Abiec confirma suspensão de importação de carne de 3 empresas brasileiras pela China

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) confirmou a suspensão temporária de importação de carne bovina de três empresas brasileiras pela China. A medida, que passa a valer nesta segunda-feira (03), abrange uma unidade da JBS em Mozarlândia (Goiás), uma da Frisa em Nanuque (Minas Gerais) e uma da Bon Mart em Presidente Prudente (São Paulo).

Em nota, a Abiec informou que a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) realizou auditorias remotas em três estabelecimentos exportadores de carne bovina do Brasil, dois da Argentina, um do Uruguai e um da Mongólia, este último referente às carnes bovina e ovina. “Em todos os casos, foram identificadas não conformidades em relação aos requisitos chineses para o registro de estabelecimentos estrangeiros”, diz a entidade.

Com isso, o GACC determinou a suspensão temporária das importações destes estabelecimentos a partir de 3 de março de 2025. As empresas envolvidas já foram notificadas e estão adotando medidas corretivas para atender às exigências das autoridades chinesas, segundo a Abiec.

No pronunciamento, a associação destaca que os demais estabelecimentos habilitados seguem operando normalmente, assegurando o fluxo das exportações de carne bovina brasileira ao mercado chinês.

A Abiec afirma ainda que, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), segue em diálogo com as autoridades competentes “para garantir a rápida resolução da questão”. A entidade encerra a nota dizendo que “o Brasil reafirma sua confiança na robustez do controle sanitário nacional, conduzido pelo Mapa, e segue trabalhando ativamente para solucionar os questionamentos apresentados com celeridade, garantindo a segurança e qualidade da carne bovina exportada”.Procurada, a JBS afirmou que, por ser um tema setorial, o assunto está sendo tratado pela Abiec.

Estadão

EUA e China estão à beira de uma guerra comercial à medida que se aproxima o prazo final das tarifas

A China e os EUA correm o risco de reacender uma guerra comercial em grande escala, a menos que as duas maiores economias consigam resolver a disputa antes que as tarifas chinesas sobre US$ 14 bilhões em exportações americanas entrem em vigor na segunda-feira, disseram analistas ao Financial Times.

Semana passada, o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses para pressionar Pequim a tomar mais medidas contra exportações relacionadas ao fentanil para os EUA e o México, ameaçando impor tarifas ainda maiores caso a China retaliasse.

Quando as tarifas dos EUA entraram em vigor três dias depois, Pequim respondeu imediatamente, anunciando tarifas adicionais de 10% a 15% sobre exportações de energia e equipamentos agrícolas dos EUA. As tarifas chinesas estão previstas para entrar em vigor na segunda-feira.

“Isso pode ser apenas o começo desta fase da guerra comercial”, disse ao FT Zhang Yanshen, especialista do Centro Chinês de Intercâmbios Econômicos Internacionais. “Isso pode se tornar uma situação muito, muito ruim”.
Segundo o FT, alguns analistas esperavam que os EUA e a China realizassem negociações para evitar hostilidades comerciais graves.

Inicialmente, Trump disse que esperava conversar com o presidente Xi Jinping, mas, após a retaliação chinesa, afirmou que não tinha pressa e que as tarifas eram um “tiro de abertura”, com medidas “muito substanciais” ainda por vir.

Quando questionado se a equipe de Trump estava lidando com a China da mesma forma que fez com o Canadá e o México — que enfrentaram tarifas mais altas antes de receberem uma trégua de um mês —, um funcionário da Casa Branca disse que os EUA estavam “em contato constante com nossos colegas, tanto em Pequim quanto aqui em Washington”.

Um porta-voz da embaixada chinesa em Washington afirmou ao FT que não houve “nenhum novo desenvolvimento” desde que a China anunciou suas tarifas retaliatórias.

Especialistas em Pequim disseram que a tática de choque de Trump, destinada a pressionar Xi a fechar um acordo rapidamente, pode ter saído pela culatra. O presidente dos EUA deu apenas dois dias entre o anúncio e a implementação das tarifas — um prazo que provavelmente foi inaceitável para Xi.

“A China não quer um acordo como esse”, disse ao jornal o pesquisador do Institute of American Studies, (IAS) afiliado ao governo chinês, Ma Wei,. “É preciso ter conversas e acordos iguais, e não um acordo em que primeiro você me impõe uma tarifa alta e depois diz que temos que fazer um acordo.” Ma disse que as táticas dos Estados Unidos têm ecos de um ditado chinês “cheng xia zhi meng” – lidar com seu inimigo sob coação quando ele está nos portões de seu castelo.

No entanto, analistas observaram que o alcance limitado da retaliação da China — que incluiu investigações antitruste contra o Google e a Nvidia, mas afetou uma gama mais restrita de bens em comparação com as tarifas dos EUA — sugeria espaço para negociações.

Autoridades da administração Trump enfatizaram que o presidente dos EUA queria que a China contivesse o fluxo de fentanil, um opioide mortal que se tornou a principal causa de morte de americanos com idades entre 18 e 45 anos. Mas especialistas em Pequim disseram que as negociações podem ter sido interrompidas porque Trump estava exigindo cooperação em outras frentes, como pressionar a Rússia sobre sua invasão da Ucrânia ou ceder a propriedade da plataforma de vídeos curtos TikTok a um comprador americano.

“O fentanil é uma questão que pode ser facilmente resolvida — a China já tem cooperado com os Estados Unidos sobre isso”, disse John Gong, professor da Universidade de Negócios e Economia Internacional ao jornal. “Então, provavelmente, Trump quer algo mais que eles não podem discutir publicamente.”
Trump disse na sexta-feira que revelaria “tarifas recíprocas” sobre os países na próxima semana, mas não forneceu informações sobre quais nações seriam visadas.

A Casa Branca também suspendeu temporariamente as chamadas isenções de minimis sobre as tarifas para remessas de baixo custo da China, o que proporcionou uma vantagem para empresas como a Shein e a Temu. Wendy Cutler, especialista em comércio e vice-presidente do Asia Society Policy Institute, disse ao FT que, ao contrário do Canadá e do México, a China jogaria um jogo mais longo.

Segundo ele, Pequim provavelmente adotará uma abordagem do tipo “esperar para ver” antes de considerar o engajamento, “inclusive para ter mais certeza se será ainda mais impactada por tarifas adicionais recíprocas, setoriais ou universais”.

Especialistas chineses afirmaram que seria difícil para Pequim chegar a uma “grande barganha” em um prazo curto, especialmente em assuntos espinhosos, como a guerra na Ucrânia, na qual os EUA acusaram a China de ajudar a Rússia. Em recente fórum da Universidade da Califórnia em San Diego e do Conselho de Relações Exteriores sobre a China, especialistas disseram que Pequim estava mais preocupada com os controles de exportação de tecnologia dos EUA do que com as tarifas.

“Mas alguns economistas acreditam que a totalidade da força das tarifas ameaçadas por Trump — como a tarifa de 60% sugerida durante a campanha presidencial — teria um grande impacto na economia da China.
No entanto, alguns economistas disseram ao FT acreditar que a força total das tarifas ameaçadas por Trump – como a taxa de 60% sugerida durante a campanha presidencial – teria um grande impacto na economia da China.

Hui Shan, economista-chefe na China do Goldman Sachs, estimou que cada aumento de 20 pontos percentuais nas tarifas dos EUA reduziria o crescimento do PIB da China em 0,7 ponto percentual.” Pequim poderia compensar parte desse golpe com a depreciação da moeda, pacotes de estímulo ao consumidor e outras medidas, mas ainda assim provavelmente absorveria um impacto de cerca de 0,2 ponto percentual no crescimento do PIB, disse ela.

Agência O Globo

China enfrenta aumento de casos de Metapneumovírus Humano durante o inverno

Cinco anos após a pandemia de Covid-19, a China está enfrentando um aumento nos casos de infecção pelo metapneumovírus humano (HMPV), especialmente nas províncias do norte e entre crianças menores de 14 anos.

O fenômeno ocorre em um momento de alta esperada para infecções respiratórias devido ao inverno rigoroso.

Em dezembro, o país implementou um sistema de monitoramento para pneumonia de origem desconhecida, que ajudou a identificar o aumento de casos de HMPV. Além desse vírus, o atual surto também inclui agentes como vírus da gripe A, Mycoplasma pneumoniae e coronavírus.

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Dilma recebe medalha de presidente chinês Xi Jinping

A ex-presidente Dilma Rousseff recebeu neste domingo (29) a Medalha da Amizade da China, maior honraria concedida pelo governo do país a um estrangeiro, por contribuições à modernização do país asiático, segunda maior economia do planeta, atrás dos Estados Unidos.

Dilma preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), vinculado ao grupo dos Brics, com sede em Xangai, desde 2023. A honraria foi assinada e concedida pelo presidente chinês Xi Jinping, por ocasião do 75º aniversário da fundação da República Popular da China.

“Eu me sinto muito honrosa e orgulhosa por receber a Medalha da Amizade de um país que tem uma história milenar e que hoje obteve realizações tão importantes”, disse a presidente do NBD, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

“Dificilmente em algum momento no passado um país conseguiu se transformar em 75 anos na segunda maior economia do mundo, no país que conseguiu elevar o nível educacional do seu povo para competir com os níveis dos países desenvolvidos, (no país) que lidera hoje em ciência e tecnologia e na aplicação de inovações em todos os campos e áreas, especificamente na indústria”, acrescentou a ex-presidente brasileira.

Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial e uma importante origem de investimentos para o Brasil, que, por sua vez, é o maior parceiro comercial do país asiático na América Latina. Em agosto, Brasil e China celebraram o 50º aniversário das relações diplomáticas.

Agência Brasil

Brasil bate recorde de exportações mais dependente da China e de trio de commodities

Celebrada pelo governo, a sucessão de recordes na balança comercial desvia as atenções da dificuldade do Brasil de diversificar o comércio com o resto do mundo. Para chegar à marca histórica de US$ 339,7 bilhões exportados em 2023, o Brasil contou, como poucas vezes antes, com a China e seu inesgotável apetite por commodities.

Após a interrupção de tendência nos dois anos anteriores, explicada pela rígida política de covid zero, determinada por Pequim mesmo quando o resto do mundo relaxava as restrições da pandemia, a dependência da China nas exportações brasileiras voltou a subir em 2023. O país, conforme mostra o balanço final do ano passado, foi destino de 30,7% do total de produtos brasileiros embarcados.

Quando se acrescenta à conta os mercados do sudeste asiático que estão na zona de influência da China – como Malásia, Tailândia, Vietnã e Indonésia -, além de Cingapura, um hub portuário na Ásia, o porcentual somado das exportações diretas e a economias cujo crescimento está ligado ao gigante asiático sobe para 37,9%.

Para especialistas em comércio exterior, mesmo com a tendência de desaceleração da economia chinesa, essa dependência comercial não é por enquanto motivo de preocupação. O Brasil, avaliam, deve continuar sendo um pilar na segurança alimentar da China, ao mesmo tempo em que a expansão da classe média chinesa abre oportunidades para enriquecer a pauta com seu maior parceiro comercial.

Os prognósticos do mercado para este ano apontam para manutenção das exportações em nível próximo ao recorde de 2023, com projeções também otimistas – de crescimento das vendas internacionais – para os próximos três anos. Haverá problemas, no entanto, se o ciclo das commodities, por ora favorável ao Brasil, virar, já que os demais produtos não têm a mesma competitividade e escala para entrar em mercados internacionais. “No médio e longo prazo, é complicado depender tanto das exportações de commodities a um único país, seria melhor exportar produtos de maior valor agregado”, comenta João Ferraz, economista da Coface.

Nas últimas duas décadas, o caminho trilhado pelo Brasil foi na direção contrária ao da diversificação e qualificação de sua pauta de exportações, tanto em produtos quanto em destinos. Enquanto a indústria extrativa e a agropecuária expandiram a produção para atender, sobretudo, a China, a indústria de transformação perdeu espaço para a concorrência da própria China em mercados vizinhos, assim como teve que enfrentar as sucessivas crises na Argentina, mercado no exterior importante para máquinas e bens de consumo, incluindo automóveis, produzidos no Brasil.

Como resultado, soja, minério de ferro e petróleo, os três produtos mais vendidos pelo Brasil ao exterior, já respondem juntos por 37,2% das exportações brasileiras – até 18 anos atrás, não passavam de 10%. Por outro lado, os produtos da indústria de transformação, uma gama vasta e diversificada que vai de alimentos a aeronaves, caíram para 52,2% no ano passado. Na série estatística da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em 1997, o último dado da parcela da indústria nas exportações brasileiras só não é pior do que o registrado em 2021 (51,3%), quando a produção foi afetada pela falta de componentes nas fábricas.

“Temos que torcer para a reforma tributária reduzir o mais rápido possível o custo Brasil e, assim, abrir a perspectiva de aumento nas exportações de produtos manufaturados”, afirma o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Com a criação do IVA, o imposto sobre valor agregado, a reforma vai eliminar os resíduos tributários que minam a competitividade de produtos brasileiros no exterior.

Estadão

Greenpeace: China aumenta capacidade de produção de energia a partir do carvão

China aprovou no primeiro trimestre de 2023 um aumento de suas capacidades de produção de energia elétrica partir do carvão, em detrimento do objetivo de redução das emissões procedentes de combustíveis fósseis, lamentou nesta segunda-feira (24) a ONG Greenpeace.

A China é o maior emissor mundial de gases do efeito de estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas, o que significa que os compromissos do país nesta área são considerados essenciais para limitar o aumento das temperaturas mundiais.

No primeiro trimestre do ano, as autoridades chinesas aprovaram a construção de centrais de carvão, com capacidades de pelo menos 20,45 gigawatts (GW), segundo a organização ecológica Greenpeace.

O número representa mais que o dobro dos 8,63 GW registrados no mesmo período do ano passado. E mais que os 18,55 GW aprovados para todo o ano de 2021. O aumento provoca temores de que a China recue em seus objetivos climáticos: atingir o pico de emissões de carbono entre 2026 e 2030, para alcançar a neutralidade de carbono até 2060. No ano passado, a China produziu quase 60% de sua energia elétrica eletricidade a partir do carvão.

O aumento do número de centrais de carvão “pode provocar catástrofes climáticas”, lamentou Xie Wenwen, diretor do Greenpeace. Alguns novos projetos aprovados no primeiro trimestre de 2023 estão localizados em províncias que sofreram escassez de energia elétrica no ano passado em consequência das ondas de calor sem precedentes, que reduziram a produção de energia hidrelétrica, segundo o Greenpeace.

A ONG alerta para um círculo vicioso: o funcionamento das centrais a carvão, em particular para alimentar os aparelhos de ar condicionado no verão, produz mais emissões que, por sua vez, acelerarão as mudanças climáticas e produzirão ondas de seca.

AFP

Lula viaja à China, nesta terça (11), em busca de papel para o Brasil no processo de paz na Ucrânia

Depois de adiar a visita oficial à China devido a uma pneumonia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará na terça-feira (11) a Pequim com o objetivo de retomar o protagonismo internacional do Brasil e discutir propostas de paz para a Ucrânia.

O presidente, de 77 anos, que a princípio deveria ter visitado a China de 25 a 31 de março, prometeu colocar novamente o Brasil na geopolítica mundial, após o isolacionismo de seu antecessor Jair Bolsonaro.

Lula se reunirá na sexta-feira, 14, em Pequim com o presidente chinês Xi Jinping, com quem abordará a questão da guerra na Ucrânia, antecipou o chanceler Mauro Vieira à AFP e outras agências internacionais de notícias.

O governante de esquerda se recusou a enviar munição para a Ucrânia em nome da paz e propõe a criação de um grupo de países mediadores. “Estou confiante que quando voltar da China e você me fizer essa pergunta (sobre a guerra), eu vou dizer que está criado o grupo que vai discutir a paz”, declarou em um encontro com jornalistas durante a semana.

O presidente russo Vladimir “Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia”, ao mesmo tempo que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky “não pode querer tudo”, afirmou Lula na quinta-feira, ao sugerir que Kiev renuncie à península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

O governo da Ucrânia descartou a ideia.

“Não há razão legal, política nem moral que justifique abandonar um só centímetro de território ucraniano”, afirmou o porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, que acrescentou, no entanto, apreciar “os esforços do presidente brasileiro para encontrar uma maneira de deter a agressão russa”.

– Reunião em Moscou –

A China, maior parceiro comercial do Brasil, promove uma proposta de 12 pontos para uma resolução política, que pede o fim das hostilidades e diálogo.

“São condições básicas para a paz”, disse o ministro Vieira, que considerou “muita positiva” a abordagem de Pequim.

Xi Jinping se comprometeu na sexta-feira a “apoiar qualquer esforço a favor de um retorno à paz à Ucrânia”, em uma declaração conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron, que também visitou Pequim.

A Rússia, no entanto, descarta a possibilidade de mediação da China e rejeita no momento “uma perspectiva de solução política” para o conflito na Ucrânia.

Os esforços do Brasil para fazer parte de solução ao conflito também ficaram refletidos no encontro de 25 de março, na capital russa, entre Celso Amorim, ex-chanceler e principal conselheiro de Lula para assuntos internacionais, e Vladimir Putin.

“Dizer que as portas estão abertas (para a negociação de paz) seria exagero, mas dizer que estão totalmente fechadas também não é verdade”, declarou Amorim ao canal CNN Brasil.

Amorim, ministro das Relações Exteriores de Lula durante seus dois primeiros mandatos (2003-2010), também se reuniu com o chanceler russo, Sergei Lavrov, que visitará o Brasil no dia 17 de abril.

Lula também visitará Xangai na quinta-feira (13) para a cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) no comando do New Development Bank, o banco dos BRICS.

O Grupo, que o Brasil integra ao lado de Rússia, Índia, China e África do Sul, foi criado em 2006, durante o primeiro governo de Lula.

A viagem à China, no momento em que completa 100 dias de retorno ao poder, ressalta o interesse de Lula para recompor os laços diplomáticos com países estratégicos, depois de visitar outras capitas como Buenos Aires e Washington. Com uma comitiva que inclui deputados e senadores, a agenda do presidente será especialmente política, depois que o potencial econômico da relação com Pequim foi avaliado na semana passada.

Um fórum empresarial recebeu quase 500 empresários brasileiros – principalmente do agronegócio – e chineses. Mais de 20 acordos de cooperação foram assinados, incluindo um que permitirá transações comerciais em reais e yuans, sem a necessidade do dólar.

A China é a principal parceira comercial do Brasil: o comércio bilateral registrou o recorde 150,5 bilhões de dólares (760 bilhões de dólares) em 2022. O Brasil, maior economia regional, é o principal destino de investimentos chineses na América Latina (48%), com 70,3 bilhões de dólares (R$ 356 bilhões no câmbio atual) entre 2007 e 2020, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China.

Antes de retornar ao Brasil, Lula fará uma escala nos Emirados Árabes Unidos em 15 de abril para uma visita de um dia.

Lula busca retomada da fábrica da Ford em Camaçari

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou conversas com o governo da China, para retomada das atividades na antiga fábrica da Ford (EUA) que existia em Camaçari (BA). A unidade foi fechada em 2021, após 20 anos de trabalhos, afetando a economia regional.

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De acordo com a Veja, a conversa do governo com os  chineses avançou, para a utilização do espaço deixado pela empresa norte-americana na produção de carros elétricos. O presidente acelerou os preparativos para a visita à China, que deve acontecer em março deste ano. E a negociação ainda deve envolver o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Cientistas chineses apresentam teste anticovid que apresenta resultado em quatro minutos

Cientistas chineses anunciaram o desenvolvimento de um novo tipo de teste de coronavírus tão preciso quanto o PCR e que, garantem, apresenta os resultados em quatro minutos.

Os testes de PCR são considerados mais precisos e sensíveis para detectar o coronavírus, mas os resultados podem demorar algumas horas. Outros teste mais rápidos são menos confiáveis.

Cientistas da Universidade Fudan de Xangai afirma que encontraram uma solução.

Em um artigo revisado por especialistas e publicado na segunda-feira (7) na Nature Biomedical Engineering, a equipe da universidade afirma que seu sensor, que usa microeletrônica, analisa o material genético da mostra sem a necessidade de passar pelo laboratório.

Durante os testes, a equipe obteve mostras de 33 pessoas infectadas pelo coronavírus em Xangai e que também foram submetidas a exames de PCR. Os resultados apresentaram uma coincidência “perfeita” entre as duas metodologias.

O estudo testou um novo método em um total de 54 pessoas, incluindo pacientes com febre, mas sem coronavírus e voluntários da área de saúde. Nenhum deles apresentou falso positivo, segundo a equipe de cientistas.

Os cientistas afirmam que uma vez desenvolvido, este tipo de teste poderá ser usado em diversas situações, como aeroportos, instalações de saúde ou “inclusive dentro de casa”.

AFP

China acelerará envio da matéria-prima de vacina de covid-19, diz Maia

(Foto: Divulgação/Instituto Butantan)

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (20), após reunião virtual com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, que o atraso na liberação de insumos chineses para a produção da CoronaVac no Brasil se deve a razões técnicas e não políticas.

Maia destacou que o embaixador deixou claro que não há obstáculo diplomático para entrega do material para os imunizantes. Segundo o presidente da Câmara, o governo chinês se comprometeu em trabalhar para acelerar a exportação dos insumos para a fabricação de vacinas contra a covid-19 no Brasil.

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Objeto luminoso visto sobre o céu do Nordeste é o foguete chinês que vai à lua

Populares registraram a passagem de um foguete chinês na noite desta segunda-feira (23) sobre o céu de alguns estados do Nordeste. Trata-se da espaçonave que foi lançada pela China na superfície lunar com o objetivo de ser a primeira nação a trazer de volta rochas lunares e amostras de solo em mais de quatro décadas, segundo o The New York Times.

De acordo com o tenente Romário Fernandes, professor de astronomia do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Ceará (CMCB), o foguete foi lançado e, quando atingiu uma determinada altitude, acionou seus motores. Para realizar essa etapa, o objeto começou a expelir gases, que reagiram à incidência solar e deram luminosidade ao foguete, fazendo com que ele pudesse ser visto.

“A facilidade de ver (o foguete) no Nordeste é porque aqui escurece mais cedo do que no Sul ou Sudeste. (…) Pra eles lá (sulistas e sudestinos) ainda estava claro quando o foguete passou. Se estivesse escuro seria melhor de ver”, explica o astrônomo. Ainda de acordo com Romário, o pouso do objeto na Lua deve acontecer daqui a quatro dias, estando seu retorno à terra previsto para primeira metade de dezembro.

Veja vídeo do lançamento:

Adagro alerta produtores sobre sementes recebidas pelos correios vindas de outros países

(Foto: Ascom/Adagro)

A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário, alerta os pernambucanos quanto ao risco de receberem material vegetal, como sementes, vindas pelos correios de países como a China, sem terem sido solicitadas e sem a autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No Brasil já houve relatos em cinco estados quanto ao recebimento de pacotes com sementes sem nenhum tipo de solicitação. Pessoas dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná já relataram a chegada dessas sementes.

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Aluno do SENAI Petrolina busca vaga para competição mundial de profissões que acontecerá na China

(Foto: Ascom/SENAI)

Em outubro, o aluno do SENAI Petrolina, Yago Amaro da Silva, irá participar em Taguatinga (DF), da primeira fase da etapa nacional de seleção para a 46ª edição da WorldSkills, competição mundial de profissões técnicas que acontecerá em Shangai, na China, em 2021.

Selecionado para representar o Estado na modalidade Tecnologia Automotiva, o petrolinense de 19 anos, está a todo vapor nos treinamentos ainda que enfrentando muitas dificuldades devido à pandemia do novo coronavírus. “Estou me dedicando exclusivamente à esta competição. Estou dando o melhor de mim e espero conquistar uma boa colocação”, salientou.

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Brasil recebe carregamento recorde de 11,8 milhões de máscaras

(Foto: Reprodução / Ministério da Infraestrutur)

Uma aeronave chegou nesta terça-feira (7) a São Paulo transportando mais 11,8 milhões de máscaras cirúrgicas de procedência chinesa. O voo trouxe a maior quantidade de insumos para combate à pandemia transportado de uma única vez no Brasil, segundo o Ministério da Infraestrutura.

A carga faz parte da encomenda de equipamentos de proteção individual (EPIs) feita pelo Ministério da Saúde, com a coordenação operacional viabilizada pelo Ministério da Infraestrutura. Segundo os registros dos ministérios, essa é a 35ª remessa de mais de 40 previstas.

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Testes de vacina chinesa contra coronavírus começa dia 20 no Brasil

(Foto: CDC/Unsplash)

O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (6) que o recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa de biotecnologia Sinovac começa na próxima segunda-feira (13).

Na sexta (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a nova etapa do projeto realizado pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan. Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Segundo o governador João Doria (PSDB), após o recrutamento, a vacina deve começar a ser aplicada nos voluntários no dia 20 de julho.

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