PRF alerta sobre o risco de queimadas às margens das rodovias federais

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) alerta os motoristas para o risco de queimadas às margens das rodovias, principalmente neste período mais seco e de estiagem, que acontece na Bahia. Equipes da PRF têm flagrado com frequência queimadas ilegais às margens das rodovias. Essa semana, na BR 324, foram vários os registros da pastagem em chamas.

Com a vegetação seca, os ventos fortes e a baixa umidade do ar, o fogo se propagou rapidamente e a fumaça cobriu a pista, atrapalhando a visibilidade dos motoristas. A inalação da fumaça pode provocar mal estar e confusão mental nos ocupantes do veículo.

Além de provocarem acidentes, as queimadas também destroem as placas de sinalização e prejudicam a fauna. Diversos animais silvestres são flagrados agonizando no acostamento do leito da rodovia ou morrem atropelados ao fugir do fogo. Geralmente as queimadas são provocadas por latas, vidros e tocos de cigarros jogados no capim seco de forma irresponsável pelos próprios usuários das rodovias, podendo levar a um incêndio incontrolável.

É preciso conscientizar os usuários das rodovias que jogar apenas uma bituca de cigarro pela janela do veículo é o suficiente para desencadear um incêndio de grandes proporções. Do mesmo modo, é preciso sensibizar aqueles que moram nas redondezas da rodovia que evitem fazer fogueira, colocar fogo em lixo, pois até a fumaça atrapalha a visibilidade do motorista e pode ser causadora de graves acidentes.

Dicas importantes

Ao se depararem com uma nuvem de fumaça nas proximidades da via, é recomendável que os condutores parem o veículo distante do local e fora da via ou em último caso, no acostamento – ligando o pisca alerta, e acionem a PRF, pelo número de emergência 191, para que seja feita a orientação e controle do trânsito. Também é importante acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193.

Ao trafegar sob essas condições, o condutor nunca deve atravessar a cortina de fumaça. É necessário fazer uma avaliação criteriosa da situação, estimar a extensão que deverá ser transposta e só prosseguir se realmente tiver segurança. Caso decida seguir, o motorista deverá permanecer com o farol de luz baixa aceso, reduzir a velocidade, manter os vidros fechados, ligar o sistema de ventilação interna do veículo e seguir em frente. Jamais deve parar no meio do fumaceiro, pois isso pode provocar graves colisões.

O que diz a lei

De acordo com o artigo 172 do Código de Trânsito Brasileiro, atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias é infração média. O motorista ou o passageiro, que for pego praticando este ato, terá quatro pontos computados na carteira de habilitação e receberá uma multa no valor de R$130,16.

Já quem for flagrado ateando fogo nas margens da rodovia poderá ser enquadrado em crime ambiental, cuja pena prevista é de 2 a 4 anos de reclusão. Se você vir alguém colocando fogo em locais proibidos, denuncie por meio do número 191 – PRF. Além disso, quem causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem tem uma pena de reclusão, de três a seis anos, e multa, conforme o artigo 250 do Código Penal.

PRF/Foto: Divulgação PRF

Vereador mais votado de cidade da Bahia morre em acidente de moto

Vereador mais votado da cidade de Queimadas, no norte da Bahia, José Ariel Rodrigues de Oliveira, conhecido como Ariel da Martins, de 43 anos, morreu após se envolver em um acidente de moto na noite deste sábado (27). A colisão aconteceu em uma estrada no município de Itiúba, a 50 Km de Queimadas.

De acordo com a Polícia Civil, Ariel da Martins perdeu o controle da motocicleta e bateu no fundo de outra moto. O fato foi comunicado à polícia pelo irmão do vereador. A vítima foi socorrida para o Hospital Municipal de Itiúba e transferida para o Hospital de Trauma de Petrolina, onde morreu.

Ariel era empresário e produtor de eventos. Ele foi eleito pelo partido MDB com mais de 1.000 votos. Em nota, a Prefeitura Municipal de Queimadas lamentou o falecimento.

G1 Bahia

Focos de incêndios no Brasil já são 76% maior que em 2023

Com mais de 2,3 mil focos de incêndio detectados nas últimas 48 horas, o Brasil já acumula este ano até o domingo (13), 226,6 mil registros detectados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa aumento de 76% na comparação com o mesmo período de 2023.

De acordo com os dados do Inpe, do total de focos detectados, 49,4% ocorreram na Amazônia. O Cerrado é o segundo bioma mais afetado em números absolutos com 32,1%.

O Pantanal, embora tenha registrado 6% do total de focos do país, foi o bioma que observou o maior crescimento de incêndios na comparação com 2023: um crescimento de 1.240%.

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Incêndios continuam a se alastrar no Distrito Federal, atingindo áreas de vegetação e parques

Os incêndios seguem devastando o Brasil, e na segunda-feira (16), um incêndio de grandes proporções foi registrado atrás da antiga Rodoferroviária, em Brasília.

Uma motorista gravou imagens impressionantes enquanto dirigia sobre o viaduto Ayrton Senna, mostrando uma densa cortina de fumaça e uma parede de fogo. O vídeo viralizou na internet, sendo comparado a cenas do filme “Apocalipse”.

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Brasil concentra 71,9% das queimadas na América do Sul nas últimas 48h

Nos últimos dois dias, o Brasil concentrou 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul. De acordo com dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 7.322 focos de incêndio nas últimas 48 horas até a sexta-feira (13).

Na sequência, aparecem Bolívia com 1.137 focos (11,2%), Peru com 842 (8,3%), Argentina com 433 (4,3%) e Paraguai com 271 (2,7%) focos de queimadas nas últimas 48 horas.

Considerando o acumulado do ano, até a data de ontem, o Brasil registrou 180.137 focos em 2024, 50,6% dos incêndios da América do Sul. O número é 108% maior em relação ao mesmo período de 2023, quando foram anotados 86.256 focos entre janeiro e 13 de setembro.

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso lidera o ranking, com 1.379 registros nas últimas 48 horas, seguido por Amazonas, com 1.205, Pará, com 1.001, e Acre, com 513 focos. O município com o maior número de queimadas no período é Cáceres (MT), que teve 237 focos nas últimas 48 horas. Novo Aripuanã (AM) e São Félix do Xingu (PA) vêm logo atrás com 204 e 187 focos de incêndio, respectivamente.

A Amazônia foi a região mais afetada, concentrando 49% das áreas atingidas pelo fogo nas últimas 48 horas. Na sequência, aparecem o Cerrado (30,5%), a Mata Atlântica (13,2%), o Pantanal (5,4%) e a Caatinga (1,9%).

Ações coordenadas

A Polícia Federal (PF) aponta que há indícios de que parte dos incêndios florestais no país pode ter ocorrido por meio de ações coordenadas. A hipótese de ação humana em parte das queimadas que assolam o país também já foi levantada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que determinou medidas para o enfrentamento aos incêndios na Amazônia e no Pantanal.

O uso do fogo para práticas agrícolas no Pantanal e na maior parte da Amazônia está proibido e é crime, com pena de dois a quatro anos de prisão.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, associados a essa prática, os incêndios florestais no Brasil e em outros países da América do Sul são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas em biomas como o Pantanal e Amazônia. Em 2024, 58% do território nacional são afetados pela seca. Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca severa.

Além das consequências para o meio ambiente, o grande volume de queimadas no país tem pressionado o sistema de saúde e causa preocupação, principalmente envolvendo idosos e crianças com problemas respiratórios. Por causa dos incêndios, cidades em diversas partes do país foram atingidas por nuvens de fumaça, o que prejudica a qualidade do ar.

As orientações para a população nessas regiões são evitar, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.

Agência Brasil

Incêndio queima 10 mil hectares do Parque da Chapada dos Veadeiros

Na última quinta-feira (5), um incêndio devastador atingiu o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, destruindo aproximadamente 10 mil hectares de área preservada.

Segundo a administração do parque, a área afetada está situada entre o Paralelo 14 e a Cachoeira Simão Correia, mas os números ainda são estimativas iniciais.

Em nota divulgada ontem (7), a chefia do parque informou que as causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas há suspeitas de que tenha sido provocado de forma criminosa.

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AB faz três voos hoje sobre o Pantanal para combate às queimadas

A aeronave KC-390 Millennium, com 12 mil litros de água para combater os incêndios no Pantanal, decolou às 11h20 deste sábado (29) para a região do Pantanal, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB).

No dia anterior (28), o avião operado pelo Esquadrão Zeus, sediado na Base Aérea de Anápolis, em Goiânia, transportou de Corumbá (MS) também cerca de 12 mil litros de água, no primeiro voo real de combate ao fogo realizado pela FAB com o cargueiro multimissão. A água foi lançada em um dos focos de incêndio identificados pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul.

Para hoje foram três voos de aproximadamente 35 minutos para o lançamento de 12 mil litros de água cada um. Para aumentar o efeito no combate ao fogo, um produto químico denominado retardante é adicionado à água lançada pelas aeronaves na região. Diversos órgãos e agências atuam em conjunto na ação de combate ao incêndio no Pantanal. O Corpo de Bombeiros estadual, por exemplo, alimenta duas piscinas que ficam no Aeroporto Internacional de Corumbá e identifica os principais focos de incêndio para que a atuação das aeronaves seja a mais efetiva possível.

Aeronave 
No combate aos focos de incêndio no Pantanal, a Aeronáutica utiliza a aeronave multimissão KC-390, desenvolvida pela fabricante brasileira Embraer, que tem capacidade para realizar uma operação segura e equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). A ferramenta fornece ao cargueiro a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate a incêndio em voo.

O equipamento conta com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 3 mil galões, aproximadamente 12 mil litros de água em áreas de incêndios, com ou sem retardante de fogo, conforme o critério de nível de cobertura padrão do solo e em diversos tipos de terrenos. O sistema oferece maior precisão, aumentando significativamente a eficácia das operações de combate a incêndios.

As ações levam em conta as adversidades, o que requer um voo a baixa altitude, baixa velocidade e em elevadas temperaturas. Desta forma, é possível manter a aeronave pressurizada, ou seja, sem comprometer a performance do KC-390. Além disso, o reservatório utilizado para fazer o reabastecimento de água na aeronave tem capacidade para 22 mil litros de água.

Agência Brasil