Editorial: A Transposição do Rio São Francisco — 18 anos de promessas e palanques

Nesta quarta-feira, 28 de maio, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cumpre agenda no Sertão de Pernambuco. Ele visitará a cidade de Salgueiro, onde participa da cerimônia de assinatura da ordem de serviço para a duplicação da Estação de Bombeamento EBI-3, no Ramal do Salgado, uma extensão do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco. Antes do evento oficial, Lula fará uma visita técnica à estação.

A presença do presidente em mais uma solenidade ligada à transposição reacende um debate que, para muitos nordestinos, já se tornou um ciclo de frustrações: a promessa de que a água do Rio São Francisco chegaria de forma plena e contínua às regiões mais castigadas pela seca ainda não foi cumprida.

A ideia de transpor as águas do “Velho Chico” remonta ao século XIX, ainda no Império, sob Dom Pedro II, mas foi somente no governo de Lula, em 2007, que o projeto finalmente saiu do papel. À época, foi anunciado com pompa: um investimento de R$ 4,5 bilhões e a promessa de conclusão em 2012. A proposta era ambiciosa — construir mais de 700 quilômetros de canais, por meio dos eixos Leste e Norte, para beneficiar cerca de 12 milhões de pessoas em mais de 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

De 2012 a 2025 já se passaram 13 anos do prazo original, e a obra, iniciada há 18 anos, ainda não foi concluída de forma definitiva. O orçamento inicial já triplicou — hoje, estima-se que mais de R$ 14 bilhões tenham sido investidos, e os custos seguem aumentando. São quase duas décadas de atrasos, aditivos contratuais, disputas judiciais, paralisações e trocas de comando, enquanto a população aguarda por um recurso que, além de vital, foi transformado em instrumento político.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, houve entregas importantes de trechos do Eixo Norte. Em eventos realizados no interior do Nordeste, o então presidente fez questão de mostrar a chegada da água em locais como Jati (CE), Sertânia (PE) e outras comunidades que, de fato, viram os canais ganharem vida. Ainda assim, mesmo após essas entregas, muitas regiões contempladas pelo projeto permanecem à margem da promessa: a água chega e vai embora, como aconteceu após a posse de Lula em 2023, quando denúncias de moradores e lideranças locais indicaram a suspensão da liberação da água em alguns pontos.

A duplicação da EBI-3, que será anunciada agora, não deixa de ser mais um capítulo dessa longa novela. Trata-se de uma estação de bombeamento localizada no Eixo Norte, importante para garantir pressão e continuidade do fluxo hídrico. A obra é necessária, mas não pode ser tratada como um novo marco. Não é a ampliação de estrutura que irá resolver a principal questão: a efetivação plena da distribuição da água prometida desde 2007.

O uso da transposição como palco político se tornou regra. Governos de diferentes colorações ideológicas a utilizam como vitrine, ignorando que a verdadeira entrega não se mede em palanques montados, mas na água que chega à torneira de quem sempre dependeu de carros-pipa, cacimbas e poços de baixa qualidade. A seca não espera por eleição.

É preciso responsabilidade, transparência e respeito. O Governo Federal deve explicações claras à população sobre o cronograma final da obra. É necessário garantir não apenas a infraestrutura física dos canais, mas também a manutenção, a gestão eficiente da água transposta e a implantação de sistemas que permitam a sua chegada aos pequenos municípios, vilarejos e comunidades rurais.

A transposição do Rio São Francisco foi vendida como o projeto mais ousado da história recente do Brasil no combate à seca. Hoje, ela representa o símbolo mais claro do fracasso da classe política em cumprir aquilo que prometeu. É inaceitável que, após tantos anos e bilhões gastos, ainda se inaugurem obras parciais, estações duplicadas, trechos inacabados, enquanto milhões seguem com sede.

É hora de transformar a transposição em um verdadeiro legado de dignidade e desenvolvimento, não em um eterno palanque. Porque quem tem sede, não pode esperar.

Waldiney Passos

Lula tem mal-estar, suspende agendas e passa por exames em hospital

O presidente tinha reuniões previstas com a ministra da Gestão, Esther Dweck, e com os ministros da Fazenda (Fernando Haddad) e da Casa Civil (Rui Costa)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou as agendas no Palácio do Planalto após um mal-estar e deu entrada no Hospital Sírio Libanês, em Brasília, para passar por exames nesta segunda-feira.

O presidente tinha reuniões previstas com a ministra da Gestão, Esther Dweck, e com os ministros da Fazenda (Fernando Haddad) e da Casa Civil (Rui Costa).

Em dezembro do ano passada, Lula passou por cirurgia para drenar um hematoma na cabeça. Na época, ele foi à unidade de saúde em Brasília após sentir dores de cabeça, e fez exames que indicaram sangramento. A equipe médica optou pela transferência a São Paulo, onde o procedimento cirúrgico foi feito.

O hematoma foi causado por uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, sofrida pelo presidente no dia 19 de outubro ao se sentar errado em um banco para cortar as unhas.

Academia Brasileira de Ciências critica Lula após cortes em universidades

Entidades científicas alertam que decreto do governo federal afeta diretamente atividades de ensino, pesquisa e extensão

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) emitiram uma nota conjunta criticando as restrições orçamentárias impostas às universidades federais pelo governo Lula. As entidades afirmam que tais medidas comprometem o funcionamento das instituições de ensino superior e representam um retrocesso para a ciência e a educação no país.

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Governo Lula proíbe EAD para medicina, direito e enfermagem

Decreto com novas regras da EAD já foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e anunciado pelo ministro Camilo Santana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira (19/5) um decreto para proibir o ensino a distância para os cursos de medicina, direito e enfermagem. A decisão foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em reunião com representantes das universidades e demais entes da sociedade civil relacionadas ao setor.

“O que estamos apresentando é um processo construído com diálogo e para melhorar a qualidade, com princípios norteadores para uma nova política”, disse Camilo Santana. O decreto também determinou que cursos presenciais ofereçam até 30% da carga horária em práticas a distância. Antes, o teto era de 40%.

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Presidente Lula embarca para viagens à Rússia e à China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma a agenda de viagens internacional essa semana. O primeiro compromisso será em Moscou, na Rússia. A convite do presidente Vladimir Putin, Lula participará das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na segunda guerra mundial.

É o feriado mais importante da Rússia, que ocorre no dia 9 de maio, com um grandioso desfile cívico-militar em Moscou. Ambos os presidentes também manterão reunião bilateral durante a visita, entre 8 e 10 de maio. Na sequência, Lula segue para China, onde cumprirá agendas nos dias 12 e 13 de maio. A visita de Lula ao país asiático ocorrerá no contexto da Cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

O encontro bilateral previsto entre Lula e Xi Jinping ocorrerá em meio ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta. A imposição de tarifas mútuas, desencadeada por iniciativa do presidente norte-americano Donald Trump, vem causando sucessivas turbulências nos mercados de ações e alimenta o temor de uma recessão global.

A viagem à China será a segunda visita oficial de Lula neste terceiro mandato. A visita anterior ocorreu em abril de 2023, que foi retribuída por Xi Jinping em visita de Estado em novembro do ano passado, após a Cúpula do G20, sediada pelo Brasil. Além disso, eles haviam se encontrado outra vez em 2023 na Cúpula dos Brics, na África do Sul.

Agência Brasil

Com saída de Lupi, governo Lula soma 11 trocas de ministro

Com o anúncio da saída de Carlos Lupi do ministério da Previdência Social nesta sexta-feira (2), o governo Lula já acumula 11 trocas de ministros desde o seu início, em janeiro de 2023. As mudanças foram motivadas por fatores diversos, desde a necessidade de acomodar partidos da base aliada, como o Centrão, até crises de imagem e indicações para outros Poderes.

A primeira troca aconteceu quando o general Gonçalves Dias deixou o comando do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), em abril de 2023, após a divulgação de imagens suas no Palácio do Planalto durante os ataques golpistas de 8 de janeiro terem gerado forte repercussão negativa. Diante do desgaste, Dias foi substituído pelo general Marcos Antônio Amaro dos Santos. Dois meses depois, em junho, a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro, foi exonerada. Indicada pelo União Brasil, Carneiro foi substituída por Celso Sabino, do mesmo partido.

Em setembro de 2023 houve uma minirreforma ministerial. Ana Moser, então ministra do Esporte, foi demitida para dar espaço a André Fufuca (PP), e na mesma leva, Silvio Costa Filho (Republicanos) assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos. A pasta era comandada por Márcio França (PSB), que foi realocado para o recém-criado Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

A quinta mudança veio em fevereiro de 2024, quando Flávio Dino deixou o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública ao ser indicado e aprovado para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski assumiu a pasta. Uma das demissões de maior impacto político ocorreu em setembro de 2024. O ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) deixou o governo após virem à tona acusações de assédio moral e sexual, que teriam entre as vítimas a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial). Para seu lugar, foi nomeada Macaé Evaristo.

Em janeiro deste ano, houve a saída de Paulo Pimenta da chefia da Secom (Secretaria de Comunicação Social). Lula nomeou para o posto o publicitário Sidônio Palmeira, que trabalhou em sua campanha presidencial em 2022. A troca visou, segundo o governo, aprimorar a comunicação digital e o alcance em redes sociais, além de combater a disseminação de notícias falsas.

Logo depois, em fevereiro deste ano, Lula convidou a então deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, substituindo Alexandre Padilha, que assumiu o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. Na quarta-feira (23) da semana passada, o presidente Lula aceitou o nome do presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, como o novo ministro das Comunicações. A escolha aconteceu após Pedro Lucas ter recusado o convite de Lula, 12 dias após ter sido anunciado como ministro por Hoffmann.

Bahia Notícias

Editorial — O roubo dos aposentados: um crime imperdoável

O Brasil amanheceu esta semana ainda mais envergonhado. Mais de 6 bilhões de reais foram retirados de forma fraudulenta dos aposentados e pensionistas no escândalo do INSS — seis bilhões subtraídos de quem passou a vida inteira trabalhando, suando, contribuindo mês a mês, confiando que, ao fim da jornada, teria ao menos o direito à dignidade.

Mas o que encontraram foi a traição mais suja: marginais sem coração, bandidos de colarinho branco que não tiveram o mínimo respeito pelos nossos idosos. Gente que, sem qualquer escrúpulo, roubou o que era o sustento do pão de cada dia, o dinheiro da farmácia, o dinheiro da feira, o dinheiro de uma vida inteira de lutas. Quem tira o alimento de um idoso, quem rouba o remédio de um aposentado, não é apenas um ladrão: é um criminoso que deveria apodrecer na cadeia!

E é preciso apontar: a irresponsabilidade do Congresso Nacional também tem sua marca nesse escândalo. Em 2022, durante o atual governo Lula, o Congresso revogou uma medida que combatia fraudes nos descontos do INSS — uma proteção que havia sido criada no governo anterior. Ao revogar essa lei, deixaram os aposentados desprotegidos e facilitaram o terreno para que esses crimes acontecessem. Sim, foi o Congresso que rasgou a proteção dos nossos idosos!

E o mais revoltante é saber que os idosos, que já sofrem com aposentadorias miseráveis, ainda terão que esperar anos — talvez décadas — para tentar reaver seus direitos. Porque, no Brasil, tudo é assim: há um “devido processo legal”, os bandidos têm todo o direito de defesa, os processos se arrastam, os culpados recorrem, protelam… E muitos aposentados sequer estarão vivos para ver a justiça sendo feita.

Enquanto isso, falta comida na mesa, falta dinheiro para os remédios, falta dignidade para quem deveria ser honrado. Esta é a vergonha que carregamos. Um país que deveria respeitar os cabelos brancos, mas que, dia após dia, golpeia seus idosos de forma cruel e covarde.

Externamos aqui toda nossa revolta, nosso sentimento de indignação, nossa solidariedade aos aposentados e pensionistas!

Eles não podem ficar sozinhos diante dessa violência institucionalizada. Que esses bandidos sejam desmascarados, julgados e punidos exemplarmente. Que a sociedade não aceite mais calada essa verdadeira agressão aos nossos pais, avós, trabalhadores que deram o melhor de si por este país e que agora, na hora que mais precisam, são vítimas de uma elite criminosa e impune.

Basta de roubo! Basta de impunidade! Respeito aos nossos idosos já!

Waldiney Passos

Lula lidera pesquisa para eleições de 2026 em todos os cenários, aponta Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (05), mostra que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sairia na frente numa disputa com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se as eleições presidenciais de 2026 fossem hoje. Bolsonaro está inelegível após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos cinco cenários de primeiro turno testados pelo Datafolha, Lula aparece na vantagem.

Numa disputa com Lula e Bolsonaro, o primeiro teria 36% e o ex-presidente, 30%. Ciro Gomes (PDT) teria 12%, Pablo Marçal (PRTB), 7%, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), 5%, e 9% votariam em branco/nulo ou nenhum, além de 2% afirmarem não saber.

Sem Bolsonaro e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa, Lula teria 35%, contra 15% do ex-ministro de Bolsonaro, 11% de Ciro, 11% de Marçal, 5% de Ratinho Junior (PSD), que é governador do Paraná, 3% de Leite, 3% do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), 2% de Ronaldo Caiado (União Brasil), que comanda Goiás, 11% em branco/nulo/nenhum e 3% que não saberiam.

Com Eduardo Bolsonaro (PL) na corrida, Lula também teria 35%, e em segundo lugar ficaria Ciro Gomes, com 12%. Já o filho de Bolsonaro teria 11% na terceira posição. Depois viriam Marçal (10%), Ratinho (6%), Zema (4%), Leite (4%) e Caiado (3%).

Se Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama, entrasse na eleição, ficaria em segundo lugar com 15%, e Lula na vantagem, com 35%. Nesse cenário o Datafolha ainda colocou Ciro Gomes (12%), Pablo Marçal (10%), Ratinho Junior (5%), Romeu Zema (4%), Leite (3%) e Caiado (3%). Por fim, num cenário apenas com Lula, Tarcísio e Marçal, o petista teria 43%, o governador de SP, 24%, e Marçal, 15%.

Sem Lula ou Bolsonaro

O Datafolha também simulou cenário sem Bolsonaro nem Lula, mas com nomes como de Ciro, Tarcísio, Marçal e Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula. Nesse eventual pleito, Haddad teria 15%, em terceiro lugar, contra 16% de Tarcísio na segunda posição e 19% de Ciro Gomes, na liderança.

Num cenário sem Lula mas com Bolsonaro, Ciro, Haddad, Marçal e Leite, o ex-presidente lideraria com 32%, seguido por Ciro com 20% e Haddad com 17%. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a pesquisa foi realizada com 3.054 pessoas de 16 anos ou mais em 172 municípios pelo Brasil nos dias 1º a 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Estadão

Quaest: cresce avaliação de que governo Lula é pior que o de Bolsonaro

Pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada hoje sobre a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostra que 43% dos eleitores acham a gestão do petista pior do que a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os que acham o atual mandato melhor que o do capitão reformado são 39%. Para 15%, os dois são iguais, e 3% não souberam responder.

O cenário mudou em relação à última pesquisa feita pela Genial/Quaest em dezembro sobre o tema. Naquele levantamento, 42% achavam o governo de Lula melhor que o de Bolsonaro, enquanto 37% avaliavam que era pior que o do ex-presidente. Os que achavam as gestões iguais eram 20% e outros 3% não souberam responder.

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou presencialmente 2.004 eleitores de 120 municípios entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiabilidade é de 95%.

O levantamento da Genial/Quaest mostrou que a aprovação do governo Lula voltou a cair e atingiu o pior patamar desde o início da gestão em janeiro de 2023. Os que desaprovam a gestão são 56%, enquanto 41% aprovam. Outros 3% não souberam responder.

Já em relação à avaliação do governo, 41% consideram negativa a gestão de Lula, 27% avaliam como positiva e outros 29% apontam o Executivo como regular. Outros 3% não souberam responder.

Para 53% dos brasileiros, a terceira gestão de Lula na Presidência é pior que as duas anteriores (2003-2010). Outros 23% acham que ela é igual às anteriores e 20% consideram ela como a melhor. Os eleitores que não souberam responder somam 4%.

Quaest: 93% dos agentes do mercado acreditam que política econômica vai na direção errada; 83% dizem que economia vai piorar

Levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (19) aponta que 93% dos agentes financeiros entrevistados consideram que a política econômica do país está na direção errada, enquanto 7% acreditam que está na direção certa. Outros 83% acreditam que a economia brasileira vai piorar, 13% que permanecerá a mesma e 4% que vai melhorar.

Foram ouvidos 106 fundos de investimentos com sede em SP e no RJ, por meio de questionários online, entre os dias 12 e 17 de março. Integram os entrevistados gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.

A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.

Segundo a pesquisa, a maioria dos agentes financeiros considera o presidente Lula como o principal responsável pela direção que a política econômica está tomando. Veja os números:
  • Lula: 92%
  • Fernando Haddad: 5%
  • Congresso: 2%
  • Banco Central: 1%

Expectativa com a economia

De acordo com a Genial/Quaest, 83% dos entrevistados acreditam que a economia brasileira vai piorar nos próximos 12 meses, 13% que permanecerá a mesma e 4% que vai melhorar.

Para 58% dos entrevistados, o Brasil corre risco de entrar em recessão. Outros 42% consideram que não há esse risco.

Ainda segundo a pesquisa, 82% acreditam que a inflação vai encerrar o ano maior do que em 2024. Outros 16% têm a expectativa de que ficará a mesma, e 2%, que vai cair.

Entre os entrevistados, 87% esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente em 1 ponto a taxa Selic em março. Outros 2%, que vai subir 0,75 ponto; 5%, que vai ser elevada em 0,5 ponto. Outros 5%, que vai subir em 0,25 ponto. Para 2%, a taxa de juros será mantida em 13,25%.

Governo exclui quase 1 milhão de famílias do Bolsa Família; entenda o impacto

Nos últimos meses, cerca de 980 mil famílias unipessoais foram excluídas do Bolsa Família, um movimento que gerou grande preocupação em várias regiões do Brasil. Essa reestruturação faz parte de um ajuste promovido pelo governo federal desde o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, visando melhorar a distribuição do auxílio.

O impacto das novas regras do programa no número de beneficiários

A reavaliação dos cadastros resultou na exclusão de 1,3 milhão de famílias, das quais a maioria era composta por indivíduos que vivem sozinhos. O número de famílias unipessoais que recebiam o benefício passou de 4,9 milhões em 2023 para 3,9 milhões em fevereiro de 2024. A mudança afetou diretamente muitas pessoas que dependem do programa para garantir sua subsistência.

Como o governo está ajustando a distribuição do Bolsa Família?

O objetivo da reestruturação é garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa, focando em famílias com maior vulnerabilidade social. O governo agora aplica um limite de até 16% das vagas do programa para pessoas que vivem sozinhas, uma estratégia que busca equilibrar a distribuição de recursos entre os diferentes grupos sociais.

Quais são as críticas às novas diretrizes do programa?

Embora o governo defenda que as mudanças são necessárias para melhorar a eficácia do Bolsa Família, há críticas sobre o impacto que elas podem ter nas famílias unipessoais. Muitas dessas famílias, apesar de atenderem aos critérios de renda, acabaram sendo excluídas do benefício. Esse ajuste gerou debates sobre como equilibrar a distribuição de recursos de forma justa.

Como se adaptar às novas regras do Bolsa Família

Para continuar recebendo o benefício, as famílias precisam manter suas informações atualizadas no Cadastro Único. Além disso, é fundamental entender os critérios de elegibilidade e como as novas regras afetam a concessão do Bolsa Família. O governo continua monitorando o programa e fazendo ajustes para garantir que os recursos cheguem a quem mais precisa.

Lula assina hoje projeto de lei que isenta do IR quem ganha até R$ 5.000

Imagem: Reprodução/YouTube/CanalGov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar, nesta terça-feira (18) o projeto de lei que isenta do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) quem recebe até R$ 5 mil por mês, confirmou a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República).

A assinatura será em evento marcado para as 11h30 no Palácio do Planalto, confirmando apuração do Estadão/Broadcast Político publicada mais cedo.

Participam do evento os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Depois da solenidade, haverá uma entrevista coletiva técnica para detalhar a proposta.

Nesta segunda-feira (17), Haddad explicou que o governo fez um recálculo e passou a estimar que a renúncia com a ampliação da isenção do Imposto de Renda custará cerca de R$ 27 bilhões, um impacto menor do que os R$ 35 bilhões inicialmente estimados.

Após filiação de Raquel ao PSD, João Campos diz ter “tranquilidade” em aliança política com Lula

Prefeito do Recife afirma não temer eventual neutralidade do PT em 2026

prefeito do RecifeJoão Campos (PSB), demonstrou confiança na parceria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026. Com a recente filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao PSD, surgiram especulações sobre uma possível neutralidade do PT na disputa pelo governo estadual ou até mesmo um eventual apoio à pessedista.

No entanto, Campos afirmou estar seguro quanto à construção política com o petista.

“A gente tem uma relação que não é de hoje com o presidente Lula. O vice-presidente da República é do nosso partido. O PSB foi o maior partido dessa aliança que resultou na vitória do presidente Lula. Se você olhar a coligação, na época, o PSB era o maior partido depois do PT. A gente tem muita tranquilidade nessa construção e aliança política. Conjuntura eleitoral se define perto da eleição, mas nós fazemos parte do governo. Votei no presidente Lula, o apoio, tenho muita tranquilidade e, principalmente, gratidão pelo que ele tem feito pelo nosso estado e nossa cidade”, declarou.

 

Avaliação negativa de governo Lula chega a 41%, aponta Ipsos-Ipec

De acordo com a pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada na quinta-feira (13/3), 41% dos brasileiros classificam governo Lula como ruim ou péssimo

A avaliação negativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu, com 41% dos brasileiros classificando a atual administração do petista como ruim ou péssima. Os dados constam na última pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada nesta quinta-feira (13/3).

O levantamento ouviu 2 mil pessoas, maiores de 16 anos, entre os dias 7 e 11 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou menos.

Segundo a pesquisa, 27% dos eleitores avaliam o governo Lula como ótimo ou bom. Outros 30% acham o terceiro mandato do petista regular, e 1% não sabe ou não respondeu.

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‘Fale manso comigo’, diz Lula sobre Donald Trump durante evento em MG

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disparou nesta terça-feira (11) contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante discurso em Minas Gerais, Lula afirmou que não adianta Trump “ficar gritando”, e pediu que o republicano “fale manso” com ele.

“Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo,  que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar esse país”, declarou o presidente Lula.

“Quero sair da Presidência entregando mais do que eu prometi nas eleições. O Brasil passou a ser um país respeitado. O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser menor. Queremos ser iguais. Porque, sendo iguais, a gente aprende a se respeitar mutuamente”, acrescentou ainda.

Trump mudou política externa dos EUA

Trump adotou uma política externa mais agressiva após assumir o comando dos Estados Unidos, ameaçando invasões do Canadá, Groenlândia e Panamá, e aumentado as tarifas de importação. Uma das medidas afeta diretamente o Brasil, com taxa de 25% sobre o aço exportado para os EUA, que deve entrar em vigor amanhã (12).

Além disso, Trump também ameaçou taxar países do Brics, inclusive o Brasil, caso o bloco avance no seu objetivo de criar mecanismos para negociar internamente sem o uso do  dólar, algo que o Brasil já se comprometeu a fazer, como presidente do bloco neste ano.

O petista participou nesta manhã da inauguração do novo centro de desenvolvimento de produtos de mobilidade híbrida-flex da Stellantins em Betim, Minas Gerais. O governador do estado, Romeu Zema (Novo), também participou, e os dois líderes também trocaram farpas em cima do palanque.

Diario de Pernambuco

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