Covid-19: Brasil ultrapassa 130,5 mil casos em 2025

De 1° a 22 de fevereiro deste ano, o Brasil já soma 130.507 casos de Covid-19. Já os óbitos pela doença somaram 664. Na Semana Epidemiológica (SE) 08/2025, correspondente ao período de 16/02 a 22/02, foram registrados 22.097 novos casos da doença e 153 mortes. Os dados podem ser acessados no painel do Brasil 61, feito com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde. .

Na SE 08/2025, os estados de São Paulo, Tocantins e Mato Grosso registram os maiores números de novos casos positivos para Covid-19 no país. Apenas em SP foram 8.874 novos registros. Já no TO houve 4.255 pessoas positivas para a doença e em MT foram 1.762 novos casos de Covid-19 em uma semana. As UFs foram as únicas que registraram mais de mil positivos no período.

Em comparação à SE 07/2025, que diz respeito aos dias 9 a 15 de fevereiro, houve uma alta de 61,1% nos casos positivos na SE 08/2025. Em relação aos óbitos, houve um aumento de 86,6%. Os registros na Semana Epidemiológica 7 foram de 13.709 casos e 82 óbitos.

Cenário epidemiológico
O mais recente Boletim InfoGripe da FioCruz, referente à Semana Epidemiológica (SE) 09/2025 – que corresponde o período de 23/02 a 01/03 – aponta que nas quatro últimas semanas epidemiológicas, 81,4% dos óbitos foram por Covid-19 e entre os casos positivos, o percentual da doença ficou em 39,9%

O documento destaca, ainda, que nove das 27 unidades federativas apresentam incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas. Confira os estados:  Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Dentre as nove UFs, sete apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Distrito Federal, Goiás, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Conforme o Boletim, a manutenção do aumento de casos de SRAG, com incidências de moderada a alta em vários estados da Região Norte, como PA, RO e RR e TO, e em alguns estados das regiões Centro-Oeste e Nordeste, sendo DF, GO e SE, é justificada pela alta de casos entre crianças e adolescentes de até 14 anos.

Já em GO e no DF, o avanço de SRAG entre crianças de até quatro anos está relacionado, em especial, ao vírus sincicial respiratório (VSR). Em SE, GO e DF, o crescimento de SRAG na faixa etária de 5 a 14 anos está associado ao rinovírus. Nos demais estados, a FioCruz afirma que ainda não é possível determinar qual vírus é o responsável pelo aumento.

O Informe da FioCruz detalha que a Covid-19 continua sendo a principal responsável pelos casos e óbitos de SRAG entre os idosos nas últimas semanas. Porém, os casos da Síndrome associados à doença nessa faixa etária seguem em níveis baixos ou moderados, sem sinal de crescimento na maior parte do país.

Brasil 61

Covid-19: cinco anos da pandemia que devastou o mundo

O primeiro caso de Covid-19 na Bahia, registrado em 6 de março de 2020, é um marco que atravessa não apenas o calendário, mas a memória coletiva dos baianos. Foi o início de um novo ciclo, marcado por perdas, saudades e um lento aprendizado diante de uma doença invisível que mudou o curso da história.

Cinco dias depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou oficialmente a pandemia global e trouxe a confirmação do que se temia. A doença, que antes parecia uma preocupação distante, era agora uma ameaça global. Os hospitais começaram a se encher, o medo se espalhou e, em pouco tempo, a luta contra a Covid-19 se tornou a maior batalha do século, afetando não apenas a saúde, mas a economia, a cultura e a própria maneira de viver. A partir daquele momento, a vida em Salvador, em todo o estado e no mundo entrou em um impasse, onde o ritmo de festas e encontros foi silenciado, as ruas ficaram vazias e os abraços se tornaram impossíveis.

O primeiro caso de Covid-19 na Bahia

O primeiro caso de Covid-19 na Bahia foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, que retornou da Itália no dia 25 de fevereiro de 2020. No país europeu, ela teve passagens pelas cidades de Milão e Roma. A mulher manifestou sintomas depois de ter chegado ao Brasil, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). À época, ela foi o nono caso de coronavírus confirmado no país, os outros foram: 6 em São Paulo, 1 no Espírito Santo e outro no Rio de Janeiro. Poucos dias depois, o número de casos aumentou de forma acelerada.

No primeiro ano da pandemia, o Brasil viveu momentos de dor e sofrimento. As cenas de hospitais lotados, filas para leitos de UTI e a angústia das famílias foram um retrato da gravidade da situação. Em 2020, pelo menos 1,8 milhão de pessoas morreram de covid-19 em todo o mundo. Estados Unidos (342.450 mortes), Brasil (194.976 mortes), Índia (148.738) e México (124.897) foram os países com o maior número de óbitos. Em casos confirmados, 7.675.781 brasileiros tiveram a doença naquele ano.

O país ultrapassava mais de mil mortes diárias por Covid-19 até que, em abril de 2021, o número chegou a 4.195 óbitos por dia, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). Foi o ano com os piores números da doença, que teve 14.611.548 casos e 424.107 mortes. Por semana, em média foram 275 mil casos e 8.000 óbitos.

Os números relacionados à doença foram diminuindo aos poucos a partir do início da vacinação, em 17 de janeiro de 2021. Apesar dos óbitos voltarem a crescer em fevereiro de 2022, nos meses seguintes foram se estabilizando e entrando em queda. Em 2024, por exemplo, foram 862.680 casos e 5.959 mortes, os menores números para um único ano desde o surgimento da Covid-19.

Desde o primeiro caso no país, em 26 de fevereiro de 2020, 39 milhões de casos e 715 mil mortes foram confirmadas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Já na Bahia, até o momento, o estado registrou mais de 32 mil mortes e cerca de 1,8 milhões de casos da doença, de acordo com a Sesab. Em janeiro de 2021, o Brasil iniciou a vacinação de sua população com o imunizante CoronaVac, seguido por outros produtos como AstraZeneca, Pfizer e Johnson & Johnson.

Até o início de janeiro deste ano, o Brasil já aplicou quase 560 milhões de doses de vacina contra a Covid-19. Foram 552,6 milhões de doses do imunizante monovalente (desenvolvida para combater uma única cepa ou variante da doença), considerando a primeira, segunda e todas as doses de reforço.

A Tarde

Anvisa aprova vacinas da Covid atualizadas para cepa JN.1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (22), as vacinas contra a Covid-19 atualizadas da Pfizer e da Moderna no Brasil. As composições são destinadas à cepa JN.1 e já utilizadas nas campanhas de imunização em outros países, como nos Estados Unidos.

A medida segue resolução prévia da autarquia que estabeleceu a necessidade de as vacinas contra a Covid-19 serem periodicamente atualizadas seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), de modo semelhante ao que é feito anualmente com as doses contra a gripe.

A última orientação da OMS, de junho deste ano, foi para que as fabricantes de vacina adaptassem as fórmulas para a cepa JN.1, uma subvariante da Ômicron que se tornou a mais prevalente no mundo e no Brasil.

Hoje, a dose utilizada na campanha de vacinação brasileira é direcionada para a XBB. Embora o imunizante ofereça alguma proteção para a cepa atual, por ser também uma subvariante da Ômicron, a dose atualizada amplia a resposta imune.

“A análise pela Agência dos dados e provas apresentados pelas empresas foi priorizada em setembro deste ano, por se tratar de imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, conforme prevê a Resolução RDC nº 204/2017. A indicação dos imunizantes segue sendo a mesma dos seus respectivos registros, ou seja, ambos os produtos estão autorizados para uso em indivíduos a partir de 6 meses de idade”, diz a Anvisa.

Agora, as novas doses precisam ser adquiridas pelo Ministério da Saúde para que possam fazer parte da campanha de imunização do PNI no Brasil como reforços para os grupos prioritários e esquema primário de vacinação para bebês e aqueles que ainda não receberam a proteção.

Agência O Globo

 

Covid 19 – Onze estados receberam doses da vacina

O Ministério da Saúde emitiu uma nota confirmando a conclusão da distribuição das doses de vacinas contra a Covid-19 para 10 estados, além do Distrito Federal: Paraíba, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná, Sergipe, Tocantins e São Paulo. Segundo a pasta, todos os estados serão contemplados com celeridade.

O lote com 1,2 milhão de doses é parte da compra emergencial de imunizantes. Agora, cabe aos estados a responsabilidade de abastecer os municípios de acordo com a demanda local.

O Ministério da Saúde também reforça que um novo pregão já foi concluído para a compra de mais 69 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, garantindo a proteção contra as cepas atualizadas pelos próximos dois anos. As entregas pelos fabricantes serão feitas de forma gradual, de acordo com a adesão da população e as atualizações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Falta de vacinas
Em setembro deste ano, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que 64,7% dos municípios brasileiros estavam com falta de vacinas. O imunizante contra a Covid-19 para crianças era apontado como o segundo com estoques mais desfalcados.

Na nota publicada na última semana, o Ministério da Saúde ressaltou que “não há falta generalizada de vacinas no Brasil” e que “adota estratégias para manter a vacinação em dia e garantir a proteção da população”.

Óbitos por Covid-19
Em 2024, foram notificados 5.222 óbitos por Covid-19, segundo o mais recente Informe da Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde. O número está bem próximo do recorde de mortes por dengue este ano — 5.680 até agora, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

O médico infectologista Marcelo Daher destaca que, em 2024, o Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue. No entanto, em comparação com os óbitos da Covid-19, é preciso considerar quais foram realmente provocados pela doença.

“Temos que tentar distinguir o que é morte por Covid-19 e morte com Covid-19. Isso é uma discussão ampla, que está acontecendo em vários lugares do mundo, porque muitas vezes você identifica Covid-19, mas essa não foi a causa do óbito. Mas é importante que as pessoas entendam que a doença ainda circula e, se as medidas de contenção não forem tomadas, nós teremos outro surto de dengue e Covid-19, que continuarão acontecendo e matando.”

O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta uma diminuição dos novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 na maioria dos estados brasileiros. Entre o total de óbitos por SRAG, em 2024, 52% estavam relacionados à doença.

Fonte: Brasil 61

Após baixo resultado, Butantan encerra estudo para vacina contra covid

O Instituto Butantan confirmou nesta sexta-feira (23), em nota oficial, que irá encerrar o desenvolvimento de imunizante contra a covid-19. Os estudos para a vacina estavam na chamada Fase II, que contava com testes em 400 voluntários. Porém, os resultados obtidos foram abaixo do desempenho esperado, ficando aquém de outras vacinas utilizadas no país.

“De acordo com a pesquisa, a Butanvac dobrou a quantidade de anticorpos contra a doença após 28 dias de sua aplicação, quando a meta esperada era que induzisse uma produção de anticorpos quatro vezes maior, número atingido por vacina já disponível à população”, diz a nota.

“O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso. Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras”, explica o diretor do instituto, o epidemiologista Esper Kallás, no comunicado.

A vacina era chamada internacionalmente de NDV-HXP-S e estava sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia, a partir de tecnologias que o instituto já dominava para a produção de vacina contra a gripe causada pelos vírus influenza e que utilizam ovos de galinha para produzir os antígenos.

Agência Brasil

Bahia recebe 72 mil doses de nova vacina contra Covid-19

A Bahia vai receber, na segunda-feira (3), 72 mil doses da vacina mais recente contra Covid-19, a XBB, produzida pela empresa Moderna. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), o novo imunizante é mais eficaz no combate à variante XBB.1.5, responsável, atualmente, pelo maior número de casos e de internações no Brasil e exterior.

De acordo com a pasta, a distribuição será iniciada ainda na segunda-feira e todos os municípios receberão, ao menos, 20 doses do imunizante.O quantitativo e a distribuição das doses foram decididos durante uma reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que conta com a participação de todos os 417 municípios baianos e do Governo do Estado, nesta sexta-feira (31).

O imunizante, distribuído pelo Ministério da Saúde, necessita de condições especiais de armazenamento, com temperatura entre -15° C e -50° C, e possui validade de 30 dias quando é retirado de ambiente controlado. Para garantir o armazenamento e distribuição veloz, o Governo da Bahia preparou uma operação logística com a distribuição em parceria o Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer), a aquisição de 44 ultrafreezers para armazenamento e o apoio institucional do Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems/BA) e da União dos Municípios da Bahia (UPB).

A secretária da Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, reforçou o pedido para que a população e imunize contra a Covid-19.
“Reforço o pedido para que todos se vacinem, é essencial para que sigamos avançando no combate ao Covid, ainda mais que o período de maior ocorrência de síndromes respiratórias está se aproximando”, afirmou a gestora.

G1 Bahia

Nova vacina contra a covid-19 chega à população em 15 dias

O Ministério da Saúde confirmou a compra de 12,5 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Moderna. Os imunizantes devem chegar à população nos próximos 15 dias. O contrato foi fechado na sexta-feira (19).

A pasta informou que iniciou o processo de aquisição emergencial em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada do imunizante. Em nota, o ministério diz que essa é a primeira vez que empresas farmacêuticas disputam o fornecimento de vacinas contra a covid-19 no Brasil. Todas as aquisições anteriores foram feitas em um ambiente sem concorrência. A medida, segundo o governo, possibilitou uma economia de R$ 100 milhões.

Agência Brasil

Covid ainda mata 10 vezes mais do que dengue em 2024 no Brasil

Apesar da melhora do cenário epidemiológico, com uma média semanal de mortes 100 vezes menor da registrada nos piores momentos da pandemia, a Covid-19 ainda causa 10,8 vezes mais mortes no Brasil do que a dengue, mostram dados do Ministério da Saúde. Segundo o monitoramento de 2024 até a sétima semana epidemiológica, que terminou no dia 17 de fevereiro, foram 122 óbitos confirmados para a dengue no período, e outros 456 em investigação. Já para a Covid-19, foram 1.325 vítimas fatais.

“As duas são doenças importantes, mas os impactos na saúde e os mecanismos de controle são muito diferentes. A Covid tem um impacto em perdas de vidas muito maior, a letalidade é superior. Mas a dengue enche mais os prontos-socorros porque ela é mais sintomática. São doenças bastante distintas”, diz André Ribas Freitas, professor de Epidemiologia da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic, de Campinas e doutor em Epidemiologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ainda assim, o cenário do coronavírus não é o mesmo de alarme como em outros momentos da pandemia – a Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, deu fim à Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela doença em maio do ano passado.

Com a combinação da maior campanha de vacinação já realizada no planeta, que até agora chegou a mais de 13,5 bilhões de doses administradas e a 70,6% da população global com ao menos a primeira aplicação, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford, a mortalidade caiu drasticamente.

No Brasil, hoje são em média 192 mortes por Covid-19 a cada 7 dias, com base nos dados das últimas quatro semanas epidemiológicas. No mesmo período do ano passado, esse número era 448, 57% mais alto. Já na pior época da pandemia, em abril de 2021, quando a imunização avançava a passos lentos no país, o Brasil chegou a registrar uma média de 19.731 óbitos a cada semana – mais de 100 vezes acima da taxa atual.

Para evitar uma onda de casos graves, porém, é importante a manutenção de medidas, como estar em dia com o esquema vacinal. Segundo o painel de imunização do Ministério da Saúde, apenas 19,7% da população elegível recebeu a dose bivalente da vacina, atualizada para a variante Ômicron e disponível nos postos de saúde.

“Temos que nos preocupar com a Covid e agir atualizando a situação vacinal, especialmente grupos de risco para Covid grave, idosos, crianças, gestantes, imunossuprimidos, que também devem considerar o uso de máscara em ambientes fechados e com muita gente. Em caso de sintomas respiratórios, é importante testar para Covid e usar máscara por, no mínimo, 7 dias, independentemente da causa do quadro respiratório”, diz a professora de Infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi.

Dengue bate recordes
Embora a situação da Covid-19 tenha melhorado em relação aos últimos anos, a da dengue bate recordes que preocupam autoridades de saúde. Isso porque já são mais de 740 mil casos neste ano, o que representa, em menos de dois meses, quase metade de todos os diagnósticos registrados em 2023 (1.658.816). Além disso, ultrapassa por completo anos como os de 2021, 2018 e 2017.

Segundo projeções da pasta da Saúde, o país deve bater 4,2 milhões de infecções até o fim do ano, o que ultrapassará em 149% o pior da série histórica até agora, 2015. O cenário já levou ao menos seis estados (Minas Gerais; Acre; Goiás; Rio de Janeiro; Espírito Santo e Santa Catarina), além do Distrito Federal e de três capitais (Belo Horizonte; Rio de Janeiro e Florianópolis), a decretarem estado de emergência em saúde.

Especialistas atribuem a maior disseminação da arbovirose a fatores como a introdução de novas versões do vírus no país, o impacto das mudanças climáticas e a falta de medidas preventivas durante o ano. “Esse aumento de casos é multifatorial e uma grande preocupação. Temos, por exemplo, o El Niño, fenômeno que provoca chuvas volumosas e calor intenso, condições perfeitas para proliferação do Aedes. Além do descarte inadequado do lixo pela população, a falta de rede de esgoto e coleta insuficiente do lixo”, diz Stucchi.

Ribas Freitas destaca ainda impacto o da pandemia na epidemiologia das arboviroses e a maior disseminação também de chikungunya, que assim como a dengue é transmitida pelo Aedes aegypti: “Houve um período de silêncio muito grande da dengue por conta do isolamento social, porque diminuiu a circulação viral. Então tem uma quantidade muito grande de pessoas suscetíveis que não se infectaram nos últimos anos. Temos também alternância de sorotipos, que geram novos casos. E algumas regiões estão tendo uma transmissão significativa também de chikungunya, que tem uma manifestação clínica parecida. Isso agrava bastante a situação epidemiológica”.

Ele lembra que, no ano passado, já houve uma epidemia de dengue no Brasil “2023 foi, inclusive, o segundo pior ano da série histórica mantida pelo Ministério da Saúde”, e que está acontecendo de novo. Diz ainda que a vacinação, que tem como público alvo apenas jovens de 10 a 14 anos de municípios selecionados, devido à baixa quantidade de doses, não terá impacto neste ano.

“O controle da doença é o controle do vetor, o Aedes. A vacinação neste ano não vai impactar substancialmente na epidemia, até porque são duas doses separadas por três meses entre elas, quando chegar a segunda a época de epidemia já vai ter acabado. Para proteção individual, o uso de repelente é importante. Se você tiver oportunidade de ligar o ar condicionado em ambientes fechados, ajuda, porque a baixa temperatura diminui a atividade do mosquito caso algum tenha entrado no local. As pessoas também precisam cuidar dos quintais, dos criadouros dos mosquitos, mas essa é uma ação que precisa ser feita durante o ano, no momento de alta já não é tão efetiva”, orienta.

Agência O Globo

Casos de Covid-19 seguem em alta e quase dobram em uma semana em Pernambuco

O número de casos de Covid-19 segue em tendência de alta em Pernambuco. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o total de diagnósticos da doença na semana epidemiológica 49, de 3 a 9 de dezembro, foi de 1.497. Esse total é 92,9% maior do que o registrado na semana anterior, 26 de novembro a 2 de dezembro, quando foram confirmados 776 casos.

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Vacinação protege crianças de sequelas da Covid-19

Além de evitar casos graves da covid-19, a vacinação infantil contra a doença é fundamental para proteger as crianças de sequelas da infecção, a chamada covid longa. A afirmação é de Clovis Artur Almeida da Silva, professor titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e chefe do departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP.

Durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, que terminou ontem (7) em Goiânia (GO), o professor falou que essa vacinação é importante principalmente para crianças que tenham doenças crônicas, como as reumáticas. “As vacinas mostraram segurança e resposta imune adequada, inclusive nos pacientes reumáticos e que tomam imunossupressores. Mesmo que eles tenham taxas menores de resposta, as vacinas são adequadas para combater a infecção viral”, disse ele.

A covid longa é definida como qualquer sintoma persistente após três meses da infecção pelo novo coronavírus ou pelas complicações que surgem após uma infecção pelo coronavírus. Associadas a essa covid longa podem surgir problemas sérios, como as miocardites (inflamação no músculo que bombeia o coração), os impactos emocionais e as dificuldades na aprendizagem. “O vírus agride o cérebro e leva a sequelas. Leva à ansiedade e depressão também. Mas ainda não está claro quanto tempo dura isso [esses impactos]”, acrescentou Silva.

Um estudo  feito no Instituto de Pediatria do Hospital das Clínicas da USP e publicada na revista Clinics identificou sintomas prolongados da covid-19 em 43% crianças e adolescentes três meses após a infecção. Os sintomas mais presentes foram dores de cabeça, reportadas por 19% do total de pacientes. Dores de cabeça fortes e recorrentes foram a queixa de 9%, mesmo percentual disse ter cansaço. A falta de ar afetou 8% e a dificuldade de concentração, 4%.

O professor destacou que, nesse estudo, cerca de 80% dessas crianças já apresentavam, antes da infecção, problemas crônicos como doenças reumatológicas, renais e oncológicas.

Esse estudo também identificou que as crianças que tiveram covid, passaram a apresentar mais dificuldades de aprendizado do que as crianças que não tiveram a doença. “As crianças e adolescentes que tiveram covid tinham significativamente valores menores do domínio escolar de aprendizado mostrando que esses pacientes, possivelmente, vão ter impacto no rendimento escolar, no aprendizado escolar”.

Para prevenir a covid-19 e a covid longa, reforçou o professor, é importante que as crianças sejam vacinadas. E essas vacinas estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o território nacional.

Mas não é isso que tem ocorrido no Brasil. Segundo boletim do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em agosto deste ano, apenas 11,4% das crianças brasileiras entre seis meses e cinco anos tomaram ao menos duas doses da vacina contra a covid-19. “Já há estudos mostrando que a vacina diminuiu a covid, diminuiu a covid longa e que, quem tinha covid longa, melhorou mais rápido com a vacina. A grande questão é: vacine. Se tiver novas doses e novas vacinas, continue sendo vacinado”, aconselhou o professor.

Agência Brasil

Covid-19: pesquisa reforça segurança de vacinas para gestantes e bebês

Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reforçou as evidências científicas de que as vacinas CoronaVac e Pfizer contra covid-19 são seguras para gestantes e bebês, independentemente da fase da gestação. O trabalho faz parte do projeto Vigivac e foi publicado no periódico científico International Journal of Epidemioloy, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

O pesquisador Manoel Barral, um dos que assina o artigo, considera que o trabalho é mais uma evidência da segurança do uso das vacinas contra a covid nessa população, que merece atenção especial pelas suas características imunológicas. “As vacinas [contra a covid] usadas no Brasil são efetivas e seguras”, assegurou.

Resultados

Os dados apontam que a vacinação contra covid-19 não aumenta o risco de resultados adversos no nascimento. Não foi encontrado um aumento significativo de bebês com nascimento prematuro, com baixo peso ou pequeno para a idade gestacional, com Apgar abaixo de cinco (escala de avaliação clínica rápida de recém-nascidos) ou de morte neonatal.

Além disso, foi constatada uma proteção leve, mas consistente, contra o nascimento prematuro em mulheres que receberam diferentes plataformas de vacinas durante o terceiro trimestre de gravidez. As conclusões partem de dados de mais de 17 mil nascidos vivos no Rio de Janeiro em 2021, em uma parceria com a prefeitura carioca.

Agência Brasil

Juazeiro: Prefeitura realiza vacinação bivalente contra Covid-19 em supermercado neste sábado

Com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal e garantir o maior número possível de pessoas imunizadas com a dose de reforço contra a Covid-19, a prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), montará um ponto de vacinação no supermercado Mercantil Rodrigues, na manhã deste sábado (22), aplicando doses da vacina Bivalente Covid-19. As equipes da Sesau estarão vacinando a população das 8h30 às 12h.

“A vacina bivalente está disponível para toda a população acima de 18 anos. O objetivo da aplicação do imunizante é reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo Brasil. Lembrando que as vacinas seguem disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS`s) seguindo o cronograma de cada unidade”, explicou a coordenadora de Rede de Frio da Sesau, Renata Moreira.

Para tomar a vacina é preciso levar RG, CPF ou cartão SUS e o cartão de vacina.

O supermercado fica localizado na avenida Rod. Lomanto Júnior, S/N, bairro Alto do Cruzeiro.

 

Marcela Cavalcanti/Ascom Sesau

Prefeitura de Juazeiro reforça a importância da vacinação contra gripe e Covid-19

A Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), segue reforçando o alerta sobre a importância da vacinação contra influenza e Covid-19 para prevenção das doenças. Os imunizantes seguem disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do município.

Juazeiro vacinou, até o momento, pouco mais de 43% do público alvo de influenza. Para estimular e facilitar o acesso da população à vacina, a Sesau esteve com suas equipes nos supermercados da cidade oferecendo imunizantes contra a gripe e a bivalente da Covid-19. A ação permitiu que 751 doses fossem aplicadas nos dias 10 e 17 de junho.

De acordo com a enfermeira da Unidade Central de Imunização da Sesau, Renata Moreira, foram aplicadas 295 doses de influenza e 286 de bivalente. “A ação trouxe resultados positivos, mas reforçamos a importância da vacinação para prevenir casos graves de gripe e Covid-19, que podem levar até a óbitos”, disse.

Para tomar a vacina é preciso levar RG, CPF ou cartão SUS e o cartão de vacina. Destacando que cada UBS tem um cronograma próprio de aplicação de vacinas.

 

 

Texto: Marcela Cavalcanti – Ascom Sesau/PMJ

Covid-19 não acabou e vacinação segue fundamental, alerta ministra

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fará um pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite deste domingo (7). A mensagem, que deve ir ao ar por volta das 20h, vai destacar a declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS), que decretou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em relação à covid-19. Segundo a assessoria da ministra, a ideia é que ela ressalte que a covid-19 ainda não acabou e que a vacinação continua fundamental.

Após mais de três anos, a OMS declarou na última sexta-feira (5) que a covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. De acordo com a entidade, o vírus se classifica agora como um “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

“É uma grande vitória para a sociedade, possível graças à ciência e à vacinação, orientadas para o acesso à saúde. Ao mesmo tempo, o anúncio não significa o fim da circulação do vírus, mas uma mudança de abordagem. Ainda temos que ter cuidados, inclusive nos vacinando contra a covid-19, o que em muitos países passou a compor o calendário anual, a exemplo da vacinação contra a influenza”, escreveu a ministra, nas redes sociais.

Em todo o mundo, a pandemia levou à morte mais de 7 milhões de pessoas, número que pode estar subestimado. Somente no Brasil, o número de vidas perdidas ultrapassou as 700 mil pessoas.

Agência Brasil

Vacinação contra a Covid-19 precisa ser mantida em dia e ampliada

A vacinação teve papel determinante para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional da covid-19, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

Para eles, com o encerramento do período mais crítico provocado pela doença, a imunização precisa ser mantida e ampliada, chegando a grupos ainda pouco protegidos pelos imunizantes, como as crianças.

Integrante do comitê estratégico de especialistas em vacinação da OMS, a professora da Universidade Federal de Goiás Cristiana Toscano acompanhou de perto o desenvolvimento e a utilização das vacinas contra a covid-19. Com o fim da emergência sanitária, a infectologista considera que, além de lembrar que a doença não vai desaparecer, é preciso reforçar que a vacinação continua tendo importância.

“Estamos em uma situação que está mudando para o que chamamos de rotina, mas a gente vai continuar vendo a circulação e a ocorrência da doença. A gente vai continuar precisando manter a vacinação em dia, principalmente nos grupos de maior risco”, afirma ela.

A infectologista, que também é membro da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca que, por conta das vacinas, não se espera mais tantas mudanças do cenário de transmissão do vírus e da doença, o que possibilitou o fim da emergência sanitária, na sexta-feira (5). Mesmo assim, a circulação da variante Ômicron e suas subvariantes torna as doses de reforço indispensáveis.

“Com a variante Ômicron e suas subvariantes derivadas, a gente precisa de três doses, pelo menos, para ter a proteção contra a doença grave e morte. E, nos grupos de maior risco, a gente precisa de reforços periódicos, conforme as orientações específicas para cada grupo”, afirma ela.

“Sim, é uma boa notícia. Sim, é importante a gente aprender o que a gente tem aprendido com essa experiência, e muito importante que a gente avance em relação ao aumento das coberturas vacinais, não só de covid, mas de outras doenças preveníveis por vacinas, e nos preparemos para outras emergências sanitárias de saúde pública no mundo todo”.

Desde o início da vacinação contra a covid-19, 13,3 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas em todo o mundo, segundo a OMS. No Brasil, mais de 514 milhões de doses foram aplicadas, segundo o Ministério da Saúde, e mais de 166 milhões de pessoas tomaram ao menos duas doses.

Crianças desprotegidas
A coordenadora do Observatório de Saúde da Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), Patrícia Boccolini, lembra que, apesar de as vacinas terem possibilitado o fim da emergência sanitária, muitas pessoas foram privadas do acesso a elas em todo o mundo. Entre essa população, estão as crianças que não foram levadas por seus responsáveis para serem vacinadas.

“Dados do próprio Observa Infância que a gente levantou mostram que a cobertura vacinal para crianças de 3 e 4 anos não chegou a 20%. A gente tem uma cobertura muito baixa para esse público. E, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2022, a gente teve 550 mortes de crianças por covid”.

Patrícia Boccolini destaca que é preciso continuar e intensificar o esforço para que as vacinas cheguem a todos os países e a toda parcela da população dentro de cada país, corrigindo as discrepâncias que existem atualmente.

“A gente tem que ter em mente que a mensagem do comitê é que os países continuem vacinando e continuem combatendo desinformação e fake news sobre vacinas, principalmente focados na covid-19. A gente vai conviver muito com o vírus. Não podemos deixar que as coberturas vacinais caiam e precisamos ampliar as coberturas vacinais das crianças menores de 5 anos”.

Vírus em evolução
Virologista responsável pelo sequenciamento da variante Gamma antes do momento mais crítico da pandemia no país, o pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca comemora o fim da emergência sanitária, que causou mais de 700 mil mortes no Brasil. Apesar de a notícia ser “um alento”, ele defende que o trabalho de vigilância genômica deve continuar.

“A gente precisa continuar monitorando pelo menos um percentual desses casos ao longo do tempo para que a gente veja se o vírus vai, em algum momento, evoluir de maneira que se torne uma ameaça. Mas, nesse momento, essa é uma informação muito boa, uma notícia muito boa”, afirma ele.

“A gente continua vendo o vírus evoluir, com diversas linhagens surgindo, às vezes, até com aumento do número de casos. Mas não estamos vendo um avanço significativo no aumento de casos graves”.

Agência Brasil

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