Pais que não vacinam filhos contra Covid-19 podem ser multados, diz STJ

Pais ignoraram recomendação de vacinação contra a Covid-19 e avisos do conselho tutelar e do Ministério Público

A recusa dos pais a vacinar os filhos contra a Covid-19 representa descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar, o que autoriza a aplicação de multa.

Essa conclusão é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que manteve a punição de três salários mínimos imposta a uma família que se recusou a vacinar a filha de 11 anos, em 2022.

A falta de vacinação da criança foi identificada na escola municipal que ela frequentava. A instituição avisou os pais, bem como o conselho tutelar, mas os genitores se recusaram a encaminhá-la à imunização.

O Ministério Público do Paraná também fez a notificação dos pais. Em resposta, eles apresentaram atestado médico de contraindicação à aplicação da vacina.
No entanto, a equipe técnica do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública do MP-PR analisou o caso e concluiu que a contraindicação foi indevida.

Isso porque o médico que a lavrou não se guiou pelas recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria e/ou da Sociedade Brasileira de Imunizações, nem se apoiou em literatura médica.

Assim, houve aplicação da multa no valor de três salários mínimos.

Combate à Covid-19

O caso gerou uma representação por infração administrativa, que culminou na aplicação da multa prevista no artigo 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente, por descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar.

Essa infração se baseia no artigo 14, parágrafo 1º, do ECA, segundo o qual é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

A vacina contra a Covid-19 foi recomendada por autoridades federais, estaduais e municipais como forma de conter os avanços da pandemia que paralisou o mundo em 2020.

Multa mantida

Os pais recorreram ao STJ, sem sucesso. Relatora do recurso especial, a ministra Nancy Andrighi observou que a decisão do TJ-PR de manter a multa está de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Ainda em 2020, o STF concluiu que o Estado pode determinar que a vacinação da população é obrigatória, inclusive contra a Covid-19, afastando, porém, medidas invasivas como o uso da força para exigir a imunização.

Covid: além de Nísia, 14 ministros de Lula têm vacinação incompleta

Titulares da Esplanada a partir de 60 anos não tomaram 2 doses de reforço da vacina contra Covid, o que contraria orientação do governo

Catorze ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com idade superior a 60 anos, além da recém-demitida Nísia Trindade (Ministério da Saúde), não tomaram ou não completaram o reforço da vacinação contra a Covid em 2024, contrariando recomendação do próprio governo. Por isso, estão com as cadernetas de vacinas incompletas.

A diretriz do Ministério da Saúde é de uma dose a cada 6 meses para pessoas com mais de 60 anos.

Como a coluna revelou, nem mesmo Nísia Trindade, 67 anos, está com a vacinação em dia. A agora ex-ministra da Saúde recebeu somente uma única dose em fevereiro de 2024. Após a publicação da reportagem, ela assegurou que iria atualizar a caderneta “nesta semana”.

Nísia foi demitida nessa terça-feira (25/2), após conversa com Lula.

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Anvisa aprova vacinas da Covid atualizadas para cepa JN.1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (22), as vacinas contra a Covid-19 atualizadas da Pfizer e da Moderna no Brasil. As composições são destinadas à cepa JN.1 e já utilizadas nas campanhas de imunização em outros países, como nos Estados Unidos.

A medida segue resolução prévia da autarquia que estabeleceu a necessidade de as vacinas contra a Covid-19 serem periodicamente atualizadas seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), de modo semelhante ao que é feito anualmente com as doses contra a gripe.

A última orientação da OMS, de junho deste ano, foi para que as fabricantes de vacina adaptassem as fórmulas para a cepa JN.1, uma subvariante da Ômicron que se tornou a mais prevalente no mundo e no Brasil.

Hoje, a dose utilizada na campanha de vacinação brasileira é direcionada para a XBB. Embora o imunizante ofereça alguma proteção para a cepa atual, por ser também uma subvariante da Ômicron, a dose atualizada amplia a resposta imune.

“A análise pela Agência dos dados e provas apresentados pelas empresas foi priorizada em setembro deste ano, por se tratar de imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, conforme prevê a Resolução RDC nº 204/2017. A indicação dos imunizantes segue sendo a mesma dos seus respectivos registros, ou seja, ambos os produtos estão autorizados para uso em indivíduos a partir de 6 meses de idade”, diz a Anvisa.

Agora, as novas doses precisam ser adquiridas pelo Ministério da Saúde para que possam fazer parte da campanha de imunização do PNI no Brasil como reforços para os grupos prioritários e esquema primário de vacinação para bebês e aqueles que ainda não receberam a proteção.

Agência O Globo

 

Covid 19 – Onze estados receberam doses da vacina

O Ministério da Saúde emitiu uma nota confirmando a conclusão da distribuição das doses de vacinas contra a Covid-19 para 10 estados, além do Distrito Federal: Paraíba, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná, Sergipe, Tocantins e São Paulo. Segundo a pasta, todos os estados serão contemplados com celeridade.

O lote com 1,2 milhão de doses é parte da compra emergencial de imunizantes. Agora, cabe aos estados a responsabilidade de abastecer os municípios de acordo com a demanda local.

O Ministério da Saúde também reforça que um novo pregão já foi concluído para a compra de mais 69 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, garantindo a proteção contra as cepas atualizadas pelos próximos dois anos. As entregas pelos fabricantes serão feitas de forma gradual, de acordo com a adesão da população e as atualizações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Falta de vacinas
Em setembro deste ano, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que 64,7% dos municípios brasileiros estavam com falta de vacinas. O imunizante contra a Covid-19 para crianças era apontado como o segundo com estoques mais desfalcados.

Na nota publicada na última semana, o Ministério da Saúde ressaltou que “não há falta generalizada de vacinas no Brasil” e que “adota estratégias para manter a vacinação em dia e garantir a proteção da população”.

Óbitos por Covid-19
Em 2024, foram notificados 5.222 óbitos por Covid-19, segundo o mais recente Informe da Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde. O número está bem próximo do recorde de mortes por dengue este ano — 5.680 até agora, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

O médico infectologista Marcelo Daher destaca que, em 2024, o Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue. No entanto, em comparação com os óbitos da Covid-19, é preciso considerar quais foram realmente provocados pela doença.

“Temos que tentar distinguir o que é morte por Covid-19 e morte com Covid-19. Isso é uma discussão ampla, que está acontecendo em vários lugares do mundo, porque muitas vezes você identifica Covid-19, mas essa não foi a causa do óbito. Mas é importante que as pessoas entendam que a doença ainda circula e, se as medidas de contenção não forem tomadas, nós teremos outro surto de dengue e Covid-19, que continuarão acontecendo e matando.”

O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta uma diminuição dos novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 na maioria dos estados brasileiros. Entre o total de óbitos por SRAG, em 2024, 52% estavam relacionados à doença.

Fonte: Brasil 61

Após baixo resultado, Butantan encerra estudo para vacina contra covid

O Instituto Butantan confirmou nesta sexta-feira (23), em nota oficial, que irá encerrar o desenvolvimento de imunizante contra a covid-19. Os estudos para a vacina estavam na chamada Fase II, que contava com testes em 400 voluntários. Porém, os resultados obtidos foram abaixo do desempenho esperado, ficando aquém de outras vacinas utilizadas no país.

“De acordo com a pesquisa, a Butanvac dobrou a quantidade de anticorpos contra a doença após 28 dias de sua aplicação, quando a meta esperada era que induzisse uma produção de anticorpos quatro vezes maior, número atingido por vacina já disponível à população”, diz a nota.

“O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso. Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras”, explica o diretor do instituto, o epidemiologista Esper Kallás, no comunicado.

A vacina era chamada internacionalmente de NDV-HXP-S e estava sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia, a partir de tecnologias que o instituto já dominava para a produção de vacina contra a gripe causada pelos vírus influenza e que utilizam ovos de galinha para produzir os antígenos.

Agência Brasil

Covid ainda mata 10 vezes mais do que dengue em 2024 no Brasil

Apesar da melhora do cenário epidemiológico, com uma média semanal de mortes 100 vezes menor da registrada nos piores momentos da pandemia, a Covid-19 ainda causa 10,8 vezes mais mortes no Brasil do que a dengue, mostram dados do Ministério da Saúde. Segundo o monitoramento de 2024 até a sétima semana epidemiológica, que terminou no dia 17 de fevereiro, foram 122 óbitos confirmados para a dengue no período, e outros 456 em investigação. Já para a Covid-19, foram 1.325 vítimas fatais.

“As duas são doenças importantes, mas os impactos na saúde e os mecanismos de controle são muito diferentes. A Covid tem um impacto em perdas de vidas muito maior, a letalidade é superior. Mas a dengue enche mais os prontos-socorros porque ela é mais sintomática. São doenças bastante distintas”, diz André Ribas Freitas, professor de Epidemiologia da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic, de Campinas e doutor em Epidemiologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ainda assim, o cenário do coronavírus não é o mesmo de alarme como em outros momentos da pandemia – a Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, deu fim à Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela doença em maio do ano passado.

Com a combinação da maior campanha de vacinação já realizada no planeta, que até agora chegou a mais de 13,5 bilhões de doses administradas e a 70,6% da população global com ao menos a primeira aplicação, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford, a mortalidade caiu drasticamente.

No Brasil, hoje são em média 192 mortes por Covid-19 a cada 7 dias, com base nos dados das últimas quatro semanas epidemiológicas. No mesmo período do ano passado, esse número era 448, 57% mais alto. Já na pior época da pandemia, em abril de 2021, quando a imunização avançava a passos lentos no país, o Brasil chegou a registrar uma média de 19.731 óbitos a cada semana – mais de 100 vezes acima da taxa atual.

Para evitar uma onda de casos graves, porém, é importante a manutenção de medidas, como estar em dia com o esquema vacinal. Segundo o painel de imunização do Ministério da Saúde, apenas 19,7% da população elegível recebeu a dose bivalente da vacina, atualizada para a variante Ômicron e disponível nos postos de saúde.

“Temos que nos preocupar com a Covid e agir atualizando a situação vacinal, especialmente grupos de risco para Covid grave, idosos, crianças, gestantes, imunossuprimidos, que também devem considerar o uso de máscara em ambientes fechados e com muita gente. Em caso de sintomas respiratórios, é importante testar para Covid e usar máscara por, no mínimo, 7 dias, independentemente da causa do quadro respiratório”, diz a professora de Infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi.

Dengue bate recordes
Embora a situação da Covid-19 tenha melhorado em relação aos últimos anos, a da dengue bate recordes que preocupam autoridades de saúde. Isso porque já são mais de 740 mil casos neste ano, o que representa, em menos de dois meses, quase metade de todos os diagnósticos registrados em 2023 (1.658.816). Além disso, ultrapassa por completo anos como os de 2021, 2018 e 2017.

Segundo projeções da pasta da Saúde, o país deve bater 4,2 milhões de infecções até o fim do ano, o que ultrapassará em 149% o pior da série histórica até agora, 2015. O cenário já levou ao menos seis estados (Minas Gerais; Acre; Goiás; Rio de Janeiro; Espírito Santo e Santa Catarina), além do Distrito Federal e de três capitais (Belo Horizonte; Rio de Janeiro e Florianópolis), a decretarem estado de emergência em saúde.

Especialistas atribuem a maior disseminação da arbovirose a fatores como a introdução de novas versões do vírus no país, o impacto das mudanças climáticas e a falta de medidas preventivas durante o ano. “Esse aumento de casos é multifatorial e uma grande preocupação. Temos, por exemplo, o El Niño, fenômeno que provoca chuvas volumosas e calor intenso, condições perfeitas para proliferação do Aedes. Além do descarte inadequado do lixo pela população, a falta de rede de esgoto e coleta insuficiente do lixo”, diz Stucchi.

Ribas Freitas destaca ainda impacto o da pandemia na epidemiologia das arboviroses e a maior disseminação também de chikungunya, que assim como a dengue é transmitida pelo Aedes aegypti: “Houve um período de silêncio muito grande da dengue por conta do isolamento social, porque diminuiu a circulação viral. Então tem uma quantidade muito grande de pessoas suscetíveis que não se infectaram nos últimos anos. Temos também alternância de sorotipos, que geram novos casos. E algumas regiões estão tendo uma transmissão significativa também de chikungunya, que tem uma manifestação clínica parecida. Isso agrava bastante a situação epidemiológica”.

Ele lembra que, no ano passado, já houve uma epidemia de dengue no Brasil “2023 foi, inclusive, o segundo pior ano da série histórica mantida pelo Ministério da Saúde”, e que está acontecendo de novo. Diz ainda que a vacinação, que tem como público alvo apenas jovens de 10 a 14 anos de municípios selecionados, devido à baixa quantidade de doses, não terá impacto neste ano.

“O controle da doença é o controle do vetor, o Aedes. A vacinação neste ano não vai impactar substancialmente na epidemia, até porque são duas doses separadas por três meses entre elas, quando chegar a segunda a época de epidemia já vai ter acabado. Para proteção individual, o uso de repelente é importante. Se você tiver oportunidade de ligar o ar condicionado em ambientes fechados, ajuda, porque a baixa temperatura diminui a atividade do mosquito caso algum tenha entrado no local. As pessoas também precisam cuidar dos quintais, dos criadouros dos mosquitos, mas essa é uma ação que precisa ser feita durante o ano, no momento de alta já não é tão efetiva”, orienta.

Agência O Globo

Vacinação protege crianças de sequelas da Covid-19

Além de evitar casos graves da covid-19, a vacinação infantil contra a doença é fundamental para proteger as crianças de sequelas da infecção, a chamada covid longa. A afirmação é de Clovis Artur Almeida da Silva, professor titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e chefe do departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP.

Durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, que terminou ontem (7) em Goiânia (GO), o professor falou que essa vacinação é importante principalmente para crianças que tenham doenças crônicas, como as reumáticas. “As vacinas mostraram segurança e resposta imune adequada, inclusive nos pacientes reumáticos e que tomam imunossupressores. Mesmo que eles tenham taxas menores de resposta, as vacinas são adequadas para combater a infecção viral”, disse ele.

A covid longa é definida como qualquer sintoma persistente após três meses da infecção pelo novo coronavírus ou pelas complicações que surgem após uma infecção pelo coronavírus. Associadas a essa covid longa podem surgir problemas sérios, como as miocardites (inflamação no músculo que bombeia o coração), os impactos emocionais e as dificuldades na aprendizagem. “O vírus agride o cérebro e leva a sequelas. Leva à ansiedade e depressão também. Mas ainda não está claro quanto tempo dura isso [esses impactos]”, acrescentou Silva.

Um estudo  feito no Instituto de Pediatria do Hospital das Clínicas da USP e publicada na revista Clinics identificou sintomas prolongados da covid-19 em 43% crianças e adolescentes três meses após a infecção. Os sintomas mais presentes foram dores de cabeça, reportadas por 19% do total de pacientes. Dores de cabeça fortes e recorrentes foram a queixa de 9%, mesmo percentual disse ter cansaço. A falta de ar afetou 8% e a dificuldade de concentração, 4%.

O professor destacou que, nesse estudo, cerca de 80% dessas crianças já apresentavam, antes da infecção, problemas crônicos como doenças reumatológicas, renais e oncológicas.

Esse estudo também identificou que as crianças que tiveram covid, passaram a apresentar mais dificuldades de aprendizado do que as crianças que não tiveram a doença. “As crianças e adolescentes que tiveram covid tinham significativamente valores menores do domínio escolar de aprendizado mostrando que esses pacientes, possivelmente, vão ter impacto no rendimento escolar, no aprendizado escolar”.

Para prevenir a covid-19 e a covid longa, reforçou o professor, é importante que as crianças sejam vacinadas. E essas vacinas estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o território nacional.

Mas não é isso que tem ocorrido no Brasil. Segundo boletim do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em agosto deste ano, apenas 11,4% das crianças brasileiras entre seis meses e cinco anos tomaram ao menos duas doses da vacina contra a covid-19. “Já há estudos mostrando que a vacina diminuiu a covid, diminuiu a covid longa e que, quem tinha covid longa, melhorou mais rápido com a vacina. A grande questão é: vacine. Se tiver novas doses e novas vacinas, continue sendo vacinado”, aconselhou o professor.

Agência Brasil

Prefeitura de Juazeiro reforça a importância da vacinação contra gripe e Covid-19

A Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), segue reforçando o alerta sobre a importância da vacinação contra influenza e Covid-19 para prevenção das doenças. Os imunizantes seguem disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do município.

Juazeiro vacinou, até o momento, pouco mais de 43% do público alvo de influenza. Para estimular e facilitar o acesso da população à vacina, a Sesau esteve com suas equipes nos supermercados da cidade oferecendo imunizantes contra a gripe e a bivalente da Covid-19. A ação permitiu que 751 doses fossem aplicadas nos dias 10 e 17 de junho.

De acordo com a enfermeira da Unidade Central de Imunização da Sesau, Renata Moreira, foram aplicadas 295 doses de influenza e 286 de bivalente. “A ação trouxe resultados positivos, mas reforçamos a importância da vacinação para prevenir casos graves de gripe e Covid-19, que podem levar até a óbitos”, disse.

Para tomar a vacina é preciso levar RG, CPF ou cartão SUS e o cartão de vacina. Destacando que cada UBS tem um cronograma próprio de aplicação de vacinas.

 

 

Texto: Marcela Cavalcanti – Ascom Sesau/PMJ

Vacinação contra a Covid-19 precisa ser mantida em dia e ampliada

A vacinação teve papel determinante para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional da covid-19, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

Para eles, com o encerramento do período mais crítico provocado pela doença, a imunização precisa ser mantida e ampliada, chegando a grupos ainda pouco protegidos pelos imunizantes, como as crianças.

Integrante do comitê estratégico de especialistas em vacinação da OMS, a professora da Universidade Federal de Goiás Cristiana Toscano acompanhou de perto o desenvolvimento e a utilização das vacinas contra a covid-19. Com o fim da emergência sanitária, a infectologista considera que, além de lembrar que a doença não vai desaparecer, é preciso reforçar que a vacinação continua tendo importância.

“Estamos em uma situação que está mudando para o que chamamos de rotina, mas a gente vai continuar vendo a circulação e a ocorrência da doença. A gente vai continuar precisando manter a vacinação em dia, principalmente nos grupos de maior risco”, afirma ela.

A infectologista, que também é membro da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca que, por conta das vacinas, não se espera mais tantas mudanças do cenário de transmissão do vírus e da doença, o que possibilitou o fim da emergência sanitária, na sexta-feira (5). Mesmo assim, a circulação da variante Ômicron e suas subvariantes torna as doses de reforço indispensáveis.

“Com a variante Ômicron e suas subvariantes derivadas, a gente precisa de três doses, pelo menos, para ter a proteção contra a doença grave e morte. E, nos grupos de maior risco, a gente precisa de reforços periódicos, conforme as orientações específicas para cada grupo”, afirma ela.

“Sim, é uma boa notícia. Sim, é importante a gente aprender o que a gente tem aprendido com essa experiência, e muito importante que a gente avance em relação ao aumento das coberturas vacinais, não só de covid, mas de outras doenças preveníveis por vacinas, e nos preparemos para outras emergências sanitárias de saúde pública no mundo todo”.

Desde o início da vacinação contra a covid-19, 13,3 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas em todo o mundo, segundo a OMS. No Brasil, mais de 514 milhões de doses foram aplicadas, segundo o Ministério da Saúde, e mais de 166 milhões de pessoas tomaram ao menos duas doses.

Crianças desprotegidas
A coordenadora do Observatório de Saúde da Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), Patrícia Boccolini, lembra que, apesar de as vacinas terem possibilitado o fim da emergência sanitária, muitas pessoas foram privadas do acesso a elas em todo o mundo. Entre essa população, estão as crianças que não foram levadas por seus responsáveis para serem vacinadas.

“Dados do próprio Observa Infância que a gente levantou mostram que a cobertura vacinal para crianças de 3 e 4 anos não chegou a 20%. A gente tem uma cobertura muito baixa para esse público. E, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2022, a gente teve 550 mortes de crianças por covid”.

Patrícia Boccolini destaca que é preciso continuar e intensificar o esforço para que as vacinas cheguem a todos os países e a toda parcela da população dentro de cada país, corrigindo as discrepâncias que existem atualmente.

“A gente tem que ter em mente que a mensagem do comitê é que os países continuem vacinando e continuem combatendo desinformação e fake news sobre vacinas, principalmente focados na covid-19. A gente vai conviver muito com o vírus. Não podemos deixar que as coberturas vacinais caiam e precisamos ampliar as coberturas vacinais das crianças menores de 5 anos”.

Vírus em evolução
Virologista responsável pelo sequenciamento da variante Gamma antes do momento mais crítico da pandemia no país, o pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca comemora o fim da emergência sanitária, que causou mais de 700 mil mortes no Brasil. Apesar de a notícia ser “um alento”, ele defende que o trabalho de vigilância genômica deve continuar.

“A gente precisa continuar monitorando pelo menos um percentual desses casos ao longo do tempo para que a gente veja se o vírus vai, em algum momento, evoluir de maneira que se torne uma ameaça. Mas, nesse momento, essa é uma informação muito boa, uma notícia muito boa”, afirma ele.

“A gente continua vendo o vírus evoluir, com diversas linhagens surgindo, às vezes, até com aumento do número de casos. Mas não estamos vendo um avanço significativo no aumento de casos graves”.

Agência Brasil

Gestantes e puérperas de Juazeiro vão poder tomar vacina bivalente contra Covid a partir de segunda-feira

A partir de segunda-feira (20), gestantes e puérperas que residem em Juazeiro (BA) vão poder tomar a vacina bivalente contra a Covid-19. Elas precisam ter se imunizado com pelo menos duas doses no esquema anterior, para receber o reforço.

A bivalente é uma atualização contra as novas cepas do coronavírus. O novo público-alvo poderá procurar as seguintes Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para se proteger:

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Sesau confirma dois novos casos de Covid em Juazeiro

O boletim desta quarta-feira (8) registra dois novos casos de Covid-19 em Juazeiro (BA). A cidade soma 30.224 casos confirmados, dos quais 29.698 estão recuperados.

O número de mortes permanece em 507 e há ainda 19 casos ativos da doença.

Ocupação de leitos

A Secretaria de Saúde (Sesau) também registrou uma queda na ocupação dos leitos de UTI na rede PEBA. Ontem, a taxa estava em 50% e hoje, em 35%. Há 13 leitos disponíveis.

Boletim da Sesau registra dois novos casos de Covid em Juazeiro

O último boletim de fevereiro, divulgado nesta terça-feira (28), pela Secretaria de Saúde (Sesau) de Juazeiro (BA) registra apenas dois casos positivos de Covid-19.

Agora a cidade soma 30.213 casos confirmados, 29.694 recuperados, 507 mortes e 12 casos ativos.

Ocupação de leitos

A taxa de ocupação de leitos na Rede PEBA é de 35%, com 13 leitos disponíveis na UTI para os pacientes da cidade.

UPAE Petrolina recebe novo medicamento antiviral para tratar pacientes com a Covid-19

A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) recebeu nesta terça-feira (17) o novo antiviral  Paxlovid (Nirmatrelvir/Ritonavir), para tratar pacientes com a Covid-19, não hospitalizados e de alto risco. A Unidade faz parte da lista de distribuição do Governo de Pernambuco, que contemplou um serviço de saúde em cada macrorregião de saúde do estado, sendo a UPAE Petrolina referência para a IV Macro.

Os primeiros kits contra a doença chegaram em Pernambuco em novembro de 2022 e a distribuição dos fármacos está sendo feita pelas Gerências Regionais de Saúde. O medicamento está sendo usado para tratamento, em caráter experimental, da Covid-19. A remessa foi enviada pelo Ministério da Saúde.

Os pré-requisitos para uso da associação dos fármacos são pacientes com teste positivo para a doença, que não requerem o uso de oxigênio suplementar, e que estejam até o quinto dia do início dos sintomas. Que sejam imunodeprimidos, com idade maior ou igual a 18 anos ou pessoas com idade igual ou maior a 65 anos.

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Covid: Juazeiro registra 10 novos casos no boletim de quinta (29)

O boletim de quinta-feira (29) registra 29 novos casos de Covid-19 em Juazeiro (BA). A cidade soma 30.040 pacientes infectados, dos quais 29.343 estão recuperados.

Sem novos óbitos, a cidade permanece com 507 mortes já confirmadas desde o início da pandemia, em 2020.

Ocupação de leitos

A taxa de ocupação dos leitos de UTI na rede municipal é de 20%, com oito leitos vagos. Já na rede PEBA, esse índice está em 33%, com 20 leitos disponíveis.

Simão Durando anuncia novo ponto de testagem e pede cuidados redobrados com o crescimento da Covid-19

A Prefeitura de Petrolina segue com todos os esforços no trabalho de cuidado e prevenção ao vírus da Covid-19.  Por isso, a partir dessa quinta-feira (1), a gestão municipal irá ampliar os locais de testagem. O anúncio foi feito pelo prefeito Simão Durando nesta quarta-feira (30). Dessa forma, além do Centro Covid, que fica localizado na Rua Dr. José e Maria, Centro, a testagem também irá acontecer no Ginásio Osvaldo do Flamengo, na rua André Vidal de Negreiros. O atendimento será das 8h às 16h30.

Haverá ainda mudança no funcionamento dos polos. O Centro Covid atenderá as pessoas a partir de 50 anos e aquelas que possuem comorbidades. Já o Osvaldo do Flamengo ficará responsável por receber o restante da população que precisar realizar o procedimento. Outra novidade, anunciada pelo gestor, é que neste sábado (3), os dois pontos de testagem estarão abertos para atender a população, das 8h às 16h30.

Para fazer o teste, é preciso seguir alguns critérios: estar com três dias de sintomas gripais, evitando a possibilidade de um falso negativo, além de levar um documento de identificação com foto, cartão SUS ou CPF e comprovante de Residência. As pessoas que possuem comorbidades, precisam apresentar um laudo médico.

Segundo o prefeito Simão Durando, a ampliação dos pontos de testagem é importante, mas a população deve ficar em alerta e redobrar os cuidados preventivos em relação à covid-19. “Nesta última semana percebemos um aumento na procura por testes, por isso, decidimos abrir mais um local de testagem para ampliar a oferta e, desta forma, garantir com maior facilidade ao diagnóstico precoce. Tendo em vista o aumento de casos ativos de Covid-19 em todo o Brasil, aproveito para pedir que a população possa redobrar os cuidados, principalmente com a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel”, concluiu o prefeito.

 

Ascom

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