Padilha diz que governo Lula enviou aeronaves e recursos para combate a incêndios em São Paulo

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou neste domingo, 25, que o governo Lula enviou aeronaves e recursos para apoiar o combate aos incêndios no interior de São Paulo. O articulador político do Palácio do Planalto, que foi deputado federal por São Paulo, falou ainda sobre a fumaça no céu de Brasília.

“Hoje o céu de Brasília amanheceu diferente, coberto de fumaça. O governo @LulaOficial já enviou aeronaves e recursos para apoiar o combate aos incêndios criminosos que afetam o interior de São Paulo”, publicou o ministro, na rede social X (antigo Twitter).

No sábado, 24, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se pronunciou nas redes sociais. “Conversei esta noite com o governador Tarcísio de Freitas para prestar minha total solidariedade ao Estado de São Paulo, especialmente às famílias das vítimas e a todas as pessoas que estão sofrendo com os gravíssimos incêndios”, escreveu, no X.

Marina também disse que o governo federal enviou aviões, por meio do Ministério da Defesa, para combater os incêndios. “O número de focos de incêndio, as cidades em estado de alerta máximo e o avanço da destruição e dos riscos apontados pelo INPE exigem respostas rápidas e coordenadas entre todas as instâncias de poder.”

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou ainda que o governo disponibilizou uma aeronave KC-390, da Força Aérea, e três aeronaves do Comando de Aviação do Exército Brasileiro para auxiliar no combate ao fogo em São Paulo. “Reiteramos nosso apoio e solidariedade ao @governosp, aos municípios e a todas as pessoas que estão sofrendo com mais essa complexa situação de emergência climática”, escreveu Góes, na manhã deste domingo, no X.

Ao falar sobre os incêndios, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez críticas veladas ao governo Bolsonaro. “Há uma semana, vi lideranças da extrema direita espalhando que o Brasil iria ‘pegar fogo’. Coincidência? Tenho minhas dúvidas. Quando temos situações trágicas como essa, é inevitável não pensar naquele pessoal que queria passar a boiada sobre o meio ambiente”, escreveu a petista, em referência a uma frase dita pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, sobre “passar a boiada” com flexibilizações das leis ambientais na gestão anterior.

Pelo menos 24 cidades de São Paulo têm focos ativos de incêndio, agravados pela baixa umidade e pela onda de calor que atinge o Estado, de acordo com o último balanço do governo paulista. A situação mais crítica é em Ribeirão Preto.

Estadão Conteúdo

FAB intensifica ataque ao incêndio no Pantanal

A Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou, ontem, a estratégia de combate aos incêndios no Pantanal. Três voos decolaram, ao longo do dia, com 12 mil litros de água cada e somam-se aos de sexta-feira, quando os militares do Esquadrão Zeus, sediados na Base Aérea de Anápolis (GO), levaram a Corumbá (MS) outros 12 mil litros. Somente este ano, mais de 680 mil hectares do bioma — que abrange o Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso — foram consumidos pelas chamas. Também em 2024, quase 3,5 mil focos de incêndio foram registrados no Pantanal, número 2.000% maior do que o de 2023 — quando 157 focos foram apontados.

O transporte vem sendo feito por uma aeronave KC-390 Millennium, o principal cargueiro da FAB. À água, é adicionado um produto químico que ajuda a pôr fim às chamas e a impedir que voltem. O composto é despejado nas áreas queimadas identificadas pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul.

Para tornar essa operação mais eficiente, a aeronave que vem sendo usada é equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). A ferramenta fornece à tripulação a leitura do solo para que o composto usado contra as chamas seja despejado com maior precisão.

Na última sexta-feira, as ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) sobrevoaram a área de Corumbá mais afetada pelo fogo. Ao lado do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, as ministras visitaram, ainda, o município de Ladário.

Recursos

Tebet aproveitou para negar que tenha havido omissão do governo federal no combate ao fogo no Pantanal. E frisou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que não faltarão recursos para o apoio às ações. “O que aconteceu no Pantanal não foi por omissão ou falta de planejamento do governo federal ou estadual, também não foi por falta de recursos”, salientou.

A ministra disse, ainda, que está definido que haverá uma linha de crédito para o combate ao fogo na região. “Não foi falta de recurso, muito pelo contrário. Sabíamos que íamos ter uma antecipação das queimadas — não tão grande assim, mas sabíamos”, salientou Tebet.

O Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul passam por uma das piores secas em 70 anos, o que piora a situação. Estão atuando contra as chamas no Pantanal 145 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), 40 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e 53 militares da Marinha estão envolvidos no combate à crise. O governo federal já liberou R$ 100 milhões para a contratação de reforços para o Ibama.

Diário de Pernambuco

AB faz três voos hoje sobre o Pantanal para combate às queimadas

A aeronave KC-390 Millennium, com 12 mil litros de água para combater os incêndios no Pantanal, decolou às 11h20 deste sábado (29) para a região do Pantanal, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB).

No dia anterior (28), o avião operado pelo Esquadrão Zeus, sediado na Base Aérea de Anápolis, em Goiânia, transportou de Corumbá (MS) também cerca de 12 mil litros de água, no primeiro voo real de combate ao fogo realizado pela FAB com o cargueiro multimissão. A água foi lançada em um dos focos de incêndio identificados pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul.

Para hoje foram três voos de aproximadamente 35 minutos para o lançamento de 12 mil litros de água cada um. Para aumentar o efeito no combate ao fogo, um produto químico denominado retardante é adicionado à água lançada pelas aeronaves na região. Diversos órgãos e agências atuam em conjunto na ação de combate ao incêndio no Pantanal. O Corpo de Bombeiros estadual, por exemplo, alimenta duas piscinas que ficam no Aeroporto Internacional de Corumbá e identifica os principais focos de incêndio para que a atuação das aeronaves seja a mais efetiva possível.

Aeronave 
No combate aos focos de incêndio no Pantanal, a Aeronáutica utiliza a aeronave multimissão KC-390, desenvolvida pela fabricante brasileira Embraer, que tem capacidade para realizar uma operação segura e equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). A ferramenta fornece ao cargueiro a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate a incêndio em voo.

O equipamento conta com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 3 mil galões, aproximadamente 12 mil litros de água em áreas de incêndios, com ou sem retardante de fogo, conforme o critério de nível de cobertura padrão do solo e em diversos tipos de terrenos. O sistema oferece maior precisão, aumentando significativamente a eficácia das operações de combate a incêndios.

As ações levam em conta as adversidades, o que requer um voo a baixa altitude, baixa velocidade e em elevadas temperaturas. Desta forma, é possível manter a aeronave pressurizada, ou seja, sem comprometer a performance do KC-390. Além disso, o reservatório utilizado para fazer o reabastecimento de água na aeronave tem capacidade para 22 mil litros de água.

Agência Brasil