Choque, cavalaria e drone: veja como será esquema de segurança de ato de Bolsonaro na Paulista

A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para este domingo, 25, na Avenida Paulista, em São Paulo, terá policiamento reforçado, com cerca de 2 mil policiais militares escalados para garantir a segurança e a ordem durante o evento, informou o governo do Estado.

O esquema de segurança vai contar com apoio de drones, câmeras fixas e móveis. Além de equipes do comando de policiamento do centro, a operação terá agentes da força tática, tropa de choque, cavalaria, comando de aviação, entre outros destacamentos.

Será a primeira grande manifestação em favor do ex-presidente desde o 8 de Janeiro, que terminou com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Idealizado pelo pastor Silas Malafaia, o ato busca defender Bolsonaro, que é investigado, entre outras coisas, de promover uma tentativa de golpe de Estado.

Custo estimado
Como mostrou o Estadão, o evento terá dois trios elétricos e custo estimado entre R$ 90 mil e R$ 100 mil. A expectativa dos organizadores é que de 10 a 15 autoridades discursem no evento, que será aberto com uma oração da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e não deverá ter mais de 1h30min de duração.

O trio principal será estacionado na transversal da Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Ao lado de Bolsonaro estarão cerca de 70 aliados políticos, entre eles os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Ao lado, formando um “L”, ficará o trio de apoio, que não tem estrutura de som e pode abrigar até 100 convidados. Ele servirá para acomodar o restante dos deputados presentes, que ficaram de fora da lista VIP, além de fotógrafos e cinegrafistas.

Público estimado
Apesar de a organização do ato estimar público de até 700 mil pessoas, a manifestação não alterou a taxa de ocupação dos hotéis da região da Paulista, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP).

Segundo a associação, a taxa de ocupação dos hotéis na capital para os dias 24 e 25 de fevereiro obedece à média histórica registrada nos finais de semana desta época do ano, o que representa cerca de 35%. Já a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que recebeu o pedido de licenciamento de apenas 16 ônibus fretados, transportando 530 passageiros, para este final de semana.

O dado da agência de transportes considera somente as viagens interestaduais com licença. Desse modo, estão excluídos do cálculo: os ônibus clandestinos (sem licença), os veículos vindos de outros municípios paulistas e aqueles que realizam viagens contínuas para empresas de ônibus rodoviários.

JC Online

Bolsonaro não responde à PF em depoimento sobre golpe de Estado

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro não respondeu aos questionamentos da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (22), no depoimento para investigação que apura a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. Ele chegou à sede da PF, em Brasília, por volta das 14h20, e não falou com a imprensa.

Bolsonaro ficou cerca de 30 minutos na PF e, após deixar o local em carro com vidros fechados, dois dos seus advogados falaram com a imprensa e justificaram que o seu cliente ficou em silêncio porque a defesa não teria tido acesso à íntegra dos autos da investigação.

“A falta de acesso a esses documentos, especialmente as declarações do tenente coronel Mauro Cid, e as mídias eletrônicas obtidas dos telefones celulares de terceiros e computadores, impedem que a defesa tenha o mínimo conhecimento por quais elementos o presidente é hoje convocado a esse depoimento” destacou Paulo Bueno, advogado do ex-presidente.

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Situação jurídica de Bolsonaro se agrava com investigações recentes

Com as revelações de que o ex-presidente Jair Bolsonaro orientou ministros de seu governo a se insurgir contra o sistema eleitoral e descredibilizar as eleições, a situação jurídica do ex-capitão do Exército se agrava. Depoimentos, gravações e a coleta de documentos, como a minuta golpista encontrada na sede do Partido Liberal, na área onde ele despachava como presidente de honra da sigla, ligam diretamente Bolsonaro ao plano golpista. Na semana passada, ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão e de medidas cautelares.

Bolsonaro está proibido de deixar o país ou de se comunicar com outros investigados, como o general Augusto Heleno e Anderson Torres. As medidas cautelares ocorrem para evitar uma prisão preventiva, mas ao mesmo tempo garantir que as investigações serão preservadas, sem interferência dos alvos. No entanto, se as regras forem violadas, a prisão pode ser decretada pelo magistrado, como última medida para evitar que suspeitos tentem atrapalhar o andamento das diligências.

Juristas ouvidos pela reportagem apontam que não cabe, neste momento, prisão preventiva, mas que o cenário, depois da operação que revelou a existência de uma reunião liderada por Bolsonaro para incitar ataques às eleições, muda o cenário do ex-presidente perante a Justiça. Michel Saliba, advogado criminalista e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), afirma que os fatos avançam sobre Bolsonaro, mas ainda é necessário aprofundamento das diligências para avaliar se existem fatos que possam comprometer definitivamente o militar da reserva.

“A investigação traduz atos investigatórios que avançam e se aproximam do entorno do ex-presidente e dele próprio, isso ainda não significa dizer, de modo peremptório, que ele está implicado na participação da tentativa de golpe, mas me parece que o conjunto da obra, daquilo que se tem conhecimento público, autoriza a análise de que a situação do ex-presidente a cada dia que passa se complica mais. O aprofundamento das investigações em relação ao ex-presidente, para a aferição da sua real participação na tentativa de golpe de Estado”.

Em relatório enviado ao Supremo, a Polícia Federal informou “a existência de documento, em formato de decreto, que consubstanciava medidas de exceção, com detalhamento de ‘considerandos’ acerca de suposta interferência no Poder Judiciário no Poder Executivo, para decretar a prisão de diversas autoridades e a realização de novas eleições em vista de supostas fraudes no pleito presidencial”. A PF conclui que “o referido documento teria sido objeto de reuniões convocadas pelo então presidente Jair Messias Bolsonaro que envolveram tanto integrantes civis do governo como militares da ativa”.

A operação que mira Bolsonaro investiga os crimes de tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, ambos previstos na lei 14.197 de 2021 que incluíram esses tipos de delitos no Código Penal. Rodolfo Tamanaha, professor de direito constitucional do Ibmec Brasília, afirma que a decisão do ministro Alexandre de Moraes que impõe medidas cautelares a Bolsonaro está bem fundamentada.

Na visão dele, em razão do avanço das investigações, existe a chance de uma prisão preventiva, mas que nesta etapa, é preciso que as diligências avancem. “É difícil cravar agora as consequências de uma decisão. É preciso aprofundar as investigações para saber se a narrativa, criada a partir da delação (de Mauro Cid), começa a preencher o quebra-cabeças. Temos uma possibilidade de uma ordem de prisão contra o ex-presidente principalmente por conta destes tipos penais abertos que são de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado. A medida cautelar busca evitar que provas sejam destruídas. Ou pessoas possam se evadir”, destaca.

Correio Brasiliense

Após divulgação de vídeo, Bolsonaro posta vídeo rezando com apoiadores contra “momentos difíceis”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo neste sábado (10) em que reza com apoiadores em Angra dos Reis (RJ), local em que tem uma casa na praia.

A postagem ocorre um dia depois que foi divulgado o vídeo de uma reunião ministerial em que Bolsonaro convoca seus ministros a atacar o sistema eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jair Bolsonaro publicou o vídeo com a legenda “uma oração pelo Brasil” e aponta que a prese ocorreu já neste sábado, no local que chama de “Cercadinho de Mambucaba”, um cercadinho instalado pelo ex-presidente na semana passada.

Nas imagens divulgadas pelo ex-presidente Bolsonaro, é possível vê-lo com diversos apoiadores em uma roda de oração. Durante o vídeo, a condutora das orações fala que Jair Bolsonaro passa por “momentos difíceis” e que “a luta dele também é a nossa”. Na oração, a condutora também pede para que Bolsonaro seja protegido de seus “inimigos”. Com a finalização da prese, os apoiadores do ex-presidente gritaram “mito” e bateram palmas para Jair Bolsonaro.

O caso ocorre logo após a divulgação de um vídeo apreendido pela Polícia Federal no computador do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. No material com mais de uma hora, é possível ver Bolsonaro a exigir que sua equipe “agisse” antes das eleições para evitar uma fraude, do qual não apresenta provas.

O vídeo, utilizado para embasar a busca e apreensão contra Jair Bolsonaro e seus aliados na quinta, apresenta o então presidente a incitar seu primeiro escalão a atacar o sistema eleitoral e o TSE para pressionar pelo adiamento das eleições, do qual Bolsonaro argumenta que seriam fraudadas a favor de Lula.

JC Online

‘Isso não é golpe’, diz Bolsonaro sobre minuta com declaração de estado de sítio achada em sua sala

Alvo de operação da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro minimizou, na noite desta sexta-feira (9), a minuta minuta que previa declaração de estado de sítio e decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), encontrada em sua sala na sede do PL, em Brasília, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. Ele negou ter relação com o documento e disse que, na verdade, era peça de um processo, que ele pegou porque não tinha conhecimento.

“O presidente não decreta estado de sítio. Ouve o Conselho da República e encaminha para o Congresso. Isso não é golpe”, afirmou Bolsonaro em entrevista à “TV Record”, de sua casa em Angra dos Reis (RJ). A defesa do ex-presidente afirma que, em 2023, após a apreensão de celulares do tenente-coronel Mauro Cid, a investigação encontrou as possíveis minutas de decretos de Estado de Sítio ou GLO durante a análise dos aparelhos, e que o documento foi enviado ao celular de Bolsonaro no dia 18 de outubro.

“Esses papeis que foram encontrados lá pela manhã vazaram e caiu o mundo na minha cabeça, de que ali estava a prova do golpe. Rapidamente conversei com os meus advogados e procurei saber como aqueles papeis estavam lá. Eram peças de um processo que o advogado havia conseguido junto ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator daquele outro inquérito. Então, era peça de processo”.

Bolsonaro comentou ainda sobre a reunião de 5 de julho de 2022, que veio à tona na íntegra, e segundo a PF possui “dinâmica golpista”. O ex-presidente disse que “não vê nada demais” no fato de seu ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, ter falado sobre um plano de infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas eleitorais. Na gravação, Heleno fala ainda em “virada de mesa”.

“Em dado momento, o Heleno falou que ia seguir os dois lados, se inteirar dos dois lados… é o trabalho da Inteligência dele, que eu não tinha participação nenhuma. As Inteligências… eu raramente usava as Inteligências que nós temos: as Forças Armadas, a própria Abin, Polícia Federal. Não vejo nada demais naquilo”, disse. O ex-presidente acrescenta que cortou o ministro do GSI na reunião porque ele “queria se estender sobre o assunto”.

“Eu preferi cortar: “Olha, não é o caso de ficar entrando em detalhes aqui. Quer fazer operação, faça”. Bolsonaro também confirmou que não sabia que a reunião estava sendo gravada na íntegra. “Não era nem para ter sido gravada, mas não dou importância para isso – comentou”.

Ao falar em perseguição, o ex-presidente também voltou a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao afirmar que a campanha para jovens tirarem título de eleitor visava prejudicá-lo nas Eleições de 2022. “O TSE fez uma campanha em 2022 para jovem se alistar. Nós sabemos que os jovens de 16 e 17 anos, 70% ou 80% deles votam na esquerda. E nessa campanha, 4 milhões e poucos de jovens tiraram título de eleitor. Só aí os jovens deram uma diferença de 2 milhões e poucos de votos para o outro lado. Houve interferência ou não houve? Ou não posso tocar nesse assunto, senão é crime e eu posso receber outra visita da Polícia Federal para outra busca e apreensão?”, declarou.

Questionado mais uma vez se seu governo tramou um golpe, Bolsonaro voltou a negar e citou o ato golpista de 8 de janeiro. “Esses termos, golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, são completamente… não é nem equivocado, é um crime falar nisso daí. O pessoal do 8 de janeiro, no meu entender, foi levado numa armadilha da esquerda, mas o que aconteceu foi baderna, ninguém tentou de forma violenta, usando armas, como estão sendo acusados e condenados”, disse o ex-presidente.

“E outra coisa, 1.500 pessoas partiram para um golpe e ninguém sabia de nada? Querem jogar a responsabilidade para mim, mas eu não estava no Brasil. Como eu vou dar golpe fora do Brasil e quando os comandantes militares, que eram novos naquele 8 de janeiro, foram nomeados por mim como presidente a pedido do Lula? Eu não tenho nada com isso e aquelas pessoas, no meu entender, estão sendo injustamente condenadas. Nunca existiu uma tentativa de golpe no Brasil durante meu governo. Eu discutia tudo com todos os meus 23, depois 22 ministros. Sobre tudo o que acontecia, exatamente para me precaver”.

Agência O Globo

Moraes mantém prisões de ex-assessores de Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve as prisões preventivas de três colaboradores do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e converteu em preventiva a prisão do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. A decisão foi divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta sexta-feira (9).

Os quatro foram presos na quinta-feira (8) na Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que apura o envolvimento de Bolsonaro, de militares e de aliados na tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.

No caso de Costa Neto, Alexandre de Moraes deu 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestar-se sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa e deferiu o pedido de vista dos autos pelos advogados. Inicialmente alvo de mandado e busca e apreensão, Costa Neto foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Os demais presos são o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins Garcia; o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, também ex-assessor especial; e o major Rafael Martins de Oliveira.

Minuta de golpe
Segundo as investigações, o grupo elaborou uma minuta de decreto que tinha como objetivo executar um golpe de Estado. Filipe Martins e o advogado Amauri Feres Saad, apontado como mentor intelectual da minuta, entregaram o documento a Bolsonaro em 2022. O texto previa as prisões dos ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e também do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além da realização de novas eleições.

Após receber o texto, Bolsonaro pediu mudanças e a retirada das prisões de Mendes e Pacheco do texto. Na nova versão, permaneceram a prisão de Moraes e a convocação de novas eleições.

Agência Brasil

Presidente do partido de Bolsonaro elogia Lula: “Camarada do povo”

Em entrevista, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, elogiou o presidente Lula e afirmou que o petista é completamente diferente de Bolsonaro: “Não tem comparação”. Na ocasião, o político foi questionado sobre qual dos dois era mais fácil de lidar.

Em 2002, primeira vitória de Lula para a presidência, Costa Neto esteve envolvido na campanha por conta da relação com o candidato a vice-presidente José Alencar, na época filiado ao PL. O presidente do PL afirmou que Lula é “um camarada do povo” e um fenômeno por ter chegado aonde chegou, em entrevista ao jornal O Diário.

Após a repercussão da entrevista, dada em dezembro de 2013, Valdemar disse ao jornal Folha de S. Paulo que foi mal compreendido e chamou o vídeo que viralizou nesta sexta-feira (12/1) de “fake”. “O que eu falei do Lula, eu falei porque é verdade. Se eu não falar a verdade, perco a credibilidade, que é o que me resta na política. Ninguém pode negar que ele foi bom presidente. Ele elegeu a Dilma. Só que eu tava fazendo comparação: o Lula tem prestígio, Bolsonaro tem uma coisa que ninguém tem no planeta, carisma”, disse.

Em conversa com o jornal paulista, o presidente do partido ainda elogiou a escolha de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Lewandowski tinha tudo para ir pro Ministério da Justiça. Ele é preparado, homem de bem, homem que sempre teve comportamento firme”, concluiu. Costa Neta ainda classificou a escolha de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF) como uma boa indicação.

Correio Braziliense.

Retrospectiva 2023: Bolsonaro confirma que vai voltar para o Brasil e diz querer continuar ativo na política

Neste sábado (4), o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a sua volta ao Brasil durante uma entrevista a um programa nos Estados Unidos. Bolsonaro está nos EUA desde o dia 30 de dezembro do ano passado, onde terminou seu mandato como presidente da República.

Durante a entrevista, Bolsonaro confirmou que deve voltar ao Brasil para fazer “oposição” ao governo do presidente Lula (PT). “Há uma vontade muito grande por parte de muitos brasileiros para que eu retorne o mais rápido possível. Eu pretendo, nas próximas semanas, retornar e fazer uma oposição responsável contra o atual governo“, afirmou Bolsonaro no programa.

Jair Bolsonaro ainda confirmou que deve continuar na política. O ex-presidente afirmou que seria devido à “falta de lideranças de direita no Brasil”.

Bolsonaro usa conflito em Israel para atacar Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para comentar o conflito em Israel, iniciado no último sábado (7) após ataques do grupo armado Hamas. Ainda ontem, ele aproveitou a situação para atingir o presidente Lula (PT).

“Pelo respeito e admiração ao povo de Israel repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luís Inácio Lula da Silva quando o TSE o anunciou vencedor das eleições de 2022”, escreveu Jair Bolsonaro. No ano passado, ao final da votação para presidente da República, o líder político do Hamas, Basim Naim, chamou lula de “guerreiro da liberdade” e emitiu uma nota de congratulações no site oficial do grupo.

Bolsonaro afirmou, na mesma mensagem publicada ontem, que “Israel é um país irmão com profundos laços culturais e religiosos com o nosso povo”.”Lamentamos as mortes de civis e militares israelenses, bem como condenamos os sequestro de mulheres e crianças pelos terroristas do Hamas para dentro da Faixa de Gaza”, acrescentou. “Para que a paz reine na região, lideranças palestinas precisam abandonar o terrorismo e reconhecer o direito de Israel existir. Somente assim um acordo entre as partes poderá existir. Shalom”, finalizou a mensagem.

O que Lula disse sobre Israel?
Também pela internet, Lula disse que ficou “chocado” com os ataques que classificou como terroristas em Israel. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu o presidente.

“Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, completou.

O Palácio do Planalto também emitiu nota oficial afirmando que, na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão. O conflito chegou ao segundo dia neste domingo (8) e já contabiliza mais de 800 mortes em Israel, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

JC Online

Bolsonaro chama Lula de “jumento” e diz que voltar à Presidência é missão

Durante o evento de filiação do vereador de São Paulo Fernando Holiday ao Partido Liberal (PL), nesta terça-feira (25/7), o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chamou de “jumento”: “A quem interessa, leva-se em conta alguns países europeus, países do norte (…) interessa eu ou um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto? Um jumento, por que não dizer assim”, disse o político.

O ex-presidente também afirmou que voltar à Presidência da República é uma “missão”: “Triste um país que pune um político não pelos seus erros ou defeitos, mas por suas virtudes. Vontade de ser presidente novamente? Eu queria ir para a praia, mas entendo que é uma missão.”

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Carlos Bolsonaro perde o porte de armas após PF negar renovação

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comparou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao líder bíblico Moisés. A analogia foi feita em um evento de lançamento do Programa de Ação na Segurança, nessa sexta-feira (21) em Brasília. Dino também fez um aceno às forças policiais brasileiras e afirmou a Lula que elas estavam com o presidente da República no cumprimento de seus deveres.

Dino cita feitos de Moisés contados no livro Êxodo, da Bíblia, como a vitória “mais conhecida” sobre o exército de Faro e a travessia do deserto, mas afirma que há outro feito de Moisés, que, apesar de menos conhecido, faz um paralelo com o momento do Brasil e do governo do presidente Lula.

“Tem outra batalha liderada por esse general bíblico, o Moisés, que é menos conhecida mas acho que é ilustrativa em relação à importância desse momento. Narra o livro do Êxodo que em uma batalha contra o exército de Amaleque, Moisés se posicionou no alto de uma coluna e, para inspirar o exército nessa batalha, ele levantava os braços. Quando ele levantava os braços, o exército ia bem, quando ele abaixava os braços, o exército fraquejava. Ele cansou, mas havia dois ministros do lado dele para segurar seus braços para cima”, disse Dino.

Ao prosseguir, o ministro falou que os aliados e o povo brasileiro segurariam os braços do chefe do Executivo caso ele cansasse. Por fim, o ministro da Justiça afirmou a Lula que os policiais brasileiros também compunham este exército e frisou que era necessário separar a conduta de cada agente.

“Essa história bíblica, presidente, é para lhe dizer o seguinte: o senhor é nosso general no alto da colina, fique de braço levantado, por favor. E segundo, quero afirmar ao senhor, que cada vez mais e sempre, quando eventualmente o senhor cansar, o que é raro, o senhor pode contar com seus ministros, os políticos e o povo brasileiro para sustentar seus braços para cima e inscreva no seu exército as polícias brasileiras. Pode inscrever, estou lhe afirmando isso, porque a gente precisa separar o joio do trigo para fazer justiça”, concluiu.

Estado de Minas

 

 

Inelegibilidade de Bolsonaro abre disputa por sucessão na direita

A declaração de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira (30) deixou a direita brasileira órfã de seu líder mais proeminente e diante da obrigação de encontrar um sucessor. Ao inabilitá-lo politicamente por oito anos por “abuso de poder político”, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixou Bolsonaro de fora das próximas eleições presidenciais de 2026.

A condenação se baseou em uma reunião com embaixadores em julho de 2022, durante a qual Bolsonaro atacou o sistema eleitoral com informações falsas, três meses antes de ser derrotado por Lula nas urnas. No entanto, o ex-presidente antecipou que planeja entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente a ser inabilitado pela corte eleitoral, após ter perdido por uma estreita margem de 1,8% para Lula, obtendo cerca de 58 milhões de votos, 400 mil a mais do que em 2018, quando foi eleito. Lula, no entanto, havia sido inabilitado nas eleições de 2018 após sua condenação na justiça comum, que depois foi anulada pelo STF.

“Hoje, no Brasil, o eleitorado de direita está consolidado e em busca de um líder, com Bolsonaro mais fraco, certamente haverá um herdeiro”, opinou Leonardo Paz, cientista político do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 Uma “facada” 
Bolsonaro, de 68 anos, se referiu à condenação como uma “facada”, lembrando do atentado sofrido em 2019 quando era candidato à Presidência. Em tom irônico, assegurou que a corte eleitoral o converteu em um “cabo eleitoral de luxo”. “A gente vai continuar trabalhando. Não estou morto (…) Não é o fim da direita no Brasil”, disse o ex-capitão do Exército, pouco depois do veredicto. O Partido Liberal (PL), que o nomeou presidente honorário, quer que ele se converta em um puxador de votos nas eleições municipais de 2024, preparando o terreno para as presidenciais de 2026. Para isso, o ex-presidente pretende viajar pelo país e se manter ativo, com reuniões políticas e aparições periódicas.

“Ele precisa disso porque, agora, está fora do mapa eleitoral até 2030 e a política, por ser muito dinâmica, tende a liquidar lideranças que fiquem por muito tempo fora da disputa”, analisou Leandro Consentino, cientista político do Insper de São Paulo.  A condenação do TSE foi a primeira resolução desfavorável para Bolsonaro, que possui diversos processos contra ele na corte eleitoral e cinco investigações abertas no STF, que podem levá-lo à prisão, uma delas pelo seu papel como suposto instigador dos ataques de 8 de janeiro em Brasília. “É difícil dizer que a carreira política (de Bolsonaro) acabou, embora oito anos seja muito tempo e não saibamos se estará competitivo” até poder concorrer novamente, acrescentou Paz.

Bolsonarismo sem Bolsonaro?
Ainda é uma incógnita quem será o sucessor apontado por Bolsonaro, que elogiou alguns aliados, mas sem se comprometer com um nome para 2026. A imprensa local e analistas já iniciaram as apostas entre os nomes que surgem como favoritos a se converter no “herdeiro” político do ex-presidente. A imprensa local e analistas já iniciaram as apostas entre os nomes que surgem como favoritos a se converter no “herdeiro” político do ex-presidente.

Entre eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); a ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina (Progressistas), apoiada pelo influente agronegócio, e inclusive, uma solução caseira, Michelle Bolsonaro (PL), esposa do ex-presidente, que teve um papel central na campanha à reeleição de seu marido na tentativa de conquistar o eleitorado feminino.

Tarcísio de Freitas, como outros políticos próximos ao ex-mandatário, mostrou sua solidariedade nas redes ao assegurar que a “liderança do presidente @jairbolsonaro como representante da direita brasileira é inquestionável e perdura”. A saída de Bolsonaro do tabuleiro não representa necessariamente um enfraquecimento da oposição de direita a Lula, segundo analistas. “A direita para ter esse fortalecimento precisa marchar unida. Há uma profusão de nomes que não sabemos se vão firmar um compromisso para irem unidos em 2026. Precisa entender o que a urna vai dizer em 2024”, concluiu Consentino.

O PL de Bolsonaro continua sendo o partido com maior número de representantes no Congresso, de tendência conservadora e que já impôs a Lula derrotas significativas na agenda ambiental. E o eventual surgimento de um candidato forte que se distinga de Bolsonaro ao não incentivar, por exemplo, “condutas antidemocráticas”, poderia reduzir a rejeição, explicou Paz.

Agência France-Presse

Lula fica igual a Bolsonaro no Datafolha após 6 meses

Pesquisa Datafolha realizada de 12 a 14 de junho mostra que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está muito próxima, quase empatada  no limite da margem de erro, à da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro depois de 6 meses de governo. Dos entrevistados, 37% consideram o governo ótimo ou bom e 27% “ruim ou péssimo”. Outros 33% afirmam que a gestão do petista é regular.

Neste momento do mandato, Bolsonaro registrava 33% de aprovação e 33% de reprovação, o que fica próximo de um empate no limite na margem de erro.

A pesquisa foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e ouviu 2.010 pessoas em 112 municípios brasileiros de 12 a 14 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula tem uma ligeira vantagem numérica, mas do ponto de vista estatístico, é pouco para dizer que está realmente à frente das taxas de aprovação registradas por Bolsonaro depois de 6 meses no Palácio do Planalto.

Leia os números das pesquisas Datafolha sobere a a avaliação do governo Lula de março a junho deste ano:

  • de 29 a 30 de março – ótimo ou bom: 38%; ruim ou péssimo: 29%; regular: 30%;
  • de 12 a 14 de junho –  ótimo ou bom: 37% ; ruim ou péssimo: 27%; regular: 33%;

Apesar de haver uma perda dentro da margem de erro nas taxas de Lula de março a junho, o que a pesquisa do Datafolha indica é uma estabilização com leve viés de baixa. Aparentemente, os números relativamente positivios na economia – como inflação em queda, por exemplo – não foram suficientes para alavancar uma alta na aprovação do petista.

Comparando o desempenho de Lula com seu 1º mandato em 2003, o Datafolha mostra que o petista piorou. Eram 42% de “ótimo ou bom”, 43% de “ruim ou péssimo” e 11% o consideravam “regular”..

Em relação aos 6 meses de governo do 1º mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1995 (40% de ótimo/bom) e para a sucessora, Dilma Roussef (PT), em 2011 (49%, 38% e 10%), Lula também sai atrás.

Pose 360

Prestes a ser julgado por fake news, Bolsonaro volta a falar sobre vacina

A cinco dias de ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter espalhado mentiras sobre as urnas eletrônicas a representantes de embaixadas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a divulgar desinformação que relaciona as vacinas contra a covid-19 ao acúmulo de grafeno no saco escrotal e nos ovários.

Sem apresentar comprovações científicas, Bolsonaro disse ter lido a bula do imunizante e concluiu que a vacina teria grafeno em sua composição. Essa substância se acumularia nos órgãos que produzem hormônios sexuais — o grafeno é produzido a partir da grafite, derivada do carbono; trata-se de uma camada muito fina bidimensional de átomos em forma de hexágonos.

A declaração foi dita durante um evento de filiação do PL na cidade de Jundiaí, em São Paulo. Ao lado de Bolsonaro, estava seu ex-ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes (PL-SP). Ele discursou sobre o uso do grafeno para o desenvolvimento econômico.

Bulas das vacinas

De acordo com as bulas das vacinas contra a covid-19 da Pfizer, Coronavac e Jansen, não há presença de grafeno em suas composições. A divulgação de notícias falsas sobre os imunizantes levou Bolsonaro a ser investigado em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2021, durante uma das ondas de contaminação pela doença, o ex-presidente associou a vacinação ao vírus da aids.

Julgamento

O julgamento de Bolsonaro no TSE irá decidir sobre sua inelegibilidade. Caso responda por abuso de poder político e dos meios de comunicação no TSE, Bolsonaro é acusado de veicular mentiras sobre o funcionamento das urnas eletrônicas a embaixadores durante a campanha eleitoral do ano passado.

Se o TSE decidir por torná-lo inelegível, Bolsonaro será o primeiro ex-presidente a perder os direitos políticos por decisão da Justiça Eleitoral decorrente de crimes praticados no exercício do mandato.

Correio Brasiliense

Defesa de Bolsonaro vai entregar à PF extratos bancários desde 2019

Os advogados que atuam na defesa de Jair Bolsonaro (PL-RJ) informaram à coluna que decidiram entregar para a PF (Polícia Federal), de modo voluntário, os extratos bancários da conta pessoal do ex-presidente relativos aos últimos 48 meses, ou seja, desde 2019.

A ideia, segundo a defesa, é mostrar que os pagamentos feitos com dinheiro vivo, a pedido de Michelle, teriam como origem dinheiro que saiu da conta de Bolsonaro.

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