Em meio a protesto, Câmara de Olinda aprova título de cidadão para Jair Bolsonaro

Antes do início da sessão, manifestantes contra e a favor do projeto estiveram na frente da Casa Legislativa, no bairro do Varadouro, em Olinda

A Câmara de Vereadores de Olinda aprovou nesta terça-feira (8) o título de cidadão olindense para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta foi aprovada em discussão única com 14 votos favoráveis e um contrário.

A homenagem é de autoria do vereador Alessandro Sarmento (PL), que apresentou o projeto à Casa no último dia 1º de abril. Segundo ele, “o povo olindense tem tudo a ver com a luta de Bolsonaro”.

“Esse guerreiro vai ser homenageado como mais um olindense, igual aos índios Tabajaras do passado, igual à Guerra dos Mascates. Hoje, mais um guerreiro vai ser homenageado com o titulo de cidadao olindense”, afirmou o parlamentar.

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Após aprovação do TCM, Suzana Ramos tem contas de 2022 aprovadas pela Câmara de Vereadores

Nesta quarta-feira (19), a Câmara de Vereadores de Juazeiro aprovou sem ressalvas as contas da ex-prefeita Suzana Ramos, referentes ao exercício de 2022. A decisão segue o parecer favorável do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), que também aprovou as contas da gestora à frente do Paço Municipal em 2022.

Suzana Ramos comemorou o resultado e destacou que a aprovação sem ressalvas comprova sua gestão responsável e transparente. “Sempre administrei Juazeiro com seriedade e compromisso, garantindo que cada recurso fosse aplicado corretamente para o bem da população”, afirmou.

Com a aprovação das contas pelo TCM e pela Câmara Municipal, Suzana ressaltou que sua gestão sempre priorizou a responsabilidade fiscal. “Investimos na reforma das unidades de saúde, na construção e requalificação de escolas, na pavimentação de ruas e na execução de projetos importantes com recursos próprios”, destacou.

Mulheres podem ter autorização para porte de spray de pimenta

Mulheres em situação de violência doméstica e amparadas por medida protetiva podem passar a ter o direito de portarem spray de pimenta para autodefesa, conforme prevê o Projeto de Lei 4464/24 encaminhado à Câmara dos Deputados.

Pelo texto, o porte do spray de pimenta deverá ser autorizado automaticamente pelo delegado de polícia responsável pelo atendimento da mulher ou a pedido dela. O equipamento poderá ser fornecido pelo órgão de segurança pública estadual, que deverá manter registro detalhado sobre a concessão, o uso e eventual devolução do spray de pimenta, incluindo dados de identificação da beneficiária, data de expedição e prazo de vigência da autorização.

A proposta deixa claro que a autorização para o porte do spray de pimenta dura enquanto a medida protetiva estiver valendo. E estabelece ainda que o uso do equipamento só é permitido em situações de perigo imediato envolvendo o agressor, sendo a utilização, nesses casos, considerada legitima defesa.

“É uma medida equilibrada, entre tantas outras possíveis, porque permite a autodefesa sem colocar em risco a segurança da própria mulher ou de outras pessoas em seu torno ou nas proximidades de um possível ato de agressão vindo de seu algoz”, defende o autor, deputado Daniel Barbosa (PP-AL). O projeto prevê ainda que os custos do fornecimento do spray de pimenta para a vítima de violência serão pagos pelo agressor.

Próximas etapas

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

A Tarde

Câmara de Petrolina aprova reajuste salarial para servidores municipais

Tanto na primeira quanto na segunda votação, o projeto recebeu 21 votos favoráveis

A Câmara de Vereadores de Petrolina aprovou, na sessão plenária desta quinta-feira (20), em duas votações e por unanimidade, o Projeto de Lei nº 015/25, enviado pelo prefeito Simão Durando. A proposta garante um reajuste salarial para os servidores efetivos do município. Tanto na primeira quanto na segunda votação, o projeto recebeu 21 votos favoráveis.

Durante a discussão da matéria, o vereador governista Ronaldo Cancão (Republicanos) contestou uma informação apresentada pelo líder da bancada de oposição, Professor Gilmar Santos (PT). Este afirmou que os servidores da educação municipal de Caruaru (PE) recebiam salários significativamente mais altos do que os de Petrolina. No entanto, Cancão rebateu, destacando que a prefeitura de Caruaru paga por 40 horas semanais de trabalho, enquanto em Petrolina os profissionais recebem por uma carga horária de 20 horas.

O projeto aprovado contempla, além do reajuste, um aumento na Gratificação Especial de Regência de Classe (GERC) de 10% para os servidores estatutários da carreira do magistério. Os estatutários de nível elementar, médio e superior da administração municipal terão um reajuste de 7,5%, enquanto os estatutários do magistério receberão um aumento de 6,27%.

Os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e os Agentes de Combate às Endemias (ACEs), também estatutários, serão beneficiados com um reajuste de 7,5%.

A sessão foi acompanhada de perto pela diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina (Sindsemp), juntamente com vários servidores da prefeitura. Ao final da votação, os representantes do sindicato comemoraram o resultado, considerando a aprovação do projeto uma importante conquista para a categoria.

Governistas criticam Motta por dizer que 8/1 não foi golpe e pregam atenção a estímulo a anistia

Deputados governistas criticaram a fala do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), quando disse que os atos de violência contra os prédios dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023 não foram uma tentativa de golpe, mas atitudes de “vândalos” e “baderneiros”. Petistas consideraram a fala “ruim” e um “verdadeiro absurdo”.

Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa, o Motta afirmou que 8 de janeiro não teve um líder nem apoio de instituições interessadas para que pudesse chamar de golpe. “Negar a tentativa de golpe de 8 de janeiro é um verdadeiro absurdo depois de tantas provas obtidas na CPI do Congresso e nas investigações do STF. Enquanto ficarmos passando o pano em golpistas vamos continuar vivendo sob ameaças”, disse o deputado Carlos Zaratini (PT-SP).

A base do governo, no entanto, nega que isso vá gerar uma crise entre Motta e apoiadores de Lula. Apesar das críticas, os petistas naturalizaram a fala do presidente da Câmara, já que o parlamentar pertence ao centrão e foi eleito com votos da oposição. “É o jeito dele, ele foi eleito com os dois lados. Ele vai ficar sempre fazendo uma mediação. Ele está em um processo de construção coletiva. O importante é ele trabalhar pelos projetos do governo”, avaliou o deputado Jilmar Tatoo (PT-SP).

Os petistas, porém, disseram que será necessária uma atenção redobrada com os passos de Motta para ver se a postura irá se materializar em um apoio ao projeto de lei de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Aliados de Motta, de partidos do Centrão, defenderam que o presidente da Câmara tem direito a opinião, concordam que os atos se trataram apenas de “vandalismo”, mas negaram que isso signifique um avanço para o projeto de lei da anistia. Eles ponderam que a pauta é polêmica e que julgamentos cabem ao judiciário, mesmo que as penas estejam desproporcionais.

Já o líder do PL, Sostenes Cavalcante (RJ), viu na fala de Motta uma sinalização a favor da proposta que livra os condenados pelo ato contra os três poderes. “Acho que a declaração dele pavimenta pra que possamos pautar em breve o PL da Anistia. O Hugo está demonstrando ser um presidente com convicções com opiniões próprias, eu concordo com tudo o que ele falou sobre o 8 de janeiro, aquilo nunca foi golpe. Assim como impeachment da Dilma também não foi golpe. Para a esquerda tudo é golpe”, disse.

Agência O Globo

Com 19 votos favoráveis Mitu do Sindicato é o novo presidente da Câmara de Vereadores de Juazeiro (BA)

Na noite desta quarta-feira (01) poucos minutos depois de empossado para seu segundo mandato o vereador Mitu do Sindicato foi eleito para presidência da Casa Aprígio Duarte.

E por pouco não conseguiu a totalidade da Câmara. Dos 21 vereadores presentes 19 votaram e conduziram Mitu à presidência da Casa Legislativa de Juazeiro.

Com esta aprovação a composição da nova Mesa Diretora da Câmara ficou assim: Mitu do Sindicato como presidente, Aníbal Araújo como vice-presidente, Ana Laura na função de primeira secretária e Vânia Santos como segunda secretária.

Em um ofício encaminhado ao novo presidente do legislativo, o prefeito Andrei Gonçalves, apontou o vereador Ziel Almeida como líder do governo na Câmara Municipal.

Ziel Almeida, que figurava como vice-presidente nas tratativas anteriores, num acordo, cedeu a vaga de vice na mesa diretora da Câmara de Vereadores para Aníbal Araújo e passa a assumir a liderança do governo no legislativo.

Fonte: RedeGN

Vídeo: deputada é flagrada fumando vape em sessão de reforma na saúde

Uma cena inusitada e irônica ocorreu no Parlamento da Colômbia nesta semana, quando uma parlamentar foi flagrada fumando vape durante uma sessão que discutia reformas na saúde do país. O caso aconteceu na terça-feira (17).

Em certo momento do debate, a câmera que transmitia a reunião cortou para Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, no momento em que ela acabava de dar um trago no aparelho. Ao perceber que estava sendo filmada, a parlamentar tentou disfarçar e esconder o vape, mas acabou entregue pela fumaça que saiu da boca — fazendo, inclusive, ela engasgar.

Diário de Pernambuco

Câmara aprova fim do DPVAT em PLP do pacote de gastos

(Foto: Internet)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18) uma emenda aglutinativa ao projeto de lei complementar (PLP) do pacote fiscal que determina que a regra de bloqueio nas emendas parlamentares valerá apenas para as emendas não obrigatórias.

Os deputados também mantiveram a revogação da lei que instituiu o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT. O texto do PLP segue agora para análise do Senado.

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Câmara de Petrolina vota hoje aumento salarial dos vereadores para mais de R$ 20 mil

Foto: Nilzete Brito/Ascom CMP

A Câmara Municipal de Petrolina vota nesta terça-feira (17/12), um projeto de resolução que fixa o novo subsídio dos vereadores a partir do próximo mandato, que se inicia em janeiro de 2025. De acordo com o texto da proposta, os parlamentares passarão a receber R$ 19.803,83 a partir de 1º de janeiro de 2025, com um reajuste para R$ 20.864,78 a partir de 1º de fevereiro do mesmo ano.

O projeto ainda prevê que, durante a legislatura compreendida entre *1º de janeiro de 2025 e 31 de dezembro de 2028, caso ocorra alguma modificação no subsídio dos deputados estaduais de Pernambuco, o salário dos vereadores será ajustado, respeitando o percentual de  60% do valor recebido pelos parlamentares estaduais.

Outro ponto destacado na resolução é a confirmação do direito ao 13º subsídio, equivalente ao valor do subsídio mensal, a ser pago no final de cada ano.

O aumento salarial tem gerado debate na sociedade petrolinense, especialmente diante do cenário econômico atual. A decisão final será definida durante a votação na sessão desta terça-feira.

Loa, Plano Plurianual e aumento dos próprios salários serão votados hoje pelos vereadores de Petrolina

Hoje, a Câmara de Vereadores de Petrolina terá uma pauta importante, com votações que impactarão diretamente a gestão do município e os recursos públicos. Entre os temas em debate estão o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), o Plano Plurianual (PPA) e a Proposta de Emenda a Lei Orgânica que majora os salários dos vereadores.

A LOA e o PPA são instrumentos fundamentais para o planejamento do município. A LOA estabelece como os recursos públicos serão distribuídos no próximo ano, contemplando áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e segurança. Já o PPA é um planejamento de médio prazo que orienta as prioridades de investimento e desenvolvimento.

O tema mais controverso da pauta é a proposta de reajuste salarial dos vereadores. A medida, que diz respeito à próxima legislatura, é frequentemente alvo de críticas da população, especialmente num momento em que muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras.

Editorial: Honrarias da Câmara de Vereadores, critérios devem refletir relevância e mérito

A fala do vereador Ronaldo Silva na sessão desta quinta-feira trouxe à tona uma reflexão necessária: quais critérios estão sendo adotados para a concessão do título de Cidadão Petrolinense e da Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan? Essas são as maiores honrarias da Câmara Municipal de Petrolina, e, portanto, não devem ser tratadas como simples formalidades ou instrumentos políticos.

As honrarias carregam o peso simbólico de reconhecer indivíduos que, de forma significativa e inquestionável, contribuíram para o desenvolvimento de Petrolina e o bem-estar de sua população. São distinções que deveriam ser reservadas àqueles que deixam um legado de impacto duradouro em áreas como saúde, educação, cultura, economia e outras de interesse público.

Infelizmente, há evidências de que, em algumas ocasiões, essas honrarias têm sido concedidas sem a devida análise de mérito, transformando-se em ferramentas de favorecimento político. Essa prática enfraquece o valor das homenagens e desrespeita a pujante história de Petrolina, a terceira maior cidade de Pernambuco, que se orgulha de seu crescimento e importância no cenário regional e nacional.

É necessário que os vereadores, ao propor nomes para essas distinções, sejam criteriosos e éticos. Não se trata de atender interesses particulares ou angariar apoio político, mas de preservar a seriedade e o prestígio dessas honras. Títulos e medalhas não podem ser banalizados; eles pertencem a quem, de fato, contribuiu para o progresso da cidade e a melhoria da vida de seus habitantes.

Petrolina merece que essas honrarias sejam conferidas com responsabilidade, como forma de inspirar futuros cidadãos e líderes. Que cada nome a ser homenageado seja uma referência de trabalho, dedicação e impacto positivo. Cabe aos vereadores zelar para que as honras reflitam a grandiosidade de nossa cidade e os valores que nos unem como sociedade.

Honrarias são um reconhecimento, não uma estratégia. Que sejam dadas a quem realmente merece.

Waldiney Passos

Câmara aprova definição marco legal de hidrogênio verde

A Câmara dos Deputados aprovou esta semana a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, chamado de hidrogênio verde, coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O texto aprovado pelos deputados, tinha voltado do Senado Federal com emendas. Agora, o Projeto de Lei 2308/23 seguirá para sanção presidencial para que possa virar lei.

A nova legislação estabelece diretrizes para a produção, transporte e uso do hidrogênio verde, e, ainda, institui uma certificação voluntária e incentivos federais tributários para indústria e para incentivar a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono no país.

O relator do texto na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania – SP), anunciou que Ministério de Minas e Energia (MME) concordou em enviar a cada seis meses um relatório sobre o uso do novo Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), que suspenderá a incidência do PIS/Pasep e da Cofins, com a lei.

Até o momento, o Brasil possui mais de US$ 30 bilhões em projetos de hidrogênio anunciados dentro do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), do governo federal. O setor de geração elétrica lidera o número de projetos apresentados.

Repercussão
Em nota, o ministro do MME, Alexandre Silveira, destacou que a aprovação do marco legal do hidrogênio é um passo importante para a transição energética justa e inclusiva no Brasil. “Com esse novo instrumento, o Brasil terá mais segurança jurídica com previsibilidade para os investimentos em empreendimentos de hidrogênio, além de contribuir para a descarbonização da matriz energética brasileira.”

A aprovação do marco legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono repercutiu em diversos setores, sobretudo na indústria, que usa o chamado combustível do futuro, principalmente no refino do petróleo e na produção de fertilizantes.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou passo importante na corrida pela descarbonização, no Brasil. “Temos grande potencial de energias verdes para diminuir a pegada de carbono da indústria e para agregar valor à nossa manufatura”, afirma o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

A Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio (ABIHV), que reúne entidades e empresas do setor de hidrogênio verde, comemorou a aprovação pelo congresso Nacional. “O marco [legal] tem o poder de destravar os primeiros investimentos em H2V [hidrogênio verde]. É a pedra fundamental para os investimentos em grande escala na produção e no mercado de hidrogênio verde no Brasil”, avaliou a diretora executiva da ABIHV, Fernanda Delgado.

Entre os principais pontos do texto aprovado estão: definição do conceito do hidrogênio de baixa emissão de carbono, produzido a partir de fontes diversas. renováveis; aumento da quantidade de dióxido de carbono por quilograma de hidrogênio produzido a partir da fonte de energia utilizada para obter o hidrogênio igual a 7 kgCO2eq/kgH2; nova intensidade de emissão de gases do efeito estufa (GEE) deverá ser adotada até 31 de dezembro de 2030; instituição do Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro) por cinco anos, a partir de 1º de janeiro de 2025, com a suspensão da incidência do PIS/Pasep e da Cofins, inclusive na compra ou importação de máquinas, instrumentos e materiais de construção destinados a projetos de hidrogênio. O benefício poderá ser usado ainda para os bens alugados. concessão de crédito fiscal para produtores ou compradores de hidrogênio de baixo carbono no período de 1º de janeiro de 2028 a 31 de dezembro de 2032.

Hidrogênio verde
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o hidrogênio de baixa emissão de carbono (H2) é produzido por diferentes rotas com emissão nula ou reduzida de dióxido de carbono (CO₂).

A produção deste tipo de hidrogênio poderá gerar benefícios ambientais que podem contribuir para redução das emissões de carbono e para mudanças climáticas, para reduzir o ritmo do aquecimento global e suas consequências globais.

O hidrogênio verde é gerado a partir: da produção de biocombustíveis, como etanol, ou biomassas (resíduos agrícolas ou florestais);  de fontes renováveis (eólica, solar fotovoltaica e hidráulica); de energia nuclear; do sequestro e uso de carbono, pela retirada de gás carbônico (CO₂) da atmosfera para ser transformado em oxigênio (O₂).  da extração do solo, entre outros.

O Plano Decenal de Expansão de Energia 2031, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil tem potencial técnico para produzir 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano, sendo que aproximadamente 90% desse volume com uso de energias renováveis.

Agência Brasil

PEC das drogas será pauta da Câmara nesta semana

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2023 que criminaliza a posse ou o porte de qualquer quantidade de droga será analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (4). A proposta foi aprovada no Senado no dia 16 de abril como uma reação do Congresso ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê a descriminalização do porte de maconha.

A PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição para considerar crime a posse e o porte de qualquer quantidade de drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. Segundo a proposta que vem do Senado, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão, além de tratamento contra a dependência.

Na CCJ da Câmara, o relator é o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). A expectativa é que o parlamentar apresente seu parecer sobre o tema na terça. Em seguida, é possível que qualquer deputado peça vista, o que deve adiar a votação do tema por, no mínimo, duas sessões do plenário da Câmara. Se aprovada na CCJ, a PEC segue para análise do plenário.

O autor da PEC é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que apresentou a proposta em setembro de 2023, quando o placar a favor da descriminalização do porte de maconha estava 5 a 1 no STF. No plenário do Senado, a medida foi aprovada por 53 votos favoráveis e apenas nove contrários.

O relator no Senado, Efraim Filho (União-PB), defendeu que a descriminalização da maconha poderia agravar os problemas do país. “A simples descriminalização das drogas, sem uma estrutura de políticas públicas já implementada e preparada para acolher o usuário e mitigar a dependência, fatalmente agravaria nossos já insustentáveis problemas de saúde pública, de segurança e de proteção à infância e juventude”, disse.

A proposta sofre resistência de parte dos parlamentares, de especialistas e movimentos sociais. Para a organização Human Rights Watch (HRW), a medida é um retrocesso na política de drogas do país. “Em vez de cimentar uma política fracassada na Constituição, os parlamentares deveriam seguir o exemplo de muitos outros países, descriminalizando a posse de drogas para uso pessoal e desenvolvendo estratégias de saúde eficazes para prevenir e responder ao uso problemático de entorpecentes”, disse a pesquisadora da HRW, Andrea Carvalho.

Entenda
A chamada PEC das drogas foi uma reação do Congresso Nacional ao julgamento que ocorre no STF desde 2015. O Supremo analisa a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que cria a figura do usuário, diferenciado do traficante, que é alvo de penas mais brandas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas. No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com três gramas de maconha.

Agência Brasil

Líderes da Câmara se reúnem à noite para definir pauta econômica

O colégio de líderes da Câmara dos Deputados se reúne na noite deste domingo (2) para definir a pauta de votação da primeira semana de julho, após a reunião, que costuma acontecer às terças, ter sido antecipada pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL).

Lira anunciou a antecipação pelas redes sociais na sexta (30), depois de reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Desde meados de junho que o presidente da Câmara anuncia para a semana um esforço concentrado de votação de pautas econômicas amplas, como a reforma tributária, o arcabouço fiscal e mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Outro tema que pode ser votado pelos deputados é a recriação do Programa de Aquisição de Alimentos (PPA). “Tem uma agenda pesada na semana que vem. Muita coisa para decidir, mas a intenção é votar tudo”, disse Haddad após o encontro com Lira. Uma sessão extraordinária de deliberação já foi convocada para as 16h de segunda-feira (3).

O primeiro tema a ser votado deverá ser a proposta pelo retorno do voto de qualidade no Carf, tema para o qual foi dada urgência pelo governo e que no momento trava a pauta do plenário. A medida é tida como prioridade pela equipe econômica, por abrir caminho para desempates favoráveis aos cofres públicos em disputas fiscais.

Na sexta (30), Haddad disse acreditar que a Câmara vai respeitar um acordo feito entre o governo e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o assunto. Pelo entendimento, as empresas derrotadas pelo voto de desempate do governo ficariam isentas da multa, pagando apenas a dívida principal e os juros. Caso a empresa pague o débito em até 90 dias, os juros também serão cancelados.

Arcabouço fiscal
Uma vez liberada a pauta, a previsão feita por Lira e pelo governo é que seja novamente votado o texto-base do arcabouço fiscal. A proposta já havia sido aprovada em maio pelos deputados, mas precisará ser votada de novo porque o governo conseguiu fazer alterações no Senado, incluindo novas isenções ao limite de gastos.

Entre as mudanças, está a exclusão de gastos com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e as despesas com ciência, tecnologia e inovação.

Uma tramitação rápida do arcabouço é considerada crucial pelo governo, por dar previsibilidade e maior confiança ao mercado sobre a evolução dos gastos públicos. A expectativa da equipe econômica é que a medida ajude a acelerar uma eventual redução de juros pelo Banco Central e colocar o país numa rota de aquecimento econômico.

Reforma tributária
Há a expectativa de que o plenário da Câmara possa começar a votar uma primeira etapa da reforma tributária, cujo parecer foi apresentado no final de junho pelo relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), após mais de quatro meses de discussão.

A principal mudança prevista no relatório será a extinção de cinco tributos: três federais; o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados; e o Imposto sobre Serviços (ISS), arrecadado pelos municípios. Em troca, será criado um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, dividido em duas partes. O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) unificará o ICMS e o ISS. A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) será arrecadada pela União.

Contudo, há resistência de secretários de Fazenda estaduais, alguns dos quais se reuniram com Ribeiro na última quinta-feira (29). Uma das reivindicações é o aumento de R$ 40 bilhões para R$ 75 bilhões o Fundo de Desenvolvimento Regional, que deve ser criado para compensar o fim da guerra fiscal entre as unidades da Federação.

Agência Brasil

Comissão aprova garantia de vagas diurnas para estudantes com filhos

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que assegura aos estudantes com filhos ou dependentes de até 17 anos a oferta de vagas diurnas no ensino fundamental e médio, em horários compatíveis com os da escola dos filhos ou dependentes. A medida vale tanto para a modalidade de educação de jovens e adultos (EJA) quanto para a educação regular.

O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Segundo a norma atual, a EJA é destinada a quem não teve na idade própria acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio. A modalidade deve ser assegurada gratuitamente, de preferência por meio da educação profissional.

A redação aprovada é o substitutivo do relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), ao Projeto de Lei 4593/21. O projeto original assegurava a mulheres com filhos ou dependentes de até 17 anos a oferta de vagas diurnas na modalidade educação de jovens e adultos em horários compatíveis com a escola dos filhos ou dependentes.

O relator expandiu o alcance da medida. Pelo substitutivo, homens ou mulheres com filhos ou dependentes de até 17 anos têm direito a oferta de vagas na EJA e no ensino regular, no turno diurno, em horários compatíveis com os de frequência de seus herdeiros na educação básica.

“É importante prever que os homens também possam compatibilizar horários se forem pais ou responsáveis”, afirmou o relator, justificando as mudanças no texto. Ele acrescentou que, além de criar condições para que esses estudantes retomem e deem continuidade a seus estudos por meio da EJA, é preciso “antecipar a solução, criando condições para que as jovens mães permaneçam na escola ainda na educação regular”.

Tramitação
Já aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a proposta será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

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