Terremoto sacode o Marrocos deixa dezenas de mortos

Um forte terremoto de magnitude 6,8 atingiu Marrocos a sudoeste de Marrakech nesta sexta-feira (8), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), causando pânico entre os residentes que correram para fora dos edifícios. Pelo menos 31 pessoas morreram, de acordo com relatos da mídia local.

Vinte e sete pessoas faleceram na região da cidade turística de Marrakech, 320 quilômetros ao sul da capital Rabat, e outras quatro na província de Ouarzazate, mais ao sul, conforme citado por fontes locais em ambas as regiões. O terremoto ocorreu 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech, a uma profundidade de 18,5 quilômetros, às 23h11 no horário local (19h11 do horário de Brasília). Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram destroços caindo em becos estreitos e objetos sendo derrubados de prateleiras.

O sistema PAGER do USGS, que fornece avaliações preliminares sobre o impacto de terremotos, emitiu um alerta laranja para perdas econômicas, estimando que danos significativos são prováveis, bem como um alerta amarelo para possíveis vítimas mortais relacionadas ao terremoto. “A população nesta região vive em estruturas altamente vulneráveis a abalos sísmicos”, afirmou o USGS.

O Centro Sismológico Euromediterrâneo (CSEM), uma organização científica especializada na atividade sísmica da região mediterrânea, estimou a magnitude do terremoto em 6,9. Marrocos frequentemente experimenta terremotos em sua região norte devido à sua localização entre as placas africana e euroasiática.

Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto atingiu Alhucemas, no nordeste do país. Em 1980, o terremoto em El Asnam, na Argélia, com uma magnitude de 7,3, foi um dos terremotos mais destrutivos da história contemporânea. Resultou na morte de 2.500 pessoas e deixou pelo menos 300.000 pessoas desabrigadas

AFP

HPV: um a cada três homens está infectado pelo vírus no mundo

O novo artigo da revista científica The Lancet Global Health divulgado nesta terça-feira (05/09) mostra que um a cada três adultos jovens entre 18 e 35 anos estão infectados com ao menos algum tipo do papiloma vírus humano (HPV), precursor do câncer de colo de útero em mulheres. Os dados foram coletados entre os anos de 1995 e 2022.

O HPV é a infecção viral sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo. Pesquisas mostraram que a maioria dos homens e mulheres sexualmente ativos terão pelo menos uma infecção genital por HPV durante suas vidas. Ainda de acordo com o artigo da The Lancet, existem mais de 200 tipos do vírus que podem ser transmitidos e todos os anos mais de 340 mil mulheres morrem de câncer de colo de útero no mundo. Nos homens, a doença se manifesta clinicamente com verrugas genitais, associadas aos cânceres de pênis e anal.

O estudo e as estimativas enfatizam a importância de incorporar os homens em estratégias abrangentes de prevenção, principalmente para reduzir a mortalidade relacionada com o vírus e a eliminação do cancro do colo de útero nas mulheres.

Vacinação

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há duas estratégias para eliminar a incidência do câncer de colo de útero em mulheres no mundo. São elas: o rastreamento da doença e a vacinação contra o HPV.

O rastreamento do câncer deve ser feito desde as mulheres que não apresentam sintomas e podem se sentir perfeitamente saudáveis até aquelas que apresentam lesões pré-cancerosas. A triagem também pode detectar o câncer em um estágio inicial, fazendo com que o tratamento tenha um alto potencial de cura.

Ainda de acordo com a OMS, existem atualmente duas vacinas que protegem contra o HPV 16 e o 18, que são conhecidos por causar pelo menos 70% dos casos do câncer. As vacinas também podem ter alguma proteção cruzada contra outros tipos menos comuns de HPV, como o 6 e 11, causadores de verrugas anogenitais.

Importante ressaltar que ambas as vacinas funcionam melhor se administradas antes da exposição ao HPV, por isso, a OMS recomenda a vacinação para meninas com idades entre 9 e 13 anos.

CorreioBrasiliense

Monstro do Lago Ness: começa a maior operação de busca pela criatura

Na maior operação do tipo em meio século, pesquisadores e curiosos foram em busca, neste sábado (26/8), do “monstro do lago Ness”, criatura escocesa que, para muitas pessoas, não é apenas um mito. Drones, scanners térmicos, barcos com câmeras infravermelhas e um hidrofone foram usados para tentar desvendar o mistério que começou na Idade Antiga. Segundo o Loch Ness Center, que registra as “aparições” da besta aquática, a lenda adiciona US$ 54 milhões (cerca de R$ 262 milhões) aos cofres escoceses, todos os anos, pelas mãos de turistas de todo o mundo.

Os pesquisadores acreditam que os scanners térmicos poderão ajudar a identificar eventuais anomalias no lago, enquanto o hidrofone detectará sons incomuns nas águas do Ness, que tem 56km2 e 240m de profundidade. “Nosso objetivo sempre foi gravar, estudar e analisar todos os tipos de comportamentos e fenômenos naturais difíceis de explicar”, afirmou à agência France Presse Alan McKenna, da equipe de buscas da Loch Ness Exploration, instituição formada por voluntários, que organizou a “caçada” de ontem à criatura, também conhecida por Nessie.

“Não sei o que é. Só sei que há algo grande no Lago Ness. Vi imagens de sonar de objetos do tamanho de vans se movendo debaixo d’água”, garantiu Paul Nixon, diretor-geral do Loch Ness Centre. “Pode ser um mito, pode ser real… Gosto de pensar que é algo intermediário”, palpitou Tatiana Yeboah, turista francesa de 21 anos cuja visita ao lago coincidiu com as buscas.

Celtas

A lenda do monstro remonta à Idade Antiga. Há esculturas líticas feitas pelos pictos — tribos celtas — que viviam na região naquela época, representando uma criatura com nadadeiras. O primeiro relato escrito data de 565 d.C., e foi encontrado na biografia do monge irlandês São Columba, evangelizador da Escócia no século 6. O clérigo teria ordenado ao monstro que fosse embora daquelas águas. Já a observação moderna mais antiga é de maio de 1933, quando um jornal local publicou que um casal de comerciantes da região avistou “uma enorme onda” enquanto caminhava às margens do lago.

Em dezembro do mesmo ano, o jornal britânico The Daily Mail contratou um caçador sul-africano, Marmaduke Wetherell, para rastrear a criatura. O homem afirmou ter encontrado algumas pegadas grandes, mas foi comprovado que elas eram falsas. Em 1934, o médico inglês Robert Wilson tirou o que mais tarde ficaria conhecido como a “foto do cirurgião”, uma imagem que mostrava um aparente pescoço longo e a cabeça do monstro emergindo da água. Embora a fotografia seja uma montagem, ela impulsionou a popularidade do Lago Ness em todo o mundo.

De acordo com o Loch Ness Centre, até o momento foram registrados mais de 1,1 mil relatos de observações de Nessie. Ao longo dos anos, cientistas e entusiastas do assunto têm tentado obter provas da existência desse grande ser nas profundezas do lago, e alguns sugerem que ele poderia ser um réptil marinho, como um plesiossauro.

Em 1972, o Loch Ness Investigation Bureau realizou uma das maiores buscas no local até hoje, sem sucesso. Quinze anos depois, durante a Operação Deepscan, um sonar foi implantado em todo o lago. Os organizadores afirmam ter encontrado um “objeto não identificado de tamanho e força incomuns” no fundo.

Finalmente, há cinco anos, um grupo de investigadores realizou um estudo de material genético do Lago Ness para determinar quais organismos vivem em suas águas, mas não encontraram muito mais do que inúmeras enguias. “Este fim de semana nos dá a oportunidade de explorar as águas de uma nova forma e mal podemos esperar para ver o que encontraremos”, disse Nixon.

Correio Brasiliense

Ataque a tiros por ‘ódio racial’ deixa três mortos nos EUA

Um homem branco matou a tiros no sábado (26) três pessoas negras, dois homens e uma mulher, em Jacksonville, no estado americano da Flórida, antes de cometer suicídio, informaram autoridades, citando o “ódio racial” como motivo do ataque.

“Seu alvo era um determinado grupo de pessoas, os negros, que ele disse que queria matar. E isso está muito claro”, disse o xerife TK Waters sobre o atirador. De acordo com Waters, um homem branco de 20 anos que ainda não foi identificado começou a atirar em uma loja de descontos, armado com um fuzil do tipo AR e uma pistola.

Manifestos descobertos pela família do atirador pouco antes do ataque mostram “a repugnante ideologia do ódio”, disse o oficial, acrescentando que suásticas desenhadas à mão foram encontradas em pelo menos uma das armas. O ataque ocorreu perto da Edward Waters, uma universidade historicamente associada à comunidade negra daquele estado do sul.

A Polícia Federal americana (FBI) irá investigar o ataque como um crime de ódio, ressaltou Sherri Onks, agente especial do FBI na localidade de Jacksonville. O governador da Flórida, Ron DeSantis, rejeitou o ataque “horrível” e chamou o atirador de “lixo”.

“Ele atacou as pessoas por causa da sua raça, isso é totalmente inaceitável”, disse DeSantis, que concorre à indicação presidencial republicana para as eleições de 2024.  “Este homem cometeu suicídio em vez de enfrentar a situação e aceitar a responsabilidade pelas suas ações, escolheu o caminho covarde”, acrescentou o político.

O ataque de sábado é o mais recente de uma onda de ataques a tiros nos Estados Unidos no fim de semana. Os tiroteios em massa tornaram-se mais comuns no país, onde em muitos estados os cidadãos têm fácil acesso a armas de fogo.

No início do sábado, a polícia relatou sete pessoas hospitalizadas devido a um tiroteio em massa durante o festival caribenho realizado na cidade de Boston (nordeste).  Na noite de sexta-feira, duas mulheres foram baleadas durante um jogo de beisebol em Chicago; enquanto um jovem de 16 anos foi morto e outros quatro ficaram feridos em uma disputa após um jogo de futebol americano em uma escola de ensino médio de Oklahoma.

Um autoproclamado supremacista branco matou 10 pessoas negras em um ataque a um supermercado em maio de 2022 no interior do estado de Nova York.

AFP

Brasileiros sofrem novo ataque racista durante evento com o papa em Lisboa

Um grupo de quilombolas brasileiros que participaram da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) registrou boletim de ocorrência sob alegação de racismo. O caso ocorreu na sexta-feira (04/08), logo depois da via-sacra realizada no Parque Eduardo VII, em que o papa Francisco ouviu as principais aflições que afetam os jovens, entre elas, a intolerância, o desemprego e a pobreza. A queixa foi formalizada em nome de Marcos Vinícius Vieira Reis, que vive em um quilombo de Ilhéus, Bahia. “Foi uma agressão pesada”, disse ao Correio. “Vários jovens brancos começaram a gritar imitando macacos, uma tristeza”, acrescentou.

O boletim foi feito na 21ª esquadra (delegacia de polícia). Um advogado da Educrafro, instituição que dá suporte a afrodescendentes, acompanhou a denúncia. Três dias antes, outro grupo de jovens brasileiros — mulheres trans e negros da periferia — também foi vítima de preconceito. Questionado pelo Correio sobre esse tipo de ocorrência, o diretor do Departamento de Operações da Polícia de Segurança Pública (PSP), Pedro Moura, disse que há disposição das autoridades em punir crimes de intolerância, seja racial, seja de gênero ou religiosa. Nesta segunda-feira (07/08), os brasileiros irão ao Consulado do Brasil em Lisboa em busca de ajuda.

Carta a Francisco

No total, 18 brasileiros foram convidados pelos organizadores do megaevento para reforçar a diversidade entre os participantes. Três deles conseguiram entregar, no sábado (05/08), uma carta com reivindicações a Dom Américo Aguiar, coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude em Portugal. A meta é que o documento chegue às mãos de Francisco. Entres os pontos principais estão o fim da violência que dizima jovens negros da periferia e da intolerância religiosa no Brasil, que afeta, sobretudo, os templos de matriz africana, e maior acesso da população negra a instituições de ensino da Igreja católica.

Segundo Gilmar Santos, que é médico quilombola, a recepção de Dom Américo foi muito boa. “Ele nos atendeu com toda a gentileza. Agora, esperamos que, efetivamente, nossas reivindicações cheguem ao papa Francisco”, afirmou. Para ele, é importante que o pontífice use toda a sua influência para convencer as autoridades brasileiras de que é preciso dar mais atenção aos afrodescendentes, que representam 56,1% da população do país, mas são pouco atendidos pelo Orçamento da União, pois enfrentam dificuldades de acesso a serviços básicos, como o de saúde.

Correio Brasiliense

Multidão de fiéis acompanham visita do Papa ao santuário de Fátima, em Portugal

O Papa Francisco foi recebido neste sábado (5) por cerca de 200 mil fiéis no santuário de Fátima, no centro de Portugal, onde passará algumas horas antes de regressar a Lisboa para uma vigília que antecederá a missa final desta edição do Dia Mundial da Juventude (JMJ).

A bordo de um helicóptero da força aérea portuguesa, o pontífice argentino sobrevoou a ampla esplanada do santuário, onde prevê passar duas horas rezando o terço com jovens doentes e fazendo um discurso. À sua chegada, Francisco foi aplaudido por cerca de 200 mil fiéis, segundo as autoridades locais, que não lotaram totalmente o emblemático recinto, sob um céu escurecido pelo fumo e cinzas de um incêndio florestal ativo a cem quilômetros dali.

Após o desembarque, Jorge Bergoglio percorreu em um “papamóvel” a esplanada que circunda a pequena capela que marca o local onde, segundo a tradição católica, a Virgem Maria apareceu a três crianças em 1917. “Mal posso esperar para ver o Papa, que representa a esperança para mim”, disse Cristina Gomes, uma portuguesa de 55 anos que veio dos arredores de Lisboa e passou a noite em Fátima, um pouco antes para garantir ela veria Francisco de perto.

“É uma visita importante que nos ajudará em nossa fé”, disse Juan Fiorani, um estudante argentino de 17 anos da vizinha Espanha, onde passou as férias. Aqui, a cerca de 130 km a norte de Lisboa, a Virgem Maria teria feito seis aparições aos pastorinhos, nas quais lhes teria confiado três segredos, entre os quais uma visão considerada profética do atentado perpetrado contra o Papa João Paulo II há mais de 60 anos.

Missas
Não é a primeira vez que Bergoglio visita o santuário como papa, onde já esteve em 13 de maio de 2017 para a canonização em massa de dois dos párocos, que contou com a presença de cerca de 500.000 peregrinos.

Francisco, de 86 anos, chegou a Portugal na quarta-feira para se encontrar com jovens católicos de todo o mundo, reunidos em Lisboa para uma semana de encontros festivos, culturais e espirituais. Desde o início de sua visita, a mais longa de um pontífice ao país, o papa argentino abordou temas como a ecologia, a guerra na Ucrânia ou a dor das vítimas de abuso sexual de menores por membros da Igreja.

Uma maré colorida de peregrinos inundou as ruas de Lisboa nestes dias, especialmente numerosos nos eventos realizados na quinta e sexta-feira num parque central com vista para o rio Tejo, onde 800 mil pessoas se reuniram na sexta-feira, segundo as autoridades. A cifra pode chegar a um milhão durante a vigília que será realizada na noite de sábado às portas de Lisboa, num grande parque montado para a marcação no terreno de um antigo aterro sanitário situado nas margens do estuário do Tejo.

Com seis milhões de visitantes esperados este ano, Fátima está entre os santuários marianos mais visitados do mundo, como Guadalupe, no México, Aparecida, no Brasil, ou Lourdes, na França.Já sem as restrições trazidas pela pandemia de covid-19, o santuário português recuperou este ano os níveis de afluência de antes da crise sanitária, com mais de 200 mil pessoas presentes na grande romaria anual a 13 de maio.

Folha PE

Centenas marcham em memória dos detidos desaparecidos durante a ditadura no Chile

Mais de 400 pessoas marcharam neste sábado (22) pelas ruas de Santiago, sob a chuva, em memória dos 119 detidos desaparecidos da chamada “Operação Colombo” durante a ditadura chilena. “É um ato de memória para que as pessoas, a população, a opinião pública saibam que não os esquecemos, que ainda há muitos desaparecidos”, disse Mario Aguilera, de 71 anos, que participou da marcha.

A procissão, liderada por 119 silhuetas representando as vítimas, passou por diferentes pontos emblemáticos da luta pelos direitos humanos. Tudo isso no contexto do 50º aniversário do golpe de Estado contra o governo de Salvador Allende (1970-1973), ocorrido em 11 de setembro de 1973. Após o golpe militar, uma ditadura foi instalada, deixando mais de 3.200 vítimas, entre mortos e desaparecidos. “Estou aqui porque sempre procurei pelo meu filho, desde que soubemos de sua detenção”, afirmou Hilda Saldívar, de 93 anos, mãe de Gerardo Silva Saldívar, detido desaparecido.

A marcha começou no Museu da Memória e dos Direitos Humanos, passou pelo lado de fora do palácio do governo de La Moneda, pela praça de armas da capital e terminou no Museu de Belas Artes. “É fundamental que um povo recupere, exerça o direito e exercite sua memória histórica, pois é a memória que nos permite avançar”, destacou Roberto D’Orival, de 62 anos, irmão de Jorge D’Orival, outro detido desaparecido. A “Operação Colombo”, colocada em prática em 1975 pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), foi uma ação de desinformação para tentar se desvincular da responsabilidade pelas detenções e desaparecimentos de opositores políticos.

Para essa operação, a ditadura transportou corpos de detentos desaparecidos no Chile até a Argentina e criou cenas lá para sugerir que suas mortes ocorreram em confrontos ou execuções internas entre membros do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR, sigla em espanhol) chileno. O próximo passo foi a publicação de artigos em meios desconhecidos na Argentina e no Brasil, sobre a suposta morte de cerca de 60 militantes do MIR em vários países da América Latina, especialmente na Argentina, por supostas lutas ou execuções internas.

Essa informação foi posteriormente replicada por jornais chilenos em julho de 1975. Nesse momento, as Nações Unidas e organismos interamericanos já acusavam o regime chileno de graves violações aos direitos humanos. Nas diferentes versões da campanha de desinformação, mencionava-se 119 pessoas, a maioria delas militantes do MIR, mas também de outros partidos ou sem filiação política, que foram detidas no Chile entre maio de 1974 e fevereiro de 1975 pela ditadura. Por esse caso, a justiça retirou a imunidade parlamentar e processou Augusto Pinochet em 2005, mas com a morte do ex-ditador em dezembro de 2006, ele foi absolvido.

AFP

Mãe coloca fentanil em mamadeira achando que fosse cocaína e filho morre

Uma mãe adolescente está sendo acusada de matar o próprio filho, de apenas nove meses, após colocar fentanil na mamadeira dele. O caso aconteceu em Nassau, condado no estado norte-americano da Flórida. Segundo o site news4jax, os policiais receberam um chamado em 26 de junho informado que a criança não respirava e não tinha pulso. O bebê foi socorrido, mas não resistiu.

Na última terça-feira (11/7), segundo os policiais, a mãe, de 17 anos, confessou o que teria acontecido. De acordo com os xerife Bill Leeper, a mãe estava cansada e queria descansar. Ela então colocou leite na mamadeira da criança com o que pensou ser cocaína. Mas, na verdade, a droga era fentanil, um opioide usado para tratamento de dor.Segundo o legista, o bebê tinha fentanil no organismo o suficiente para matar 10 pessoas. A mãe é acusada de homicídio qualificado e posse de substância controlada.

CorreioBrasilkiense

Francisco Ibáñez, criador de “Mortadelo e Salaminho, morre aos 87 anos

O espanhol Francisco Ibáñez, criador dos personagens de quadrinhos “Mortadelo e Salaminho”, morreu neste sábado (15) aos 87 anos. “Com enorme tristeza, o Grupo Editorial Penguin Random House comunica o falecimento em Barcelona do grande desenhista e cartunista Francisco Ibáñez”, anunciou a editora no Twitter.

Nascido em Barcelona (nordeste) em 15 de março de 1936, ano em que teve início a Guerra Civil, Ibáñez publicou em 1958 a primeira história de “Mortadelo e Salaminho”. Depois, Ibáñez criou diversos outros personagens.

Foi agraciado com a Medalha de Ouro ao Mérito de Belas Artes em 2001.

AFP

Israel lança vários bombardeios na Síria

Israel lançou vários ataques aéreos na Síria perto da cidade de Homs, controlado pelo governo, informou a mídia estatal síria neste domingo (2). Uma organização que monitora a situação no terreno informou que um membro da Guarda Revolucionária Iraniana morreu em um dos ataques.

Por mais de uma década, desde o início da guerra civil na Síria, Israel liderou centenas de ataques contra posições do Exército, das forças pró-iranianas e do Hezbollah neste país. “O inimigo israelense lançou ataques aéreos do nordeste de Beirute contra vários alvos nos subúrbios da cidade de Homs”, disse uma fonte militar à agência de notícias síria SANA.

Esta cidade fica a cerca de 20 milhas da fronteira com o Líbano. A defesa aérea síria interceptou alguns mísseis ao norte de Homs, disse a fonte, acrescentando que perdas “materiais” foram registradas, completou a agência. Em um breve comunicado, o Exército israelense indicou que, aparentemente, um foguete antiaéreo foi lançado da Síria em direção a Israel e que “explodiu no ar sobre o território israelense”. Várias horas depois, o Exército israelense informou que respondeu a “um míssil antiaéreo lançado da Síria em direção a Israel”. Além disso, o Exército disse ainda que os caças israelenses “atingiram outros alvos na área”.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), um membro da Guarda Revolucionária do Irã morreu em um bombardeio na periferia de Homs, e quatro combatentes ficaram feridos. Os ataques israelenses também atingiram uma base de defesa aérea em Qadmus. O Irã apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra civil que assola o país. Afirma, no entanto, que não tem tropas na Síria e que inveja apenas assessores militares da Guarda Revolucionária.

AFP

Ex-ministro britânico dos Esportes pede “calma” à organização dos Jogos de Paris 2024

A organização dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 deve “manter a calma e a concentração”, apesar dos violentos tumultos dos últimos dias na França, a um ano do grande evento, disse o ex-ministros dos Esportes do Reino Unido Hugh Robertson, em uma entrevista à AFP.

Robertson, que foi deputado pelo Partido Conservador, lembrou dos protestos em Londres e outras zonas urbanas da Inglaterra em 2011, depois que o jovem Mark Duggan foi morto por um tiro da polícia. Em agosto daquele ano, cinco pessoas passaram por esses distúrbios. “Quando isso aconteceu em Londres, também a um ano dos Jogos, todos os Comitês Nacionais Olímpicos (CNO) e as federações internacionais do mundo inteiro tinham acabado de chegar à cidade para conhecer as instalações”, lembra o ex-ministro.

“Eu dizia que não havia nada a temer e atrás de mim havia nuvens de fumaça no sul de Londres”, acrescenta. Robertson não acredita que as imagens tenham um impacto nos visitantes potenciais durante os Jogos de Paris. “Ainda estamos a mais de um ano da cerimônia de abertura, o que é muito tempo na organização de algo tão importante como os Jogos”, ressalta.

“As pessoas que já compraram sua renda virão de qualquer maneira, outras vão pensar que ainda falta muito e não desistirão de ir”, acrescenta. “Mantenham a calma e a concentração”, aconselho o britânico à organização dos Jogos de Paris 2024 A França descreveu 45 mil aguardando na sexta-feira para conter os distúrbios causados pela morte de um jovem baleado por um agente. Embora “com menor intensidade”, esses choques continuaram pela quarta noite seguida com quase 500 detidos.

AFP

 

Brasil e Argentina assinam declaração que fortalece economia cultural

Os governos do Brasil e da Argentina assinaram neste sábado (3) uma declaração conjunta para fortalecer ações coletivas de apoio às economias culturais dos dois países. A declaração foi efetivada durante a realização da 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (Mica), em Buenos Aires, evento para o qual o Brasil é convidado de honra.

O texto afirma ainda a necessidade de se fortalecer a capacitação, formação e educação digital de trabalhadores da cultura – para que o avanço na digitalização não implique em maiores níveis de exclusão –, e realça a centralidade do Mercosul Cultural para ambos os governos, assim como a necessidade de continuar trabalhando para fortalecer e aprofundar a integração regional no setor.

A declaração ocorre após o Brasil assumir, simbolicamente, a presidência pro tempore (provisória) do Mercosul Cultural. Com duração de seis meses, a gestão brasileira começa oficialmente em julho.

Inicialmente, estava prevista a assinatura de um Protocolo para o Fomento à Coprodução de Filmes de Longa-Metragem entre a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales, mas, conforme informou a assessoria do Ministério da Cultura (Minc), o documento ainda recebe ajustes finais em seus termos.

Agenda
Principal foro multilateral de atuação do Ministério da Cultura no continente americano, o Mercosul Cultural reúne uma agenda temática do bloco voltada para o delineamento de programas conjuntos com ênfase na integração de políticas e planos nacionais de cultura, o desenvolvimento de estudos, a integração de sistemas de informação e estatísticas de cultura, a circulação de bens e serviços culturais, a promoção do intercâmbio técnico e artístico, universalização do acesso à cultura e gestão do patrimônio cultural e valorização da memória social e da diversidade cultural da região.

O grupo trabalha de forma ampliada com os quatro Estados Partes do bloco: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e sete Estados Associados (Chile, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname). As reuniões regulares são realizadas semestralmente.

“A liderança de Argentina e Brasil, junto com o esforço que realizam todos os Estados Membros do bloco, é fundamental para estabelecer um Mercosul Cultural forte, que possa gerar acordos concretos a nível regional para enfrentar de maneira conjunta os desafios do setor cultural e contar com critérios comuns nos momentos de participação em outros foros, organismos e blocos multilaterais”, diz o texto da declaração.

O documento também aborda a importância de fortalecer as políticas culturais de base comunitária através do apoio a iniciativas artísticas e culturais que “promovam a inclusão social, a identidade local e a participação cidadã”, além de ressaltar a necessidade da promoção de ações coletivas de apoio às economias culturais, “que são motor de crescimento econômico, de geração de postos de trabalho e fontes de inovação”.

A declaração representa uma sinalização dos dois países em fortalecer as cadeias de valor de todos os setores das indústrias culturais para a região de forma articulada. O entendimento é de que o segmento cultural tem papel fundamental para impulsionar o desenvolvimento dos países do continente e “sua capacidade de gerar mudanças sociais estruturais que promovam sociedades mais inclusivas, acessíveis, diversas e equitativas”, para garantir o desenvolvimento sustentável. O texto também reitera a necessidade de incorporar a cultura como um objetivo específico entre os próximos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

“Em um mundo interconectado no qual existem desafios globais, tanto as ações individuais como as políticas públicas implementadas por um país têm impacto sobre o conjunto. Sem perder a originalidade e conscientes da importância da diversidade cultural, é fundamental gerar acordos globais com vistas ao futuro”, diz a declaração.

O documento termina com o entendimento entre os dois países no sentido de atualizar o marco normativo da relação cultural, com base na proposta argentina de um memorando de entendimento sobre cooperação em matéria cultural entre os ministérios da Cultura do Brasil e da Argentina.

Mica
Maior evento de cultura no país vizinho, o Mica 2023 tem o Brasil como convidado de honra. Com seminários, palestras, shows, encontros entre produtores culturais, entre outras programações, o movimento tem por objetivo articular os setores das indústrias culturais, para potenciar os intercâmbios comerciais, artísticos e intelectuais entre os dois países.

A intenção é fortalecer os vínculos institucionais, comerciais e artísticos com o Brasil, para a divulgação da cultura dos dois países e a concretização de negócios.

Agência Brasil

Sem acordo, Lula e Zelenski não se encontram na reunião do G-7

Sem muita convicção de ambos os lados,  mas previsto para o final da reunião da cúpula do G-7, o encontro  entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Volodmir Zelenski acabou não acontecendo.

Depois de muita pressão internacional, principalmente vinda de  líderes de países presentes na reunião de Hiroshima, no Japão, a delegação brasileira chegou a anunciar a negociação do encontro, o que acabou não dando certo.

O motivo alegado pelos dois governos foi “incompatibilidade de agenda”. Lula teria oferecido alguns horários alternativos para a reunião, que não se encaixaram nos horários do presidente ucraniano.

Numa entrevista coletiva, o presidente ucraniano acabou ironizando o encontro que não houve. Quando foi perguntado se teria ficado decepcionado por não ter conseguido se reunir com Lula, Zelenski riu e respondeu: “acho que ele (Lula) que ficou decepcionado”.

O presidente ucraniano voltou para Kiev logo após a coletiva. Lula volta para o Brasil na manhã de segunda-feira no Japão, depois de uma agendada coletiva de imprensa.

O clima entre Brasil e Ucrânia anda tenso depois de sucessivas declarações controversas do presidente Lula, que nunca colocam a Ucrânia como vítima da invasão Russa. Ao contrário, sempre fazendo sinalizações como se poupando a Rússia de críticas.

Esse posicionamento do Brasil tem gerado críticas de vários países, muitos deles presentes na cúpula do G-7 em Hiroshima, no Japão. Entre os quais, Estados Unidos e a maioria dos países europeus.

JC Online

No G7, Brasil assina declaração conjunta para combater a fome

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou, em Hiroshima (Japão), na madrugada deste sábado (20) – tarde de sábado no horário japonês – uma declaração conjunta com propostas para garantir a segurança alimentar no mundo. O documento foi assinado por chefes do Executivo de outros 14 países durante a reunião de cúpula estendida do G7.

A Declaração de Ações de Hiroshima para a Segurança Alimentar Resiliente tem o objetivo de garantir políticas para erradicar a fome no mundo, com a oferta de alimentos nutritivos, baratos e seguros e com processos agrícolas resilientes, sustentáveis e inclusivas.

De acordo com nota divulgada pela Presidência da República, os participantes da cúpula avaliam que, no curto prazo, a pandemia de covid-19, os preços internacionais de energia, alimentos e fertilizantes, os impactos das mudanças climáticas e os conflitos como a guerra da Ucrânia ameaçam a segurança alimentar global.

A avaliação dos participantes é que, no médio prazo, é preciso preparar os países para prevenir e remediar de forma rápida as crises de segurança alimentar no futuro. Em um horizonte de mais longo prazo, a intenção é atingir a segurança alimentar global de forma resiliente, garantindo nutrição para todos.

O documento foi assinado pelos líderes de Brasil, Japão, Austrália, Canadá, Comores, Ilhas Cook, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Coréia do Sul, Reino Unido, Estados Unidos, Vietnã e União Europeia.

Indonésia
Mais cedo, ainda na noite de sexta-feira (no horário brasileiro), Lula se reuniu com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, com quem discutiu a preservação do meio ambiente e a criação de um grupo internacional envolvendo os dois países, além da República Democrática do Congo e outras nações amazônicas para proteger as florestas tropicais. Essas três regiões reúnem as maiores áreas deste tipo de vegetação em todo o planeta.

Segundo a Presidência da República, os dois presidentes concordaram em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia e Widodo afirmou que o mundo precisa de paz. O indonésio afirmou, de acordo com as informações do governo brasileiro, que esteve no passado com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o problema da segurança alimentar global com os dois países, grandes exportadores de grãos.

Lula convidou Widodo a visitar o Brasil e disse que países com grandes populações, como Brasil e Indonésia, têm que se aproximar. O presidente indonésio afirmou, segundo a Presidência, ter interesse em aumentar as importações de produtos brasileiros, especialmente proteína animal.

Agência Brasil

Lula se reúne com primeiro-ministro do Japão e propõe maior cooperação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida na noite desta sexta-feira (19) – manhã de sábado (20) no Japão. O encontro bilateral ocorreu no Grand Price Hotel, na cidade japonesa de Hiroshima, mesmo local onde será realizada a Cúpula do G7, da qual o Brasil foi convidado a participar após 14 anos.  Na reunião, Lula e o premiê manifestaram interesse em ampliar o comércio bilateral, combate às mudanças do clima, educação e integração entre as comunidades.

“Brasil e Japão precisam estabelecer uma relação mais produtiva não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista cultural, político e da ciência e tecnologia”, disse Lula ao primeiro-ministro, conforme publicação nas redes sociais da Presidência da República.

Em 2022, o fluxo comercial Brasil-Japão somou US$ 11,9 bilhões, com superávit brasileiro de cerca de US$ 1,3 bilhão. O estoque de investimentos diretos do Japão na economia brasileira aproxima-se de US$ 22,8 bilhões.

O presidente ressaltou a colaboração dos imigrantes japoneses no crescimento da economia do Brasil e os investimentos de empresas brasileiras no mercado japonês. Este ano serão celebrados 115 anos do início da imigração nipônica ao Brasil.

Estima-se que cerca de 204 mil brasileiros vivam no Japão, a quinta maior comunidade no mundo. Já o Brasil tem a maior comunidade de nipodescendentes fora do território japonês, com mais de 2 milhões de pessoas.

“Ótima conversa com o primeiro-ministro do Japão. Falamos sobre a necessidade de retomarmos e ampliarmos relações entre empresários e empresas dos dois países. Temos laços culturais com Japão e uma grande comunidade nipo-brasileira. A ampliação de nossa parceria será importante para o crescimento de nossos países”, disse Lula, em sua conta no Twitter.

O primeiro-ministro do Japão propôs que os dois países tenham “discussões amplas sobre questões como clima, educação, desenvolvimento, paz e estabilidade” e que estão “muito dispostos a cooperar com o Brasil”.

Kishida também mencionou a importância do papel do Brasil no G20, que reúne as maiores economias do mundo. Em dezembro, o Brasil assume a presidência do grupo.

Após o encontro com o primeiro-ministro do Japão, Lula se reuniu com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, quando trataram da questão do clima global e preservação das florestas.

Agência Brasil