Morre Mario Adler, fundador da Estrela e criador do Dia das Crianças no Brasil

O empresário Mario Adler morreu nesta sexta-feira, 30, em São Paulo, aos 86 anos, de causa não revelada. Adler tornou a Brinquedos Estrela uma das maiores indústrias do País e foi o responsável pela implantação do Dia das Crianças no Brasil, uma das datas mais importantes para a indústria e o varejo.

A Estrela foi fundada pelos pais dele, os imigrantes alemães Sigfried e Lizelote Adler. Com a ascensão do nazismo, migraram para Brasil em 1937, sem qualquer dinheiro. Sigfried começou a vender tampinhas de garrafas, o “que achava muito chato”, conforme contou Mario à Confederação Israelita do Brasil (Conib).

Um amigo disse que havia uma fábrica de bonecas de pano falida, em que ele poderia ajudar. Era a Estrella, com dois LL pela grafia antiga. Tinha quatro máquinas de costura e funcionava num sobrado, em cima de uma escolat de samba. A partir daí, a família criou o que se tornaria a maior indústria de brinquedos do País.

Foi sob as mãos de Mario que a Estrela se tornou um ícone, com os produtos mais desejados pelas crianças durante décadas. Líder empresarial, ele também tinha presença frequente na interlocução com o governo, nas décadas de 1980 e 1990, defendendo as pautas da indústria. Com a abertura do mercado brasileiro a produtos importados durante o governo Collor, a Estrela passou a ter dificuldades, até ser vendida ao empresário Carlos Tilkian.

Criador do Dia das Crianças, Adler disse, em entrevista ao Estadão em 2010, que o sucesso da data foi inesperado. “Acreditávamos que seria uma ação de marketing interessante para incrementar o negócio, mas não tínhamos a menor noção da importância que iria adquirir com o tempo”, afirmou. No ano passado, o varejo vendeu R$ 9,35 bilhões na data, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

De acordo com Adler, a ideia inicial com o Dia das Crianças era reduzir a dependência da indústria em relação ao Natal. Ele cogitou, inclusive, comemorar o Dia da Criança no primeiro semestre, alterando a sazonalidade do setor, extremamente dependente da segunda metade do ano. Isso não foi adiante, pois já existia uma lei, do tempo do presidente Arthur Bernardes, oficializando o 12 de outubro como o dia dos pequenos (que nunca pegou, diga-se).

A iniciativa começou a ser gestada na metade dos anos 1960 pela Estrela, à época a maior fabricante de brinquedos nacional. Antes dela, a Johnson & Johnson tivera ideia semelhante, propondo a criação do dia do bebê robusto, para estimular as vendas de suas fraldas descartáveis. “Mas acabou não decolando e eles desistiram”, afirmou Adler, que resolveu encampar a proposta. Não foi fácil, segundo ele, na entrevista em 2010.

Mappin, Mesbla e outros ícones

No primeiro ano, apesar de seus esforços para convencer os grandes varejistas de São Paulo, como Americanas, Mesbla e Mappin, a participar e compartilhar os gastos de uma campanha institucional conjunta, a Estrela teve de bancar todas as despesas. “A turma não acreditava muito que pudesse dar certo e resolveu esperar para ver o que acontecia”, disse Adler, na entrevista em 2010. Com os bons resultados obtidos pela campanha solo, as resistências acabaram sendo vencidas. “Depois, a coisa deslanchou”, afirmou.

Mais do que isso. O que era inicialmente para ser um dia focado apenas nos produtos da indústria de brinquedos acabou se espraiando pelas demais categorias do varejo, do vestuário a eletroeletrônicos, de calçados a celulares. Discreto, Adler disse à época não esperar reconhecimento por sua bem-sucedida jogada de marketing. “Minha recompensa é ver uma criança sorrindo por ter ganho um presente no seu dia”, afirmou

Após vender a Estrela, em 1993, Adler dedicou-se à filantropia no hospital Albert Einstein, como representante em São Paulo da Universidade de Tel Aviv, e na Congregação Israelita Paulista, na qual chegou a ser presidente. Foi também diretor, doador e membro do Conselho da Confederação Israelita do Brasil.

O velório e o sepultamento foram realizado na manhã deste sábado, 31, no Cemitério Israelita do Butantã.

A Conib lamentou, em nota, a morte de Adler. “A Conib lamenta profundamente a morte de Mario Adler e se solidariza com a família. Foi empresário incansável em sua atividade, líder comunitário e figura de grande destaque também na filantropia”, escreveu a entidade.

Estadão Conteúdos

Casal é condenado a 46 anos por matar e violentar filho de 6 anos

Um casal foi condenado a 46 anos, 5 meses e 7 dias de prisão em regime fechado por matar e violentar o próprio filho, de apenas 6 anos, em Salesópolis, na Grande São Paulo, em outubro de 2022. O julgamento durou quatro dias e terminou em 12 de abril, com o Tribunal do Júri reconhecendo a culpa dos pais.

Segundo a Justiça, os crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável foram cometidos com extrema crueldade. De acordo com o Metrópoles, o menino foi encontrado morto em uma área de mata, com sinais de tortura: ferimentos pelo corpo e objetos introduzidos em sua boca e ânus.

Na época, o pai afirmou que a mãe, que teria problemas psiquiátricos, havia fugido com o menino após uma discussão. No entanto, a Justiça entendeu que ele foi omisso e poderia ter impedido o crime. A mãe foi presa em flagrante, e o pai permaneceu foragido por oito meses, até ser localizado em junho de 2023, na zona norte da capital paulista. Durante a fuga, ele trocou de endereço diversas vezes e planejava deixar o país, chegando a ser incluído na lista de procurados da Interpol.

A Tarde

Bolsonaro aposta em multidão em SP para elevar pressão por anistia

Após a frustrante adesão à manifestação realizada há três semanas na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aposta em levar uma multidão neste domingo (06) à avenida Paulista, em São Paulo, para pressionar o Congresso Nacional a aprovar a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e demonstrar que ainda tem poder de mobilização popular frente ao desgaste enfrentado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O foco em uma pauta única — a anistia — e o uso de um símbolo feminino — o batom — para convocar apoiadores para o ato pelas redes sociais são o grande trunfo do núcleo duro bolsonarista para encher os quarteirões da avenida mais famosa da capital paulista nesta tarde e mostrar força política contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou Bolsonaro e mais sete aliados réus do fim de março, por suposto envolvimento em uma trama golpista para manter o ex-presidente no poder após a derrota para Lula nas eleições de 2022.

Diario de Pernambuco

Baby do Brasil é denunciada ao Ministério Público de SP após pedir a vítimas que perdoem abusadores

A declaração da cantora e pastora Baby do Brasil durante um culto evangélico na casa noturna D-Edge, em São Paulo, gerou ampla repercussão e críticas nas redes sociais. No evento realizado na última segunda-feira (10), Baby pediu que vítimas de abuso sexual perdoassem seus agressores, inclusive em casos ocorridos dentro da família.

A fala foi considerada problemática por internautas e levou a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) a acionar o Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigação. O Estadão tentou contato com a equipe da artista e da parlamentar, o espaço segue aberto.  Nas redes sociais, Sâmia classificou o discurso como “lamentável e criminoso”, ressaltando que a violência sexual no Brasil é alarmante: nove estupros são registrados por hora, sendo que 61% das vítimas são menores de 14 anos.

O episódio também impactou diretamente a D-Edge. O dono da boate, Renato Ratier, que organizou o evento, compartilhou uma nota pública em suas redes sociais repudiando as declarações da cantora. Ratier afirmou que o culto foi realizado com a intenção de promover “amor, respeito e transformação”, mas algumas declarações feitas durante o evento não condizem com o que acredita. Ele expressou solidariedade às pessoas que se sentiram atingidas pelas falas e garantiu que jamais foi sua intenção desrespeitar qualquer vítima de violência.

O DJ também declarou que não autorizou a fala da cantora e está cobrando um posicionamento público dela. Segundo ele, Baby foi chamada a falar de última hora, sem seu consentimento, e as declarações feitas não refletem seus valores nem os da D-Edge. Além disso, Ratier reiterou que repudia qualquer tipo de abuso e discriminação e que todo crime deve ser denunciado e apurado.

 Ele ainda destacou que a D-Edge continua comprometida com a diversidade e rejeitou qualquer associação com a “cura gay”, reforçando que essa ideia jamais fez parte de seus valores. Inicialmente, Ratier cogitava tornar o culto um evento mensal na D-Edge, no entanto, diante da polêmica, ele decidiu cancelar o projeto.

Diario de Pernambuco

Operação “Percursus”: Polícia Civil cumpre 45 mandados em cidades de PE e SP

A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou na manhã desta quinta-feira (13) a 12ª Operação de Repressão Qualificada do ano denominada “Percursus. A investigação foi iniciada em outubro de 2022, com o objetivo de identificar e desarticular Organização Criminosa voltada à prática dos crimes de Tráfico de Drogas e Lavagem de Dinheiro.

Nesta quinta, estão sendo cumpridos 45 Mandados de Busca e Apreensão Domiciliar, Seqüestro de Bens e Bloqueio Judicial de Ativos Financeiros nas cidades de Recife, Jaboatão, Gravatá, Caruaru, Gameleira, Parnamarim e Garulhos/SP. Todos expedidos pelo Juízo da Segunda Vara da Comarca de Bezerros.

Na execução estão sendo empregados 270 (duzentos e setenta) Policiais Civis, entre delegados, agentes e escrivães. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, outros detalhes da operação serão divulgados em breve.

Diario de Pernambuco

Incêndio criminoso deixa 4 pessoas mortas e 9 feridas em abrigo

Um incêndio criminoso deixou quatro mortos em um abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade localizado na Rua Sebastião Hummel, em São José dos Campos (SP). O fogo teve início na madrugada desta segunda-feira, 10, e o Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado. Durante a operação de resgate, 22 pessoas foram retiradas do local, com nove sendo levadas para o hospital, duas delas já sem vida.

O incêndio foi controlado ainda durante a madrugada, e o prédio passará por uma perícia para determinar mais detalhes sobre as circunstâncias do incêndio. A Polícia Civil está investigando o caso, e, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, uma pessoa foi presa e está à disposição da Polícia Judiciária.

De acordo com o Tenente Coronel Kalczuk, da Polícia Militar de São Paulo, imagens de câmeras de segurança mostram claramente a pessoa que iniciou o incêndio, confirmando que se tratou de um ato criminoso. O suspeito, que já possui passagens anteriores pela polícia, foi identificado e preso em flagrante. Ele estava sob efeito de drogas no momento da ação.

O tenente mencionou que a motivação do crime ainda está sendo investigada, mas, preliminarmente, acredita-se que o incêndio tenha sido causado por uma desavença entre o suspeito e um funcionário do abrigo durante um brechó realizado no local.

A Tarde

Após 15 anos sem vencer, Rosas de Ouro volta a ser campeã pelo Grupo Especial de SP

A Rosas de Ouro é grande campeã Grupo Especial do Carnaval paulistano de 2025, após apuração realizada na tarde desta terça-feira (4) no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista. Com 269,8 pontos, a escola da Brasilândia vence a Acadêmicos do Tatuapé no critério de desempate e chega ao 8º título da sua história.

A agremiação foi a sexta a apresentar na primeira noite de desfiles e levantou o público com o enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”, contando a história dos jogos e fazendo um painel de como influenciaram a humanidade ao longo dos anos. O resultado foi acompanhado de perto pela diretoria e integrantes da escola. Como já é tradição nas apurações dos desfiles, a cada ponto conquistado, as reações eram um misto de nervosismo, tensão e esperança. As informações são do portal Metrópoles.

Diario de Pernambuco

São Paulo entra em estado de alerta e tem ruas e estação do Metrô alagadas após fortes chuvas

A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para alagamentos, na sexta-feira (24), após uma chuva de 122 mm, equivalente à metade do que estava previsto no mês de janeiro, em apenas um dia. Registros de carros presos em enchentes e de grande volume de água começaram a surgir por volta das 16h e a zonas Norte e Oeste foram umas das mais afetadas.

O turístico Beco do Batman virou um rio com forte correnteza. Até o momento, não houve registro de vítimas. Segundo a Agência Brasil, foram registrados pelos bombeiros ao menos dois desabamentos na região metropolitana e 20 chamados para alagamentos. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE-SP) confirmou 10 alagamentos intransitáveis na cidade.

Houve registro de ventos intensos, com pico de 70,4km/h na região do Aeroporto de Guarulhos, às 15h26. Na região da Vila Maria/Vila Guilherme, onde houve registro de alagamentos, choveu 104,4 mm. Na Vila Madalena, foram 90mm.

Mensagens
Por volta de 15h, a Defesa Civil enviou um alerta por sistema de mensagem para praticamente todos os celulares que estavam em redes 5G na cidade. Foi o primeiro alerta “severo” via cellboradcast na capital e o 19º no estado de São Paulo. “Chuva forte se espalhando pela capital paulista com rajadas de vento e risco de alagamento. Mantenha-se em loca seguro”, foi o alerta enviado.

A Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) regula este tipo de mensagem. São dois tipos de alertas, o extremo e o severo. A gravidade do alerta é definida pela Defesa Civil, de modo que todos os celulares com cobertura 4G ou 5G da região sejam notificados, mesmo que silenciados.

Bahia Notícias

Bolsonaro é hostilizado em São Paulo: ‘Ladrão’

Durante uma carreata esta semana em apoio à candidatura de Rosana Valle (PL) à Prefeitura de Santos, no litoral paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentou hostilidades de um grupo de moradores. Acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), o ex-presidente ouviu ofensas como “ladrão” e provocações do tipo “sobe a favela”.

Imagens divulgadas na internet mostram a comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma picape. Enquanto as ofensas eram proferidas, Michelle Bolsonaro respondeu com gestos de “coração”, feitos com as mãos, e enviou “beijos” aos manifestantes.

Estado de Minas

Padilha diz que governo Lula enviou aeronaves e recursos para combate a incêndios em São Paulo

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou neste domingo, 25, que o governo Lula enviou aeronaves e recursos para apoiar o combate aos incêndios no interior de São Paulo. O articulador político do Palácio do Planalto, que foi deputado federal por São Paulo, falou ainda sobre a fumaça no céu de Brasília.

“Hoje o céu de Brasília amanheceu diferente, coberto de fumaça. O governo @LulaOficial já enviou aeronaves e recursos para apoiar o combate aos incêndios criminosos que afetam o interior de São Paulo”, publicou o ministro, na rede social X (antigo Twitter).

No sábado, 24, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se pronunciou nas redes sociais. “Conversei esta noite com o governador Tarcísio de Freitas para prestar minha total solidariedade ao Estado de São Paulo, especialmente às famílias das vítimas e a todas as pessoas que estão sofrendo com os gravíssimos incêndios”, escreveu, no X.

Marina também disse que o governo federal enviou aviões, por meio do Ministério da Defesa, para combater os incêndios. “O número de focos de incêndio, as cidades em estado de alerta máximo e o avanço da destruição e dos riscos apontados pelo INPE exigem respostas rápidas e coordenadas entre todas as instâncias de poder.”

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou ainda que o governo disponibilizou uma aeronave KC-390, da Força Aérea, e três aeronaves do Comando de Aviação do Exército Brasileiro para auxiliar no combate ao fogo em São Paulo. “Reiteramos nosso apoio e solidariedade ao @governosp, aos municípios e a todas as pessoas que estão sofrendo com mais essa complexa situação de emergência climática”, escreveu Góes, na manhã deste domingo, no X.

Ao falar sobre os incêndios, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez críticas veladas ao governo Bolsonaro. “Há uma semana, vi lideranças da extrema direita espalhando que o Brasil iria ‘pegar fogo’. Coincidência? Tenho minhas dúvidas. Quando temos situações trágicas como essa, é inevitável não pensar naquele pessoal que queria passar a boiada sobre o meio ambiente”, escreveu a petista, em referência a uma frase dita pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, sobre “passar a boiada” com flexibilizações das leis ambientais na gestão anterior.

Pelo menos 24 cidades de São Paulo têm focos ativos de incêndio, agravados pela baixa umidade e pela onda de calor que atinge o Estado, de acordo com o último balanço do governo paulista. A situação mais crítica é em Ribeirão Preto.

Estadão Conteúdo