EDITORIAL — A CORRUPÇÃO VOLTOU COM FORÇA E AFUNDA O BRASIL

A corrupção voltou a crescer no Brasil como uma praga silenciosa, mas devastadora. E não é apenas uma percepção popular: os dados mostram claramente que o país está recuando no combate à roubalheira, aos desvios e à impunidade que tanto atrasam nossa nação. A cada escândalo, a cada operação abafada, a cada punição esquecida, os brasileiros, especialmente os mais pobres, são os que mais sofrem.

Em 2024, o Brasil alcançou a sua pior pontuação e posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), divulgado pela Transparência Internacional. O país obteve 34 pontos e a 107ª posição entre 180 países, o que representa uma queda em comparação com o ano anterior. 

Corrupção não é só desvio de dinheiro, é desvio de futuro. Cada centavo desviado de merenda escolar, de hospitais, de obras públicas ou da Previdência é um prato vazio, uma fila mais longa, uma rua sem asfalto, uma vida perdida. É o agricultor sem estrada, o estudante sem professor, o aposentado vítima de fraude, como temos visto com as denúncias no INSS.

O mais alarmante é perceber que parte da classe política e da elite administrativa do país parece não apenas tolerar, mas se beneficiar dessa engrenagem suja. Operações de combate à corrupção foram desmobilizadas, estruturas de controle desmontadas, e discursos que antes clamavam por ética agora silenciam diante de escândalos dentro do próprio governo.

Essa permissividade cria um ambiente em que o corrupto se sente confortável, e o cidadão honesto, abandonado. A impunidade não apenas incentiva novos crimes, como mina a confiança do povo nas instituições. E sem confiança, não há democracia sólida. A corrupção destrói o presente e rouba o futuro.

Não podemos normalizar esse cenário. É hora de exigir transparência, fortalecer os órgãos de controle, dar autonomia real ao Judiciário e às polícias investigativas. O Brasil não pode mais ser conhecido lá fora como o país do “jeitinho”, mas sim como um país que pune os corruptos e protege seu povo.

Porque onde há corrupção, há injustiça. Onde há injustiça, não há progresso.

Waldiney Passos

Editorial — Pec da Segurança: Avanço ou ilusão?

O Brasil vive uma crise crônica na segurança pública. Violência urbana, criminalidade crescente, facções organizadas e um sistema penal sobrecarregado. Nesse contexto, a chamada PEC da Segurança Pública surge como mais uma tentativa do Congresso de dar uma resposta a um dos maiores anseios da população: segurança.

A proposta pretende inserir a segurança pública no rol de direitos sociais da Constituição, equiparando-a à saúde, educação, moradia e alimentação. Em tese, isso parece positivo. Ao tornar a segurança um direito fundamental, o Estado seria legalmente obrigado a garantir esse serviço com mais prioridade e investimento — e os cidadãos teriam mais instrumentos para cobrar. Ponto forte? Sim, mas só até certo ponto.

O problema é que, na prática, muitos especialistas alertam: isso pode ser apenas uma medida simbólica, sem resultados concretos. Afinal, saúde e educação já estão na Constituição como direitos há décadas, mas continuam enfrentando falta de recursos, más gestões e desigualdade de acesso. Colocar a segurança pública nesse mesmo patamar, sem garantir mecanismos objetivos de financiamento, metas e fiscalização, é como pintar uma parede com rachadura: parece bonito, mas por dentro continua podre.

Outro ponto levantado por críticos é o risco de judicialização. Tornar a segurança um direito constitucional pode gerar uma enxurrada de ações contra o Estado, exigindo patrulhamento em bairros, investigações mais rápidas, presença de polícia em locais específicos. Mas o Estado tem estrutura para isso? Se não tiver, de que adianta dar esse “direito” no papel?

Além disso, a PEC não enfrenta os verdadeiros gargalos da segurança pública no Brasil:

  • Falta de integração entre as polícias civil e militar;

  • Sistema penitenciário dominado por facções;

  • Políticas públicas falhas de prevenção ao crime;

  • Baixa valorização dos profissionais de segurança.

Enquanto isso, governadores e prefeitos seguem à deriva, sem orçamento, tentando apagar incêndios com baldes furados. Não é à toa que especialistas em direito público e segurança têm dito que a PEC soa como uma medida populista, sem um plano de execução estruturado.

A sociedade quer e precisa de segurança. Isso é fato. Mas o que se exige do Congresso é mais que um aceno simbólico: é um projeto real, com metas claras, recursos garantidos, investimentos em inteligência, prevenção, combate ao tráfico, e valorização das forças policiais.

Criar um direito constitucional à segurança pode até parecer um avanço — mas se vier sem estrutura, sem plano, sem dinheiro e sem responsabilidade, será apenas mais uma promessa vazia para um povo que já sofre demais com o medo, a impunidade e o abandono.

Fica o nosso apelo: que o Congresso e o governo parem de legislar para manchetes e comecem a trabalhar por soluções concretas. Segurança não se resolve com tinta na Constituição. Se resolve com ação, coragem e compromisso com a vida dos brasileiros.

Editorial – Trânsito trava e população cobra instalação urgente de semáforo no contorno da Cohab Massangano

A duplicação da BR-407 em Petrolina é, sem dúvidas, uma das obras mais importantes realizadas nos últimos anos na cidade. Ela representa um avanço significativo na mobilidade urbana, no escoamento da produção, na segurança viária e no desenvolvimento da região. O novo viaduto na Avenida Honorato Viana, por exemplo, é uma estrutura moderna que vem garantindo mais fluidez ao tráfego e eliminando antigos gargalos que, por anos, castigaram motoristas e moradores.

No entanto, apesar da grandiosidade da obra e da importância que ela representa para Petrolina e todo o Vale do São Francisco, é preciso reconhecer que ainda há ajustes urgentes a serem feitos para que os benefícios sejam sentidos por todos.

O Blog Waldiney Passos tem recebido diversas reclamações de condutores sobre um ponto crítico que precisa ser revisto com urgência: o estrangulamento do contorno da Avenida Honorato Viana, nas proximidades da feirinha da Cohab Massangano. Com a retirada da rotatória que existia próximo ao Posto Asa Branca — um importante acesso para diversos bairros da zona Oeste — e a instalação de uma nova rotatória mais adiante, já próximo à entrada do bairro Quati, muitos motoristas estão utilizando o contorno da Cohab Massangano como ponto de retorno.

Essa nova dinâmica está gerando grandes engarrafamentos, principalmente nos horários de pico. O problema maior ocorre quando quem está no sentido Centro/bairros precisa fazer o retorno, mas enfrenta um fluxo intenso de veículos vindo no sentido oposto, bairros/Centro, o que acaba estrangulando o trânsito e gerando muita irritação entre os condutores.

A solução, ao nosso ver — e respaldada pelo clamor de quem vive essa realidade diariamente — seria a instalação de um semáforo no local. A presença de um equipamento semafórico ajudaria a ordenar o trânsito, oferecer intervalos de passagem mais justos e evitar o atual caos nos horários de maior movimento. É uma demanda simples, de fácil execução, mas de grande impacto positivo na vida da população.

Reconhecemos e elogiamos a obra da duplicação da BR-407, mas reforçamos: a eficácia de um projeto de mobilidade só se completa quando cada ponto crítico é observado e ajustado. O apelo vem da rua, do povo, dos motoristas que, dia após dia, enfrentam esse desafio. Que as autoridades responsáveis possam ouvir a voz da população e agir com a urgência que o caso requer.

Waldiney Passos

Editorial – Cidade limpa é dever de todos

Durante o evento de avaliação dos cem primeiros dias de gestão do prefeito Simão Durando, realizado na última terça-feira (22), um ponto chamou particularmente a nossa atenção: a limpeza pública. Em sua fala, o prefeito destacou que o compromisso com uma cidade limpa não deve se limitar à atuação da Secretaria de Serviços Públicos, embora seja esta a pasta responsável, mas deve envolver todas as secretarias municipais e, acima de tudo, a população.

Aqui no Blog Waldiney Passos e também no nosso programa Espaço Aberto, na Rádio Rural FM, sempre fazemos questão de reforçar esse chamado à responsabilidade coletiva. Sim, é dever do poder público garantir ruas limpas, coleta regular de lixo, manutenção de áreas públicas. Mas também é dever do cidadão colaborar com essa missão.

Não é possível exigir uma cidade limpa se continuarmos a ver lixo jogado em terrenos baldios, em calçadas, em canteiros, ou sacos descartados fora do horário e dos dias certos da coleta. São atitudes que, infelizmente, ainda persistem no nosso dia a dia, e que impedem avanços maiores, mesmo diante dos esforços da gestão pública.

Cuidar da cidade é também respeitar os dias e horários da coleta, evitar jogar lixo na rua, não descartar entulho ou móveis em locais impróprios e denunciar descarte irregular. Todos esses gestos ajudam e muito a manter Petrolina mais bonita, saudável e digna para se viver.

O Blog Waldiney Passos continuará a fiscalizar, cobrar e dar voz à população, como sempre fez. Mas reforçamos: não se constrói uma cidade limpa apenas com máquinas e garis, mas com cidadãos conscientes, que entendem que o bem-estar coletivo também depende da atitude individual.

A cidade que queremos começa pelo cuidado que temos com ela. Petrolina merece mais. E isso começa com todos nós.

Waldiney Passos

Editorial – Em memória do Papa Francisco: um pastor do povo e para o povo

O mundo despede-se, com o coração apertado, de um dos maiores líderes espirituais da nossa era: o Papa Francisco. Homem simples, de gestos profundos e palavras transformadoras, ele foi – e continuará a ser – uma referência de fé, humanidade e coragem moral. O seu legado transcende fronteiras religiosas e políticas, deixando um rastro de luz, diálogo e esperança.

Francisco entrou para a história como o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro. Mas, mais do que títulos, foi a sua prática de vida, o seu estilo pastoral próximo dos pobres, dos excluídos, dos migrantes e das periferias, que fez dele um símbolo de amor e de misericórdia cristã.

O povo brasileiro, em especial, guarda com carinho a lembrança da sua visita em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Naquela ocasião, vimos de perto o carisma e a empatia de um pontífice que não se isolava nos palácios, mas caminhava entre o povo, abençoando crianças, abraçando idosos e falando diretamente ao coração da juventude. A sua famosa frase – “Quero bagunça nas dioceses” – foi um chamado para uma Igreja viva, ousada e próxima da realidade.

Ontem, em Petrolina, estivemos presentes na emocionante Missa em sufrágio ao Papa Francisco, celebrada na Igreja Catedral pelo bispo diocesano, Dom Antônio Carlos Cruz Santos. A celebração, marcada por orações sinceras e cânticos comoventes, reuniu uma multidão de fiéis que lotaram a igreja. Foi uma expressão de fé e de gratidão pela vida e missão deste Santo Padre, cuja partida deixa saudades, mas cuja memória permanecerá para sempre gravada na alma do nosso povo.

A Missa foi muito bonita, tocante, marcada por momentos de silêncio e reflexão profunda. Dom Antônio Carlos, em sua homilia, destacou o exemplo de simplicidade, coragem e compromisso com os mais vulneráveis deixado por Francisco. Uma verdadeira celebração da vida daquele que foi, verdadeiramente, o papa da misericórdia.

Francisco, o mundo chora a tua ausência, mas celebra tua vida e missão. Obrigado por nos ensinar a amar sem medida, a lutar pela justiça e a nunca perder a esperança. Vá em paz, Santo Padre. A tua luz continuará a guiar os nossos caminhos.

Editorial: Faixas ou passarelas? Urgência por segurança na Avenida Honorato Viana, em Petrolina

O Blog Waldiney Passos vem recebendo, com frequência e crescente preocupação, reclamações de moradores dos bairros Cohab Massangano, Jardim Amazonas, Alto do Cocar e Pedro Raimundo, que enfrentam diariamente um desafio perigoso e desumano: atravessar a Avenida Honorato Viana.

O ponto crítico se encontra nas imediações dos dois grandes atacadistas da cidade — Atacadão e Mix Mateus, localizados praticamente um de frente para o outro. O fluxo de veículos na região é intenso em tempo integral, e se torna ainda mais caótico nos horários de pico. Os clientes dos atacadistas, os trabalhadores dos bairros vizinhos e as famílias que precisam circular por ali relatam o risco constante de atropelamentos, além da dificuldade imposta pela ausência de faixas de pedestres.

A avenida é duplicada e extensa, o que obriga os pedestres a cruzarem duas pistas movimentadas. Sem sinalização adequada, sem redutores de velocidade e sem nenhum tipo de estrutura que favoreça a travessia segura, as pessoas arriscam suas vidas todos os dias.

Já houve vários registros de acidentes. É inadmissível que, mesmo com esse histórico preocupante, nenhuma providencia tenha sido tomada até  o presente momento

Contudo, sejamos francos: faixas são apenas um paliativo. O que realmente traria segurança e agilidade ao trânsito seriam as passarelas elevadas, solução definitiva que não compromete o fluxo de veículos e salva vidas. É uma medida que exige mais planejamento e investimento, mas que se paga com a preservação de vidas humanas.

O problema não se limita apenas a esse trecho. Outras áreas ao longo da Avenida Honorato Viana também carecem de intervenções estruturais e merecem a mesma atenção. Portanto, sugerimos que, além da instalação urgente de faixas nos pontos críticos, seja elaborado um plano mais amplo de segurança viária, com a construção de passarelas elevadas ao longo de todo o eixo da avenida.

A pauta é urgente. A cobrança é justa. A omissão custa vidas.

Reafirmamos aqui nosso compromisso com o jornalismo que ecoa a voz da população. O Blog Waldiney Passos segue atento e vigilante diante dessa demanda, e continuará cobrando ações concretas dos responsáveis até que soluções efetivas sejam colocadas em prática.

Editorial: O Verdadeiro Sentido da Semana Santa

Waldiney Passos – Editor do Blog

A Semana Santa deveria ser o tempo mais sagrado do calendário cristão. Um período de silêncio, recolhimento e profunda meditação sobre o sacrifício de Jesus Cristo, que se entregou por amor à humanidade. Deveríamos, como fiéis, reservar esses dias para elevar nossas orações, refletir sobre nossas ações e buscar uma sincera conversão interior. No entanto, a realidade que se vê em muitas cidades brasileiras — inclusive aqui na nossa região — está bem distante desse ideal.

Em vez da oração, há bebedeira. Em vez da contemplação, festas, paredões e farras que atravessam a madrugada. Em vez do recolhimento, o barulho ensurdecedor de quem parece ignorar o verdadeiro motivo desse feriado. A Sexta-feira Santa, que deveria ser marcada pelo silêncio e respeito ao Cristo crucificado, se transforma, para muitos, apenas em mais um dia de folga, um convite à balbúrdia e à irresponsabilidade.

É triste constatar que muitos que se dizem cristãos esquecem completamente do protagonista da Semana Santa: Jesus Cristo. Aquele que foi traído, julgado injustamente, torturado e morto numa cruz para redimir os nossos pecados. E quantos, mesmo sabendo disso, tratam esses dias como se fossem um simples feriado prolongado, uma “folga” a mais no calendário?

É preciso, com coragem, cobrar dos fiéis mais coerência. A fé não pode ser vivida apenas no domingo de Páscoa com a roupa nova e o almoço farto em família. A fé se mostra no respeito aos símbolos, na reverência aos momentos santos e no compromisso com a espiritualidade.

A Semana Santa não é Carnaval fora de época. Não é tempo de excessos, mas de entrega. Não é tempo de festas, mas de fé. É hora de retomarmos o verdadeiro significado desses dias: o amor incondicional de Cristo, a dor da cruz, a esperança da ressurreição.

Aos que têm fé, que este editorial seja um chamado. Que os sons dos paredões deem lugar às preces. Que o copo de bebida seja substituído pela leitura do Evangelho. Que o tempo livre seja dedicado à alma. E que, sobretudo, nunca esqueçamos que, sem Jesus, a Semana Santa perde o sentido.

Waldiney Passos

Editorial: Cidade limpa se constrói com atitude: faça sua parte!”

Manter a cidade limpa não é apenas responsabilidade do prefeito ou da equipe de limpeza urbana. É também um dever de cada cidadão que ama e respeita o lugar onde vive. Jogar lixo no chão, em canais, praças, calçadas ou ruas é um ato que prejudica a todos, inclusive quem o comete.

O lixo descartado de forma incorreta entope bueiros, provoca alagamentos, atrai insetos, causa mau cheiro e se transforma em criadouro de doenças como dengue, chikungunya e leptospirose. Além disso, deixa a cidade com uma aparência abandonada e desvalorizada.

É obrigação do poder público garantir a coleta, varrição, limpeza e fiscalização. Mas de nada adianta uma prefeitura limpando de um lado, se do outro lado tem gente sujando. Não podemos tratar o espaço público como lixeira pessoal.

Uma cidade limpa é mais bonita, mais saudável, mais valorizada e acolhedora para moradores e visitantes. E mais: uma cidade limpa gasta menos com saúde pública e com manutenção emergencial de vias e galerias entupidas.

Portanto, jogue o lixo no lugar certo, use as lixeiras, denuncie descarte irregular, eduque seus filhos com o exemplo. A limpeza começa com pequenos gestos. É uma questão de cidadania.

Lembre-se: o prefeito tem obrigação de limpar, mas o cidadão tem o dever de não sujar. Vamos juntos construir uma Petrolina mais limpa, mais digna e mais nossa.

Waldiney Passos

EDITORIAL: O Alerta Vermelho na Polícia Civil de Pernambuco e a Inércia do Governo

Uma pesquisa inédita revelou um cenário alarmante na Polícia Civil de Pernambuco: 41% dos delegados afirmam estar emocionalmente esgotados, enquanto 79% relatam dificuldades de concentração. Esses dados evidenciam uma realidade que há tempos é ignorada pelo governo estadual: o adoecimento mental dos profissionais da segurança pública, reflexo direto da sobrecarga de trabalho e da falta de estrutura adequada.

A vice-presidente da Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia de Pernambuco (Adeppe), Cláudia Molinna, classificou os números como inaceitáveis e alertou que a sobrecarga emocional dos delegados impacta diretamente a segurança da população. Não é difícil entender o porquê. Com um déficit de mais de 220 delegados, muitos profissionais acabam assumindo múltiplas funções, ampliando ainda mais o estresse da categoria. Como se não bastasse, 16,3% dos delegados estão ocupados com funções administrativas, quando deveriam estar diretamente envolvidos nas investigações e no combate ao crime.

Diante dessa crise, o governo de Raquel Lyra permanece em silêncio ou, pior, tenta empurrar soluções paliativas para um problema que exige medidas concretas. A governadora, que tanto prometeu melhorias na segurança pública, parece alheia à necessidade urgente de reestruturar a Polícia Civil. As ações do governo até agora não passam de promessas vazias e convênios paliativos, como a adesão ao programa federal Escuta Susp, que oferece atendimento psicológico online, mas não resolve a raiz do problema: a falta de profissionais, a sobrecarga de trabalho e a desvalorização da categoria.

A verdade é que, enquanto a governadora não assumir a responsabilidade de investir na recomposição do efetivo e na melhoria das condições de trabalho dos delegados, Pernambuco continuará assistindo ao colapso da sua segurança pública. O aumento do número de licenças médicas por transtornos psicológicos na categoria é um indicativo de que o limite foi ultrapassado.

A reordenação do efetivo, a realização de concursos públicos e a criação de políticas de apoio à saúde mental dos profissionais da segurança precisam ser tratadas como prioridade. A omissão do governo Raquel Lyra só agrava a crise e coloca em risco não apenas os delegados, mas toda a sociedade pernambucana. Até quando o Estado continuará negligenciando aqueles que arriscam suas vidas diariamente para proteger a população?

Pernambuco precisa de um governo que compreenda que segurança pública não se faz com discursos, mas com ações efetivas. O tempo das desculpas acabou. É hora de agir.

WALDINEY PASSOS

Editorial: A Manipulação da Inflação e a Realidade do Povo

O vice-presidente Geraldo Alckmin sugeriu recentemente que os preços dos alimentos e da energia elétrica sejam retirados do cálculo da inflação no Brasil. A proposta, que à primeira vista pode parecer uma medida técnica, na verdade, levanta sérias preocupações sobre a transparência e a credibilidade dos indicadores econômicos do país.

A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), reflete o impacto da variação de preços no orçamento das famílias brasileiras. Excluir os alimentos e a energia, dois dos itens mais essenciais para a população, especialmente para os mais pobres, é uma manobra que distorce a realidade e mascara o impacto do custo de vida sobre o cidadão comum.

Os alimentos representam uma parcela significativa dos gastos das famílias, principalmente daquelas de baixa renda, que destinam a maior parte de seus ganhos à alimentação. A energia elétrica, por sua vez, é um insumo básico, cujo custo elevado tem um efeito cascata sobre toda a economia, encarecendo a produção e o consumo de bens e serviços. Retirar esses itens do cálculo da inflação é, no mínimo, um desrespeito com o trabalhador que sente no bolso a alta dos preços diariamente.

Se a inflação oficial não refletir o verdadeiro aumento do custo de vida, o governo poderá justificar políticas econômicas equivocadas e negligenciar a urgência de medidas para conter a alta dos preços. Além disso, reajustes de salários, aposentadorias e benefícios sociais baseados nesses índices serão comprometidos, prejudicando ainda mais os mais vulneráveis.

O Brasil já sofreu no passado com tentativas de manipulação de indicadores econômicos para maquiar a realidade. A transparência e a confiabilidade dos dados são fundamentais para que se tomem decisões responsáveis e eficazes. Se o governo quer de fato reduzir a inflação, deve investir em medidas que combatam o aumento dos custos, como redução de impostos sobre produtos essenciais, incentivo à produção agrícola e energética e melhoria na infraestrutura logística.

Retirar os alimentos e a energia do cálculo da inflação não alivia a pressão sobre os brasileiros. Apenas encobre a realidade e desvia o foco das verdadeiras soluções. A população precisa de políticas econômicas sérias e comprometidas com a melhoria das condições de vida, não de artimanhas para esconder os problemas.

Waldiney Passos

Editorial: Desafios e expectativas para o novo período legislativo em Petrolina

Waldiney Passos – Editor do Blog

Hoje, terça-feira, 04 de fevereiro, a Câmara de Vereadores de Petrolina realiza a primeira sessão do 1º semestre legislativo de 2025. A população tem grandes expectativas em relação à nova legislatura, composta por vereadores reeleitos e estreantes. O que se espera é um trabalho diferenciado, com respostas concretas às demandas da sociedade nos mínimos detalhes.

Petrolina é hoje a terceira maior cidade de Pernambuco, e seus vereadores precisam representá-la à altura. É necessário um olhar mais atento para as periferias, onde ainda há um grande número de ruas sem saneamento, sem calçamento e sem pavimentação. Muitas famílias vivem em condições desumanas, com esgoto a céu aberto na porta de casa. O papel do vereador não é apenas apontar problemas, mas buscar soluções efetivas junto aos órgãos competentes.

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EDITORIAL: Petrolina, Avanço e Mobilidade

A recente liberação da rotatória no entroncamento entre as BRs 428 e 407, conectando as Avenidas Sete de Setembro e Honorato Viana, marca mais um avanço significativo na mobilidade urbana de Petrolina. Antes um gargalo que causava atrasos e frustrações, o trecho agora é um facilitador para o trânsito, proporcionando maior fluidez e agilidade. Essa conquista é reflexo direto dos investimentos em infraestrutura que transformaram a cidade nos últimos anos, trazendo alívio aos motoristas e otimizando o deslocamento.

Nos últimos anos, Petrolina tem se destacado por suas grandes obras de mobilidade, com resultados que beneficiam diretamente a qualidade de vida de seus cidadãos. Desde a gestão do ex-prefeito Miguel Coelho, houve um divisor de águas com a execução de projetos importantes, como as duplicações das avenidas da Estrada da Banana, Mário Rodrigues, Sete de Setembro, Cardoso de Sá, Clementino Coelho e, agora, a finalização da duplicação da BR 407. Esses investimentos não apenas solucionaram problemas históricos de trânsito, mas também projetaram Petrolina como referência de planejamento urbano.

A continuidade desse trabalho pela gestão de Simão Durando é um reconhecimento do esforço conjunto de lideranças comprometidas com o desenvolvimento. Petrolina se consolida como um dos melhores lugares para se viver, e a mobilidade urbana é um pilar fundamental desse progresso. A facilidade de deslocamento significa mais tempo para o trabalho, lazer e família, um ganho real para todos.

Apesar dos avanços significativos, é importante considerar que os desafios em Petrolina ainda são enormes, especialmente em áreas periféricas. Muitas comunidades sofrem com a falta de pavimentação e asfalto, problemas que dificultam a mobilidade, impactam qualidade de vida e perpetuam desigualdades. As ruas sem infraestrutura adequada não apenas comprometem o trânsito local, mas também expõem os moradores a condições precárias, principalmente em períodos de chuva, quando vias intransitáveis ​​agravam os problemas de mobilidade e ampliam os riscos à saúde pública.

No novo mandato do prefeito Simão Durando, espera-se um olhar ainda mais atento para essas demandas. A população da periferia precisa ser incluída de forma prioritária no planejamento urbano da cidade, com investimentos consistentes em infraestrutura básica. As pavimentações, saneamento e melhorias no transporte público devem ser elementos centrais de uma gestão que já demonstrou competência em transformar grandes avenidas em vias modernas e eficientes. Agora, é hora de levar esse progresso para cada canto de Petrolina.

A expectativa é de que a gestão continue a ampliar as conquistas, honrando o compromisso de desenvolvimento equilibrado e inclusivo. Petrolina já se destaca no cenário regional e nacional por seus avanços, mas a verdadeira excelência será alcançada quando todos os seus cidadãos, independentemente do bairro onde vivem, puderem desfrutar de uma cidade mais justa, acessível e bem estruturada. A confiança depositada pela população na reeleição de Simão Durando reforça o desejo de continuidade, mas também cobra ainda mais comprometimento para solucionar os problemas que afetam diretamente a vida dos petrolinenses, especialmente nas áreas que ainda carecem de atenção.

Waldiney Passos

Editorial: Um novo capítulo na gestão de Simão Durando em Petrolina

Na próxima segunda-feira (2), às 9h30, a Arena 2 do Parque Josepha Coelho será palco de um momento crucial para o futuro de Petrolina. O prefeito Simão Durando apresentará as mudanças planejadas para sua próxima gestão, em uma reforma administrativa que promete realinhar a estrutura organizacional da prefeitura e definir a composição do novo governo.

Essa reformulação sinaliza um compromisso renovador com o desenvolvimento de Petrolina, reforçando áreas estratégicas que impactam diretamente a qualidade de vida da população. Entre os presentes, estarão o vice-prefeito eleito Ricardo Coelho, os novos secretários, vereadores e lideranças locais, todos alinhados com a visão de fortalecer as bases da administração pública.

A expectativa é que mudanças incluam ajustes estruturais que ampliem a eficiência dos serviços e otimizem recursos. Em um município que se destaca como polo regional, com demandas crescentes em infraestrutura, educação, saúde e desenvolvimento econômico, a nova gestão terá a responsabilidade de consolidar os avanços tecnológicos e enfrentar os desafios.

Mais do que um evento solene, a apresentação da reforma administrativa marca o início de uma nova fase para Petrolina, com uma liderança comprometida em alinhar a governança municipal aos anseios da população. Cabe agora ao novo governo demonstrar que as mudanças planejadas trarão resultados concretos.

O futuro é promissor, mas exigirá trabalho conjunto, transparência e eficiência. Que essa reforma seja um marco de renovação e fortalecimento, reafirmando Petrolina como referência de gestão e desenvolvimento.

Waldiney Passos

Editorial: Queda na popularidade – Lula precisa se reconectar com eleitorado para viabilizar um quarto mandato em 2026

Mais uma vez, a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é registrada em pesquisa, desta vez pelo Instituto Paraná Pesquisas. Os números revelam um cenário preocupante para o líder petista: 51% dos brasileiros desaprovam sua gestão, enquanto 46,1% mostram algum nível de aprovação. Esses dados refletem um governo que, em seu terceiro mandato, enfrenta dificuldades em dialogar com as camadas mais carentes da sociedade, público historicamente associado ao seu eleitorado.

Para agravar a situação, a mesma pesquisa aponta que, em uma eventual disputa presidencial, Lula ficaria atrás de Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento, Bolsonaro liderou com 37,6% das intenções de voto contra 33,6% de Lula, mostrando que o ex-presidente ainda exerce forte influência sobre o eleitorado, especialmente em regiões onde sua gestão foi vista como mais alinhada aos anseios populares. 

No campo econômico, o cenário também não favoreceu Lula. Nesta quarta-feira (27/11), o dólar fechou a R$ 5,91, marcando uma máxima histórica, com uma valorização de 1,80%. Esse aumento foi impulsionado pela incerteza em torno das medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo ministro Fernando Haddad. A proposta de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, embora positiva para os trabalhadores, gerou preocupações no mercado financeiro sobre o impacto nas contas públicas. Essa tensão contribui para a percepção de que o governo enfrenta dificuldades em equilibrar prioridades econômicas.

Lula, que já foi convocado como o presidente que tirou milhões de brasileiros da pobreza, agora enfrenta o desafio de recuperar esse legado. Mais do que esses discursos, é necessário que as ações do governo reflitam as necessidades do povo. Caso contrário, corre o risco de encerrar sua trajetória política com uma avaliação negativa, deixando o palco pela porta dos fundos, enquanto enfrenta o crescente descontentamento popular. 

A reconexão com as bases que o levaram ao poder é necessária para que ele não apenas conclua este mandato de forma digna, mas também tenha chances reais de disputar um quarto mandato em 2026 com uma perspectiva de sucesso.

Waldiney Passos

Editorial: Blog Waldiney Passos comemora 9 anos de história e compromisso com o Vale do São Francisco

Hoje é um dia especial para todos nós que fazemos parte do Blog Waldiney Passos. Celebramos nesta data nove anos de serviços prestados a toda região. Desde 2015, quando o blog foi lançado, nosso compromisso tem sido levar informação atualizada, imparcial e relevante para nossos leitores.

Sob a liderança do radialista Waldiney Passos, um profissional com vasta experiência no rádio e na TV, o blog nasceu do desejo de oferecer à população um espaço de informação confiável, ágil e relevante. Com uma trajetória consolidada nos principais veículos de comunicação da região, Waldiney viu na criação do blog uma oportunidade de ampliar sua contribuição ao jornalismo local, e o resultado foi uma acolhida calorosa por parte dos leitores.

Ao longo desses nove anos, o Blog Waldiney Passos se tornou um ponto de encontro para aqueles que buscam informações sobre política, economia, cultura, esportes e os acontecimentos que impactam o dia a dia do Vale. Nosso compromisso sempre foi — e continuará sendo — com a verdade, a seriedade e a pluralidade de ideias.

Hoje, queremos expressar nossa mais profunda gratidão a você, leitor, que nos acompanha diariamente, confia em nosso trabalho e nos motiva a seguir em frente. A cada clique, comentário e compartilhamento, vocês fazem parte da nossa historia.

Celebrar nove anos é considerar o quanto já conquistamos e, ao mesmo tempo, renovar nossa missão de continuar informando e contribuindo para o desenvolvimento de nossa região. A felicidade em prestar esse serviço é imensa, e sabemos que só chegamos até aqui graças à parceria e ao apoio de todos que acreditam no nosso trabalho.

Muito obrigado

Equipe Blog Waldiney Passos

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