Putin diz que apoia trégua apenas se conduzir a uma “paz duradoura”

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que apoia cessar as operações militares na Ucrânia, mas desde que isso leve a uma “paz duradoura”. É a resposta do líder russo à proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo imediato de 30 dias.

“A Rússia concorda com a proposta de cessar as hostilidades e a ação militar, mas presumimos que isso deve conduzir a uma paz duradoura e eliminar as causas profundas e originais desta crise”, declarou Putin durante uma conferência de imprensa no Kremlin.

Putin também disse que precisa acertar detalhes com os Estados Unidos e que estuda a possibilidade de uma nova conversa telefônica com Trump. O líder russo deve se reunir ainda hoje com o enviado especial da administração do presidente dos EUA, Steve Witkoff, que já chegou a Moscou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que o governo estava “pronto” para as negociações com o representante da Casa Branca, no entanto adiantou que existem exigências a serem feitas para se alcançar um acordo.A proposta da delegação norte-americana já foi prontamente aceita e aprovada pelos ucranianos

Diario de Pernambuco

Ucrânia apoia proposta dos EUA para cessar-fogo na guerra com a Rússia

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, comunicou que Kiev aceita “negociações imediatas” com a Rússia. “A Ucrânia manifestou a sua prontidão para aceitar a proposta dos EUA de promulgar um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que pode ser prorrogado por acordo mútuo entre as partes e que está sujeito à aceitação e implementação simultânea pela Federação Russa”, diz o comunicado divulgado pelo governo americano.

O acordo foi firmado em meio às negociações entre os EUA e a Ucrânia na Arábia Saudita. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que os EUA devem convencer a Rússia a aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto nas conversações entre as delegações ucranianas e norte-americanas. “A Ucrânia encara a trégua proposta de forma positiva”, declarou Zelensky.

O chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Andrii Yermak, considera que este acordo de cessar-fogo vai mostrar se a Rússia quer paz ou não. Yermak também revelou que foram discutidas várias opções de garantias de segurança com os EUA. “Uma vez mais, demonstramos que queremos paz”, acrescentou

Diario de Pernambuco

Bombardeios russos deixam 14 mortos e 37 feridos na Ucrânia

Ao menos 11 pessoas morreram e outras 37 ficaram feridas, incluindo crianças, durante os bombardeios russos na madrugada deste sábado na Ucrânia. O Ministério do Interior ucraniano informou que as forças russas atacaram Dobropillia com mísseis balísticos, múltiplos foguetes e drones, danificando oito prédios de vários andares e 30 carros.

“Enquanto combatia o incêndio, os ocupantes atacaram novamente, danificando o caminhão de bombeiros”, disse o ministério no Telegram. Dobropillia, com cerca de 28 mil habitantes antes da guerra, está na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, a 22 quilômetros da linha de frente ao norte do importante hub de Pokrovsk, que as tropas russas têm atacado há semanas.

O exército ucraniano informou que a Rússia atacou a Ucrânia durante a noite com dois mísseis balísticos Iskander-M e um míssil de cruzeiro Iskander-K, além de 145 drones. Eles disseram que as forças aéreas derrubaram um míssil de cruzeiro e 79 drones. O exército acrescentou ainda que outros 54 drones não atingiram seus alvos.

A Tarde

 

Putin afirma querer a paz, mas não aceita ceder territórios conquistados da Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou hoje (07) estar pronto para discutir a paz com a Ucrânia, mas admitiu que não aceita perder nenhum dos territórios que as forças russas conquistaram em território ucraniano, pedindo ainda garantias de segurança para o seu país no futuro.

Putin afirmou que quer um acordo de paz com o governo de Kiev, mas se recusa a ceder os territórios que anexou desde o começo da guerra.  “Temos de escolher uma opção de paz que nos sirva e que nos garanta a paz para o nosso país a longo prazo”, disse.  Os russos controlam neste momento perto de um quinto do território ucraniano, o que corresponde a 113 mil quilômetros quadrados.

Já a predisposição e as evidências de Putin para negociar um acordo de paz vêm efetivamente a partir da nova administração de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos Donald Trump iniciou imediatamente conversações com Putin e suspendeu a ajuda militar e financeira à Ucrânia, apos um confronto com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, juntamente com o seu vice-presidente, JD Vance, na Casa Branca. Moscou também rejeita completamente  a adesão da Ucrânia a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)  e também exige que as forças de Kiev retirem suas tropas militares de quatro regiões parcialmente controladas pelos russos.

Apoio incondicional europeu

Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu hoje, em Bruxelas, na cúpula extraordinária que acontece dos líderes da União Europeia (UE), da qual foi convidado, ajuda na produção militar para o seu país. Zelensky também agradeceu o apoio dos europeus desde o começo da guerra.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, anunciou esperar que os líderes da UE tomem decisões e apresentem resultados no decorrer da conferência e garantiu que a Europa vai defender a Ucrânia.  “A segurança e a defesa da Europa não estão separadas, porque a segurança e a defesa da Ucrânia reforçam a defesa europeia. Continuaremos com vocês agora e continuaremos no futuro, em negociações de paz individuais, quando vocês decidirem que é o momento certo para negociar e, mais importante, no futuro como Estado-membro da União Europeia”, reforçou Costa a Zelensky.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou ao líder  ucraniano que a Europa e a Ucrânia se encontram num momento decisivo.“A Europa enfrenta um perigo claro e imediato e deve ser capaz de se proteger e defender, tal como nós devemos dar à Ucrânia os meios para se proteger e trabalhar para uma paz justa e duradoura”, garantiu von der Leyen.

Para a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, o bloco europeu deve se fortalecer para desenvolver as relações com os Estados Unidos. “Temos sido aliados de longa data, temos muitas relações entre nós e precisamos continuar a desenvolvê-las. A administração norte-americana também está olhando para nós para sermos mais fortes. Quando a Europa é mais forte, também somos, aos seus olhos, parceiros mais fortes”, indicou Kallas.  A alta representante para a Política Externa da UE referiu ainda que a retirada de apoio à Ucrânia anunciada pela Casa Branca se trata de uma aposta perigosa para o futuro do país.

“É por isso que estamos aqui hoje e também estamos a discutir o que mais podemos fazer do lado europeu”, referiu, acrescentando que a UE não deve subestimar o seu poder, sobretudo econômico. A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também declarou que o plano para rearmar a Europa já era esperado há muito. “A Europa tem de aceitar este desafio, esta corrida ao armamento. E tem de vencê-lo. A Europa como um todo é verdadeiramente capaz de vencer qualquer confronto militar, financeiro e econômico com a Rússia, somos simplesmente mais fortes”, completou Donald Tusk, primeiro-ministro da Polônia.

Diario de Pernambuco

 

Irã alerta sobre risco de ‘propagação’ da guerra para além do Oriente Médio

Teerã alertou, neste sábado (9), sobre o risco de que os conflitos em Gaza e no Líbano, onde Israel está em confronto com as organizações pró-Irã Hamas e Hezbollah, se espalhem para outras regiões do mundo.

“O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio”, advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em discurso transmitido pela televisão estatal. “A insegurança e a instabilidade podem se espalhar para outras regiões, mesmo distantes”, acrescentou.

Israel, um dos principais inimigos regionais do Irã, está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza e com o Hezbollah no Líbano, dois movimentos aliados a Teerã, que, por sua vez, pede um cessar-fogo em ambas as frentes. A tensão entre os dois países cresceu no calor dos conflitos em Gaza e no Líbano e, em 26 de outubro, caças israelenses bombardearam instalações militares no Irã, em retaliação a um ataque balístico iraniano contra Israel em 1º de outubro. Teerã prometeu responder, e Israel deixou claro que atuaria com mais força se isso acontecesse.

Na quinta-feira, Ali Larijani, assessor do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o Irã deve se proteger contra uma reação “instintiva” contra Israel para “não cair na armadilha” do governo de Benjamin Netanyahu. Já o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, declarou no domingo que um eventual cessar-fogo entre os aliados do Irã e os de Israel poderia influenciar a resposta de seu país aos ataques israelenses.

Neste sábado, o Irã também pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que “mude” sua política de “pressão máxima”, aplicada durante sua primeira administração na Casa Branca.

“Trump deve demonstrar que não segue as políticas errôneas do passado. Como um empresário, ele deveria avaliar os prós e os contras e decidir se deseja continuar ou mudar esta política prejudicial”, disse Mohamad Javad Zarif, vice-presidente iraniano de assuntos estratégicos, à imprensa.

AFP

Avião que vai repatriar brasileiros no Líbano segue para Beirute

Em meio à grave crise humanitária no Líbano, decorrente dos recentes ataques aéreos de Israel, o governo brasileiro iniciou nesta quarta-feira (2/10) uma operação de repatriação de seus cidadãos. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Beirute, capital libanesa.

A aeronave KC-30, com capacidade para transportar cerca de 220 pessoas, fará uma escala técnica em Lisboa, Portugal. A expectativa é que a primeira leva de brasileiros seja trazida de volta para o país nos próximos dias.

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Irã lança mísseis contra Israel; estatal iraniana confirma

Na tarde desta terça-feira (1º), Tel Aviv, capital de Israel, foi atingida por uma série de mísseis disparados pelo Irã, de acordo com informações da mídia internacional. A agência estatal iraniana Irna confirmou o lançamento dos explosivos, descrevendo-o como “um ataque com mísseis contra Tel Aviv”, sem fornecer mais detalhes sobre

Relatos de sirenes de ataque aéreo dispararam em Tel Aviv e, logo após, também foram ouvidos na cidade de Jerusalém. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram que as mísseis foram disparadas do território iraniano, direcionadas ao capital israelense.

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Bombardeios de Israel no Líbano matam 274; país vive dia mais sangrento desde a guerra de 2006

Na segunda-feira (23), o Ministério da Saúde do Líbano relatou que 274 pessoas perderam a vida e mais de 1.024 ficaram feridas devido a um ataque aéreo amplo realizado por Israel.

Pouco antes dos bombardeios, as Forças de Defesa de Israel alertaram a população civil para que se afastasse “imediatamente” de áreas suspeitas de abrigar depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.

Entre os mortos, 21 são crianças e 31 são mulheres, conforme informado pelas autoridades libanesas, que também destacaram a presença de profissionais de saúde entre as vítimas. Israel, por sua vez, afirmou ter eliminado um dos comandantes do Hezbollah, identificado como Ali Karaki.

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Rússia e Ucrânia trocam 206 prisioneiros após mediação dos Emirados Árabes Unidos

A Rússia anunciou, neste sábado (14), a troca de 206 prisioneiros com a Ucrânia, 103 de cada parte, após um acordo negociado pelos Emirados Árabes Unidos, que inclui soldados russos capturados por Kiev na região fronteiriça de Kursk.

No total, “103 militares russos capturados na região de Kursk foram devolvidos daquele território controlado pelo regime de Kiev”, informou o Ministério da Defesa russo. “Em troca, foram entregues 103 prisioneiros de guerra do exército ucraniano”, acrescentou.

Segundo o ministério, os Emirados Árabes fizeram “esforços de mediação” para permitir a troca. Os militares russos foram capturados na ofensiva ucraniana na região russa de Kursk. “Todos os soldados russos (trocados) estão atualmente em Belarus, onde recebem a ajuda psicológica e médica necessária”, acrescentou a fonte.

As autoridades ucranianas ainda não confirmaram oficialmente a troca. A ofensiva de Kiev lançada em 6 de agosto na região fronteiriça russa de Kursk pegou o exército russo de surpresa. A Ucrânia anunciou a prisão de centenas de soldados de Moscou.

Segundo a imprensa russa, estes prisioneiros são, em sua maioria, recrutas e guardas de fronteira. Em 24 de agosto, Rússia e Ucrânia anunciaram, também com a mediação dos Emirados Árabes, uma troca de 230 prisioneiros, incluindo soldados russos detidos em Kursk.

AFP

Itamaraty diz para brasileiros deixarem Líbano por guerra com Israel

O aumento da troca de mísseis entre o Líbano e Israel no final de semana levou o Itamaraty a recomendar aos brasileiros que vivem na região que abandonem o local e que não viajem ao Líbano neste momento. No domingo (25), a embaixada do Brasil em Beirute divulgou recomendações aos cerca de 21 mil brasileiros que vivem no país do Oriente Médio, sendo a maior comunidade do Brasil nesta região.

“A embaixada recomenda aos cidadãos que residem no Líbano, ou que passam por ele, que deixem o país pelos seus próprios meios até que as coisas voltem ao normal”, diz o informe, acrescentado que os brasileiros que decidirem ficar no país não devem ficar na região sul, nas zonas fronteiriças e outras áreas consideradas perigosas, onde se concentram os ataques.

O comunicado pede ainda que os brasileiros sigam as instruções das autoridades locais; reforcem medidas de precaução; não participem de comícios e protestos; certifiquem-se que o passaporte está válido pelos próximos seis meses e atualizem todos os dados de registro na embaixada brasileira.

O grupo libanês Hezbollah e o exército de Israel têm intensificado a troca de mísseis na fronteira entre os dois países, com o Hezbollah lançando centenas de foguetes e drones contra Israel na manhã desse domingo, enquanto Israel teria atacado o Líbano com 100 jatos, segundo informa a agência de notícias Reuters.

O conflito na fronteira do Líbano com Israel começou ao mesmo tempo que a guerra na Faixa de Gaza, após o 7 de outubro de 2023. Lideranças do Hezbollah defendem que os disparos devem continuar enquanto Israel seguir com sua campanha no enclave palestino. Nos últimos dias, os ataques têm se intensificados, em parte em resposta ao assassinato, no Líbano, do líder do Hezbollah Fuad Shukr.

Brasil
Em nota, o governo brasileiro informou que acompanha, com grave preocupação, a escalada das tensões entre Líbano e Israel. “O Brasil conclama todas as partes envolvidas a exercerem máxima contenção, a fim de evitar a intensificação de hostilidades na região e o alastramento do conflito para o restante do Oriente Médio”, informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil nesse domingo.

Agência BRasi

Lula diz que Israel segue sabotando o processo de paz no Oriente Médio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo (14) o governo de Israel por novo ataque à Faixa de Gaza. Em manifestação nas redes sociais, Lula pediu que líderes políticos mundiais não se calem diante do “massacre interminável”.

“O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos, mulheres”, lamentou o presidente, se referindo a ataque ocorrido neste sábado em zona de designação humanitária Al-Mawasi, em Khan Younis.

Para Lula, é “estarrecedor” que o povo palestino continue sendo punido coletivamente, até mesmo em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas.

“Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável. O cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza.”

Violações
Em maio deste ano, o presidente Lula removeu de Israel o embaixador Frederico Meyer, que ocupava o principal posto da representação brasileira em Tel Aviv. Meyer foi transferido para o cargo de representante do Brasil na Conferência do Desarmamento, em Genebra, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Nenhum diplomata foi indicado para ocupar a embaixada em Tel Aviv.

Desde o ano passado, Lula vem criticando as ações de Israel na Faixa de Gaza, que considera um genocídio contra o povo palestino. Para o governo brasileiro, as ações em Gaza violam sistematicamente os direitos humanos.

O governo israelense nega todas as acusações e diz que tem tomado ações para proteger os civis. O conflito na região se acirrou depois do ataque do Hamas a Israel em outubro do ano passado. Após a ação, Israel iniciou bombardeios na Faixa de Gaza que continuam até hoje e já mataram milhares de pessoas.

Agência BRasil

Kremlin adverte que mísseis dos EUA podem transformar capitais europeias em alvos russos

O Kremlin alertou neste sábado (13) que a decisão anunciada esta semana de instalar mísseis americanos de longo alcance na Alemanha poderá transformar as capitais europeias em alvos para a Rússia, repetindo um confronto como o da Guerra Fria.

“A Europa é o alvo dos nossos mísseis, o nosso país é o alvo dos mísseis americanos na Europa. Já vivemos isso. Temos a capacidade de parar estes mísseis, mas as vítimas potenciais são as capitais desses países europeus”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov. Durante a cúpula da Otan, Washington e Berlim anunciaram na quarta-feira que iniciarão a implantação pontual de mísseis americanos de longo alcance na Alemanha em 2026.

No comunicado, os Estados Unidos e a Alemanha mencionaram que este plano inclui a implantação de mísseis SM-6, mísseis Tomahawk e armas hipersônicas em desenvolvimento, o que aumentará o alcance dos projéteis atualmente implantados na Europa. “Manter linhas de comunicação” .

O Kremlin condenou na quinta-feira a decisão, que criticou como um retorno à “Guerra Fria”, uma alusão ao confronto entre a ex-URSS e os Estados Unidos, marcado, entre outras frentes, pela crise dos euromísseis no final dos anos 1960 e 1980, desencadeada pela implantação soviética e depois americana de mísseis com capacidade nuclear na Europa.

Esta crise foi encerrada com a assinatura do histórico tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em 1989, assinado pelo então presidente dos EUA Ronald Reagan e pelo líder soviético Mikhail Gorbachev, que limitou o uso de mísseis de médio alcance, tanto convencionais como nucleares.

Este tratado foi enterrado após os Estados Unidos se retiraram dele em 2019, durante o governo do republicano Donald Trump, que acusou Moscou de não cumpri-lo. Depois, a Rússia garantiu que manteria uma moratória sobre a produção deste tipo de mísseis se os Estados Unidos não os posicionassem a uma distância que lhes permitisse chegar ao território russo.

O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, e o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, falaram por telefone sobre a redução do risco de uma “possível escalada”, informou Moscou na sexta-feira. O Pentágono destacou “a importância de manter linhas de comunicação” com a Rússia, em meio ao conflito na Ucrânia, apoiada pelas potências ocidentais desde que Moscou lançou uma operação militar em fevereiro de 2022.

As relações entre a Rússia e a Otan enfraqueceram ainda mais desde o início da ofensiva russa em 2022 na Ucrânia, um país apoiado por membros da Aliança Atlântica. Os países ocidentais adotaram fortes sanções econômicas contra a Rússia, que fortaleceu os laços com a China, o grande rival dos Estados Unidos em escala global, e também com a Coreia do NorteAs autoridades europeias também acusam a Rússia de ataques cibernéticos à espionagem, para enfraquecer as empresas do continente.

AFP

EUA pedem que Catar expulse liderança do Hamas de território em busca de cessar-fogo em Gaza

Os Estados Unidos pediram ao Estado do Golfo Pérsico, Catar, para expulsar a liderança política do Hamas caso o grupo não concorde com um acordo de cessar-fogo em Gaza, durante negociações de alto risco em andamento no Cairo, disse um oficial da região.

O Qatar, que tem hospedado a ala política do grupo desde 2012, está pronto para fazer a medida quando solicitado, afirmou o oficial. O Departamento de Estado não respondeu a um pedido de comentário.

A medida é um sinal da forte pressão que os EUA estão colocando sobre o Hamas e Israel para pausar um conflito que, segundo autoridades de saúde palestinas, matou mais de 34.000 pessoas em Gaza. Preocupações sobre o alto custo para civis transbordaram para a política doméstica dos Estados Unidos, desencadeando uma onda de protestos em campi universitários que estão ameaçando a frágil tentativa do presidente Joe Biden de obter um segundo mandato.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou o Oriente Médio na semana passada, encontrando-se com autoridades árabes e israelenses para avançar em um acordo de cessar-fogo e uma resolução mais ampla do conflito. A guerra foi deflagrada quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas – na maioria civis – e tomando cerca de 240 como reféns, segundo autoridades israelenses. (Fonte: Dow Jones).

Estadão

Irã inicia ataque a Israel com ‘dezenas de drones’, dizem Forças Armadas israelenses

As Forças Armadas de Israel relataram que o Irã iniciou um ataque contra Israel lançando “dezenas de drones”, marcando uma escalada significativa de tensões na região do Oriente Médio.

A notícia foi amplamente divulgada pelos principais sites de notícias de Israel e também pelas redes de TV CNN e al-Jazeera, sendo posteriormente confirmada por autoridades americanas.

Na noite deste sábado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento ao país, afirmando que Israel está preparado “para a possibilidade de um ataque direto” e convocou o gabinete de guerra e o gabinete de segurança para uma reunião de emergência.

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Garota Palestina sorri ao receber comida após semana de fome em Gaza

A imagem de uma menina sorrindo ao segurar comida após uma semana de fome em Gaza chamou a atenção nas redes sociais nesta quarta-feira (28).

Relatos indicam que pouca ou nenhuma ajuda humanitária tem chegado à região nas últimas semanas. No entanto, nos últimos dois dias, a Jordânia iniciou o envio de alimentos para os palestinos através de sua força aérea.

Enquanto isso, o Catar tem acusado Israel de contribuir para a situação de fome enfrentada pelo povo palestino. Na terça-feira (27), a ONU também acusou Israel de bloquear a entrada de ajuda humanitária nos locais necessários.

Diante desse cenário, a imagem da menina sorridente oferece um vislumbre de esperança em meio aos dias sombrios na região.

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