral na Pensilvânia, nos Estados Unidos, neste sábado foi morto. A informação foi confirmada pelo promotor público local, Richard Goldringer ao jornal americano Washington Post.

Ainda segundo a autoridade, um espectador do comício também morreu e outra pessoa está em estado grave. “O presidente Trump agradece às autoridades policiais e aos socorristas por sua ação rápida durante esse ato hediondo”, disse Cheung na declaração.

Solidariedade

Por meio de nota oficial, o atual presidente Joe Biden desejou a recuperação de Donald Trump.”Fui informado sobre o tiroteio no comício de Donald Trump na Pensilvânia. Estou grato em saber que ele está seguro e bem. Estou rezando por ele e sua família e por todos aqueles que estiveram presentes no comício, enquanto aguardamos mais informações”, informou.

Biden também agradeceu ao serviço secreto pela proteção oferecida ao candidato. “Jill e eu estamos gratos ao Serviço Secreto por tê-lo colocado em segurança. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Devemos nos unir como uma nação para condená-lo”.

“Não há absolutamente nenhum lugar para a violência política na nossa democracia. Embora ainda não saibamos exatamente o que aconteceu, todos deveríamos estar aliviados pelo fato de o antigo Presidente Trump não ter sido gravemente ferido e aproveitar este momento para nos comprometermos novamente com a civilidade e o respeito na nossa política. Michelle e eu desejamos a ele uma rápida recuperação”, disse Obama.

Agência O Glogo/Portal Folha

Cai o número de americanos que consideram presidente Biden “mentalmente afiado”, diz pesquisa

O número de americanos que consideram o presidente Joe Biden, candidato democrata à reeleição para a Casa Branca, “mentalmente afiado” encolheu para a mínima histórica de 24%, indica a pesquisa do instituto Pew Research Center publicada na quinta-feira 11, realizada após o debate televisivo com o ex-presidente republicano Donald Trump.

O índice vem caindo ao longo da presidência de Biden, que foi eleito em novembro de 2020 após derrotar Trump no pleito. Nessa época, o porcentual era de 46%. Em 2021, cresceu para o pico da série histórica, de 53%. Em abril de 2023, era de 33%, encolhendo para 30% em janeiro de 2024. O candidato republicano, por outro lado, é visto como “mentalmente afiado” para 58% dos entrevistados pelo Pew Research Center. Em 2020, durante a campanha, esse porcentual era de 50%.

Biden tem sido alvo de críticas de parte da opinião pública dos Estados Unidos, que aponta que o democrata, 81, não está apto para o cargo após um desempenho desastroso no primeiro debate presidencial, realizado em 27 de junho e transmitido ao vivo. Desde então, o atual presidente tem tentado garantir a candidatura, mesmo em meio a manifestações contrárias de aliados (como a ex-presidente da Câmara americana e amiga, Nancy Pelosi) e de financiadores.

O Pew Research Center aponta que Biden é “honesto” para 48% dos entrevistados. Para Trump, o porcentual é de 36%. A pesquisa indica que ambos os candidatos são considerados “constrangedores” para 63%, incluindo para 37% e 33% dos candidatos de cada apoiador, respectivamente.

Trump lidera a corrida presidencial, com 44% das intenções de voto. O republicano está na frente de Biden, com 40%, e do candidato independente Robert F. Kennedy Jr. (15%). Na simulação de uma disputa entre o republicano e o democrata, a pesquisa aponta vitória apertada de Trump sobre Biden: 50% a 47% para o atual presidente. A pesquisa do Pew Research Center foi conduzida entre 1º e 7 de julho com 9.424 adultos, incluindo 7.729 eleitores aptos.

Estadão Conteúdos

Biden é pressionado a desistir, ganha apoio de Obama e garante que fica

Após o mau desempenho do presidente Joe Biden no primeiro debate com Donald Trump abrir uma crise no Partido Democrata, estrategistas e formadores de opinião debatem se é hora de trocar o cabeça de chapa. Líderes da legenda saíram nesta sexta-feira, 28, em defesa o presidente, rejeitando pedidos para que ele se afaste da campanha.

O próprio presidente buscou reverter a imagem de fragilidade com um discurso vigoroso na Carolina do Norte, em que prometeu não desistir da reeleição. Ele ganhou o apoio do antecessor, Barack Obama, que lembrou ter “perdido” um debate para Mitt Romney na sua campanha vitoriosa de 2012.

Comício
Falando com uma multidão em Raleigh, na Carolina do Norte, Biden, de 81 anos, reconheceu não debater mais como costumava e confrontou os questionamento sobre sua idade. “Sei que não sou um homem jovem, para dizer o óbvio”, disse. “Não falo tão fluentemente quanto antes. Mas sei o que sei. Sei como dizer a verdade. Sei o que é certo e o que é errado. E sei como fazer esse trabalho.”

A performance no comício de Biden contrastou com o alarme expressado na mídia e entre estrategistas políticos, mesmo por alguns dos mais antigos apoiadores de Biden, imediatamente após o debate de quinta-feira à noite. Joe Scarborough, o apresentador da MSNBC e um forte defensor do presidente, disse que as perguntas sobre sua capacidade de concorrer agora eram inevitáveis. A ansiedade começou minutos após o início do debate, quando Biden parecia divagar no confronto com Trump, de 78 anos.

Michael Tyler, diretor de comunicações da campanha de Biden, disse que não houve conversa interna sobre sua substituição na chapa “de forma alguma”. Os comentários seguiram esforços de oficiais da campanha para tranquilizar doadores e arrecadadores.

Ex-presidente
Obama apoiou seu ex-vice-presidente, postando no X que “noites ruins de debate acontecem”, aludindo ao seu próprio desempenho no primeiro debate de sua campanha de reeleição, em 2012. “Confie em mim, eu sei. Mas esta eleição ainda é uma escolha entre alguém que lutou por pessoas comuns a vida inteira e alguém que só se importa consigo mesmo”. Ele acrescentou: “A noite passada não mudou isso, e é por isso que há tanto em jogo em novembro”.

Mesmo com os líderes democratas prometendo confiança em Biden, especialistas e estrategistas políticos expressaram abertamente dúvidas sobre sua capacidade de levar a eleição até o fim. Em alguns casos, pediram que Biden abrisse caminho para um novo indicado. A única maneira de os democratas substituírem Biden é ele desistindo da corrida e entregando os delegados prometidos a ele. Neste ponto, sua substituição seria decidida no plenário da Convenção Nacional Democrata, em agosto.

Todos os delegados de Biden se tornariam “não comprometidos”. A convenção poderia se tornar uma campanha em si. A vice-presidente Kamala Harris não seria a indicada automaticamente, mas seu status a torna uma candidata viável, especialmente se Biden declarar apoio a ela. O Partido Democrata tem uma série de estrelas políticas, incluindo o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer. Todos têm sido apoiadores de Biden.

A Constituição americana não permite mais de dois mandatos para presidente, consecutivos ou não. Obama não poderia tentar se candidatar novamente e, se vencer, Trump, de acordo com as regras atuais, não pode tentar a reeleição em 2028.

Estadão

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