Morre a jornalista Sylvia Távora, ex-apresentadora da Rede Globo

Faleceu nesta sexta-feira (23), vítima de um tumor cerebral, a jornalista Sylvia Távora, de 54 anos. A profissional já trabalhou na Rede Globo, apresentando o Bom Dia Pernambuco. Ela será velada e cremada no cemitério Morada da Paz, em Paulista.

Sylvia foi diagnosticada com um tumor primário do cérebro em 18 de julho. Foi operada quatro dias depois, removendo cerca de 90% da lesão. Por conta da localização do tumor, o restante seria tratado com quimio e radioterapia.

O tumor, porém, evoluiu para uma glioblastoma multiforme. Sylvia estava internada no Hospital Português há 15 dias por conta do agravamento do quadro neurológico.

Recentemente, Sylvia estava trabalhando no ramo de joias artesanais e roupas sustentáveis, divulgando sua coleção na Fenearte.

Folha PE

Morre, no Rio de Janeiro, o jornalista Sérgio Cabral, pai do ex-governador

O escritor e jornalista Sérgio Cabral morreu neste domingo (14) aos 87 anos. Devido à sua saúde fragilizada, ele estava internado em um hospital do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo seu filho, o ex-governador fluminense Sérgio Cabral Filho, que compartilhou um vídeo nas redes sociais.

“Ele resistiu por 3 meses. Peço que orem por ele, pela alma dele. Por tudo o que ele fez no Rio de Janeiro e no Brasil. Pela música e pelo futebol, pela família linda que ele construiu”, disse. O velório acontecerá nesta segunda-feira, na sede náutica do Vasco, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. A cerimônia será de 8h às 12h, segundo a família. Carioca nascido no bairro de Cascadura, na zona norte da cidade, Sérgio Cabral tinha duas paixões notórias: o Vasco e a música popular brasileira. Ambos se tornaram temas de pesquisas que resultaram em diversos livros.

Entre eles, as biografias de Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão e Eliseth Cardoso. Em 1998, foi o responsável pelo Livro Oficial do Centenário do Club de Regatas Vasco da Gama.

Sua carreira no jornalismo começou aos 20 anos de idade no Diário da Noite. Trabalhou como repórter, redator, cronista, editor e comentarista de esportes e de música. Passou por diferentes veículos impressos e por emissoras de televisão. Integrou também a equipe de O Pasquim, jornal alinhado à resistência à ditadura militar, chegando a ser preso por isso.

Na política, exerceu três mandatos como vereador do Rio, entre 1983 e 1993. Na década de 1980, ocupou também o cargo de Secretário Municipal de Esportes e Lazer. Foi ainda conselheiro do Tribunal de Contas do Município entre 1993 e 2007, quando se aposentou.

Sérgio Cabral possui ainda trabalhos como compositor. Entre as letras que fizeram mais sucesso está Os Meninos da Mangueira, parceria com Rildo Hora.

Agência Brasil

Entidades reagem a monitoramento ilegal de jornalistas durante governo Bolsonaro; ação da Abin foi ataque ostensivo à liberdade de imprensa, diz Fenaj

O monitoramento ilegal de jornalistas por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro é considerado um ato de violência e uma tentativa de violar o trabalho dessa categoria. A avaliação é de entidades representativas de profissionais da imprensa.

Investigação da Polícia Federal (PF) revela que agentes lotados na Abin utilizaram ferramentas de espionagem adquiridas pelo órgão para monitorar os movimentos de autoridades do Judiciário, do Legislativo e da Receita Federal, além de personalidades públicas, como jornalistas. Os atos irregulares teriam ocorrido durante o governo de Jair Bolsonaro.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) considera que as atividades da chamada Abin Paralela foram ilegais e criminosas e um ostensivo ataque à liberdade de imprensa.

“A utilização de maneira ilegal e abusiva de serviços de espionagem foi uma tentativa explícita do governo Bolsonaro de violar o livre exercício do Jornalismo e o sigilo da fonte. Já havíamos denunciado essa situação em janeiro deste ano, quando da realização da Operação Vigilância Aproximada. Tanto que solicitamos na justiça o acesso à lista de espionados à época, mas não obtivemos informações porque o processo estava sob sigilo”, diz a entidade, em nota.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também repudia os atos cometidos pela chamada Abin Paralela, sob o comando do delegado da PF Alexandre Ramagem, atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

“A Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI (CDLIDH) repudia o uso de software de propriedade federal para espionar e monitorar a atividade profissional de jornalistas e agências de checagem. A CDLIDH repudia esse comportamento inaceitável, que representa total afronta à privacidade dos profissionais e organizações e um atentado ao Estado Democrático de Direito”, diz a entidade, em nota enviada à Agência Brasil.

Em fevereiro deste ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), juntamente com a ABI e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), protocolou um pedido ao Supremo Tribunal Federal para a divulgação dos nomes dos jornalistas que foram espionados ilegalmente pela Abin Paralela. Segundo o SJSP, o embasamento jurídico do pedido das entidades foi relacionado à questão do direito constitucional ao sigilo à fonte no exercício jornalístico, bem como o direito à privacidade de todo cidadão brasileiro.

“Ao tomar conhecimento da investigação que escancarou a história de uma ‘Abin Paralela’ a serviço do governo Bolsonaro para espionar ilegalmente opositores, políticos e jornalistas, se entendeu que é fundamental que essa história seja esclarecida”, disse no pedido o presidente do Sindicato, Thiago Tanji.

Surpresa

Segundo a PF, os jornalistas monitorados foram Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista. Em entrevista ao canal Band News, Mônica Bergamo disse que foi uma surpresa descobrir seu nome entre os monitorados.

“É abjeto ter um aparelho de Estado monitorando pessoas que eles imaginam que podem, de alguma forma, minar o seu governo. É uma sensação muito estranha”, disse a jornalista. Ela lembrou que, além do monitoramento de suas conversas, houve uma tentativa de difamação, com a ideia de fazer uma conexão da profissional com Adélio Bispo, responsável pelo atentado ao então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em 2018.

Agência Brasil

Às vésperas de possível extradição, Lula pede liberdade de Assange

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir neste domingo (19) a libertação do jornalista Julian Assange, preso no Reino Unido e acusado de espionagem pelos Estados Unidos da América (EUA). O fundador do site WikiLeaks aguarda a decisão do Supremo Tribunal de Londres nesta segunda-feira (20) que pode extraditá-lo para os EUA.

Lula afirmou que o jornalista deveria ter sido premiado por revelar “segredos dos poderosos” ao invés de estar preso: “espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível.”

Acusação
Assange enfrenta 18 acusações baseadas na Lei de Espionagem dos EUA. Se condenado, pode pegar até 175 anos de prisão. Ele é acusado por ter revelado 250 mil documentos militares e diplomáticos confidenciais que revelaram crimes de guerra e abusos de direitos humanos ocorridos nas guerras do Afeganistão e do Iraque.

As autoridades estadunidenses querem condenar Assange argumentando que suas ações no WikiLeaks prejudicaram a segurança nacional dos EUA, colocando em perigo a vida de agentes norte-americanos, segundo a Reuters. A possível extradição do jornalista é criticada por organizações de jornalistas e entidades de direitos humanos.

“As acusações com motivação política representam um ataque sem precedentes à liberdade de imprensa e ao direito do público à informação – procurando criminalizar a atividade jornalística básica”, afirma a campanha FreeAssange, liderada pela esposa do jornalista, Stella Assange.

Repercussão
A organização de direitos humanos Anistia Internacional considera que a extradição do jornalista é um “devastador” ataque à liberdade de imprensa. “A publicação de conteúdos do interesse público é uma pedra angular da liberdade dos meios de comunicação social. Extraditar Julian Assange para que enfrente alegações de espionagem por publicar informação classificada estabeleceria um precedente perigoso e deixaria muitos jornalistas apreensivos e inseguros em todo o mundo”, disse Agnés Callamard, secretária-geral da Anistia.

A extradição também foi criticada pelo ex-relator especial das Nações Unidas sobre Tortura, Nils Melzer, que chegou a pedir aos EUA que abra mão das denúncias contra Assange. “O caso é um enorme escândalo e representa o fracasso do Estado de direito ocidental. Se Julian Assange for condenado, será uma sentença de morte para a liberdade de imprensa”, afirmou o especialista em direitos humanos.

Agência Brasil

Governo israelense ordena o fechamento dos escritórios da Al Jazeera no país

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (5) que seu governo votou unanimemente pelo fechamento dos escritórios locais da estação de televisão Al Jazeera, de propriedade do Catar. Netanyahu anunciou a decisão no X (antigo Twitter), embora inicialmente não houvesse detalhes claros sobre as consequências da decisão para o canal, quando ela entraria em vigor ou se o fechamento seria permanente ou temporário.

A decisão agravou a disputa de longa data entre Israel e a Al Jazeera. Ela também ameaçou aumentar as tensões com o Catar, que é proprietário do canal, em um momento em que o governo de Doha está desempenhando um papel fundamental nos esforços de mediação para acabar com a guerra em Gaza. Há muito tempo Israel tem uma relação difícil com a Al Jazeera, que acusa de cobertura tendenciosa contra si.

A Al Jazeera é um dos poucos meios de comunicação internacionais que permaneceram em Gaza durante a guerra, transmitindo imagens sangrentas de bombardeios e hospitais invadidos, e acusou Israel de cometer massacres no território. Israel acusa a Al Jazeera de colaborar com o Hamas.

A Al Jazeera, que é financiada pelo governo do Catar, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Seu canal de língua árabe recebeu a notícia, enquanto seu canal de língua inglesa ainda estava transmitindo ao vivo de Jerusalém Oriental alguns minutos após o anúncio de Netanyahu.

Embora o canal em inglês da Al Jazeera geralmente tenha uma programação semelhante à de outras grandes emissoras, seu canal em árabe frequentemente transmite declarações em vídeo do Hamas e de outros grupos armados da região. Ele também foi muito criticado pelos Estados Unidos durante a ocupação americana do Iraque após a invasão de 2003 que derrubou o ditador Saddam Hussein. Não ficou claro como Israel implementaria sua decisão.

Estadão

Jornalista Rosália Lima morre no Recife, aos 68 anos

A jornalista Rosália Lima, de 68 anos, morreu, neste sábado (4), no Recife. Ela estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul. A causa da morte foi infecção generalizada. Segundo informações de amigos e parentes, o velório e o enterro serão realizados no Cemitério de Santo Amaro, na área central da cidade, na manhã de domingo (5).

Rosália Lima estava enfrentando problemas de saúde. Havia sido diagnosticada com câncer. Ela estava aguardando uma definição dos médicos para saber se seria submetida a uma cirurgia no dia 10 deste mês.  Na noite de sexta (3), passou mal e foi levada  para a UPA., onde aconteceu o óbito. A jornalista atuou no Diario de Pernambuco, Jornal do Commercio e nas assessorias de comunicação do Governo de Pernambuco, na gestão de Jarbas Vasconcelos (MDB), e do próprio partido.

Diário de Pernambuco

Internado para exames, Renato Machado diz que está bem: ”Tudo sob controle”

Renato Machado, jornalista conhecido por seu trabalho na Globo, emissora que deixou em 2021, está internado para fazer exames em um hospital do Rio de Janeiro neste fim de semana. Segundo comunicado, está “bem” e “tudo sob controle”.

“Aos amigos e familiares, venho comunicar que sim, estou internado, mas estou bem! Estou no hospital, mas apenas passando por exames. Está tudo sob controle e, assim que possível, volto aqui para dar notícias!”, consta em anúncio publicado em seu Instagram. Monica Morel, mulher de Machado, falou sobre a internação em entrevista ao Gshow: “Renato está passando por exames, está estável e super tranquilo. Vamos passar o fim de semana no hospital e devemos voltar para casa na segunda-feira”.

Desde 2009, quando passou por uma cirurgia de pontes de safena, Renato Machado tem o costume de fazer exames cardíacos periódicos para verificar sua saúde.

Aos 81 anos de idade, ele estreou o documentário Uma Semana na Provence, no Canal Sabor & Arte, na última quinta-feira (21).O Estadão buscou contato com a Clínica São Vicente, onde Renato Machado estaria internado no Rio de Janeiro, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Estadão

Repórter é atingido por garrafa de água após confusão em frente ao vestiário visitante, no Arruda

Após o apito final do Clássico da Multidões entre Santa Cruz e Sport, no estádio do Arruda, uma cena lamentável chamou a atenção de quem estava em frente ao vestiário do clube rubro-negro. A presença de um torcedor do clube da Ilha do Retiro “infiltrado” nas dependências da casa tricolor, terminou com um integrante da imprensa atingido, no rosto, por uma garrafa de água.

Tudo começou quando o Rubro-negro apareceu celebrando o resultado de igualdade conquistado pelo Leão. Na oportunidade, alguns tricolores viram a cena e passaram a ameaçar o rapaz, que chegou a ser intimidado no local. Em seguida, conforme presenciado pela reportagem, uma garrafa de água foi arremessada por um torcedor e acabou atingindo o repórter Moisés Oliveira, da Rádio Transamérica, que teve o seu rosto ferido.

Em contato com a imprensa presente, a diretoria de futebol do Sport lamentou o ocorrido. Ao mesmo tempo, Raphael Campos, membro do comitê gestor rubro-negro enfatizou que o torcedor responsável por protagonizar a confusão não estava com a delegação leonina que veio ao Arruda.

Através do assessor de comunicação, Bruno Reis, o Santa Cruz informou que após o gol de empate marcado por Felipinho, na reta final do clássico, membros da delegação rubro-negra teriam provocado a torcida tricolor, dando início a um clima de hostilidade.

Folha PE

Morre o jornalista Carlos Amorim, ex-diretor do ‘Fantástico’, aos 71 anos

A comunidade jornalística acordou com a triste notícia da morte do jornalista Carlos Roberto Amorim da Silva. O comunicador estava internado no Hospital Oncológico AC Camargo, situado no bairro da Liberdade. Ele morreu em São Paulo, aos 71 anos, e deixa a mulher e quatro filhos.

Carlos Roberto Amorim  atuou como diretor do Fantástico, da TV Globo, entre os anos de 1991 e 1992. Ele teve um papel importante na história da extinta TV Manchete, no qual foi fundador do jornal e atuava como diretor da Divisão de Programas de Jornalismo.

Com um instinto apurador, Amorim desenvolveu um papel importante para a sociedade. No Fantástico, ele trabalhava com o jornalismo investigativo, com uma linha editorial focada em problemas urbanos. Amorim dedicou a maior parte de sua vida jornalística para a Rede Globo, onde passou 19 anos. Ele foi repórter especial no Jornal O Globo, chefe de redação do Globo Repórter, editor-chefe do Jornal da Globo e do Jornal Hoje, diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo, e além disso, foi diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo.

O comunicador teve passagem pela Rede Bandeirantes de Comunicação, em que implantou o canal de notícias BandNews. Na Rede Record, ele foi o criador do Domingo Espetacular. Amorim também passou pelo SBT.

Prêmios

Com uma carreira consolidada, Amorim ganhou diversos prêmios durante a carreira. No ano de 1994, venceu o Jabuti com o livro Comando Vermelho – A história do crime organizado, além dos prêmios Simon Bolívar e Vladimir Herzog.

Correio Brasiliense

Papa denuncia desinformação e a classifica como o ‘primeiro pecado do jornalismo’

O papa Francisco mostrou-se preocupado, neste sábado (26), com a possibilidade de a “desinformação” e as notícias falsas, que considera o “primeiro pecado do jornalismo”, influenciarem a opinião pública.

“A desinformação é o primeiro pecado, o primeiro erro – digamos assim – do jornalismo”, disse o pontífice, durante um ato realizado no Vaticano para a entrega de um prêmio de jornalismo a repórteres italianos.

“A desinformação é um dos pecados do jornalismo, que são quatro: a desinformação, quando um jornalista não informa ou desinforma; a calúnia (que às vezes é usada); a difamação, que é diferente da calúnia, mas destrói; e o quarto é (.. .) o amor ao escândalo”, disse o papa, citado em um comunicado do Vaticano.

O pontífice argentino insistiu que “as manipulações” que mais o preocupam são aquelas que procuram “orientar a opinião pública”.

Francisco, de 86 anos, apelou à “responsabilidade” em um momento em que “a Europa enfrenta uma situação dramática, com a guerra na Ucrânia que continua”.

“A minha esperança é que seja dado espaço às vozes da paz, àqueles que estão empenhados em acabar com este conflito como tantos outros”, insistiu.

AFP

Jornalista russo da agência Ria Novosti morre no sul da Ucrânia

O jornalista russo Rostislav Zhuravlev, da agência de notícias estatal Ria Novosti, morreu neste sábado(22) em um bombardeio ucraniano na região de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, anunciou o Exército russo em nota.

“Unidades das forças armadas ucranianas lançaram um ataque de artilharia contra um grupo de jornalistas”, e “quatro repórteres ficaram feridos, com menor e maior gravidade”, afirmou.

“Durante a evacuação, o jornalista da Ria Novosti Rostislav Zhuravlev morreu devido aos ferimentos causados pela explosão de bombas de fragmentação”, afirmou o Exército.

AFP

Jornalista Luiz Maranhão Filho morre em Olinda, aos 90 anos

O jornalista Luiz Maranhão Filho morreu aos 90 anos, em Olinda, no Grande Recife. A morte dele aconteceu na tarde do sábado (20), no Hospital Esperança, onde estava internado desde 16 de março, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico que se tornou hemorrágico.

Luiz Maranhão Filho deixou a esposa, Luzinete Maranhão; além de quatro filhos e cinco netos. O velório e o enterro foram realizados na tarde deste domingo (21), no Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.
A jornalista Maria Clara Angeiras é amiga da família de Luiz Maranhão Filho e falou sobre a importância dele.

“Foi graças à pesquisa dele que Pernambuco passou a ser reconhecido como o local da origem do rádio no Brasil. Até então, falava-se que teria sido o discurso de Epitácio Pessoa, em 1977, no Rio de Janeiro. Nos últimos tempos, ele vinha batalhando para esse reconhecimento oficial. No livro ‘Raízes do Rádio’, de sua autoria, Maranhão comprova a atuação da Rádio Clube de Pernambuco desde 1919, a pioneira no Brasil”, disse.

Perfil
Luiz Beltrão Cavalcanti de Albuquerque Maranhão Filho nasceu no Recife em 1º de janeiro de 1933. Graduado em direito, pela Faculdade de Direito de Olinda, desde 1975; era mestre em direito, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desde 1978; e doutor em cinema, rádio e televisão, pela Universidade de São Paulo (USP), desde 2002.
Durante a sua carreira, ele trabalhou como:
* Jornalista do “Diario de Pernambuco” (1948), “Jornal do Commercio” (1956), “Diário da Borborema/PB” (1964), “Diário Carioca/RJ” (1965);
* Jornalista do Núcleo de TV e Rádio Universitárias de Pernambuco, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durante 30 anos, de 1970 a 2000;
* Radialista, atuando em várias rádios pernambucanas, como Tamandaré, Jornal do Commercio, Continental e Universitária (AM e FM);
* Professor aposentado da UFPE e da Faculdade Mauricio de Nassau.

G1 Pernambuco

Prêmio Sebrae de Jornalismo está com inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o 10º Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ). Com tema central “A importância dos pequenos negócios para o desenvolvimento econômico e social do país”, a premiação contempla quatro categorias principais na edição estadual (Áudio, Texto, Vídeo e Foto). Na etapa nacional, este ano, as matérias poderão concorrer ainda ao prêmio especial, caso abordem a temática do empreendedorismo social. As inscrições podem ser feitas de forma rápida e fácil pelo site www.premiosebraejornalismo.com.br.

O jornalista responsável pela Agência Sebrae de Notícias (ASN) Bahia, Pedro Soledade, evidencia o potencial inspirador e transformador das reportagens inscritas no PSJ. “Mais que uma premiação, o Sebrae há 10 edições valoriza, reconhece e fortalece o jornalismo parceiro do empreendedorismo e dos pequenos negócios, trazendo pautas que impactam positivamente neste universo que responde por cerca de 98% do tecido empresarial do país e da Bahia”, afirmou.

O PSJ se tornou referência no fomento ao jornalismo sobre empreendedorismo no Brasil. Na 9ª edição, realizada em 2022, o prêmio recebeu mais de 1,1 mil inscrições de todo o Brasil e premiou 86 trabalhos já na primeira etapa, que ocorreu em 21 estados, além de prestigiar os vencedores nacionais. A Bahia foi o estado do Norte/Nordeste com o maior número de trabalhos inscritos, totalizando 62 nas quatro categorias. Veja aqui  os veículos e jornalistas que foram reconhecidos pela premiação na etapa estadual, em 2022.

Podem concorrer matérias veiculadas de 1º de julho de 2022 a 4 de junho de 2023, assim como podcasts e vídeos veiculados em plataformas digitais nesse mesmo período. O prazo para se inscrever vai até 5 de junho. Confira informações detalhadas abaixo.

• Quatro categorias na Etapa Bahia: Jornalismo em Texto, Jornalismo em Áudio, Jornalismo em Vídeo e Fotojornalismo.

• Há premiações especiais na Edição Nacional: Empreendedorismo Social e Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo (concorrem os vencedores de cada categoria).

• Inscrições até 5 de junho de 2023.

• Período de veiculação dos conteúdos que podem concorrer: 1º de julho de 2022 a 4 de junho de 2023.

• Temas sugeridos: empreendedorismo, produtividade e competitividade, inovação e startups, inclusão produtiva e sustentabilidade, transformação digital, políticas públicas e legislação, acesso a crédito, e empreendedorismo social.

• Inscreva-se: www.premiosebraejornalismo.com.br

Premiação especial 

Os conteúdos sobre empreendedorismo social devem abordar o tema retratando negócios que buscam solucionar ou minimizar problemas sociais ou locais por meio de produtos e serviços. Mostrar histórias inspiradoras, os desafios desse tipo de empreendedorismo, bem como seus impactos, também é uma forma de tratar do tema.

Ascom

Agressões contra jornalistas aumentaram em 23% em 2022, diz relatório

O relatório Monitoramento de Ataques a Jornalistas no Brasil, publicado no fim de março pela Abraji, mostra que em 2022 foram levantados 557 ataques contra profissionais de imprensa, 23% a mais que no ano anterior. Segundo o documento, tal resultado demonstra um aumento “sem precedentes” de violência contra jornalistas.
O levantamento afirma, ainda, que no último ano, 31,6% das agressões foram relacionadas diretamente à cobertura eleitoral e, em 56,7% das situações, os agressores foram agentes do Estado, como gestores públicos eleitos ou funcionários públicos. O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua família estiveram envolvidos em 41,6% dos ataques totais.
“Há uma compreensão de parte da sociedade de que somos inimigos, de que é aceitável atacar jornalistas. Nenhum profissional, em nenhuma circunstância, pode ser vítima de um crime”, defendeu Katia Brembatti, presidente da Abraji, no lançamento da pesquisa.
As mulheres são um alvo frequente dos ataques. Segundo a pesquisa, entre os casos registrados em 2022, 145 apresentaram características explícitas de violência de gênero. Entre os alertas gerais, 61,2% envolvem discursos estigmatizantes contra as mulheres.
A Abraji observou, também, que 176 das situações apuradas foram referentes a casos de agressões físicas, destruição de equipamentos, hostilidades e ameaças. “Um governo que restringe o trabalho da imprensa ignora a obrigação constitucional de ser transparente”, criticou a Abraji na época.
Já a organização Repórteres Sem Fronteiras apontou o Brasil, no ano passado, era um dos países mais perigosos para a prática do jornalismo. Dos 57 profissionais mortos no exercício da profissão, pelo menos três ocorreram no país, que ficou atrás de México, Ucrânia — que vive uma guerra contra a Rússia em seu território — e Haiti. E empatou com a Síria — que há anos vive uma guerra civil — e Iêmen.
Um dos episódios que atestam a insegurança da atividade jornalística no Brasil é o assassinato do jornalista inglês Dom Phillips, no ano passado, junto com o indigenista Bruno Pereira, na Terra Indígena Vale do Javari (AM). À época, Bolsonaro chegou a dizer que o britânico era “malvisto” na Amazônia.
“Esse inglês era malvisto na região, fazia muita matéria contra garimpeiros e questão ambiental. Então, naquela região bastante isolada, muita gente não gostava dele. Deveria ter segurança mais do que redobrada consigo próprio”, afirmou, sem dar provas do que acusava.
 
A verdade como compromisso
A celebração do Dia do Jornalista, ontem, serviu para que políticos e entidades não somente destacassem o trabalho da imprensa como um dos pilares da democracia, mas fizessem uma reflexão de um período em que mentiras e desinformações inundam as redes sociais e “formam” opinião. A data também salienta que o trabalho do jornalista profissional está diretamente relacionado à apuração profunda dos fatos, e não a opiniões que amplificam visões pessoais.
“A democracia não pode prescindir do trabalho jornalístico profissional, livre e independente, caracterizado, acima de tudo, pela responsabilidade. Ele se faz ainda mais necessário em tempos da disseminação de notícias falsas. Portanto, devemos valorizar a profissão e os profissionais que prezam pela busca e manutenção da fundamental e necessária informação”, tuitou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Para o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, “em tempos de disseminação de fake news e desinformação, o jornalismo profissional é ferramenta indispensável para defesa da democracia e da credibilidade na informação”.
Segundo o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), “em tempos de extremismo e exaltação do autoritarismo, precisamos reconhecer o trabalho dos jornalistas, guerreiros na cobertura dos temas prioritários para o povo brasileiro. A democracia precisa de vocês”.
Porém, o Relatório de Atentados Contra Jornalistas e Comunicadores, levantado entre 8 a 11 de janeiro de 2023 pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), mostra que o exercício da profissão é inseguro e violento. Pelo menos 45 agressões contra jornalistas foram denunciadas no período.
“Dados mostram a escalada das agressões durante o governo de Bolsonaro. Por conta de atos antidemocráticos, realizados principalmente desde as eleições, no dia 30 de outubro do ano passado, 2022 já havia sido definido como o ano mais violento para profissionais da imprensa”, alerta a Abraji.
Segundo dados do ano passado da ONG Repórteres Sem Fronteiras, o Brasil está em 110º lugar no ranking de liberdade de imprensa. A organização indica que as relações entre o governo e a imprensa se deterioraram no governo Bolsonaro.
 
Nova atitude
O ataque a uma creche em Blumenau (SC) levantou o debate sobre mudanças na cobertura de episódios violentos. Diversos veículos divulgaram que a cobertura de ataques a escolas não trará mais a identidade de criminosos, detalhes das ações, fotos e vídeos, para evitar o “efeito contágio” — que estimularia novos episódios semelhantes.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), do Ministério dos Direitos Humanos, apoiou a decisão. “Saudamos os veículos da imprensa brasileira, que já estão tomando medidas preventivas em não transformar os autores de violência contra nossa infância e adolescência em ‘heróis’, evitando dar destaque a tais personagens, evitando gatilhos”, destaca a nota do conselho.
Fonte – Diário de Pernambuco