Líder do governo Lula diz que Venezuela é ditadura e posse de Maduro é “ilegítima e farsante”

Líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AC) criticou a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato como presidente da Venezuela. Segundo Randolfe, o país é uma ditadura e a cerimônia de posse é “ilegítima e farsante”.

O senador fez referência às evidências de que Maduro perdeu a eleição para o oposicionista Edmundo González Urrutia. A cerimônia de posse ocorreu nesta sexta-feira, em meio a protestos no país. O presidente Lula não viajou para a Venezuela, mas o Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Oliveira.

“O governo venezuelano é uma Ditadura e a posse do senhor Nicolás Maduro é ilegítima e farsante. Um regime que desrespeita Direitos Humanos, desrespeita alternância de poder e não respeita a soberania da vontade popular, é um regime autoritário”, escreveu Randolfe na rede social X. “É dever de todo democrata, esteja onde estiver, condenar qualquer Ditadura, seja de direita, seja de esquerda”, completou.

Leia também: Janja reage após vice-presidente do PT posar com família Brazão: ‘Desrespeitoso com a memória de Marielle e Anderson’

Veja: Além de Bolsonaro, que pediu liberação do passaporte ao STF, saiba quem deve ir à posse de Trump nos EUA

O envio da diplomata à cerimônia de Maduro gerou críticas de oposicionistas, como os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), e Ronaldo Caiado (Goiás), e de aliados de Lula, como o paraense Helder Barbalho (MDB).

Apesar das críticas, integrantes do PT e do MST foram até a Venezuela. Em Caracas desde o início da semana, os integrantes das delegações participaram do evento “Festival Mundial Internacional Antifascista”, organizado pelo Foro de São Paulo.

Diário e Pernambuco

Esposas de ministros de Lula ganham até R$ 100 mil por mês em TCEs

Cinco ministros do governo Lula, que foram governadores, emplacaram esposas como conselheiras

Esposas de ministros do governo Lula que ocupam cargos de conselheiras em tribunais de contas estaduais (TCEs) ganham até R$ 100 mil por mês, entre salários, auxílios e penduricalhos.

Em dezembro de 2024, a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) elegeu a esposa do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), para o Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE). Agora, Onélia Santana se junta a outras quatro mulheres de ministros de Estado com cargo de conselheira:

• Marilia Brito Xavier Góes, esposa do ex-governador do Amapá e ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (União Brasil);
• Rejane Ribeiro Sousa Dias, esposa do ex-governador do Piauí e ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT);
• Aline Fernanda Almeida Peixoto, esposa do ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT);
• Renata Pereira Pires Calheiros, esposa do ex-governador de Alagoas e ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).

Onélia vai receber salário fixo de R$ 39.717,69, além de penduricalhos. O TCE-CE paga aproximadamente R$ 13 mil de ajuda de custo – função cumulativa; auxílio-alimentação de R$ 2 mil, mais auxílio-saúde, que ultrapassa R$ 5 mil. O cargo é vitalício.

LEIA MAIS

PT crê que reforma ministerial atrairá até Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro

Lideranças do PT no Congresso acreditam que até mesmo um ex-ministro de Bolsonaro pode se aproximar do partido devido a reforma ministerial

Caciques do PT afirmam que a reforma ministerial, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025, pode ajudar Lula a trazer para sua chapa em 2026 até mesmo um dos grandes aliados de Jair Bolsonaro em 2022.

Segundo cálculos de petistas, o PP, partido comandado pelo ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PI), pode apoiar Lula nas próximas eleições nacionais caso conquiste um espaço relevante na Esplanada dos Ministérios.

O PP, que conta com o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), deve ser um dos principais beneficiados pelas mudanças no primeiro escalão planejadas por Lula. Atualmente, a sigla ocupa apenas o Ministério dos Esportes.
De acordo com lideranças governistas no Congresso, o próprio Ciro Nogueira já deu sinais de que está mais disposto a dialogar com Lula sobre uma possível aliança de seu partido com o PT nas eleições de 2026.

Recentemente, lembram, Nogueira se encontrou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em um evento em Brasília. Na breve conversa, afirmou à petista que “voltou a ser Centrão”.

Lula compartilha conquistas e projeta 2025: “Faremos ainda mais”

O presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou em suas redes sociais, nesta terça-feira (31), um vídeo em que faz, através de imagens, um balanço do ano de 2024 para ele e sua gestão. O petista fez questão de enfatizar as conquistas de seu governo, bem como o fato de ter visitado diversas regiões do país no período.

No vídeo, constam imagens de Lula visitando pessoas, acompanhado de ministros e de políticos aliados ao seu governo, bem como imagens dele plantando árvores e encontrando apoiadores. Até uma imagem do presidente dirigindo um ônibus escolar consta no vídeo divulgado.

Horas, antes, na noite da segunda-feira (30), o presidente publicou outro vídeo em suas redes sociais, no qual anuncia o valor do salário mínimo para o ano de 2025. Estabelecido em R$ 1.518, o salário mínimo representa um aumento de 7,5% em relação ao de 2024, mas permanece abaixo do valor esperado de R$ 1.528, devido às novas regras estabelecidas pelo governo, divulgadas em conjunto com o plano de redução de gastos anunciado em novembro.

Na legenda do vídeo, o presidente relatou: “2024 foi um ano generoso. Percorri os quatro cantos do Brasil e vi de perto a gratidão daqueles que foram impactados pelas políticas públicas. Cada encontro reafirmou a importância de seguir trabalhando. Em 2025, faremos ainda mais”.

Bahia Notícias

Lula sanciona lei e não haverá cobrança do DPVAT em 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta terça-feira (31/12) a lei que cancela o retorno do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT. Com a decisão do chefe do Executivo, o seguro não será cobrado no ano de 2025 nem nos posteriores.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) extinguiu o DPVAT em 2020. No entanto, em maio de 2024, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou lei que criou o Seguro Obrigatório Para Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), em lugar do antigo DPVAT.

A contratação do SPVAT se tornou obrigatória e anual para os proprietários de veículos como carros, motos, caminhões e ônibus. A tarifa poderia variar entre R$ 50 e R$ 60, valores que não serão cobrados em 2025. A lei foi aprovada pelo Congresso após a repercussão negativa da volta da cobrança.

Diário e Pernambuco

Lula sanciona com vetos a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e vetou alguns dispositivos, conforme texto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 31. O projeto de lei, agora transformado na Lei 15.080, e seus anexos, tem 867 páginas no DOU desta terça (31) e estabelece as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2025.

Com relação às metas de resultado primário, o PLDO 2025 confirma a meta de déficit primário, em proporção ao PIB, de zero para 2025; superávit primário de 0,25% do PIB em 2026; de 0,50% do PIB em 2027; e de 1,00% do PIB em 2028.

Aprovado em 18 de dezembro pelo Congresso Nacional, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 manteve o ajuste defendido pelo governo federal, de zerar o déficit das contas públicas em 2025, com uma tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos, apesar de o parecer do relator Confúcio Moura (MDB_RO) chegar a propor um dispositivo que obrigaria o governo a mirar somente no centro da meta fiscal até outubro de 2025.

Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) informou, a LDO foi aprovada pelo Congresso sem esse dispositivo. Apesar de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter afirmado na segunda-feira, 30, que da parte da sua Pasta, não deveria haver vetos ao projeto da LDO de 2025, a Lei foi sancionada com vários vetos. Um dos vetos foi feito ao parágrafo quarto do artigo 28 do projeto de lei que tratava das dotações do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos.

Segundo a justificativa ao veto, a proposta “majora o montante do Fundo Partidário e comprime o valor das demais despesas da Justiça Eleitoral, tendo em vista que tais despesas estão sujeitas ao limite estabelecido pelo art. 3º da Lei Complementar nº 200, de 30 de agosto de 2023”.

“A proposição legislativa não é condizente com o regime fiscal sustentável, que tem em sua gênese a adoção de parâmetros para o controle do crescimento anual da despesa, com base no comportamento da inflação e do crescimento real da receita do período imediatamente antecedente. A aprovação da proposição, que vincula o montante de despesas do Fundo Partidário ao crescimento real da receita de exercícios anteriores, resultaria no crescimento das despesas correspondentes em patamar superior ao crescimento dos limites de despesas primárias, previstos na Lei Complementar nº 200, de 2023, o que contraria o disposto no art. 138 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”, diz a mensagem.

Outro dispositivo vetado foi o parágrafo único do artigo 26, que dizia que a execução das medidas previstas no projeto de lei seria monitorada por meio de relatórios trimestrais disponibilizados ao Congresso e à sociedade.

“Não obstante a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público, pois a criação de novo relatório de acompanhamento das medidas de ajuste fiscal previstas nos art. 6º e art. 8º da Lei Complementar nº 200, de 30 de agosto de 2023, poderia onerar a administração pública federal, e seu conteúdo corresponderia apenas à declaração de que os atos correspondentes não foram praticados. Destaca-se também a existência de inúmeros relatórios de transparência orçamentária e fiscal com periodicidade distinta da proposta no dispositivo ora vetado, o que resultaria sobreposição e descasamento dos relatórios, os quais já demandam elevado esforço operacional das equipes envolvidas, com prejuízo à tempestividade e à qualidade da informação”, diz a razão do veto.

Há vários outros vetos e as justificativas para eles estão publicadas no Diário Oficial da União desta terça em mensagem presidencial encaminhada ao Congresso Nacional.

Estadão Conteúdo

Lula assina decreto que eleva salário mínimo para R$ 1.518

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (3), decreto que eleva o salário mínimo para R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro de 2025. O aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior supera a inflação acumulada no período. Lula havia sancionado a lei que limita o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação de 2025 a 2030.

O cálculo para o novo salário mínimo considerou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 4,84% nos últimos 12 meses até novembro mais os 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o representa ganho real acima da inflação.

“É importante lembrar, e o presidente Lula destacou hoje, durante a assinatura do decreto, que em seu governo o salário mínimo terá reajuste acima da inflação em todos os anos, ou seja, ganho real. Um compromisso com o processo de distribuição de renda, que é o papel do salário mínimo”, ressaltou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, segundo divulgou a pasta.

Para o ministro, seria uma “tragédia” se não houvesse a política de valorização do salário mínimo que foi aprovada em 2023. A expectativa de Marinho é que em 2025 o país continue com o seu ciclo de crescimento.

Ag^ncia Brasil

Como vai ficar o salário mínimo após lei sancionada por Lula

O salário mínimo de 2025 deverá ser de R$ 1.518 mensais, de acordo com a lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que estabelece mudanças no reajuste real do salário mínimo. O texto faz parte do pacote de corte de gastos apresentado pela equipe econômica do governo e aprovado no Congresso Nacional.

De acordo com a nova regra, o salário mínimo seguirá tendo crescimento real — isto é, acima da inflação —, mas será limitado ao teto do arcabouço fiscal (a regra de controle dos gastos públicos), de 2,5%. A medida vale para os reajustes entre 2025 e 2030.

O reajuste do próximo ano corresponderá a um acréscimo de 7,5% em relação ao piso vigente em 2024 (de R$ 1.412). Pela regra antiga, o valor final do salário mínimo no próximo ano seria de R$ 1.528, um aumento de 8,2% em relação ao piso deste ano. Ou seja, com a revisão da regra, haverá uma perda de R$ 10 no valor mensal.

O cálculo se baseava em um índice que combinava a inflação do ano anterior e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de toda a riqueza produzida no país — de dois anos anteriores, a partir de 1º de janeiro. A regra não previa percentual mínimo ou máximo para o reajuste.

Diário de Pernambuco

Governo Lula publica decreto que regula uso da força policial

 

O presidente Lula assinou o decreto do Ministério da Justiça e Segurança Pública que regula o uso da força policial no Brasil. A medida foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (24/12).

Na prática, o decreto regula o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo e estabelece diretrizes sobre o uso da arma de fogo, além de oferecer capacitação para profissionais de segurança pública de todo o país.

De acordo com o decreto, a arma de fogo deve ser “o último recurso e restrito aos profissionais habilitados para sua utilização”.
O texto diz ainda não ser legítimo o uso de arma de fogo contra pessoas em fuga que estejam desarmadas ou que não representem risco imediato de morte ou de lesão aos profissionais de segurança pública.

LEIA MAIS

Lula faz última reunião do ano com todos os ministros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu todos os seus 38 ministros para um almoço de confraternização, na sexta-feira (20), no Palácio da Alvorada. O encontro, que começou por volta das 13h, durou cerca de duas horas. Não houve declaração à imprensa. Esta foi a última reunião ministerial do ano, um dia após Lula retornar a Brasília, depois de ter passado por procedimentos de saúde em São Paulo.

A previsão é que o presidente passe as festas de final do ano na capital federal. A equipe médica liberou Lula para exercer as atividades normalmente, com a recomendação de não fazer exercícios físicos.

Após um acidente doméstico no dia 19 de outubro, em que bateu a cabeça, Lula precisou drenar um hematoma na região entre o osso do crânio e o cérebro. A cirurgia foi realizada no dia 10 de dezembro, seguido de outro procedimento para reduzir o risco de formação de novos hematomas.

Agência Brasil

 

Lula fará novo procedimento cirúrgico na cabeça nesta quinta (12/12)

Segundo boletim médico, Lula fará uma “embolização das artérias meníngeas” nesta quinta-feira (11/12) para impedir novos sangramentos

O presidente Lula fará um novo procedimento cirúrgico na cabeça, na manhã desta quinta-feira (12/12), no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Em boletim divulgado na tarde desta quarta-feira (11/12), os médicos explicaram que o petista será submetido a uma “embolização das artérias meníngeas”.

Essas artérias, de acordo com os especialistas, irrigam as chamadas “meninges”, que são membranas que revestem o sistema nervoso central.

Segundo os médicos, o procedimento é uma “complementação” da cirurgia de emergência que Lula fez na madrugada da terça-feira (10/12) para drenar um hematoma no cérebro.

De acordo com ministros do Palácio do Planalto, a nova intervenção será feita para interromper o fluxo de sangue e impedir novos sangramentos.

Mesmo na UTI, presidente Lula não passará cargo a Alckmin

Mesmo internado após uma cirurgia de emergência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não passará o exercício do cargo a seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), informou a assessoria do Planalto, na tarde desta terça-feira (10/12).
O presidente está consciente e se recupera bem após ser submetido a uma craniotomia, no hospital Sírio-Libanês na capital paulista. No entanto, não há qualquer gabinete presencial montado no local.

Lula ficará em observação nos próximos dias e permanecerá na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por 48 horas. De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha o presidente, Lula está estável e já acordado. Além disso, poderá ter alta na próxima semana. As funções neurológicas foram preservadas e ele não terá sequelas.

Lula aponta erro no governo e garante “correções necessárias” em área

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu um problema identificado no seu governo e fez uma cobrança, nesta sexta-feira, 6, aos integrantes e lideranças do PT sobre as suas redes sociais. Em reunião, ele pediu para que o partido atue de forma mais estratégica e organizada nas redes sociai. Ele admitiu ter “culpa” por problemas do governo em dialogar com o eleitorado e pelo crescimento da extrema-direita nas plataformas.

“O PT tem culpa, o meu governo tem culpa, porque a gente não pode permitir, em nenhum momento, que alguém que pense como pensa a extrema-direita no nosso país tenha mais espaço nas redes sociais do que nós, tenha mais informações na internet do que nós e consiga projetar as suas maldades menos do que a gente consegue projetar as bondades que nós fazemos”, disse o político.

O discurso do presidente ocorreu por meio de videoconferência durante o segundo dia do Seminário Nacional do PT, em Brasíli, segundo informações do G1.

“Não temos uma digitalização, eu diria do PT, que pense como cabeça, tronco e membros, falando a mesma linguagem durante todo o dia. É uma coisa que vamos ter que levar em conta para resolver nesses dois anos que faltam para terminar o meu governo”, declarou Lula.

O petista deixou claro que observa uma falha de comunicação no governo como um todo, além da situação do digital, e garantiu que fará mudanças. “Há um erro no governo na questão da comunicação e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, ressaltou.

Lula deixou claro que essa questão será tratada de forma urgente no início do próximo ano. “Alguma coisa precisa ser mudada para que as pessoas tenham acesso aquilo que nós estamos fazendo. Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que nós estamos fazendo”, frisou.

A Tarde

A preocupação de Lula com o pacote de corte de gastos do governo

O presidente Lula demonstrou preocupação com a repercussão do novo pacote de corte de gastos do governo ao apresentar a proposta a líderes partidários do Congresso, na quarta-feira (27/11).

Segundo parlamentares que participaram da reunião com Lula, o petista demonstrou preocupação especial ao falar sobre o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o abono salarial, alvos do pacote.

O presidente da República, de acordo com relatos, disse ser necessário deixar claro para a população que os dois benefícios não serão cortados, mas, sim, passarão por uma revisão.

Como antecipou a coluna, o pacote do governo prevê uma restrição maior para os trabalhadores que terão direito ao abono salarial, espécie de 14º salário pago a uma faixa da população.

Hoje, o benefício é garantido para quem ganha até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.824. A proposta do governo é limitar o abono para quem ganha até R$ 2.640.

Já para o BPC o governo federal planeja restringir o acesso ao benefício, passando a exigir, por exemplo, atualização de dados e biometria para recebimento dos valores.

O governo também quer contabilizar renda de cônjuges, companheiros não coabitante e renda de irmãos, filhos e enteados para avaliar quem pode receber o BPC.

Lula destaca isenção do IR

Além da preocupação com o BPC e o abono, Lula fez questão de ressaltar aos líderes do Congresso a proposta do governo de elevar a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Como noticiou a coluna, embora tenha anunciado a medida agora, o governo prevê que a nova faixa de isenção só deve valer a partir de 2026. Isso porque o Congresso só votará a proposta em 2025.

Lideranças da Câmara viram as falas de Lula como um temor de que o eleitorado de baixa renda, historicamente mais próximo do PT, se sinta mais atingido pelo pacote de corte de gastos.

Editorial: Queda na popularidade – Lula precisa se reconectar com eleitorado para viabilizar um quarto mandato em 2026

Mais uma vez, a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é registrada em pesquisa, desta vez pelo Instituto Paraná Pesquisas. Os números revelam um cenário preocupante para o líder petista: 51% dos brasileiros desaprovam sua gestão, enquanto 46,1% mostram algum nível de aprovação. Esses dados refletem um governo que, em seu terceiro mandato, enfrenta dificuldades em dialogar com as camadas mais carentes da sociedade, público historicamente associado ao seu eleitorado.

Para agravar a situação, a mesma pesquisa aponta que, em uma eventual disputa presidencial, Lula ficaria atrás de Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento, Bolsonaro liderou com 37,6% das intenções de voto contra 33,6% de Lula, mostrando que o ex-presidente ainda exerce forte influência sobre o eleitorado, especialmente em regiões onde sua gestão foi vista como mais alinhada aos anseios populares. 

No campo econômico, o cenário também não favoreceu Lula. Nesta quarta-feira (27/11), o dólar fechou a R$ 5,91, marcando uma máxima histórica, com uma valorização de 1,80%. Esse aumento foi impulsionado pela incerteza em torno das medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo ministro Fernando Haddad. A proposta de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, embora positiva para os trabalhadores, gerou preocupações no mercado financeiro sobre o impacto nas contas públicas. Essa tensão contribui para a percepção de que o governo enfrenta dificuldades em equilibrar prioridades econômicas.

Lula, que já foi convocado como o presidente que tirou milhões de brasileiros da pobreza, agora enfrenta o desafio de recuperar esse legado. Mais do que esses discursos, é necessário que as ações do governo reflitam as necessidades do povo. Caso contrário, corre o risco de encerrar sua trajetória política com uma avaliação negativa, deixando o palco pela porta dos fundos, enquanto enfrenta o crescente descontentamento popular. 

A reconexão com as bases que o levaram ao poder é necessária para que ele não apenas conclua este mandato de forma digna, mas também tenha chances reais de disputar um quarto mandato em 2026 com uma perspectiva de sucesso.

Waldiney Passos

12345