Classe C compra mais imóveis em Pernambuco e pode fechar 2024 com maior alta entre as faixas de renda

A chamada Classe C, cuja soma dos rendimentos fica entre quatro a 10 salários mínimos, tem avançado na aquisição de imóveis em Pernambuco. Em um ano, a projeção é de que essa parcela da população chegue ao marco de crescimento de 21% no total de recursos investidos na compra da casa própria, segundo aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros.

Em 2023, a Classe C contabilizou R$ 354,8 milhões investidos em imóveis no Estado. Já para este ano, a projeção é de que seja alcançado o total de R$ 430,8 milhões. Ao passo que a Classe A deve avançar 5,4%, enquanto a Classe B deverá ter retração de -5,2%. Além da Classe C, apenas as Classes D e E estão com projeção expressiva de crescimento (10,6%).

O movimento explica-se, em parte, pelas condições do mercado de crédito e imobiliário em todo o País, inclusive Pernambuco, cujas ofertas de imóveis têm se concentrado no programa Minha Casa Minha Vida e em imóveis de alto padrão, com menos opções para a classe média enquadrada logo acima do programa habitacional do governo federal.

No Brasil, segundo dados da Brain em parceria com a Associação Brasielira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a proporção de lançamentos voltados para a classe média caiu de 65% para 45% do total de unidades lançadas, entre o segundo trimestre de 2023 e o mesmo período deste ano. As classes A e B tendem a sentir mais o peso da alta taxa de juros praticada pelo mercado, sem subsídios, retraindo a tomada de crédito, assim como as próprias construtoras.

Famílias com renda bruta mensal entre R$ 4.700,01 e R$ 8.000. Segundo balanço trimestral da Ademi, a capital pernambucana, por exemplo, fechou o primeiro semestre tendo como destaques do mercado as categorias Standard, Studio ou Loft de um quarto, além do modelo econômico, que se enquadra no Minha Casa Minha Vida, com valores médios entre R$ 250 mil a R$ 460 mil.

Já para as Classes D e E, o novo Minha Casa Minha Vida trouxe o retorno do grupo de Faixa 1 ao programa, contemplando famílias que possuem uma renda mensal de até R$2.640, que posteriormente foi ampliada para R$ 2.850. Iniciativas estaduais também impulsionaram esse nicho do mercado, como é o caso do Entrada Garantida em Pernambuco. Imóveis de até R$ 190 mil aumentaram as vendas, entre os meses de janeiro a agosto deste ano, em 142%, de acordo com a secretaria estadual de Habitação.

Somando todas as classes, a Pesquisa IPC Maps aponta um aumento de 5,5% na aquisição de imóveis até o fim deste ano. A compra de materiais de construção também devem crescer, saindo de R$ 6,7 bilhões, em 2023, para R$ 7,1 bilhões até o fim deste ano (+ 6,6%).

Volume projetado da compra de imóveis por classe:
Classe A: R$ 331, 3 milhões (+5,4%)
Classe B: R$ 618, 1 milhões (-5,2%)
Classe C: R$ 430, 8 milhões (21,4%)
Classe D/E: R$ 283, 1 milhões (10,6%)

JC

EDITORIAL – “Voto Não Tem Preço: A Urgência de Combater a Corrupção Eleitoral”

Waldiney Passos – Editor do Blog

A compra de votos, infelizmente, ainda é uma realidade no Brasil, particularmente nas eleições municipais, onde a proximidade entre candidatos e eleitores favorece práticas corruptas. Embora tenhamos presenciado avanços tecnológicos significativos, como a urna eletrônica, que garante rapidez e confiabilidade na apuração, a questão do abuso do poder econômico e compra de votos continua sendo um problema enraizado.

O Nordeste, com suas extensas áreas rurais e, muitas vezes, uma população economicamente vulnerável, é um dos locais onde essa prática se manifesta de forma mais escancarada. Em meio à pobreza e ao desespero por melhorias imediatas, muitos eleitores se veem tentados a trocar seu voto por dinheiro ou promessas de benefícios. Esse ciclo perverso perpetua a falta de conscientização política e aprofunda as desigualdades, já que candidatos que não possuem escrúpulos se aproveitam da situação, distribuindo quantias que em alguns lugares podem chegar a valores exorbitantes, como dois mil reais por um voto.

Mais vergonhoso é perceber que essa prática de compra de votos não só mina a legitimidade do processo eleitoral, mas também corrompe a própria democracia. Quando o voto é negociado, o eleitor abre mão de seu poder de transformação social. Ao vender seu voto, ele deixa de escolher um representante que poderia trabalhar em prol de melhorias reais para sua comunidade e opta por um “benefício” imediato, muitas vezes ilusório. O resultado disso é a eleição de candidatos comprometidos apenas com interesses próprios ou de grupos restritos, perpetuando políticas públicas ineficazes e a ausência de mudanças estruturais.

A fiscalização, apesar de existir, é ineficaz em diversas regiões, especialmente nas mais isoladas. Com a dificuldade de monitorar todas as áreas rurais e pequenos municípios, o combate à compra de votos torna-se insuficiente, o que alimenta ainda mais o ciclo de corrupção.

É fundamental que haja um movimento de conscientização da importância do voto. Votar não é apenas um direito, mas uma responsabilidade cívica. Cada voto deve ser uma escolha consciente, pensada para o bem coletivo e não apenas para atender a necessidades individuais momentâneas. Além disso, é necessário que os eleitores entendam que as consequências de “vender” o voto são sentidas a longo prazo, quando as promessas dos candidatos que compram votos não são cumpridas e os problemas da comunidade continuam a se arrastar.

A transformação dessa realidade passa por um investimento maior em educação política, fiscalização mais eficiente e punições mais severas para quem pratica e se beneficia da compra de votos. Enquanto a consciência política não se expandir e a cultura da compra de votos não for desmantelada, o Brasil continuará refém de políticos que não representam verdadeiramente os interesses de sua população, mas sim os interesses de quem paga mais.

O voto é uma ferramenta poderosa e deve ser usado de forma responsável e ética. Transformar o país exige que eleitores e candidatos mudem suas atitudes e percebam que o futuro depende de escolhas honestas, não de barganhas corruptas.

Waldiney Passos

Ministério da Justiça compra R$ 285 milhões em pistolas semiautomáticas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública adquiriu 37.102 pistolas semiautomáticas calibre 9 mm para 14 estados que cederam agentes para a Força Nacional de Segurança. Cada arma foi orçada em R$ 7,6 mil e, ao todo, custarão R$ 285,3 milhões aos cofres públicos.

Segundo informações do site Metrópoles, a licitação internacional tem o objetivo de recompensar o trabalho feito entre os anos de 2021 e 2023. No período, unidades federativas cederam os agentes sem contrapartida da União.

As pistolas 9mm foram incluídas nos repasses após estudos promovidos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Bahia Notícias

Estados e municípios podem comprar vacinas contra covid-19, decide STF

A medida foi autorizada apenas em caso de descumprimento do Plano Nacional de Vacinação pelo governo federal ou de insuficiência de doses previstas para imunizar a população

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (23) que estados e municípios podem comprar e fornecer à população vacinas contra a covid-19. A decisão foi proferida em uma ação protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A medida foi autorizada apenas em caso de descumprimento do Plano Nacional de Vacinação pelo governo federal ou de insuficiência de doses previstas para imunizar a população. A liberação também vale para os casos em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não conceda autorização em 72 horas para uso de imunizantes aprovados por agências reguladoras de outros países.

Os ministros acompanharam voto proferido pelo relator, Ricardo Lewandowski. Segundo o ministro, todos os entes da Federação devem combater a pandemia.

“A Constituição outorgou a todos os entes federados a competência comum de cuidar da saúde, compreendida nela a adoção de quaisquer medidas que se mostrem necessárias para salvar vidas e garantir a higidez física das pessoas ameaçadas ou acometidas pela nova moléstia, incluindo-se nisso a disponibilização, por parte dos governos estaduais, distrital e municipais, de imunizantes diversos daqueles ofertados pela União, desde que aprovados pela Anvisa, caso aqueles se mostrem insuficientes ou sejam ofertados a destempo [fora de hora]”, afirmou.

A votação ocorreu por meio eletrônico. Nessa modalidade, os ministros computam os votos de forma eletrônica, sem reunião presencial. A ferramenta começou a ser usada antes da pandemia de covid-10.

Prefeitura contesta acusação de compra de máscaras superfaturadas e afirma que vereador se utiliza do cargo para enganar a população

Vereador Paulo Valgueiro

A Prefeitura de Petrolina emitiu uma nota agora há pouco, contestando informações repassadas pela assessoria do vereador Paulo Valgueiro, sobre uma denúncia que o edil teria protocolado junto a Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF), questionando um superfaturamento no valor das máscaras descartáveis destinadas ao enfrentamento do Novo Coronavírus (Covid-19), compradas sem licitação pela Prefeitura de Petrolina, no início de abril. De acordo com levantamento feito por Valgueiro, a prefeitura adquiriu 500 mil máscaras cirúrgicas descartáveis com valor unitário em muito superior ao praticado no mercado e por outros entes federativos, usando recursos públicos federais.

Valgueiro informa em sua denúncia ter orçado o mesmo produto, comparando o valor praticado no mercado para vendas à iniciativa privada, o valor praticado na venda a outros entes governamentais da região e valor da dispensa de licitação da prefeitura, o que serviu para confirmar o sobrepreço das máscaras adquiridas pela Prefeitura Municipal de Petrolina.

Através de nota a Prefeitura de Petrolina esclarece que as máscaras as quais o vereador se refere não possuem caraterísticas iguais e que esse tipo de máscara é adequada e segura para a utilização dos profissionais de saúde diretamente envolvidos no tratamento e combate ao novo Coronavírus.

Confira a íntegra da nota: 

A Prefeitura de Petrolina lamenta que certos políticos se utilizem dos seus cargos para enganar a população e criar factoides, principalmente neste período de pandemia. Fica claro, na denúncia em questão, que as máscaras as quais o vereador se refere não possuem caraterísticas iguais. Ao observar a descrição do produto, as máscaras adquiridas pelo município de Petrolina têm tripla camada e tecido filtrante, totalmente diferente das demais usadas como comparativo.

Esse tipo de máscara é adequada e segura para a utilização dos profissionais de saúde diretamente envolvidos no tratamento e combate ao novo Coronavírus. Em outras cidades e órgãos, a mesma máscara (máscara cirúrgica – tripla, descartável, simples, de uso hospitalar, gramatura mínima de 30g/m², confeccionada em fibras de não tecido, TNT, anatômica. Características adicionais: modelo retangular, pregas horizontais e com elástico com comprimento, caixa c/50 unidades) foi adquirida por valores semelhantes ou até maiores que Petrolina (R$ 3,73 unidade): Juazeiro (R$ 5,40), Cabo de Santo Agostinho (R$ 3,84), Distrito Federal (R$ 3,90), Ministério da Educação (R$ 3,80), Governo de Minas Gerais (R$ 3,82).

Vale destacar ainda que os preços praticados no mercado são diferentes entre março e abril, conforme a pandemia avança no país. Muitas empresas estão com o item esgotado, provocando uma constante oscilação dos valores.

A prefeitura está à disposição de todas as autoridades e órgãos de controle, assim como está de portas abertas para qualquer cidadão que tenha interesse em saber a verdade e colaborar com a construção de estratégias e ações, sobretudo neste momento de pandemia. O que se espera das pessoas, principalmente daquelas que possuem cargos públicos, é responsabilidade e compromisso com a verdade, sem mentiras, imputação de falsas condutas ou acusações, o que pode até configurar como crime.

Coordenadoria de Imprensa PMP

Grupo espanhol compra maior produtora brasileira de uva de mesa em Petrolina

(Foto: Reprodução/Internet)

O Grupo JD, que é a maior produtora brasileira de uva de mesa, vendeu a Fazenda Labrunier – localizada em Petrolina (PE) – e seu braço internacional, a subsidiária Brasvius, para a empresa El Ciruelo, com sede em Murcia na Espanha.

A Labrunier é, ainda, uma empresa de ponta em termos de sofisticação e supervisão das culturas, com certificados ambientais “Rainforest Alliance”.

Do ponto de vista estratégico e comercial, o El Ciruelo vai incorporar, com o movimento, o grupo líder em produção e venda de uvas no mercado interno brasileiro, que também possui a maior rede de exportação de uvas do País.

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Prodecon de Petrolina orienta consumidores sobre compra de material escolar

(Foto: ASCOM)

Passadas as festas de fim de ano, o retorno às aulas fica cada vez mais perto e muitos pais e responsáveis já têm um novo compromisso: a aquisição do material escolar.  Diante disso, o Programa Municipal de Defesa do Consumidor (Prodecon) está orientando os consumidores sobre a compra deste material.

Segundo o diretor presidente do órgão vinculado à Prefeitura de Petrolina (PE), Dhiego Serra, a principal dica continua sendo a pesquisa de preços, uma vez que, os valores dos materiais escolares costumam ter bastante diferença entre um estabelecimento e outro.  “Quando se trata de economia, a pesquisa é o melhor caminho. Todo consumidor tem o direito de pesquisar para que assim, possa perceber qual é o melhor estabelecimento para adquirir seus produtos”, diz.

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Nova fase da Lava Jato mira compra de votos na escolha do Rio como sede olímpica

(Foto: Arquivo)

Policiais Federais cumprem na manhã de hoje (5), no Rio de Janeiro, dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, em nova fase da Operação Lava Jato. A Operação Unfair Play tem o objetivo de desmontar um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do governo fluminense.

As investigações, que contam com apoio de autoridades francesas, indicam a possibilidade de participação de dono de empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da cidade do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, “o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos”, diz a nota da Polícia Federal.

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Governo abre licitação para compra de frutas e hortaliças da agricultura familiar nas cidades do Sertão

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O Governo de Pernambuco vai licitar quase meio milhão de reais em produtos agrícolas a produtores rurais de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A chamada pública foi publicada nesta quinta-feira (4) no Diário Oficial do Estado.

Outras cidades do Sertão como Afogados da Ingazeira, Floresta, Salgueiro, Arcoverde e Araripina também serão beneficiadas com R$ 2,8 milhões.

De acordo com a chamada pública, será feita a aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do Empreendedor Familiar Rural Organizado em Grupo Formal (Hort Fruti).

O edital está disponível no site de Licitações de Pernambuco e na Secretaria Estadual de Educação na Várzea. A documentação para habilitação e projeto de venda deve ser entregue até o dia 26 de fevereiro.

Com informações do Elvis

Zelotes: réu arrola Dilma como testemunha em caso de ‘compra’ de MPs

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Um dos alvos de processo que apura a suposta compra de medidas provisórias no governo federal, o advogado Eduardo Gonçalves Valadão arrolou a presidente Dilma Rousseff como uma de suas testemunhas de defesa. A petista consta do rol de 63 pessoas, entre elas várias autoridades, indicadas pelos advogados do réu para prestar depoimento à Justiça Federal.

Além de Dilma, a defesa de Valadão propõe as oitivas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu ex-chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, cujas intimações já foram determinadas a pedido de outro réu, o lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS. Também estão na lista o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), além de vários congressistas.

Como parlamentares ou integrantes do governo, todos participaram, segundo a defesa, do processo para editar duas das três medidas provisórias sob suspeita de ter sido compradas, convertendo-as em lei no Congresso Nacional. O caso, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em outubro, é investigado na Operação Zelotes.

Dilma era ministra-chefe da Casa Civil entre 2009 e 2010, quando a MP 471 foi editada e discutida no Legislativo. Ela não estava mais no cargo meses depois, quando a MP 512 foi gestada no governo, mas, como presidente recém-eleita, sancionou o projeto que a transformou em lei, em 2011.

As duas normas concedem incentivos fiscais a montadoras, suspeitas de contratar lobistas para pagar propina a políticos e servidores públicos, em troca de obter os benefícios.

Eduardo é um jovem advogado, desconhecido de parlamentares ou qualquer figura pública, que não tem qualquer especialidade eleitoral, e a investigação de suposta venda de legislação (que não ocorreu, como restará demonstrado, se for o caso, ao final da instrução criminal) não pode ser levianamente imputada a Eduardo, contra quem a acusação não comprova qualquer conduta, seja de corrupção ou de outro delito”, diz a defesa do réu. Com informações do estadão Conteúdo.