Editorial: Estado de saúde de Lula e os questionamentos sobre sua capacidade de liderar o Brasil

O recente acidente envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que sofreu uma queda no banheiro e precisou levar vários pontos na cabeça, reacendeu debates sobre sua saúde e capacidade de continuar comandando o Brasil. Aos 79 anos, Lula tem demonstrado sinais de cansaço e enfrentado episódios que evidenciam sua fragilidade física, algo que é natural com o avanço da idade. No entanto, esses incidentes começam a gerar questionamentos legítimos sobre sua condição para seguir governando e, mais importante, terá condições físicas de competir a um novo pleito em 2026. A frequência de episódios como quedas e sinais de cansaço, naturais com o avanço da idade, faz com que tanto a população quanto seus aliados e opositores reflitam sobre a capacidade de Lula de manter o ritmo necessário para conduzir o país. Embora seja inegável que sua experiência política e popularidade ainda lhe confira uma liderança significativa, o acúmulo de problemas de saúde pode comprometer sua eficiência à frente do país.

O exercício da presidência envolve uma agenda exaustiva, que inclui viagens nacionais e internacionais, encontros com líderes mundiais, além da responsabilidade de tomar decisões estratégicas em momentos críticos. Assim, surgem dúvidas se Lula, aos 79 anos e enfrentando problemas de saúde recorrentes, conseguirá cumprir esse papel com a capacitação necessária até o fim de seu mandato, ou, mais importante, se estará em condições físicas de lançamento em uma nova campanha presidencial aos 81 anos de idade.

A situação acendeu um alerta sobre a transparência em relação à saúde do presidente, que, como chefe de Estado, carrega a responsabilidade de liderar uma das maiores economias da América Latina. A continuidade dessa liderança eficaz dependerá, naturalmente, da sua capacidade física e mental de acompanhar o processo governamental de gestão.

Lula, ao longo de sua carreira, demonstrou resiliência e habilidade política, superando obstáculos complexos. No entanto, com a idade avançada, a preocupação é legítima. Manter o ritmo exigido pela carga de presidente envolve muito mais do que a experiência política — exige energia física, mental clara e um estado de saúde que permite enfrentar jornadas intensas. O desgaste físico é um fator que não pode ser ignorado, principalmente diante de sinais cada vez mais frequentes de cansaço e fragilidade apresentados por Lula. Embora o presidente ainda demonstre vigor em suas aparições públicas, os episódios recentes, como a queda no banheiro e outros momentos em que aparentou esgotamento, indicam que a idade pode estar cobrando seu preço.

A saúde de um presidente não é apenas um assunto pessoal; trata-se de uma questão de segurança e estabilidade para o país. A transparência e a honestidade sobre o estado de saúde de Lula são essenciais para manter a confiança da nação e garantir que o Brasil esteja sendo liderado por alguém apto a enfrentá-los.

Waldiney Passos

Desaprovação ao governo Lula cresce a 46% e chega ao mesmo patamar dos que aprovam, revela pesquisa

Confirmando o cenário que já havia sido mostrado por outras pesquisas, levantamento do PoderData, do site Poder360, divulgado nesta quarta-feira (16), mostra que continua aumentando a desaprovação ao terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a pesquisa, aumentou de 43% para 46% a quantidade de brasileiros que desaprovam o governo petista.

O resultado atual revela que a desaprovação ao governo Lula chegou ao seu patamar mais alto desde o início do terceiro mandato. Em janeiro de 2023, a quantidade dos que desaprovam o governo era de 39%, número que veio aumentando até chegar aos atuais 46%.

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Quaest: Lula lidera disputa para 2026 e vê Marçal e Tarcísio empatados na sequência

A pesquisa Genial Quaest divulgada neste domingo (13) mostrou que as eleições deste ano adicionaram um possível novo ingrediente na disputa pela presidência da República em 2026: o coach Pablo Marçal (PRTB) apareceu pela primeira vez entre os entrevistados, ficando na segunda posição, com 18%. O presidente Lula (PT) liderou as intenções de voto, com 32%.

Atrás de Marçal ficou o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%. Ele está tecnicamente empatado com o coach dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais. 18% afirmaram não saber em quem votar e outros 18%, votariam nulo.

Ainda segundo a pesquisa, Marçal superou Tarcísio de Freitas em todas as regiões do país, exceto no Sudeste, onde o governador levou a melhor. Lula, porém, bateu Marçal em todas as cinco áreas do país, com um empate técnico registrado no Sul, onde o petista teve 25% e o coach ficou com 23%.

Essa nova divisão na disputa pelo segundo lugar evidencia um racha entre os eleitores bolsonaristas, efeito que também aferido na pesquisa. Entre os entrevistados que votaram em Jair Bolsonaro em 2022, 33% afirmaram votar em Marçal no próximo pleito, enquanto 32% disseram depositar o voto em Tarcísio. Lula manteve 71% dos eleitores que lhe deram o terceiro mandato, segundo a pesquisa.

Michelle Bolsonaro, que chegou a ser apoiada por 24% dos eleitores na pesquisa pelo instituto realizada em maio, aparece agora com 12% de intenções de voto. A pesquisa mostrou também que 58% são contra a candidatura do presidente Lula à reeleição em 2026. Esse resultado representa alta de 5 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de julho.

Em eventual segundo turno, o levantamento mostrou que o presidente Lula venceria todos os opositores citados na entrevista, travando a disputa mais acirrada com o ex-presidente Bolsonaro, com seis pontos percentuais de diferença. A maior vantagem se deu contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Veja os números:

Lula 36% x 30% Bolsonaro
Lula 37% x 27% Michelle Bolsonaro
Lula 36% x 27% Pablo Marçal
Lula 35% x 22% Tarcísio de Freitas
Lula 36% x 18% Romeu Zema (Novo)
Lula 37% x 15% Ronaldo Caiado (União Brasil)
A pesquisa foi realizada presencialmente entre os dias 25 e 29 de setembro e entrevistou 2 mil eleitores com 16 anos de idade ou mais. O índice de confiança é de 95%.

JC

 

Lula participa do Círio de Nazaré, em Belém

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (12) da romaria fluvial do Círio de Nazaré, em Belém. A procissão faz parte das festividades homenageando Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do estado.

Acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, o presidente deu início ao círio fluvial por volta das 9h e realizou o ato litúrgico de colocar a imagem da padroeira em nicho de vidro do barco principal da romaria, que pertence à Marinha do Brasil.

Cerca de 400 embarcações integram a procissão, que percorre cerca de 18 quilômetros pela Baía do Guajará.

Tradição
Mais tarde, o presidente participará de outro evento do Círio de Nazaré. Está marcada para às 21h30 a cerimônia de passagem da imagem da padroeira na Transladação, considerada uma das principais procissões do círio.

O Círio de Nazaré é realizado há mais de 200 anos na capital paraense. A festa de devoção à Nossa Senhora de Nazaré reúne milhões de pessoas anualmente e é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Agência Brasil

Vídeo: Lula chora ao relembrar pane em avião presidencial

Em visita ao Ceará,  na sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao relembrar a pane no avião presidencial que levou a aeronave a voar em círculos por quatro horas e meia logo após a decolagem, na Cidade do México.

“Semana passada, fiquei quatro horas e meia dentro de um avião, que a gente não sabia se o avião ia cair ou não. O motor estava estragado e ficamos quatro horas e meia dentro do avião, rezando e pedindo a Deus que nos trouxesse com vida”, relembrou o presidente.

A declaração foi dada dez dias após o incidente, durante evento de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida e de novos ônibus escolares.

“Estou aqui para dizer a vocês, ninguém, simplesmente ninguém, a não ser Deus, vai impedir que a gente faça deste país uma grande nação, o país da educação, que a gente garanta a todos vocês o direito de ser cidadãos e cidadãs de primeira categoria, e não de terceira, como querem que a gente seja”, completou Lula.

Diário de Pernambuco

Presidente Lula lança, na segunda-feira (16), cartão de crédito e débito para MEI

O governo federal lançará na segunda-feira (16), em Brasília, um cartão para microempreendedores individuais (MEI). O produto servirá como cartão de crédito e débito, com anuidade zero.

O evento de lançamento do Cartão MEI contará com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro Márcio França (Ministério do Empreendedorismo) e da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Em breve, outros bancos poderão aderir à iniciativa de fortalecimento, reconhecimento e apoio aos microempreendedores individuais, segundo informações publicadas na Agência Gov.

Estadão Conteúdo

Lula promete que gás de cozinha fará parte da cesta básica até final de 2026

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu que, até o final de seu terceiro mandato, o botijão de GLP, o gás de cozinha, fará parte da cesta básica. Na fala, ele rebateu as críticas de que isso representaria um gasto para o governo: “Quando faz benefício para povo pobre, custa caro”, respondeu.

A fala ocorreu nesta sexta-feira, 30, em entrevista à rádio MaisPB, da Paraíba. “Nós tomamos a decisão de que, até 2026, o gás será dado de graça para 21,6 milhões famílias”, disse. “O gás vai fazer parte da cesta básica.” Na avaliação do presidente da República, o gás de cozinha tem que ser tratado como algo “elementar” para a população. “Da mesma forma que ele cidadão quer feijão, quer arroz, ele precisa do gás para cozinhar tudo isso.”

‘Não governo para o mercado, governo para o povo’
Na declaração, Lula já se prontificou a rebater críticas sobre o dinheiro direcionado aos benefícios. “O que é caro nesse país é nossa dívida, pagamento de juros. Isso que é caro. Não fui eleito pelo mercado, acho que eles nunca votaram em mim. Então, eu não governo para o mercado, governo para o povo”, afirmou.

Nesta semana, o presidente já havia cobrado a inclusão do gás de cozinha na cesta básica. “O gás é barato. A Petrobras não tem o direito de queimar gás. Ela tem o direito de trazer o gás e colocar o gás à disposição desse povo. Para que o povo pobre possa fazer comida, se não vai fazer a volta à lenha”, declarou Lula, na segunda-feira, 26, ao participar de solenidade no Ministério de Minas e Energia.

Estadão Conteúdo

Lula diz que confia em Galípolo e que ele pode aumentar os juros se necessário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) e seu indicado para assumir a presidência do BC.

Atualmente, o presidente da instituição financeira é Roberto Campos Neto, nomeado por Jair Bolsonaro (PL) e cujo mandato acaba em dezembro.

Para o petista, Galípolo “tem perfil de uma pessoa competentíssima e um brasileiro que gosta do Brasil. Não gosto de falar a palavra gênio. É muito competente. Ele vai atuar com a autonomia que atuou o [Henrique] Meirelles”. A fala ocorreu em entrevista à rádio MaisPB, nesta sexta-feira (30/8).

Diário de Pernambuco

Lula decide se hino nacional terá linguagem neutra no 7 de Setembro

Após a polêmica envolvendo o uso de linguagem neutra durante o canto do hino nacional em comício de Guilherme Boulos (PSOL), na terça-feira, 27, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a cena não irá se repetir no 7 de Setembro.

De acordo com informações de Paulo Ceppelli, do ‘Metrópoles’, integrantes do Palácio do Planalto não curtiram o ato durante a campanha de Boulos, e empresários de Lula afirmaram que a ação foi responsabilidade do PSOL. Durante a apresentação do hino nacional, a letra foi adaptada: “Dos filhos deste solo és mãe gentil” deu lugar a “Des filhes deste solo”. Opositores do presidente da República e de Boulos caíram ‘matando’ após as imagens viralizarem nas redes sociais.

Vale lembrar que com base na lei nº 5.700, de 1971, que diz que “em qualquer hipótese, o hino nacional deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito”, os psolistas podem até ser multados.

A Tarde

Lula firma contrato para vigilância 24h contra ataques cibernéticos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou, na manhã desta terça-feira (27), o Centro de Operações Espaciais Principal (Cope-P) da Telebras, em Brasília.

No local, a Telebras e o Ministério do Trabalho assinaram um contrato para a conectividade segura entre as 409 agências da pasta, com monitoramento de 24 horas por dia contra ataques cibernéticos.

Em discurso, Lula voltou a se posicionar contra a privatização de empresas estatais, como a Telebras. “Quando tiramos essa empresa do hall das empresas de privatização, nós assumimos um compromisso. Garantir coisas para o futuro para que a sociedade volte a sonhar”, falou.

Diário de Pernambco

Lula recebe atletas olímpicos no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto, um grupo de 35 atletas que disputaram as Olimpíadas de Paris-2024. Ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, Lula posou para fotos com os beneficiários do Bolsa Atleta, programa do governo federal.

Entre os atletas presentes, estavam os medalhistas Caio Bonfim, prata na marcha atlética; Beatriz Souza, ouro e bronze no Judô; Júlia Soares, bronze na ginástica por equipes; Edival Pontes, o Netinho, bronze no taekwondo; Augusto Akio, o Japinha, bronze no skate.

Pouco antes do início das Olimpíadas, Lula anunciou o reajuste de 10,86% no Bolsa Atleta. O benefício já existe há 20 anos e há 14 não recebe reajuste.

Os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), José Múcio (Defesa), André Fufuca (Esporte), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Anielle Franco (Igualdade Racial) também estavam na cerimônia.

Agência O Globo

Lula participa de reunião extraordinária do Conselho de Política Energética

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta segunda-feira (26) de reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão que assessora o governo federal na tomada de decisões para o setor.

A reunião ocorreu na sede do Ministério de Minas e Energia (MME). O chefe da pasta, Alexandre Silveira, preside o Conselho, que também é formado por representantes de 16 outros ministérios, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), empresários do setor, sociedade civil e instituições de ensino.

Um dos principais temas do encontro é a alteração no comércio e produção de gás natural no país. Após a reunião, Lula e Silveira vão assinar uma série de atos referentes ao setor energético, incluindo a Política Nacional de Transição Energética, que cria incentivos e organismos para a descarbonização da matriz energética brasileira, aumentando participação de energias renováveis, como solar e eólica, além de biocombustíveis e hidrogênio verde.

Correio Braziliense

Governo federal suspeita de incêndios criminosos no país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmaram, ontem, que os incêndios registrados no país são “atípicos” e serão alvo de investigação da Polícia Federal. Eles se reuniram com outras autoridades para discutir ações de enfrentamento às queimadas. Além dos focos, o tempo seco e o vento contribuíram para que diferentes cidades brasileiras ficassem cobertas por fumaça.

Os representantes debateram as medidas de enfrentamento na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Brasília. Segundo eles, há grande possibilidade dos incêndios terem origem criminosa. “Até agora, não conseguimos detectar nenhum incêndio causado por raios, o que significa que tem gente colocando fogo na Amazônia, no Pantanal e, provavelmente, em São Paulo”, afirmou Lula.

Marina chegou a comparar a situação vivida no Brasil como um novo “Dia do Fogo”, como ficou conhecido o episódio, em agosto de 2019, em que fazendeiros do Pará se mobilizaram para atear fogo na Amazônia. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter, em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo, e isso não faz parte da nossa curva de experiência na nossa trajetória de tantos anos de abordagem do fogo. Do mesmo jeito que nós tivemos o ‘Dia do Fogo’, há uma forte suspeita de que esteja acontecendo de novo”, disse.

A ministra afirmou que desconfia de ações criminosas combinadas. “No caso do Pantanal, a gente estava tendo ali a abertura de dez frentes de incêndios por semana. No caso da Amazônia, nós identificamos o mesmo fenômeno. E, em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias você tenha tantas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios”, ressaltou.

Os desafios para conter o fogo são diferentes em cada reunião. Na Amazônia, o fenômeno ocorre em florestas com árvores de 30 a 40 metros de altura — e três de diâmetro. No Pantanal e em São Paulo, as áreas são abertas e o fogo se alastra rapidamente. Segundo a legislação brasileira, a pena para quem cometer crimes ambientais é de prisão de seis meses a quatro anos, além de multa.

O presidente Lula pretende, nesta semana, participar de uma reunião sobre a situação das queimadas no país, que ocorre semanalmente na Casa Civil, com a presença de mais de 20 ministérios. Os governadores dos estados atingidos serão convidados a integrar a discussão.

Por meio das redes sociais, o chefe do Executivo reiterou a defesa de financiamento dos países mais ricos para enfrentar mudanças climáticas. “Mesmo aqueles que são negacionistas não podem continuar negando a crise climática. Temos que combater as mudanças do clima com muita inteligência, investimento, inclusive com financiamento dos países mais ricos que já devastaram suas florestas. Essa conta não pode ser apenas do Sul Global”, disse.

PF investiga
A Polícia Federal abriu dois inquéritos para apurar as causas das queimadas em São Paulo. Segundo fontes, a investigação foi aberta após o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) informar indícios de que ocorreram focos de incêndio no mesmo horário, com indícios de ação coordenada.

A competência federal para investigar esses incêndios foi justificada pelo prejuízo causado ao funcionamento dos aeroportos de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Também haverá investigação sobre incêndios em outras regiões do país, inclusive na área da Floresta Amazônica. As Forças Armadas estão sendo mobilizadas para atuar nos incêndios em vegetação nos estados amazônicos e no interior de SP.

“Só a investigação vai poder identificar o que está por trás dessas ações”, disse o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, em coletiva de imprensa. Segundo ele, serão usadas imagens de satélite para identificar os pontos iniciais dos incêndios. A corporação mobilizou 14 delegacias localizadas no estado de São Paulo e a diretoria de Meio Ambiente para acompanhar a situação dos incêndios no interior paulista. Os inquéritos se somam a outros 29 que já tinham sido abertos para apurar causas de incêndios em outros biomas, como no Pantanal e na Amazônia.

As ações estão sendo coordenadas pela PF, junto ao Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio das polícias estaduais e forças integradas de combate ao crime organizado nas 27 unidades da federação. “Toda a informação, seja ela de domínio das polícias estaduais, seja do nosso, poderão ser compartilhadas se tiverem conexão”, concluiu Andrei Passos.

Correio Braziliense

Padilha diz que governo Lula enviou aeronaves e recursos para combate a incêndios em São Paulo

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou neste domingo, 25, que o governo Lula enviou aeronaves e recursos para apoiar o combate aos incêndios no interior de São Paulo. O articulador político do Palácio do Planalto, que foi deputado federal por São Paulo, falou ainda sobre a fumaça no céu de Brasília.

“Hoje o céu de Brasília amanheceu diferente, coberto de fumaça. O governo @LulaOficial já enviou aeronaves e recursos para apoiar o combate aos incêndios criminosos que afetam o interior de São Paulo”, publicou o ministro, na rede social X (antigo Twitter).

No sábado, 24, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se pronunciou nas redes sociais. “Conversei esta noite com o governador Tarcísio de Freitas para prestar minha total solidariedade ao Estado de São Paulo, especialmente às famílias das vítimas e a todas as pessoas que estão sofrendo com os gravíssimos incêndios”, escreveu, no X.

Marina também disse que o governo federal enviou aviões, por meio do Ministério da Defesa, para combater os incêndios. “O número de focos de incêndio, as cidades em estado de alerta máximo e o avanço da destruição e dos riscos apontados pelo INPE exigem respostas rápidas e coordenadas entre todas as instâncias de poder.”

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou ainda que o governo disponibilizou uma aeronave KC-390, da Força Aérea, e três aeronaves do Comando de Aviação do Exército Brasileiro para auxiliar no combate ao fogo em São Paulo. “Reiteramos nosso apoio e solidariedade ao @governosp, aos municípios e a todas as pessoas que estão sofrendo com mais essa complexa situação de emergência climática”, escreveu Góes, na manhã deste domingo, no X.

Ao falar sobre os incêndios, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez críticas veladas ao governo Bolsonaro. “Há uma semana, vi lideranças da extrema direita espalhando que o Brasil iria ‘pegar fogo’. Coincidência? Tenho minhas dúvidas. Quando temos situações trágicas como essa, é inevitável não pensar naquele pessoal que queria passar a boiada sobre o meio ambiente”, escreveu a petista, em referência a uma frase dita pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, sobre “passar a boiada” com flexibilizações das leis ambientais na gestão anterior.

Pelo menos 24 cidades de São Paulo têm focos ativos de incêndio, agravados pela baixa umidade e pela onda de calor que atinge o Estado, de acordo com o último balanço do governo paulista. A situação mais crítica é em Ribeirão Preto.

Estadão Conteúdo

Governo Federal emite nota após crítica de Lula à Anvisa

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tecer críticas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a rapidez para aprovar o registro de medicamentos, o governo federal emitiu uma nota reconhecendo o trabalho da agência e o seu compromisso com a ciência. Disse ainda que tem conhecimento sobre a situação do órgão no início da atual gestão.

A declaração de Lula foi dada durante inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS, o maior laboratório farmacêutico no Brasil.”Governo Federal tem ciência da situação em que encontrou a Anvisa em 2023 no início da gestão do Presidente Lula. A Instituição estava, como tantos outros órgãos, sucateada, sem reposição de vagas e sem o apoio necessário para cumprir seu papel com a segurança sanitária e compromisso com a saúde da população”, diz um trecho da nota.

A nota diz ainda que defende a Anvisa com autonomia e citou o negacionismo da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Defendemos uma Anvisa com a mesma autonomia técnica que permitiu respostas ao negacionismo do Governo anterior. A concepção original da agência previa, entretanto, o alinhamento a política nacional de saúde e a observância das prioridades dessa politica. No evento de inauguração da fábrica de polipeptideos da EMS, destacou-se o papel da Anvisa no fortalecimento da inovação e do SUS, bases para a autonomia do país e para a defesa da vida”, acrescentou a nota.

Na carta que escreveu em resposta a Lula, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que só foram liberadas 50 vagas das 120 disponíveis para concurso público para preencher os quadros da agência.

“Com número insuficiente de trabalhadores e com tarefas de trabalho que só fazem crescer, o tempo para realização de tais tarefas, só pode se tornar mais longo. Nosso trabalho é pessoa-dependente. Se não há pessoas trabalhando em número suficiente, o trabalho leva mais tempo para entregar resultados”, disse o presidente da Anvisa sobre a falta de servidores na agência.

O governo conclui a nota dizendo que aumentou os repasses destinados à ciência. “Aumentamos os recursos para a ciência em 5 vezes e nossa política é baseada em conhecimento científico e não em notícias falsas para a população, que tiraram centenas de milhares de vidas de brasileiras e brasileiros na pandemia. Na Anvisa nossa orientação precípua sempre foi garantir a segurança e eficácia dos medicamentos e produtos para a saúde . Vamos retomar sim a inserção estratégica da Anvisa para garantir o direito à saúde e a autonomia tecnológica nacional para não ficarmos vulneráveis como ficamos na pandemia da COVID 19. Sempre respeitando e valorizando os servidores e as ações integradas com o Ministério da Saúde”, concluiu a nota.

A Tarde

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