Número de mulheres que fazem doutorado no exterior ultrapassa o de homens

mulher negra

As mulheres são maioria entre os doutores brasileiros titulados no exterior em 2014 – mais de 60%, de acordo com estudo divulgado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). No entanto, as doutoras ainda estão em desvantagem em relação aos homens – ganham, em média 16,5% a menos. Enquanto 71,4% dos doutores estão empregados, entre as doutoras, esse índice cai para 48,82%.

O estudo mostra que no Brasil há 14.173 doutores titulados no exterior entre 1970 e 2014. Desse total, 8.357, ou 59%, são homens e, 5,786, ou seja, 41%, são mulheres. Até 2011, os homens eram os que mais saíam do Brasil para obter a titulação. Em 1970, apenas 12 mulheres haviam se titulado no exterior, enquanto os homens eram 29. A partir de 2012, esse cenário muda, e as mulheres doutoras ultrapassam os homens. Em 2014, 464 mulheres fizeram o doutorado fora, os homens com a mesma titulação eram 291.

“Isso coincide com a condução da mulher no mercado de trabalho. Nesse período, a maternidade deixou de ser a coisa mais importante, porque para fazer um doutorado pleno no exterior é preciso se ausentar por um tempo maior. No início, iam menos mulheres, mas isso vai mudando, e em 2012 a tendência se inverte e deverá se manter”, diz o consultor do CGEE Cláudio Cavalcanti Ribeiro.

Quanto à renda, no entanto, os dados de 2014 mostram que as doutoras formadas no exterior ganham em média R$ 15.239,12, enquanto os homens com a mesma titulação recebem em média, por mês, R$ 18.250,49. Eles também estão mais presentes no mercado formal. De acordo com os dados de 2014, os últimos disponíveis, 2.825 mulheres e 5.988 homens estão empregados. Os dados consideram o total de doutores no país, formados desde 1970.

A diferença se dá, segundo a assessora técnica do CGEE Sofia Daher, entre outros fatores, pela posição ocupada pelas mulheres. “Uma das coisas que talvez explique a remuneração é o tipo de ocupação. Dirigentes, membros superiores de instituições costumam ter remuneração maior e há menos mulheres nessas posições”, diz.

Empregos

O Estudo sobre os Doutores Titulados no Exterior: expansão da base de doutores no exterior e novas análises (1970-2014) foi apresentado pela primeira vez nessa terça-feira (29) a um grupo de especialistas e jornalistas. O objetivo é traçar um perfil dos doutores formados integralmente fora do país.

“Independentemente do crescimento e da maturidade da pós-graduação brasileira, não podemos deixar de formar pessoas no exterior de jeito nenhum. Existem áreas em que o Brasil não está com competência instalada. Além disso, é bom mandar gente para países que tenham visões e linhas de pesquisa diferentes a fim de formar pesquisadores brasileiros com ideias e visões diferentes”, afirma Cláudio Ribeiro.

O estudo mostra que os doutores titulados no exterior são mais valorizados pelo mercado brasileiro. Eles ganham em média R$ 17.284,40. Os doutores formados no Brasil têm, por sua vez, uma remuneração média de R$ 13.860,86. A maioria dos que se titularam fora é empregada pela administração pública federal (53%) e estadual (18%). Atua no setor da educação (78%), na administração pública (9%), atividades profissionais, científicas e técnicas (6%), além de outros setores.

Formações nos Estados Unidos ou na Grã-Bretanha são mais valorizadas do que na Itália ou Argentina, por exemplo. Os doutores formados nos dois primeiros países ganham mais, em média.

Mais doutores

Segundo os pesquisadores, é necessário qualificar a formação de doutores. Uma vez que manter um pesquisador fora durante todo o doutorado custa caro, é necessário qualificar essa formação, direcionando as áreas e as universidades.

Na publicação, o Ciência sem Fronteiras (CsF) é citado como um dos principais programas que oferecem doutorado pleno. O programa financia mais de 3,3 mil doutorados plenos no exterior. Esses doutores não foram considerados no estudo por ainda não estarem titulados.

“O CsF fez um esforço de radicalizar a formação no exterior. Ele trabalha em vários níveis, não é um programa só de doutores. Eu acho que ele levou a um ponto único a discussão da política pública brasileira de formação, ao entendimento de que é preciso que o intercâmbio no exterior se generalize, se intensifique”, diz o diretor do CGEE, Antonio Carlos Galvão.

Moro admite ao STF equívoco ao divulgar conversa de Lula e Dilma

O juiz federal Sérgio Moro admitiu nesta terça-feira ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que se equivocou ao autorizar a divulgação de escutas telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff. Ao ministro, Moro também disse que não teve intenção de provocar polêmicas, conflitos ou constrangimentos.

“O levantamento do sigilo não teve por objetivo gerar fato político-partidário, polêmicas ou conflitos, algo estranho à função jurisdicional, mas, atendendo o requerimento do MPF, dar publicidade ao processo e especialmente a condutas relevantes do ponto de vista jurídico e criminal do investigado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que podem eventualmente caracterizar obstrução à Justiça ou tentativas de obstrução à Justiça”, justificou Moro.

Moro enviou as informações a pedido de Zavascki após a decisão do ministro que determinou a suspensão das investigações da Operação Lava Jato que envolvem Lula e envio dos processos ao Supremo.

Na quinta-feira, o STF decidirá se o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, continuará na condução dos inquéritos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na semana passada, o ministro Teori atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e suspendeu, com base em jurisprudência da Corte, a divulgação das interceptações envolvendo a Presidência da República e fixou prazo de dez dias para que Sérgio Moro preste informações sobre a divulgação dos áudios do diálogo entre a presidenta Dilma Rousseff e Lula, tornadas públicas após decisão do juiz.

Com informações da Agência Brasil.

Câmara aprova divulgação do disque-denúncia de violência contra mulher

Laura Carneiro

Laura Carneiro: é necessário divulgar o número telefônico 180 com mais intensidade / Foto: Ananda Borges

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (29) o Projeto de Lei 4330/16, da deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ), que determina ao poder público a divulgação do número telefônico 180, exclusivo para a comunicação de ocorrência de violência contra a mulher. A matéria será votada ainda pelo Senado.

A divulgação deverá ocorrer em locais públicos e privados de grande circulação de pessoas, como escolas, casas de espetáculos e outros locais de diversão, órgãos públicos, hospitais e meios de transporte de massa.

Com informações da Agência Câmara Notícias.

Comissão ouve nesta quarta autores do pedido de impeachment da presidente Dilma

Comissão do impeachment

A audiência será realizada às 16h40, no plenário 1 da Câmara dos Deputados / Foto: Gustavo Lima

Após acordo entre os líderes partidários, a comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, aprovou, nesta terça-feira (29), requerimentos para ouvir dois depoentes favoráveis e dois contrários ao afastamento da presidente. Ao todo, os deputados da comissão apresentaram 79 requerimentos diversos, alguns polêmicos que preveem, por exemplo, os depoimentos do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do atual vice-presidente, Michel Temer.

O relator da comissão, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), sugeriu a oitiva dos juristas Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, que, juntamente com o também jurista Hélio Bicudo, assinaram a denúncia de suposto crime de responsabilidade de Dilma, com base nas chamadas “pedaladas fiscais” e desrespeito a leis orçamentárias. A audiência pública será nesta quarta-feira (30), às 16h40, no Plenário 1.

Com informações da Agência Câmara Notícias.

Barbosa fará defesa de Dilma na Comissão do Impeachment

Ministro Nelson Barbosa (Foto: divulgação)

Ministro Nelson Barbosa (Foto: divulgação)

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse não ver nenhum tipo de problema em defender a presidenta Dilma Rousseff perante a Comissão do Impeachment. Ele participou de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal e disse ter sido surpreendido pela possível escolha dele para fazer a defesa da presidenta.

“Eu estou sabendo agora desta notícia. O ministro Cardozo [José Eduardo, da Advocacia-Geral da União] está coordenando a defesa da presidente e, pelo que eu entendi, nós iríamos apresentar a defesa da presidente, após ela apresentar sua defesa, que deve acontecer até segunda-feira”, explicou.

Ele disse que responderá a tudo o que for perguntado e que todas as medidas que formam a acusação são medidas técnicas, embasadas em pareceres técnicos. Segundo ele, não há nenhum problema em defender a presidenta e a questão é qual a melhor data, se deve ocorrer antes ou depois de a presidenta apresentar a defesa formal.

A Comissão do Impeachment questiona a legalidade dos atrasos de repasses a bancos públicos referentes ao pagamento de benefícios de programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial (as chamadas pedaladas fiscais).

Para conter gastos, governo cogita suspender aumento real do mínimo

senado

O governo cogita adotar programas de desligamento voluntário de servidores e suspensão do aumento real do salário mínimo, como último estágio para enfrentar o eventual descumprimento do limite de gasto na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira (29).

Barbosa disse que está usando como referência, nessa proposta, o que foi feito recentemente nos Estados Unidos, que estabeleceu o acionamento de cláusulas de controle de despesas, chamadas the sequester, ou seja, sequestro de recursos na hipótese de a despesa ou a dívida subir muito.

A ideia do ministro é estabelecer um limite para as despesas primárias federais como um percentual do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Plurianual (PPA). Como passo seguinte, a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) deverá fixar o valor nominal do limite de gasto para cada ano, que deverá ser observado na LOA.

De acordo com Barbosa, em caso de impossibilidade cumprimento do limite de gasto na elaboração da LOA, serão acionadas automaticamente medidas de redução de despesas em três estágios. O primeiro deles é a suspensão de aumentos reais, com a manutenção apenas de aumentos nominais de despesa de custeio e despesa de pessoal.

Se isso não for suficiente, vai-se para um segundo estágio, com a suspensão dos aumentos nominais de despesas de pessoal e de despesas discricionárias. Se isso for insuficiente, passa-se ao último estágio, com corte de benefícios para servidores, programas de licença voluntária ou, eventualmente, de desligamento voluntário de funcionários públicos, “onde isso for possível”.

Outra medida nesse último estágio é a suspensão temporária do aumento real de salário mínimo, mantendo-se a correção apenas pela inflação. A Lei 13.152/2015 aplica ao salário mínimo, anualmente, até o 2019, o reajuste pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e o aumento real com base na taxa de crescimento do PIB.

Credibilidade

Primeiro senador a interpelar o ministro, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) classificou Barbosa como “protagonista da tragédia econômica” vivida pelo Brasil, já que integrou os dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e as duas gestões da presidente Dilma Rousseff. Colocação semelhante foi feita também pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO). Ferraço questionou a credibilidade do governo para implementar o programa de reequilíbrio fiscal previsto no Projeto de Lei Complementar 257/2015, enviado pelo Executivo à Câmara dos Deputados.

O ministro da Fazenda respondeu que as ideias contidas no programa não são uma repetição do passado, em que as alterações nas metas fiscais são realizadas no fim do ano. Dessa vez, conforme Barbosa, há uma combinação de medidas de estabilização no curto prazo com regras de maior controle do gasto público no médio e longo prazos.

Para 2016, o governo espera uma “frustração de receitas” de R$ 82 bilhões, devido à queda de arrecadação e de dividendos. Para evitar um corte excessivo, que derrubaria ainda mais a economia, na avaliação do ministro, o governo propôs a redução da meta fiscal de um superávit de R$ 24 bilhões para um déficit de R$ 96,6 bilhões.

Só assim, no entendimento de Barbosa, poderão ser mantidos programas essenciais, em saúde, defesa e investimento (conclusão de obras em andamento), além da regularização do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), recursos entregues aos estados para compensar as desonerações dos produtos exportados.

Despesa

O ministro disse que, no médio e longo prazos, deverá se enfrentado o problema da composição da despesa primária. De acordo com o Orçamento de 2016, apenas 8,3% dessas despesas estão na categoria de discricionárias, em que o governo tem maior liberdade para gastar e efetuar cortes (contingenciamentos). A previdência e assistência social, não passíveis de corte, são responsáveis por 44,9% da despesa primária. A fatia com o pagamento do pessoal inativo da União é de 10,3%.

O fato levou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) a perguntar como reverter as expectativas na economia sem uma reforma na previdência, que, conforme o parlamentar, não tem apoio do partido de sustentação do governo, o PT. O ministro disse que existe uma discussão em andamento sobre o assunto e que “há várias maneiras de promover uma adequação da previdência ao envelhecimento da população”.

— Esse é um desafio para a geração atual do Brasil. A previdência é um tema a ser enfrentado por toda e qualquer democracia – não é só o Brasil – neste século. Todos os países do mundo estão tendo que adequar seu regime de previdência e não somos diferentes. Estamos procurando fazer isso de uma forma antecipada e de forma previsível, sem também querer ser o dono da verdade, porque há várias formas de fazer isso. Portanto, estamos avaliando como foi feito no mundo, principalmente ouvindo as opiniões dos principais interessados — afirmou o ministro.

Ministério libera vacinação antecipada contra H1N1

vacina injeção
Diante da antecipação do surto de gripe H1N1 identificada em São Paulo, o Ministério da Saúde vai permitir a antecipação da vacinação contra a doença. Ao contrário do que ocorria em outros anos, Estados interessados poderão começar a imunizar grupos considerados mais vulneráveis antes da campanha nacional, que terá início em 30 de abril.
Assim que o imunizante começar a chegar nos Estados, a vacinação já poderá ser feita, a critério de cada governo. Em São Paulo, o primeiro lote está previsto para ser liberado nesta sexta-feira – nos demais Estados, a partir de segunda.
Cada administração deverá divulgar o calendário que adotará. A estratégia em parte atende a um pedido feito ontem pelo governo de São Paulo. Nos primeiros três meses deste ano, o número de casos registrados de H1N1 já superou o que foi relatado em todo o País entre janeiro e dezembro de 2015. Do começo do ano até o dia 19, foram registrados 305 casos e 46 mortes no Brasil. Em todo o ano passado, houve 141 casos e 36 óbitos. “Foi uma surpresa o surto nesta dimensão. E sobretudo o período”, afirmou o coordenador do Controle de Doenças da Secretaria da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.
Na semana passada, com o aumento do número de casos, o Estado solicitou ao Ministério da Saúde o envio de doses da vacina usadas durante a campanha de 2015. Elas foram aplicadas, em caráter emergencial, na cidade de São José do Rio Preto, onde a situação era considerada mais grave. Essa ação teve como objetivo proteger apenas contra o H1N1. Mas os pacientes que receberam o imunizante deverão ainda, em data a ser definida pelo governo, receber o produto mais atual.
O imunizante contra a gripe tem sua composição alterada todos os anos. Ele é feito com base em uma combinação de cepas do vírus da gripe que mais circularam durante o inverno no Hemisfério Norte. Comparando com 2015, duas outras cepas do vírus influenza foram modificadas. “Isso significa que protege contra H1N1, mas não tem a mesma eficácia em relação às outras cepas”, disse Boulos.
Colateral
A antecipação traz um efeito colateral: os efeitos do imunizante se estendem pelo período de um ano. Isso significa que, quanto mais cedo a vacina for usada, mais cedo a pessoa se tornará suscetível. “Temos consciência disso. Mas temos uma fogueira queimando. O incêndio tem de ser apagado agora”, disse Boulos.
A vacina contra a gripe é produzida pelo Instituto Butantã, em São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, essa é a razão para o governo paulista receber o imunizante antes de outros Estados. No caso do restante do País, o produto é enviado para Brasília, que se encarrega de fazer a distribuição.
Ao todo, serão seis remessas do imunizante. As primeiras três deverão ser feitas entre os dias 1º e 15 de abril. Nesse período serão distribuídos 25 milhões de doses, o equivalente a 48% de toda a demanda. São Paulo vai receber neste período 5,7 milhões.
Boulos afirmou que a prioridade na vacinação será dada para grupos de risco na Grande São Paulo – ou seja, para idosos, pessoas com doenças pulmonares ou problemas cardíacos e gestantes.
A mudança da estratégia para vacinação deste ano para H1N1, no entanto, é feita com uma condição. Os Estados deverão reservar pelo menos 30% do total do imunizante para usar no Dia D (30 de abril). O Ministério da Saúde julga indispensável manter a campanha, que todos os anos tem potencial para atingir grande parcela do público-alvo.
 
Casos
A Região Sudeste concentra a maior parte dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por H1N1 do País, com 266 registros. Desses, 260 estão no Estado de São Paulo, que relata 38 dos 46 óbitos. Santa Catarina está em segundo lugar entre os Estados com mais casos, totalizando 14. Na sequência, vem a Bahia com 10 registros. Além de São Paulo, outros cinco Estados tiveram óbitos: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Ceará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Com informações de Diário de Pernambuco

Contas de luz terão bandeira verde em abril, sem acréscimo para o consumidor

Luz

A partir de 1º de abril, a bandeira tarifária das contas de energia elétrica será a verde e não haverá nenhum acréscimo de valor para os consumidores. A bandeira que vai vigorar no próximo mês foi decidida hoje (29) em reunião da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo a agência, a mudança da bandeira tarifária foi decidida diante da simulação dos custos de geração e distribuição de energia elétrica e do superávit acumulado nos últimos meses nas contas do sistema de bandeiras.

Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve vermelha. Em março, passou para amarela. O aumento de chuva neste ano, que melhorou o volume dos reservatórios das hidrelétricas, aliado à redução da demanda e à inclusão de novas usinas no sistema elétrico brasileiro, possibilitou a mudança das bandeiras tarifárias nos últimos meses.

A cor da bandeira indica se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. “Com as bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente”, informa a Aneel.

Segundo a agência, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que era incluído na conta de energia, sem acréscimo no reajuste tarifário anual das distribuidoras.

Com informações Ebc

Acordo alinhavado para livrar Cunha da cassação envolve renúncia ao cargo

Começa a ser alinhavado um acordo para livrar Eduardo Cunha (PMDB-­RJ) da cassação, caso Temer assuma o governo. Ele renunciaria à presidência da Câmara dos Deputados sob o argumento de que o novo governo precisaria articular nova maioria no parlamento. Seria suspenso pelo conselho de ética, mas manteria o cargo, garantindo o foro privilegiado.

EM TEMPO

O acerto só será possível, no entanto, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) não atenda ao pedido da Procuradoria Geral da República, que defende que Cunha seja afastado do cargo.

Com informações da Folha de São Paulo

Para Marina Silva, a melhor saída para a crise seria a impugnação da chapa Dilma-Temer

Marina e Jô Soares

Em entrevista ao Programa do Jô Soares, na Tv Globo, na noite de ontem (28), a ex-ministra Marina Silva (Rede Sustentabilidade) afirmou que se Michel Temer (PMDB) assumir a presidência, em caso de impeachment, seria uma confusão maior ainda do que já está instalada no país. E afirmou que Temer também tem responsabilidade nesse caso, “Os partidos (PT e PMDB) estão implicados igualmente”.

Diante da crise, ela defendeu que a melhor saída seria a impugnação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com novas eleições, ainda este ano.

Quando questionada sobre uma possível candidatura a presidência, Marina Silva disse que ser presidente não é seu objetivo de vida, mas que pensa na possibilidade de concorrer a uma vaga no Planalto.

Marina concorreu nas eleições de 2010, pelo PV e em 2014, pelo PSB, no lugar de Eduardo Campos, após o desastre de avião em que ele faleceu, durante sua campanha.

STF discute se processos sobre Lula ficam na Corte

stf
Está marcada para quinta-feira a análise no Supremo Tribunal Federal sobre a decisão liminar (provisória) do ministro Teori Zavascki que determinou que o juiz Sérgio Moro envie à Corte os áudios do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceptados na Operação Lava Jato.
A perspectiva é de que o colegiado apenas referende a decisão de Teori e não discuta o mérito do caso, já que o ministro pediu manifestações de Moro e da Procuradoria-Geral da República, mas os ofícios ainda não chegaram ao Supremo. O despacho foi proferido na semana passada em reclamação ajuizada pela defesa de Lula.
No despacho sobre o caso, Teori também determinou que Moro envie ao STF todos os processos envolvendo o petista que atualmente tramitam em Curitiba. Até que o plenário decida sobre o assunto, a ordem inviabiliza a continuidade da apuração sobre o ex-presidente pelo magistrado responsável pela Lava Jato em 1ª instância.
Por causa da liminar, considerada benéfica ao governo, Teori passou a ser alvo de críticas de defensores do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Integrantes da OAB se desentendem com manifestantes pró-Dilma antes de protocolarem pedido de impeachment

oie_29111042FVLJ0N48

Em meio à saída dos peemedebistas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou nesta segunda-feira (28) um novo pedido de impeachment da presidente Dilma. Manifestantes contrários e favoráveis ao afastamento trocaram provocações e xingamentos no Salão Verde da Câmara ao longo da tarde.

Ao entregar o pedido de impeachment de Dilma, na Câmara dos Deputados, o presidente OAB, Claudio Lamachia, e outros integrantes da Ordem precisaram ser escoltados pela Polícia Legislativa. Pessoas que defendiam o afastamento de Dilma e integrantes da OAB fizeram um cordão de isolamento em torno dos autores do requerimento.

Com o tumulto no protocolo, o pedido foi apresentado à Secretaria-Geral da Mesa. No requerimento da OAB, a entidade incluiu como justificativas o conteúdo da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), as chamadas “pedaladas fiscais”, as renúncias fiscais em favor da Fifa na Copa de 2014 e a tentativa de nomeação do ex-presidente Luiz Lula como chefe da Casa Civil.

PMDB oficializa nesta terça-feira desembarque do governo Dilma

Nesta segunda-feira (28), em entrevista a veículos de imprensa estrangeiros, também em São Paulo, Lula deu como certa a saída do PMDB do governo. Segundo o ex-presidente, a estratégia para barrar o impeachment de Dilma a partir de agora é atrair setores do partido à revelia da direção peemedebista, a exemplo do que aconteceu em 2003, quando integrantes do PMDB assumiram postos no primeiro governo Lula sem que a sigla tivesse aderido formalmente.

“Vai acontecer o que aconteceu em 2003 e vamos ter uma espécie de coalizão sem a concordância da direção. Não sei se é possível mas acho que é”, disse Lula.

De acordo com ele, os sete ministros peemedebistas disseram que não vão deixar os cargos, independentemente da decisão da direção na reunião de amanhã, e vão ajudar nas articulações para manter setores do partido contra o impeachment.

“Pelo que estou sabendo, os ministros do PMDB não sairão. Vou conversar com muita gente do PMDB”, disse Lula aos jornalistas estrangeiros.

No meio da tarde, o ex-presidente viajou para Brasília acompanhado do presidente do PT, Rui Falcão, para uma série de conversas com parlamentares de vários partidos, principalmente do PMDB. O petista incluiu Temer entre as futuras conversas, mas um novo encontro não foi agendado.

Segundo interlocutores de Lula, a dúvida do governo agora é quanto ao tamanho da ala peemedebista que vai abandonar Dilma. Lula e o PT vão agir para evitar que a reunião desta terça-feira reforce a ideia de que Temer está passando um rolo compressor sobre o PMDB e arraste consigo partidos menores que ainda se mantém fiéis ao governo.

Manchetes dos principais jornais do país 29/03/2016

A Tarde
Salvador 467 anos de luta, fé e amor

Correio da Bahia
Farra de aniversário com sotaque baiano

Tribuna da Bahia
O que será do Brasil com ou sem Dilma

O Dia
Justiça faz banco abater para quitação de empréstimo

O Globo
PMDB rompe com Dilma hoje, e PT já declara guerra a Temer

Folha de São Paulo
Maior sigla no Congresso, PMDB abandona governo

O Estado de São Paulo
PMDB abandona Dilma e vai trabalhar por impeachment

Correio Braziliense
Michel Temer diz a Lula que PMDB está fora do governo

Valor Econômico
Relações se harmonizam quando o Direito é obedecido, diz Temer

Jornal do Commercio
Debandada do PMDB começa antes da hora

Diário do Nordeste
Temer comunica rompimento do PMDB com o governo

Caixa sobe juros para financiar a casa própria

casas

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (28) a elevação dos juros para financiamentos de imóveis residenciais e comerciais. É a quarta subida nos juros deste o início do ciclo de alta da Selic, a taxa básica de juros, e a primeira deste ano. As novas taxas valem para os créditos contratados com recursos da poupança (SBPE). Por enquanto, nada muda para as linhas que usam o FGTS e nem para o Minha Casa Minha Vida.

A taxa de imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para clientes sem relacionamento com o banco (taxa balcão) passou de 9,9% para 11,22%. Para clientes do banco, o juro passou de 9,8% para 11%, no caso de trabalhadores do setor privado, e de 9,5% para 10,5% para servidores públicos. Quem ainda recebe o salário pelo banco também tem novas taxas: 10,5% (setor privado) e 10% (servidores). Nesta categoria, estão os imóveis de até R$ 750 mil, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal, ou até R$ 650 mil, para as demais localidades.

Já a taxa balcão para as residências enquadradas no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), para imóveis mais caros, passa de 11,50% para 12,50%. Funcionários do setor privado vão pagar agora uma taxa de 11,20% (ante 12%) e os servidores, 11,5% (ante 11%). Também muda a taxa para clientes que recebem pelo banco: 11,5% (setor privado) e 11% (servidor).

A mudança vai na contramão de medidas anunciadas pelas Caixa no início deste mês, que elevaram o porcentual máximo dos financiamentos. Desde o dia 24, o banco elevou a cota de financiamento do imóvel usado, de 50% para 70%, no caso de clientes do setor privado pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Para o setor público, a cota foi elevada de 60% para 80%

Já os imóveis usados financiados pelo SFI passam a ser financiados em 60%, dos atuais 40%, para o setor privado. Para o setor público, a cota passou de 50% para 70%. (Colaboraram Aline Bronzati e Lucas Hirata)