Editorial: Cidade limpa se constrói com atitude: faça sua parte!”

Manter a cidade limpa não é apenas responsabilidade do prefeito ou da equipe de limpeza urbana. É também um dever de cada cidadão que ama e respeita o lugar onde vive. Jogar lixo no chão, em canais, praças, calçadas ou ruas é um ato que prejudica a todos, inclusive quem o comete.

O lixo descartado de forma incorreta entope bueiros, provoca alagamentos, atrai insetos, causa mau cheiro e se transforma em criadouro de doenças como dengue, chikungunya e leptospirose. Além disso, deixa a cidade com uma aparência abandonada e desvalorizada.

É obrigação do poder público garantir a coleta, varrição, limpeza e fiscalização. Mas de nada adianta uma prefeitura limpando de um lado, se do outro lado tem gente sujando. Não podemos tratar o espaço público como lixeira pessoal.

Uma cidade limpa é mais bonita, mais saudável, mais valorizada e acolhedora para moradores e visitantes. E mais: uma cidade limpa gasta menos com saúde pública e com manutenção emergencial de vias e galerias entupidas.

Portanto, jogue o lixo no lugar certo, use as lixeiras, denuncie descarte irregular, eduque seus filhos com o exemplo. A limpeza começa com pequenos gestos. É uma questão de cidadania.

Lembre-se: o prefeito tem obrigação de limpar, mas o cidadão tem o dever de não sujar. Vamos juntos construir uma Petrolina mais limpa, mais digna e mais nossa.

Waldiney Passos

EDITORIAL: O Alerta Vermelho na Polícia Civil de Pernambuco e a Inércia do Governo

Uma pesquisa inédita revelou um cenário alarmante na Polícia Civil de Pernambuco: 41% dos delegados afirmam estar emocionalmente esgotados, enquanto 79% relatam dificuldades de concentração. Esses dados evidenciam uma realidade que há tempos é ignorada pelo governo estadual: o adoecimento mental dos profissionais da segurança pública, reflexo direto da sobrecarga de trabalho e da falta de estrutura adequada.

A vice-presidente da Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia de Pernambuco (Adeppe), Cláudia Molinna, classificou os números como inaceitáveis e alertou que a sobrecarga emocional dos delegados impacta diretamente a segurança da população. Não é difícil entender o porquê. Com um déficit de mais de 220 delegados, muitos profissionais acabam assumindo múltiplas funções, ampliando ainda mais o estresse da categoria. Como se não bastasse, 16,3% dos delegados estão ocupados com funções administrativas, quando deveriam estar diretamente envolvidos nas investigações e no combate ao crime.

Diante dessa crise, o governo de Raquel Lyra permanece em silêncio ou, pior, tenta empurrar soluções paliativas para um problema que exige medidas concretas. A governadora, que tanto prometeu melhorias na segurança pública, parece alheia à necessidade urgente de reestruturar a Polícia Civil. As ações do governo até agora não passam de promessas vazias e convênios paliativos, como a adesão ao programa federal Escuta Susp, que oferece atendimento psicológico online, mas não resolve a raiz do problema: a falta de profissionais, a sobrecarga de trabalho e a desvalorização da categoria.

A verdade é que, enquanto a governadora não assumir a responsabilidade de investir na recomposição do efetivo e na melhoria das condições de trabalho dos delegados, Pernambuco continuará assistindo ao colapso da sua segurança pública. O aumento do número de licenças médicas por transtornos psicológicos na categoria é um indicativo de que o limite foi ultrapassado.

A reordenação do efetivo, a realização de concursos públicos e a criação de políticas de apoio à saúde mental dos profissionais da segurança precisam ser tratadas como prioridade. A omissão do governo Raquel Lyra só agrava a crise e coloca em risco não apenas os delegados, mas toda a sociedade pernambucana. Até quando o Estado continuará negligenciando aqueles que arriscam suas vidas diariamente para proteger a população?

Pernambuco precisa de um governo que compreenda que segurança pública não se faz com discursos, mas com ações efetivas. O tempo das desculpas acabou. É hora de agir.

WALDINEY PASSOS

Editorial: A Manipulação da Inflação e a Realidade do Povo

O vice-presidente Geraldo Alckmin sugeriu recentemente que os preços dos alimentos e da energia elétrica sejam retirados do cálculo da inflação no Brasil. A proposta, que à primeira vista pode parecer uma medida técnica, na verdade, levanta sérias preocupações sobre a transparência e a credibilidade dos indicadores econômicos do país.

A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), reflete o impacto da variação de preços no orçamento das famílias brasileiras. Excluir os alimentos e a energia, dois dos itens mais essenciais para a população, especialmente para os mais pobres, é uma manobra que distorce a realidade e mascara o impacto do custo de vida sobre o cidadão comum.

Os alimentos representam uma parcela significativa dos gastos das famílias, principalmente daquelas de baixa renda, que destinam a maior parte de seus ganhos à alimentação. A energia elétrica, por sua vez, é um insumo básico, cujo custo elevado tem um efeito cascata sobre toda a economia, encarecendo a produção e o consumo de bens e serviços. Retirar esses itens do cálculo da inflação é, no mínimo, um desrespeito com o trabalhador que sente no bolso a alta dos preços diariamente.

Se a inflação oficial não refletir o verdadeiro aumento do custo de vida, o governo poderá justificar políticas econômicas equivocadas e negligenciar a urgência de medidas para conter a alta dos preços. Além disso, reajustes de salários, aposentadorias e benefícios sociais baseados nesses índices serão comprometidos, prejudicando ainda mais os mais vulneráveis.

O Brasil já sofreu no passado com tentativas de manipulação de indicadores econômicos para maquiar a realidade. A transparência e a confiabilidade dos dados são fundamentais para que se tomem decisões responsáveis e eficazes. Se o governo quer de fato reduzir a inflação, deve investir em medidas que combatam o aumento dos custos, como redução de impostos sobre produtos essenciais, incentivo à produção agrícola e energética e melhoria na infraestrutura logística.

Retirar os alimentos e a energia do cálculo da inflação não alivia a pressão sobre os brasileiros. Apenas encobre a realidade e desvia o foco das verdadeiras soluções. A população precisa de políticas econômicas sérias e comprometidas com a melhoria das condições de vida, não de artimanhas para esconder os problemas.

Waldiney Passos

Editorial: Desafios e expectativas para o novo período legislativo em Petrolina

Waldiney Passos – Editor do Blog

Hoje, terça-feira, 04 de fevereiro, a Câmara de Vereadores de Petrolina realiza a primeira sessão do 1º semestre legislativo de 2025. A população tem grandes expectativas em relação à nova legislatura, composta por vereadores reeleitos e estreantes. O que se espera é um trabalho diferenciado, com respostas concretas às demandas da sociedade nos mínimos detalhes.

Petrolina é hoje a terceira maior cidade de Pernambuco, e seus vereadores precisam representá-la à altura. É necessário um olhar mais atento para as periferias, onde ainda há um grande número de ruas sem saneamento, sem calçamento e sem pavimentação. Muitas famílias vivem em condições desumanas, com esgoto a céu aberto na porta de casa. O papel do vereador não é apenas apontar problemas, mas buscar soluções efetivas junto aos órgãos competentes.

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EDITORIAL: Petrolina, Avanço e Mobilidade

A recente liberação da rotatória no entroncamento entre as BRs 428 e 407, conectando as Avenidas Sete de Setembro e Honorato Viana, marca mais um avanço significativo na mobilidade urbana de Petrolina. Antes um gargalo que causava atrasos e frustrações, o trecho agora é um facilitador para o trânsito, proporcionando maior fluidez e agilidade. Essa conquista é reflexo direto dos investimentos em infraestrutura que transformaram a cidade nos últimos anos, trazendo alívio aos motoristas e otimizando o deslocamento.

Nos últimos anos, Petrolina tem se destacado por suas grandes obras de mobilidade, com resultados que beneficiam diretamente a qualidade de vida de seus cidadãos. Desde a gestão do ex-prefeito Miguel Coelho, houve um divisor de águas com a execução de projetos importantes, como as duplicações das avenidas da Estrada da Banana, Mário Rodrigues, Sete de Setembro, Cardoso de Sá, Clementino Coelho e, agora, a finalização da duplicação da BR 407. Esses investimentos não apenas solucionaram problemas históricos de trânsito, mas também projetaram Petrolina como referência de planejamento urbano.

A continuidade desse trabalho pela gestão de Simão Durando é um reconhecimento do esforço conjunto de lideranças comprometidas com o desenvolvimento. Petrolina se consolida como um dos melhores lugares para se viver, e a mobilidade urbana é um pilar fundamental desse progresso. A facilidade de deslocamento significa mais tempo para o trabalho, lazer e família, um ganho real para todos.

Apesar dos avanços significativos, é importante considerar que os desafios em Petrolina ainda são enormes, especialmente em áreas periféricas. Muitas comunidades sofrem com a falta de pavimentação e asfalto, problemas que dificultam a mobilidade, impactam qualidade de vida e perpetuam desigualdades. As ruas sem infraestrutura adequada não apenas comprometem o trânsito local, mas também expõem os moradores a condições precárias, principalmente em períodos de chuva, quando vias intransitáveis ​​agravam os problemas de mobilidade e ampliam os riscos à saúde pública.

No novo mandato do prefeito Simão Durando, espera-se um olhar ainda mais atento para essas demandas. A população da periferia precisa ser incluída de forma prioritária no planejamento urbano da cidade, com investimentos consistentes em infraestrutura básica. As pavimentações, saneamento e melhorias no transporte público devem ser elementos centrais de uma gestão que já demonstrou competência em transformar grandes avenidas em vias modernas e eficientes. Agora, é hora de levar esse progresso para cada canto de Petrolina.

A expectativa é de que a gestão continue a ampliar as conquistas, honrando o compromisso de desenvolvimento equilibrado e inclusivo. Petrolina já se destaca no cenário regional e nacional por seus avanços, mas a verdadeira excelência será alcançada quando todos os seus cidadãos, independentemente do bairro onde vivem, puderem desfrutar de uma cidade mais justa, acessível e bem estruturada. A confiança depositada pela população na reeleição de Simão Durando reforça o desejo de continuidade, mas também cobra ainda mais comprometimento para solucionar os problemas que afetam diretamente a vida dos petrolinenses, especialmente nas áreas que ainda carecem de atenção.

Waldiney Passos

Editorial: Um novo capítulo na gestão de Simão Durando em Petrolina

Na próxima segunda-feira (2), às 9h30, a Arena 2 do Parque Josepha Coelho será palco de um momento crucial para o futuro de Petrolina. O prefeito Simão Durando apresentará as mudanças planejadas para sua próxima gestão, em uma reforma administrativa que promete realinhar a estrutura organizacional da prefeitura e definir a composição do novo governo.

Essa reformulação sinaliza um compromisso renovador com o desenvolvimento de Petrolina, reforçando áreas estratégicas que impactam diretamente a qualidade de vida da população. Entre os presentes, estarão o vice-prefeito eleito Ricardo Coelho, os novos secretários, vereadores e lideranças locais, todos alinhados com a visão de fortalecer as bases da administração pública.

A expectativa é que mudanças incluam ajustes estruturais que ampliem a eficiência dos serviços e otimizem recursos. Em um município que se destaca como polo regional, com demandas crescentes em infraestrutura, educação, saúde e desenvolvimento econômico, a nova gestão terá a responsabilidade de consolidar os avanços tecnológicos e enfrentar os desafios.

Mais do que um evento solene, a apresentação da reforma administrativa marca o início de uma nova fase para Petrolina, com uma liderança comprometida em alinhar a governança municipal aos anseios da população. Cabe agora ao novo governo demonstrar que as mudanças planejadas trarão resultados concretos.

O futuro é promissor, mas exigirá trabalho conjunto, transparência e eficiência. Que essa reforma seja um marco de renovação e fortalecimento, reafirmando Petrolina como referência de gestão e desenvolvimento.

Waldiney Passos

Editorial: Queda na popularidade – Lula precisa se reconectar com eleitorado para viabilizar um quarto mandato em 2026

Mais uma vez, a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é registrada em pesquisa, desta vez pelo Instituto Paraná Pesquisas. Os números revelam um cenário preocupante para o líder petista: 51% dos brasileiros desaprovam sua gestão, enquanto 46,1% mostram algum nível de aprovação. Esses dados refletem um governo que, em seu terceiro mandato, enfrenta dificuldades em dialogar com as camadas mais carentes da sociedade, público historicamente associado ao seu eleitorado.

Para agravar a situação, a mesma pesquisa aponta que, em uma eventual disputa presidencial, Lula ficaria atrás de Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento, Bolsonaro liderou com 37,6% das intenções de voto contra 33,6% de Lula, mostrando que o ex-presidente ainda exerce forte influência sobre o eleitorado, especialmente em regiões onde sua gestão foi vista como mais alinhada aos anseios populares. 

No campo econômico, o cenário também não favoreceu Lula. Nesta quarta-feira (27/11), o dólar fechou a R$ 5,91, marcando uma máxima histórica, com uma valorização de 1,80%. Esse aumento foi impulsionado pela incerteza em torno das medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo ministro Fernando Haddad. A proposta de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, embora positiva para os trabalhadores, gerou preocupações no mercado financeiro sobre o impacto nas contas públicas. Essa tensão contribui para a percepção de que o governo enfrenta dificuldades em equilibrar prioridades econômicas.

Lula, que já foi convocado como o presidente que tirou milhões de brasileiros da pobreza, agora enfrenta o desafio de recuperar esse legado. Mais do que esses discursos, é necessário que as ações do governo reflitam as necessidades do povo. Caso contrário, corre o risco de encerrar sua trajetória política com uma avaliação negativa, deixando o palco pela porta dos fundos, enquanto enfrenta o crescente descontentamento popular. 

A reconexão com as bases que o levaram ao poder é necessária para que ele não apenas conclua este mandato de forma digna, mas também tenha chances reais de disputar um quarto mandato em 2026 com uma perspectiva de sucesso.

Waldiney Passos

Editorial: Blog Waldiney Passos comemora 9 anos de história e compromisso com o Vale do São Francisco

Hoje é um dia especial para todos nós que fazemos parte do Blog Waldiney Passos. Celebramos nesta data nove anos de serviços prestados a toda região. Desde 2015, quando o blog foi lançado, nosso compromisso tem sido levar informação atualizada, imparcial e relevante para nossos leitores.

Sob a liderança do radialista Waldiney Passos, um profissional com vasta experiência no rádio e na TV, o blog nasceu do desejo de oferecer à população um espaço de informação confiável, ágil e relevante. Com uma trajetória consolidada nos principais veículos de comunicação da região, Waldiney viu na criação do blog uma oportunidade de ampliar sua contribuição ao jornalismo local, e o resultado foi uma acolhida calorosa por parte dos leitores.

Ao longo desses nove anos, o Blog Waldiney Passos se tornou um ponto de encontro para aqueles que buscam informações sobre política, economia, cultura, esportes e os acontecimentos que impactam o dia a dia do Vale. Nosso compromisso sempre foi — e continuará sendo — com a verdade, a seriedade e a pluralidade de ideias.

Hoje, queremos expressar nossa mais profunda gratidão a você, leitor, que nos acompanha diariamente, confia em nosso trabalho e nos motiva a seguir em frente. A cada clique, comentário e compartilhamento, vocês fazem parte da nossa historia.

Celebrar nove anos é considerar o quanto já conquistamos e, ao mesmo tempo, renovar nossa missão de continuar informando e contribuindo para o desenvolvimento de nossa região. A felicidade em prestar esse serviço é imensa, e sabemos que só chegamos até aqui graças à parceria e ao apoio de todos que acreditam no nosso trabalho.

Muito obrigado

Equipe Blog Waldiney Passos

Editorial: Alepe analisa medidas rigorosas contra o roubo de fios e equipamentos em Pernambuco

Nesta terça-feira (26), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) votará um projeto crucial para combater uma prática criminosa que tem gerado sérios prejuízos à população e à infraestrutura do estado. O Projeto de Lei Ordinária 1.094/2023, de autoria do deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade), propõe medidas severas contra quem adquirir ou receber fios de cobre, baterias e transformadores provenientes de roubo.

Entre as decisões previstas estão a aplicação de multas substanciais e o cancelamento da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, uma ação que visa desestruturar o mercado ilegal desses materiais. Caso aprovado, o projeto seguirá para a sanção da governadora Raquel Lyra (PSDB).

Esse problema não se limita à capital ou a outras grandes cidades do estado — ele também é recorrente aqui em Petrolina. 

Em Pernambuco, o impacto dessa prática é grave. Dados da Neoenergia mostram que, nos últimos dois anos, mais de 150 mil clientes ficaram sem eletricidade devido a 4.600 ocorrências desse tipo, comprometendo 210 quilômetros de rede elétrica e danificando 745 transformadores. Em paralelo, a Compesa enfrentou pelo menos um incidente semanal envolvendo o furto de fios e equipamentos, dificultando o abastecimento de água e comprometendo  estabilidade dos serviços.

O projeto de lei em tramitação é um avanço necessário para enfrentar esse problema de forma mais eficiente. Além de punir receptores, é fundamental que haja um esforço conjunto entre governo, prefeituras e forças de segurança para fortalecer a fiscalização e coibir a atuação de quadrilhas especializadas nesse tipo de crime.

Os moradores de Petrolina e do estado como um todo esperam que os parlamentares aprovem essa medida, que representam um passo importante na defesa do patrimônio público e na qualidade de vida da população. É hora de transformar palavras em ações concretas para garantir que episódios recorrentes de furtos de fios deixem de ser uma realidade em nossas cidades.

Waldiney Passos

Editorial: Honrarias da Câmara de Vereadores, critérios devem refletir relevância e mérito

A fala do vereador Ronaldo Silva na sessão desta quinta-feira trouxe à tona uma reflexão necessária: quais critérios estão sendo adotados para a concessão do título de Cidadão Petrolinense e da Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan? Essas são as maiores honrarias da Câmara Municipal de Petrolina, e, portanto, não devem ser tratadas como simples formalidades ou instrumentos políticos.

As honrarias carregam o peso simbólico de reconhecer indivíduos que, de forma significativa e inquestionável, contribuíram para o desenvolvimento de Petrolina e o bem-estar de sua população. São distinções que deveriam ser reservadas àqueles que deixam um legado de impacto duradouro em áreas como saúde, educação, cultura, economia e outras de interesse público.

Infelizmente, há evidências de que, em algumas ocasiões, essas honrarias têm sido concedidas sem a devida análise de mérito, transformando-se em ferramentas de favorecimento político. Essa prática enfraquece o valor das homenagens e desrespeita a pujante história de Petrolina, a terceira maior cidade de Pernambuco, que se orgulha de seu crescimento e importância no cenário regional e nacional.

É necessário que os vereadores, ao propor nomes para essas distinções, sejam criteriosos e éticos. Não se trata de atender interesses particulares ou angariar apoio político, mas de preservar a seriedade e o prestígio dessas honras. Títulos e medalhas não podem ser banalizados; eles pertencem a quem, de fato, contribuiu para o progresso da cidade e a melhoria da vida de seus habitantes.

Petrolina merece que essas honrarias sejam conferidas com responsabilidade, como forma de inspirar futuros cidadãos e líderes. Que cada nome a ser homenageado seja uma referência de trabalho, dedicação e impacto positivo. Cabe aos vereadores zelar para que as honras reflitam a grandiosidade de nossa cidade e os valores que nos unem como sociedade.

Honrarias são um reconhecimento, não uma estratégia. Que sejam dadas a quem realmente merece.

Waldiney Passos

Editorial: A importância do Dia da Consciência Negra no Brasil

O Dia da Consciência Negra, celebrado hoje, é um marco para a reflexão sobre a história, a cultura e os desafios da população negra no Brasil. A data homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência à escravidão e da luta por liberdade, um líder que inspira gerações na busca pela igualdade e pela dignidade.

A escravidão deixou marcas profundas na sociedade brasileira, e seus reflexos são sentidos até hoje. O racismo estrutural, a desigualdade de oportunidades e a violência contra a população negra são questões que ainda precisam ser enfrentadas com seriedade. Por isso, o Dia da Consciência Negra não é apenas uma celebração, mas também um chamado à ação.

Além de resgatar a rica contribuição cultural e histórica dos povos africanos e afrodescendentes, essa data nos convida a repensar privilégios e a construir uma sociedade mais justa. É um momento para valorizarmos iniciativas que promovam a igualdade racial, combatermos preconceitos e fortalecermos políticas públicas inclusivas.

O Brasil, sendo a maior nação negra fora da África, tem a responsabilidade de liderar pelo exemplo. Este é um país com enorme diversidade, onde as contribuições afro-brasileiras moldaram desde a música e a culinária até a língua e as manifestações religiosas. Reconhecer e valorizar esse legado é fundamental para nossa identidade coletiva.

No entanto, a luta pela igualdade racial não pode se limitar ao simbolismo de um dia no calendário. Ela deve ser constante, pautada por ações concretas que rompam barreiras e promovam oportunidades iguais para todos. Que o Dia da Consciência Negra seja uma inspiração para que cada um de nós contribua para um futuro onde a cor da pele não determine direitos, mas celebre a diversidade.

Zumbi dos Palmares nos lembra que a liberdade é um direito inalienável e que a luta por ela é permanente. Que sigamos esse exemplo e que a Consciência Negra seja um compromisso diário com a justiça e a humanidade.

Waldiney Passos

Editorial: A crise no sistema de saúde regional do PEBA e a urgência de soluções

A situação da saúde na região da rede PEBA, que abrange municípios de Pernambuco e Bahia, está em um estado alarmante. A crise que assola o Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf), referência para mais de 2 milhões de pessoas, reflete a sobrecarga de um sistema de saúde que opera muito além de seus limites.

O HU-Univasf, único na região a oferecer atendimento especializado de mídia e alta complexidade, enfrenta uma realidade insustentável. Áreas essenciais como neurocirurgia, ortopedia e urologia estão sobrecarregadas, enquanto a escassez de anestesistas exige a realização de procedimentos e coloca em risco o atendimento de urgência e emergência. O impacto é devastador: jornadas extenuantes, demissões de profissionais, superlotação com ocupação de até 175%, pacientes internados em corredores, uma violação de sua dignidade, suspensão de procedimentos eletivos, deixando muitos sem o atendimento.

A crise não é apenas uma questão de números. Afeta diretamente a dignidade dos pacientes, que enfrentam longas esperas por uma vaga de UTI, e dos profissionais de saúde, submetidos a condições de trabalho desumanas. Além disso, a formação médica também sofre com o fechamento de programas de residência, prejudicando o futuro da assistência na região.

Os anestesistas da PEBA, juntamente com os profissionais concursados ​​da EBSERH, pedem medidas emergenciais e têm toda razão em exigir a contratação imediata de novos profissionais, revisão das escalas e ampliação das UTIs. Suas afirmações incluem ainda um diálogo aberto e permanente com a administração do hospital, algo essencial para a construção de soluções.

O alerta é claro: sem ações rápidas e coordenadas, o sistema de saúde regional caminha para o colapso total. O governo federal, o Ministério da Saúde e os gestores estaduais e municipais precisam considerar a gravidade da situação e agir com urgência. A saúde da população não pode continuar à mercê da inércia administrativa.

É hora de priorizar investimentos no HU-Univasf, garantir condições de trabalho para os profissionais e devolver à população um sistema de saúde capaz de atender suas necessidades com dignidade e eficiência. O descaso com a saúde pública custa vidas, e isso é inaceitável.

Waldiney Passos

Editorial: Desconexão entre Lula e eleitores reflete desgaste na confiança popular

Uma pesquisa mais recente do Instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (12), revela um cenário preocupante para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente em sua relação com o eleitorado no Nordeste . Tradicionalmente uma região de forte apoio ao presidente, o Nordeste hoje mostra sinais claros de descontentamento, refletindo uma insatisfação crescente com as ações do governo, que, na prática, têm falhado em melhorar a qualidade de vida da população.

Em seu terceiro mandato, Lula enfrenta críticas intensas pela falta de políticas efetivas que combatem a alta dos preços e pela ausência de um plano concreto de contenção de gastos públicos. As mercadorias essenciais, que já pesam no bolso dos brasileiros, sofrem aumentos constantes, enquanto o governo parece mais focado em expandir a arrecadação do que em aliviar a carga sobre os trabalhadores. Essa realidade acaba por distanciar Lula dos seus próprios concorrentes, especialmente num momento em que o país enfrenta desafios económicos que pedem respostas concretas e imediatas.

A ausência de políticas de redução dos gastos públicos não afeta apenas a credibilidade do governo, mas agrava ainda mais a situação da população. Em vez de adotar medidas de austeridade que reduzam despesas, o governo insiste em onerar ainda mais o trabalhador com aumentos sucessivos de impostos, comprometendo o rendimento das famílias e dificultando a recuperação económica. Essa postura alimenta a percepção de um governo que se desconecta de seus compromissos de campanha, especialmente aqueles que mais esperavam melhorias tangíveis em suas condições de vida. Os eleitores que confiaram em um terceiro mandato focado no desenvolvimento social e econômico agora veem um governo que, ao invés de aliviar as dificuldades, parece priorizar a arrecadação, mesmo que isso signifique mais sacrifícios para os trabalhadores.

Em outras palavras, a falta de políticas públicas externas ao bem-estar da população – como o controle dos preços e a contenção de gastos públicos – gera insatisfação, sobretudo entre os que dependem diretamente dessas melhorias prometidas.

Waldiney Passos

Editorial – Dia do Radialista: Nunca foi trabalho, sempre foi alegria!

Hoje, celebramos uma profissão única e essencial: o Dia do Radialista. A rádio, com seu alcance incomparável, sempre foi mais do que uma ferramenta de comunicação; é um elo vital entre as demandas da população e das autoridades, uma ponte para a busca de soluções que realmente fazem a diferença na vida de cada um. Nesse dia, não poderia deixar de compartilhar minha paixão por essa profissão, que não é apenas um trabalho, mas um verdadeiro compromisso de vida. Ser radialista é muito mais do que informar; é criar laços, promover diálogos e dar voz a quem mais precisa.

Minha relação com a rádio começou cedo, quando ainda era apenas um ouvinte fiel das poucas estações da época: a Emissora Rural e a Rádio Juazeiro AM Stereo, as únicas em funcionamento quando cheguei a Petrolina, em 1980. Com o tempo, vi essa rede de comunicação crescer: veio a Grande Rio AM, a Transrio FM, a Grande Rio FM, e, aos poucos, nossa região se transformou em um polo de mídia vibrante, conectando e informando o Vale do São Francisco.

Minha estreia como radialista ocorreu na Rádio Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no ano de 1988, época em que muitas comunidades do interior sequer tinham telefone, o rádio era a principal — e muitas vezes única — fonte de comunicação. Cada aviso, cada nota de falecimento, cada interação disputada ao vivo representava uma conexão direta com a vida e as necessidades das pessoas. Lembro-me com saudade da emoção das ligações e das cartas que chegavam do interior, trazendo histórias e pedindo nossa voz como ponte para encurtar distancias e matar saudade. Essas mensagens revelavam sonhos, dificuldades e esperanças, e cada uma representava um vínculo de confiança que reforçava o papel essencial da rádio na vida das pessoas.

Minha trajetória me levou a muitos lugares e experiências. Ainda jovem, na Bahia, fui diretor de duas rádios de um mesmo grupo em Xique-Xique: a Rádio Tribuna do Vale e a Xique Xique FM. Em Juazeiro, trabalhei na Rádio Juazeiro AM, na Transrio FM, na Vale FM (hoje Tropical FM), e na antiga TV Norte, hoje TV São Francisco. Em Petrolina, minha caminhada incluiu a Emissora Rural AM, a Grande Rio FM, a Ponte FM, a Grande Rio AM, a TV Grande Rio e a Rádio Jornal FM, até meu atual retorno à Rural FM. Cada veículo, cada equipe, cada nova experiência foi um capítulo enriquecedor, repleto de aprendizados e encontros memoráveis. Ser radialista é, de fato, uma paixão.

Gostaria de homenagear todos os grandes colegas de profissão — alguns que já nos deixaram e outros que continuam firmes na ativa. E, para não correr o risco de esquecer alguém, faço esta homenagem em nome do saudoso José Maria Silva, com quem tive a honra de dividir a apresentação do Vale da Sorte por mais de uma década. Ele representa a dedicação, a amizade e o comprometimento que fazem parte da essência da rádio e de todos que, como ele, dedicam suas vidas a servir a comunidade.

Por fim, meus agradecimentos especiais a você, ouvinte. É por você que nos dedicamos intensamente, nos esforçando para trazer informações precisas e temas relevantes todos os dias. Ser radialista nunca foi apenas um trabalho; é uma alegria e um privilégio poder fazer o que amo. Agradeço a Deus pela oportunidade de exercer uma profissão tão linda, apaixonante e cheia de propósito.

O radialista é a voz que acompanha o ouvinte, seja na tranquilidade de um dia comum ou nos desafios da vida cotidiana. Ele tem o poder de informar, entreter e até transformar realidades, sendo muitas vezes uma ponte entre a população e os acontecimentos mais importantes.

É uma profissão que exige não apenas talento, mas também responsabilidade, empatia e comprometimento com a verdade, sempre buscando uma forma mais clara e objetiva de se comunicar.

Que Deus abençoe e proteja todos os radialistas do mundo, concedendo-lhes sabedoria, força e inspiração para seguirem sua missão com integridade, sempre levando informação, conforto e esperança aos corações de seus ouvintes. Que essa voz seja instrumento de luz, solidariedade e transformação.

Waldiney Passos

Editorial: “Cuidar do Velho Chico: A responsabilidade coletiva pela saúde do Rio São Francisco”

O Rio São Francisco, nosso “Velho Chico”, é uma dádiva que gerações atravessa, nutrindo e embelezando a vida em Petrolina e Juazeiro. É uma vitória que não só nos proporciona um cenário de lazer e diversão, mas também sustenta a economia, favorecendo a agricultura irrigada e gerando oportunidades para todos que aqui vivem.

Essa dádiva, porém, não tem recebido o respeito que merece de alguns dos próprios filhos e visitantes que, ao desfrutarem das margens e ilhas do rio, deixam para trás um rastro de descuido e destruição. Em vez de desfrutarem da beleza e da tranquilidade do “Velho Chico” de forma responsável, muitos esquecem o básico da convivência com a natureza: o cuidado com o que nos é dado.

Infelizmente, o que deveria ser um encontro de celebração com a natureza, transforma-se em poluição e degradação ambiental. Garrafas plásticas, copos descartáveis, sacolas, latas de cerveja e refrigerante, e até as mesmo garrafas de vidro são deixadas na margem e, muitas vezes, acabam no leito do rio, ameaçando a fauna, a flora e até a saúde de quem vive na região. Houve momentos em que mergulhadores encontraram verdadeiros absurdos no leito do rio, como pneus velhos, vasos sanitários e outros objetos. Esses achados revelam o total desrespeito de alguns com o nosso maior tesouro natural. É inadmissível que um rio tão fundamental para a vida e a economia de nossa região seja tratado com tamanha negligência, tornando-se vítima de ações que comprometem seu ecossistema.

Que queremos passar para quem visita Petrolina? Como os turistas se sentem ao se depararem com tanto descaso de alguns moradores e visitantes? É urgente que cada um tenha consciência de seu papel na preservação do rio, lembrando que o respeito e o cuidado com a natureza são responsabilidade de todos. Afinal, preservar o São Francisco é garantir que ele continue a ser fonte de vida, lazer e encantamento para as futuras gerações.

Waldiney Passos

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