Torcidas organizadas na mira do Estado

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O Estado de Pernambuco ajuizou Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos Materiais, Morais Coletivos e Sociais contra as torcidas Inferno Coral, Fanáutico e Terror Bicolor (Paysandu), que entraram em confronto na noite de 8 de setembro de 2015, após jogo entre o Paysandu e o Santa Cruz, no Estádio do Arruda, pela Série B do Campeonato Brasileiro. A briga entre os torcedores aconteceu nas imediações da sede do Clube Náutico Capibaribe, na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro dos Aflitos, no Recife, levando pânico à população dos bairros da Zona Norte da capital.

Além da violência perpetrada pelos integrantes das torcidas organizadas, houve intensas ações de vandalismo no local, com depredação do patrimônio público e privado, incluindo-se a própria sede do Náutico, estabelecimentos comerciais e veículos estacionados no pátio interno do clube de futebol e nas ruas próximas a ele. A briga transformou o local numa praça de guerra por cerca de meia hora – com vândalos arremessando pedras, pedaços de madeira, concreto e rojões – e só terminou com a intervenção da polícia.

A presença das torcidas organizadas dos times pernambucanos nos estádios de futebol é proibida desde 2004, porém a medida não tem sido suficiente para coibir a prática de atos de vandalismo e selvageria fora dos espaços desportivos. Na petição da Ação Civil Pública, a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) salienta que “é necessário que, quando tais atos ocorram, as torcidas organizadas sejam responsabilizadas em todas as esferas cabíveis, inclusive nessa esfera civil, seja para fins de reparação pelas perdas e danos causados, seja com o intuito de se ter mais um mecanismo com real eficácia de desestímulo à prática de novas transgressões”.

A proposição da ação faz parte de uma série de medidas que o Governo do Estado vem tomando contra as organizadas, desde o confronto de setembro. Com a medida judicial, objetiva-se atingir o coração financeiro dessas entidades. “É um mecanismo muito bom para obter sanção efetiva, atingindo a questão patrimonial”, avalia o procurador-geral do Estado, César Caúla. Na ação, o Estado pede o arbitramento judicial dos valores das indenizações.

A petição inicial foi assinada pelo procurador do Estado Carlos Alberto Carvalho e pelos procuradores-chefes-adjuntos do Contencioso, Luciana Roffé e Fernando Farias.

Deputado Federal Adalberto Cavalcanti reclama da postura do Superintendente da Codevasf de Petrolina

Dep. Adalberto Cavalcanti

O Deputado Federal Adalberto Cavalcanti (PMB/PE) não está gostando da postura adotada pelo atual Superintendente da Codevasf em Petrolina (PE), para ele, o Alagoano Luciano Albuquerque, tem evitado contato com boa parte dos políticos petrolinenses que buscam alternativas para escassez de água no Sertão de Pernambuco.

Nesta segunda-feira, 21, em entrevista ao radialista Francisco José, da rádio Grande Rio AM em Petrolina, o parlamentar argumentou alguns fatores que contribuíram para o desgaste da sua relação com Albuquerque.

A pedra no caminho da harmonia entre o deputado e o superintendente surge da falta de atenção em receber parlamentares de outros partidos que não sejam do partido progressista, dificuldade para conseguir abrir um poço, autorizar uma cisterna e definir outras ações da companhia também são apontadas pelo deputado como empecilho. Segundo Adalberto Cavalcanti, o Superintendente da Codevasf, atende interesses próprios em detrimento da população.

Outro fato que chamou a atenção de Adalberto Cavalcanti, foi a falta de atenção do Superintendente em não o convidar para participar da solenidade da entrega dos flutuantes em Sobradinho (BA) evento realizado na sexta-feira (18), que teve a presença do Ministro da Integração Gilberto Occhi.

Não posso perdoar essa falta de atenção da Codevasf, porque todos os parlamentares de Petrolina e região, cerraram fileiras para pedir aos ministros a atenção do governo Federal para o problema da escassez de água no lago de sobradinho e que isso não trouxesse nenhum prejuízo aos produtores dos projetos Nilo Coelho e Maria Tereza. Só eu, tive audiências com os Ministros Armando Monteiro, Gilberto Occhi, com o Presidente da Codevasf mais de uma vez em Brasília”, pontuou o deputado federal Adalberto Cavalcanti.

Ele lembrou ainda que participou da audiência pública realizada em Petrolina, com os senadores, e conversou com o Governador Paulo Câmara (PSB) a respeito do problema da falta de água. “Sei que o Senador Fernando Bezerra fez isso [lutou para trazer água], os Deputados Fernando Filho e Gonzaga Patriota e os Prefeitos de Petrolina e Juazeiro, Isaac e Júlio também se engajaram na luta”, disse.

Adalberto complementou seu raciocínio destacando que achou estranho que, “na hora que o Governo Federal banca os flutuantes e vem fazer a entrega da obra em Petrolina, o Superintende da Codevasf traz os parlamentares do PP, que não mexeram um dedo sequer pelo problema de Petrolina e Juazeiro, e descarta a luta que a gente travou e continua travando para que os nossos produtores não sejam prejudicados com a falta de água em sua propriedade”.

O Deputado informou que vai solicitar uma audiência com o Ministro-Chefe da presidência da república, Ricardo Berzoini para relatar os fatos acontecidos na Codevasf de Petrolina.

Presidente Dilma inaugura mais uma etapa da transposição nesta terça em Floresta-PE

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A tarde desta terça-feira (22) promete ser movimentada na cidade de Floresta, no Sertão de Itaparica, com a visita da presidente Dilma Rousseff, que deve chegar a cidade por volta das 15h, para inaugurar a segunda estação de bombeamento da transposição do Rio São Francisco. A etapa vai garantir água nas barragens do município de Floresta como Areias, Baraúnas, Muquém, Mandantes e Salgueiro.

Governadores dos Estados beneficiados pela obra como Pernambuco, Paraíba e Ceará também devem comparecer a inauguração,  além dos prefeitos das cidades circunvizinhas, sendo que Rorró Maniçoba (Floresta) será a Prefeita anfitriã.

A visita acontecerá uma semana após a Polícia Federal desbaratar um esquema de corrupção no lote dois da obra. Os empresários teriam usado empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões.

Governos estadual e municipal antecipam salários de servidores públicos em Pernambuco

O governador Paulo Câmara anunciou, na manhã desta segunda-feira (21), a antecipação do pagamento dos salários de dezembro para o próximo dia 29. O pagamento estava previsto para os dias 5 e 6 de janeiro. Com isso, será injetado na economia de Pernambuco R$ 1,7 bilhão em menos de 25 dias. O valor é a soma das folhas de pagamento de novembro, dezembro e da segunda parcela do décimo dos servidores estaduais, paga no último dia 15.

Apesar dos desafios que a economia nacional apresentou em 2015, o Governo de Pernambuco fechou as contas em dia, o que possibilitou a antecipação dos salários dos servidores estaduais. A notícia foi dada pelo chefe do Executivo estadual, durante reunião do secretariado, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Na oportunidade, o governador fez um balanço de 2015 e alinhou com a equipe as metas para o ano de 2016.

Para Câmara, a antecipação da folha de dezembro é mais um exemplo da estabilidade econômica do Estado. Ele disse também que toda a sua equipe está à disposição do povo. “Somos todos servidores públicos. Estamos aqui para servir e ajudar”, afirmou o governador, pontuando ainda: “Em um ano de crise não é fácil manter os investimentos. Nós fechamos o ano com a antecipação da folha de dezembro e com as contas em dia”.

Em Petrolina (PE), segundo a prefeitura, a folha dos servidores municipais também foi paga de forma antecipada, os servidores receberam o décimo terceiro no dia 15 e o salário integral em 17 de dezembro, apenas os trabalhadores da área da saúde ainda não receberam, mas a folha ficou programada para ser paga até o dia 23 de dezembro.

PM confunde celular com arma e mata jovem com tiro nas costas

Álisson, operador de máquinas.(Foto: Tv Clube)

Álisson, operador de máquinas.(Foto: Tv Clube)

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando a morte do operador de máquinas Álisson Campos da Silva, de 20 anos, assassinado por um policial militar, neste domingo. Álisson foi atingido por um tiro nas costas depois de ser confundido com um assaltante.

A vítima seguia na garupa de uma moto com o primo Bruno Campos da Silva, 22, quando pararam em um semáforo no cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães com a Rua Henrique Dias, por volta das 21h30. Segundo o primo, Álisson fez um movimento com a mão para pegar o celular, que estava no bolso, quando o soldado Dídimo Batista da Silva, do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que estava parado no carro ao lado, sacou uma pistola calibre 38. Meu primo estava com um boné no bolso, ficou volumoso e ele pensou que era uma arma”, contou Bruno, que hegou a tentar sair com a moto, mas não conseguiu evitar que o primo fosse atingido nas costas. “É um despreparo. Ele tem que ser punido”, cobra.
O autor do disparo prestou socorro a Alisson, que já chegou morto ao Hospital da Restauração (HR). No local, o pai da vítima chegou a passar mal. “Fui pai e mãe desse menino. Ele gostava de desenhar, era tricolor, um menino trabalhador, trabalhava comigo. Tanto bandido solto, matando, roubando e vem um policial militar e tira a vida do meu filho”, lamentou José Márcio.
Segundo a versão divulgada pela Polícia Militar, a dupla teria encostado no carro do soldado e feito “menção de tirar um objeto da linha da cintura anunciando um assalto”. Ainda de acordo com a PM, o condutor teria tentado fugir quando o disparo foi efetuado contra o garupa.
Dídimo Batista da Silva se apresentou ao DHPP, prestou depoimento e em seguida foi liberado “ por não haver elementos para uma autuação em flagrante”. O soldado não será afastado das suas atividades. O Batalhão de Choque também abriu uma sindicância para apurar o episódio. (Fonte: DP)

Paulo Câmara: “Não foi um ano perfeito, mas fizemos o que era possível”


PAULO CÂMARA

Perto de finalizar o primeiro ano como governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) em entrevista ao Jornal do Commercio culpou a crise econômica por problemas em áreas estratégicas de sua gestão, como Saúde e Segurança. “Costumo dizer a minha equipe que não foi um ano perfeito, mas fizemos o que era possível”, sintetizou na entrevista concedida aos repórteres Felipe Viera, de Cidades, e Franco Benites, de Política. O socialista também cobrou mais diálogo por parte do governo federal e enfatizou que é necessário um esforço nacional para combater o mosquisto Aedes aegypti, transmissor da dengue, chicungunha e zika vírus, esse último associado a inúmeros casos de microcefalia.

JORNAL DO COMMERCIO: Pernambuco hoje está melhor do que como o senhor recebeu?
PAULO CÂMARA: Em termos fiscais, a gente vai terminar o ano melhor do que começamos 2015. Agora, não dá para dizer que está melhor tendo 70 mil desempregados como ocorreu este ano, tendo um PIB que até o terceiro trimestre está decrescendo dois pontos percentuais, com o País nesta confusão que está, sem a população acreditar e ter expectativa de futuro positiva, sem saber como vão estar funcionando as instituições em 2016, ou seja, com a falta de previsibilidade total. Tivemos um ano muito difícil pela falta de previsibilidade. Todas as previsões, todo o planejamento que foi feito em 2014 esbarrou nessa crise econômica sem precedentes que conjugou com a crise política que fazia muito tempo que não se via. Essa conjunção está sendo explosiva e fazendo muito mal ao País.

JORNAL DO COMMERCIO: Quais as principais dificuldades financeiras que o Estado teve?
PAULO CÂMARA: A gente começou o ano com uma projeção. Tivemos que rever com o carro andando, ajustar o nosso orçamento como todos os brasileiros tiveram que ajustar seus salários à nova realidade brasileira com inflação. O ICMS foi a grande frustração nossa. o ICMS nunca cresceu menos que a inflação nos últimos 20 anos. Só isso, o fato de não cobrir a inflação, já dá uma perda de R$ 900 milhões. Também houve uma baixa brutal nos convênios, muitos deles em parceria com o governo federal, e o item que mais caiu foram as próprias operações de crédito. Tivemos uma queda de R$ 86 milhões que afetou de maneira muito clara o investimento do Estado. Tínhamos o projeto de investir R$ 1 bilhão e, até novembro, investimos R$ 1,058 bi. Devemos fechar o ano com 1,1 bi. Costumo dizer a minha equipe que não foi um ano perfeito, mas fizemos o que era possível.

JORNAL DO COMMERCIO: Qual o maior desafio que o senhor deve enfrentar em 2016?
PAULO CÂMARA: O desafio é realmente oferecer serviços públicos dentro das estruturas que a gente tem e que atendam cada vez melhor, que possam dar resultado, que as pessoas vão a um posto de saúde e saibam que vão ser atendidas, que elas possam saber que o número de homicídios vai se reduzir. Esse é um desafio. A gente precisa reduzir o número de homicídios para o próximo ano. Para isso, a gente tem que fazer políticas preventivas, de combate às drogas, de desarmamento, políticas de prevenção para diminuirmos o número de crimes de proximidade, crimes banais, que são frutos de uma perda de cabeça momentânea. São desafios que não são diferentes do que tivemos em 2015. O desafio maior é o Brasil voltar a crescer, a funcionar. Isso vai nos dar possibilidade de também planejar de outra forma, de seguir outro caminho. A meta em 2016 é melhorar a qualidade do serviço oferecido.

JORNAL DO COMMERCIO: Em seu primeiro ano como governador o senhor carrega alguma frustração?
PAULO CÂMARA: A frustração que sinto é não poder contar com aquilo que a gente esperava minimamente. Principalmente no âmbito das receitas. Justamente, no primeiro ano de nosso governo estarmos enfrentando a maior crise econômica que os Estados da federação e os municípios enfrentaram pelo menos nos últimos 20 anos. Converso com os governadores. Alguns iguais a mim, começaram agora, outros foram reeleitos e outros já foram governadores e voltaram agora. Todos são unânimes em dizer que foi o ano mais difícil de se governar os seus Estados. A gente sabe que podia ter feito muito mais se a situação política e econômica tivesse com um mínimo de normalidade. Temos um programa de governo bem pensado, bem embasado, que dialoga com o futuro, que dialoga com a necessidade de Pernambuco e que está hoje sem poder avançar como a gente gostaria em virtude dessas frustrações. Tem a frustruação da Saúde. Com a crise, houve uma demanda de serviços, os municípios fecharam postos de saúde. Sei onde tenho que ampliar, o que tenho que fazer, nossas unidades estão praticamente prontas e poderiam estar funcionando como as UPAes e eu não posso colocar porquê? Preciso da garantia que a federação vai me passar recursos, que os serviços vão ser credenciados no SUS e essa garantia não está sendo dada. Quando abro uma UPAe o município tem que dar sua contrapartida também e o município não tem condições. Isso é uma frustração saber que a gente pode avançar no serviço de saúde e não tem como. Na segurança, a frustração é saber que a gente precisa contratar mais policiais militares e civis e  não posso fazer. O concurso até que eu vou fazer, mas não vou poder contratar de imediato a quantidade de pessoas que gostaria porque estamos sem espaço fiscal para isso. Essas frustrações existem porque temos um planejamento bem-feito, sabemos onde devemos atacar, sabemos o foco dos desafios e estamos com a mão atada por falta de recursos.

JORNAL DO COMMERCIO: O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) atrapalhou a sua gestão?
PAULO CÂMARA: A situação econômica e política do País atrapalhou todas as gestões, não foi só a minha não. Atrapalhou os municípios, os Estados. Ficamos sem resolução de muitos desafios que foram colocados à mesa ao longo deste ano e ainda estamos sem porta de saída. A situação política do País qual é? Um processo de impeachment aberto, que não tem prazo de início e de finalização, conduzido por uma pessoa que não tem legitimidade para conduzir. Ou seja, qualquer resultado que der o processo de impeachment vai ser questionado pela forma de condução, se for essa pessoa (o presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro) que vai conduzir o processo. Está todo mundo esperando para ver o que vai acontecer, investidores principalmente, e o Brasil parado. Até quando parado? Em plena democracia, a gente está com tantos empecilhos de funcionamento das instituições. É justamente o que Eduardo Campos dizia: o estado do controle está funcioando, mas o estado do fazer não está funcionando. As instituições do fazer, tanto o Executivo quanto o Legislativo, estão sendo colocadas em xeque sem previsibilidade de saída.

JORNAL DO COMMERCIO: O senhor falou que esperava renegociar aumento de salário com os servidores estaduais após a divulgação do relatório fiscal do primeiro quadrimestre de 2016. Eles vão receber uma boa notícia ainda nos primeiros seis meses do próximo ano?
PAULO CÂMARA: Vamos fechar o ano com o limite de comprometimento com pessoal em torno de de 47%, talvez um pouco menos. Ainda não dá brecha nem espaço fiscal para dar aumento de salário. A gente sabe que precisa contratar mais. Procuramos juntos com o servidor, e eu só tenho a agradecer a compreensão, mostrar a situação. Mostrar claramente que se a gente tivesse avançado em qualquer tipo de reajuste, nós não estávamos pagando o décimo-terceiro, nós não estaríamos pagando o salário de dezembro como vamos pagar. Então, estaríamos em uma situação que outros Estados estão sofrendo, de dividir décimo-terceiro salário em seis vezes. Muitos não têm previsão de pagar a folha a partir de fevereiro. Garantimos o mínimo que é pagar o salário e vamos agora, a partir de 16, se a economia melhorar, porque sem crescimento de receita não tem como avançar no funcionalismo público, buscar as soluções. No âmbito da segurança, nós não podíamos dar salário, mas demos a maior promoção da história da Polícia. Fizemos com que a carreira fosse destravada, que as pessoas tivessem uma perspectiva de entrar como soldado e pudessem ser cabo e ser sargento de acordo com seu mérito. Fizemos com que as escolas oferecessem condições de ensino para seus professores, que os alunos tivessem condições de aprender. Na Saúde, estamos buscando enfrentar esse problema das superlotações porque é isso que gera o estresse no funcionalismo. Sei o que é ser servidor público, como são as demandas, como poder motivar um servidor. Então, logo tenha condições vou fazer isso.

JORNAL DO COMMERCIO: O Estado está preparado para combater o mosquito Aedes aegypti e enfrentar os casos de microcefalia?
PAULO CÂMARA: A microcefalia a partir da zika é uma doença a ser escrita, né? A gente não sabe efetivamente o que essas crianças vão precisar de apoio realmente. Vamos ter que montar nossas estruturas de acordo com o que vai acontecendo. Hoje a gente está se estruturando para os casos que a gente conhece de microcefalia. Quais as reações das crianças, das famílias? Pode ser que a reação seja mais suave ou mais pesada. Temos que fazer uma ação preventiva muito forte para não ter a quantidade de crianças nascendo com microcefalia que tivemos este ano. Então, os próximos meses são fundamentais para atuar neste campo que é combater mesmo o mosquito. Não temos previsão de ter vacina porque isso não se faz do dia para a noite. O mosquito está presente na vida das pessoas há muito tempo. O Brasil é um País que tem pouco esgotamento sanitário, em torno de 30% das residências. Estamos enfrentando a maior seca dos últimos anos pelo quinto ano consecutivo a partir de 2016 e as obras estruturadoras que dariam algum conforto a essas famílias não ficam prontas, estão se arrastando e não têm prazo de conclusão nos próximos anos. Isso faz com que as pessoas guardem mais água e essa água hoje tem sido o grande foco de criadores. Ao mesmo tempo, as pessoas já estavam meio acostumadas a todo ano saber que entre janeiro, fevereiro e março, poderia ter uma dengue, uma febrezinha ou um febrão. Mas tomavam um remédio, já sabem que remédio pode ou não tomar, sabiam que iam ter três quatro dias de repouso, o posto médico que podiam procurar, já tinham conhecimento ali de como tratar a doença. Um certo relaxamento de como prevenir a doença. E nos deparamos de uma hora para outra com uma questão muito grave, de termos crianças com microcefalia. Pernambuco apresentou ao Brasil o zika relacionado à microcefalia, mas não vai ser de maneira nenhuma o único Estado onde vai acontecer isso. Isso vai ocorrer no Brasil de maneira muito forte e se não houver um esforço nacional muito grande de cuidar disso vamos ter mais na frente uma situação de saúde pública das mais graves que já existiram aqui.

JORNAL DO COMMERCIO: Diante da crise econômica, o senhor pensa em promover um corte de secretarias como foi cogitado anteriormente?
PAULO CÂMARA: Estamos sempre nos adaptamos. Quando iniciei o governo, peguei uma estrutura razoavelmente enxugada por Eduardo, estruturada, com diminuição de cargos comissionados, do número de secretarias. Pernambuco hoje, pode fazer esta pesquisa, é o Estado que deve ter menos cargos comissionado do Brasil. O valor desses cargos comissionados com certeza é o menor do Brasil, em termos de remuneração de secretários, diretores, gerentes. Nunca descarto fazer ajustes na máquina pública, mas hoje o que a gente vê é que precisa aperfeiçoar muita coisa ainda que ficou pelo meio do caminho por causa do dinheiro. A gente está precisando avançar muito em muitas áreas e em cada secretaria e para isso vai exigir ainda um esforço muito grande.

JORNAL DO COMMERCIO: Em relação à segurança pública, qual a meta do governo estadual para 2016?
PAULO CÂMARA: A gente tem que continuar o trabalho que iniciou. Acho que 2015 poderia ter sido melhor nesta área de segurança, poderíamos ter avançado mais diante do que fizemos. Começamos o ano com um aumento muito grande de violência. Janeiro e fevereiro foram os piores meses do número de homicídios em Pernambuco. Isso foi sendo reduzido. Chegamos a junho e julho, quando começaram as negociações salariais, e aí tivemos um pouco de desequilíbrio nas ações. Isso fez com que os meses de setembro e outubro fossem muito ruins. Outubro, principalmente quando ficou aquela discussão sobre o ciclo completo, uma discussão que não cabia ser feita aqui porque não tem governança no âmbito do Estado. Tivemos que fazer remanejamento de pessoas, mudança de equipe atá para dar um freio de arrumação porque a gente identificou que podia melhorar. O trabalho continua e é incansável. Vamos conseguir reduzir os homicídios, não tenho dúvidas disso. O Pacto pela Vida é uma política reconhecida, acertada, que ao longo da sua trajetória salvou mais de dez mil vidas. Esse momento de inflexão está acontecendo em todo o Brasil como já estava acontecendo antes. Pernambuco, na verdade, é um ponto fora da curva e agora ficou um ponto igual a todos. Mas a gente vai voltar a ser um ponto fora da curva ou voltar a cair junto com outros Estados brasileiros. Isso vai voltar a cair porque é uma situação que não se sustenta, que a gente não admite como governantes. Os policiais estão incomodados também.

JORNAL DO COMMERCIO: Quando o governo irá finalizar a radial da Copa?
PAULO CÂMARA: A radial da Copa está dentro do pacote do corredor Leste-Oeste. Está nas obras pendentes que vão ser relicitadas para conclusão no final de 2016 e início de 2017. Era da Mendes Junior (construtora investigada pela Operação Lava Jato). Tudo o que foi da Mendes Junior eu tive que rescindir e fazer novas licitações. Para rescindir, tenho que fazer o replanejamento.

JORNAL DO COMMERCIO: O estudo do governo do Estado e da Infraero para ser entregue à TAM com o modelo de negócios para receber o hub ficou pronto?
PAULO CÂMARA: Já foi entregue. Tudo o que foi pedido a gente entregou. O modelo trata de uma parceria com a Infraero, em que a área onde é a base aérea seria concedida para a construção de um novo terminal. É dentro de uma parceria que envolveria uma engenharia financeiro-econômica que é novidade para a Infraero, que é novidade para a Latam, mas que é perfeitamente possível e que é feita em todo o mundo.

JORNAL DO COMMERCIO: A Jeep já afirmou que mantém seu interesse na Fábrica Tacaruna como ponto de convergência para seus investimentos em pesquisa, mas falta o governo encaminhar a doação do terreno à Assembleia. Isso será feito?
PAULO CÂMARA: Estamos conversando. É uma área que tem restrições. É um patrimônio histórico e cultural, mas que mantidas todas as prerrogativas de licenciamento do patrimônio histórico pode ser utilizada por um centro desses, que é algo para o futuro, que pensa capacitação e profisionalização de jovens. É uma opção que a gente entende que é bem-vinda. Está se conversando e a deliberação deve ficar para 2016.

JORNAL DO COMMERCIO: O que é possível fazer para que as obras da Transnordestina avancem do lado de Pernambuco e não apenas do lado do Ceará?
PAULO CÂMARA: Pressionar, como estamos pressionando. Estamos buscando uma resolução rápida. A verdade é que não há dinheiro para fazer os dois ramais e o pouco dinheiro que tem está se fazendo no lado do Ceará porque estava mais atrasado que o de Pernambuco.

JORNAL DO COMMERCIO: A obra está avançando no Ceará por uma inteferência política?
PAULO CÂMARA: Não, porque a gente avançou mais, mais rápido. Eles estão priorizando agora o que estava mais atrsado para dar uma uniformidade na obra. O que vai nos dar um alerta é se esse obra andar em um ritmo satisfatório lá e aqui não andar nada. Por enquanto, ainda está dentro de atributos de gerenciamento que a gente entende que tem uma certa lógica.

JORNAL DO COMMERCIO: Quando o senhor terá audiência com o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine? Vai tratar da situação dos estaleiros no Estado?
PAULO CÂMARA: Já pedi e vou reiterar. Acho que a Petrobras está conduzindo de maneira errada esse processo em relação aos estaleiros, ao cancelamento de encomendas. Isso precisa ser conversado conosco. Não vou admitir que o governo de Pernambuco fique fora dessa mesa, dessas tratativas. Investimos muito na infraestrutura desse polo. Gera muito emprego e renda, faz bem para o País, não apenas para Pernambuco. Não vamos admitir esse retrocesso e esse erro caso o que a gente ouviu no noticiário seja realmente concretizado.

JORNAL DO COMMERCIO: A refinaria Abreu e Lima será um assunto debatido também nessa audiência?
PAULO CÂMARA: A gente tem recebido sinalizações que está no plano de negócios a retomada da refinaria. Inclusive, vários contratos estavam sendo repactuados desde agosto. Eles já colocaram 1,4 bilhão de dólares no plano de negócios. A refinaria precisa ser concluída. Ela é fundamental para o País refinar o petroleo, para ter oferta de diesel. Entendo que essa é uma questão que a Petrobras tem interesse em resolver logo. As licenças ambientais estão andando bem, mas é uma via de mão dupla. Eles têm que apresentar o plano de negócios e a gente concede as licenças de acordo com a evolução desse plano de negócios. Não vou conceder licença sem o negócio ser retomado da maneira que está pactuado. Isso faz parte inclusive do contrato. As etapas de licenciamento são proporcionais às etapas de andamento da obra.

JORNAL DO COMMERCIO: O senhor disse que o Estado vai construir um presídio de segurança máxima? Qual o planejamento?
PAULO CÂMARA: Temos uma superlotação muito clara no nosso sitema prisional e isso dificulta o processo de ressocialização. Dificulta muito mais quando os presos perigosos estão junto de presos que têm penas menores ou de presos provisórios. Precisamos ter um presídio de seguraça máxima justamente para separar o joio do trigo para dar condições de administração, de gestão, de ressocialização melhores. Isso foi identificado a partir de incidentes que a gente teve em janeiro deste ano. Uma rebelião tem origem muitas vezes em poucas pessoas. Temos um valor aproximado, se não me engano, em torno de R$ 40 milhões para um presídio de 560 vagas. A construção do presídio é muito mais cara do que a construção de uma obra física porque tudo é dobrado. É um obra cara. Estamos buscando parcerias, vamos ver como fazer. O problema maior não é construir, é manter.

JORNAL DO COMMERCIO: O ano de 2016 é de eleições. Como vai ser a postura do senhor onde houver mais de um candidato da base aliada?
PAULO CÂMARA: Tenho uma aliança muito grande, mas vou dar equilíbrio em 2016. Iremos apoiar quem nos ajudou. Se tiver lugar em que mais de uma força nos ajudou a gente vai saber dar o equilíbrio necessário para isso também. Agora, apesar de estarmos pertinho de 2016, está muito longe para começar a se discutir eleição municipal. Estamos em um momento em que se não se resolver o Brasil vamos ter as eleições municipais mais complicadas no âmbito político. O Brasil precisa ser resolvido. Esse processo de impeachment está aberto. Ninguém vai discutir eleição com o Brasil pegando fogo. O povo não quer nem discutir isso, quer que o Brasil volte a crescer, a gerar emprego, que os serviços públicos funcionem.

JORNAL DO COMMERCIO: Alguns partidos de sua base reclamam da falta de espaço ao governo? Essas reivindicações chegam aos seus ouvidos?
PAULO CÂMARA: A maioria que me apoiou está me ajudando. A gente tem um dos menores números de cargos comissionados. Isso em si já é um empecilho para a ampliação de espaços. Estou sempre conversando com partidos e não tenho recebido demanda de aliados sobre espaços políticos. Pelo contrário. Eles entendem a nossa forma de gerir, sabem que a gente não politiza gerência regionais de saúde e de educação. Desde o governo Eduardo, a gente colocou a meritocracia nisso. Os secretários de outros partidos têm nos ajudado, a equipe é integrada, funciona bem. Se a gente entender que precisa ampliar ou dimunuir a gente vai conversar, ouvir. Quero manter minha aliança, quero manter as pessoas que me ajudaram junto de mim. Confiaram em mim como candidato e quero que confiem em mim como governador.

JORNAL DO COMMERCIO: Como o senhor classifica a sua relação com a oposição na Assembleia Legislativa?
PAULO CÂMARA: A oposição é normal, faz parte da democracia. A oposição faz suas críticas e a gente rebate o que a gente entende que está errado e acata o que pode estar certo. Tenho muita tranquilidade em relaçao ao trabalho da oposição. Nossos deputados estão se defendendo de maneira muito eficaz. Não tive dificuldade de aprovar projetos em favor de Pernambuco. É um governo que dialoga, que procura fornecer todas as informações, que não esconde nada. A gente ao mesmo tempo facilita o trabalho de nossos apoiadores e da oposição, que com base nas informações pode fazer suas críticas e sugestões. As sugestões são bem-vindas, não tenho preconceito com nada. O que a gente puder implantar a gente implanta.

JORNAL DO COMMERCIO: O Estado tem interesse em renegociar o contrato com a Arena Pernambuco. A situação está perto de um desfecho?
PAULO CÂMARA: A Fundação Getúlio Vargas (FGV) está finalizando seu estudo. A gente entende que o modelo de gestão compartilhado precisava ser revisto. As condições mudaram demais da época em que o modelo foi pactuado para hoje. A FGV vai nos dar essa luz e com base nisso vou conversar com o parceiro privado para mostrar a nova realidade e o que o Estado pode e entende que precisa ser feito.

JORNAL DO COMMERCIO: Em tempos de rixa entre o vice-presidente Michel Temer (PMDB) com a presidente Dilma Rousseff (PT), como o senhor avalia a relação com o vice-governador Raul Henry (PMDB)?
PAULO CÂMARA: Raul é um parceiro. Ele tem ajudado a gente demais tanto na área técnica quanto na articulação politica. Tem ajudado na gestão. Não tenho o que dizer dele, pelo contrário. Tenho que agradecer a ajuda que me deu neste primeiro ano como governador de Pernambuco.

JORNAL DO COMMERCIO: O senhor sentiu de alguma forma a comparação com o ex-governador Eduardo Campos?
PAULO CÂMARA: Eduardo faz muita falta, não apenas para Pernambuco, mas para o Brasil no momento que nós vivemos. Eduardo, quando saiu do governo federal em 2013, e decidiu que era hora de encontrar um novo caminho,  nuita gente questionou. Mas Eduardo estava certo. Tudo aquilo que ele dizia que ia acontecer com o Brasil está acontecendo agora. Acontecendo da maneira que ele pensou e previu, mas ele ainda foi conservador. Está acontecendo pior do que ele previu.

Pernambuco ganha nova sede da OAB e escola de advocacia

Governador Paulo Câmara, inauguração OAB

Na sexta-feira (18), o Estado de Pernambuco ganhou a nova sede da ordem dos advogados do Brasil, secção Pernambuco. Batizado de Casa da Cidadania, o edifício inaugurado, fica localizado na Rua do Imperador Pedro II, número 346, no bairro de Santo Antônio, Recife.

 A cerimônia contou com a presença do governador Paulo Câmara, do presidente do conselho nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Coelho, e do presidente da OAB Pernambuco, Pedro Henrique Alves.

De acordo com o executivo estadual, o prédio reformado é uma doação do Estado, feita na gestão do ex-governador Eduardo Campos, ele foi homenageado pela OAB, que batizou o auditório do espaço com o nome do ex-gestor.

Câmara argumenta sobre a importância do papel da OAB, e a sua representação na defesa da cidadania, “sem dúvidas nenhuma vai oferecer condições de se exercer a advocacia de dar plenas condições de trabalho e a OAB tem seu papel também a contribuir para a melhoria das instituições para melhoria da justiça e da cidadania. A OAB é uma aliada importante na busca por justiça social em nosso Estado”, concluiu o governador Paulo Câmara.

O novo prédio da instituição abriga também a caixa de assistência dos advogados de Pernambuco e a escola superior de advocacia Professor Ruy da Costa Antunes.

Santa Cruz renova com Vítor e Lelê

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A diretoria do Santa Cruz confirmou a renovação de contrato de mais dois jogadores neste sábado. O lateral-direito Vítor e o meia Lelê, peças importantes na campanha de acesso para a Série A, vão permanecer no Arruda pelo menos até o final da próxima temporada.

O vice-presidente Constantino Júnior destacou ao site oficial do clube que a prioridade continua sendo a manutenção de jogadores. “Sabemos que, no futebol, é difícil manter os principais jogadores, principalmente depois de uma grande campanha. Estamos vendo procuradores, empresários de alguns atletas tentarem negociar pela imprensa. Não fazemos isso. Mantemos uma linha de tranquilidade e de trabalho para assegurar as renovações”. (fonte: NE10)

Manutenção de Programa de Bolsas de Iniciação à Docência é discutida em audiência pública

educaçao alepe

O desprestígio profissional e consequente abandono dos cursos superiores de licenciatura preocupa professores e estudantes. Na tarde desta quinta (17), o segmento esteve presente na Assembleia Legislativa para pedir a continuidade de uma iniciativa federal que ajudaria a solucionar o problema: o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). O encontro foi promovido pela Comissão de Educação da Casa, por solicitação de representantes do Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Pibid (Forpibid) do Nordeste.

Criado em 2007 por edital da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação (MEC), o Pibid atua na formação inicial e continuada de educadores no ciclo básico. Isso é feito através da concessão de bolsas a alunos de licenciaturas que desenvolvem atividades em instituições da rede pública, sob orientação de docentes universitários e professores das escolas. Atualmente, o programa é adotado por 284 instituições de Ensino Superior e executado em 5.898 escolas parceiras por mais de 90 mil bolsistas em todo o País.

Entretanto, no cenário atual, educadores temem os cortes no orçamento. “Queremos consolidar o Pibid como uma política de Estado perene para a formação de docentes e a valorização do magistério. Vivemos um risco iminente de apagão geral de professores, o que já acontece em áreas como matemática, química, física e biologia. A taxa de evasão em algumas licenciaturas chega a 70%”, observou a vice-representante do Forpibid do Nordeste, Lúcia Falcão. Voltado para moradores do campo e indígenas, o Pibid Diversidade também mereceu destaque nas falas dos participantes.

O pró-reitor de Graduação da Universidade de Pernambuco (UPE), Luiz Alberto Rodrigues, aprova o programa, já adotado pela instituição estadual. De acordo com ele, as alternativas que a Capes propôs – manter sem expandir ou institucionalizar via entidades de Ensino Superior – são inviáveis. “A primeira significa deixar o Pibid morrer por inanição, já que os estudantes vão se formar, mas não entrarão outros no lugar. A segunda não é fácil pela própria situação financeira das universidades, hoje”, analisou.

Na sequência, integrantes da Secretaria Estadual de Educação, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime) se manifestaram a favor do Pibid, bem como professores e estudantes que participaram do encontro. Formado em História pela Universidade Federal de Pernambuco, Waldomiro Borges revelou que o Pibid foi essencial na descoberta da vocação para a docência. “Foi quando vi que, pela educação, eu poderia fazer algo para mudar a realidade das pessoas”, contou.

Como resultado da reunião, a presidente do colegiado, deputada Teresa Leitão (PT), propôs a redação de um documento, a ser entregue ao MEC e à Capes por representantes do Forpibid e da Alepe, no qual constarão a defesa do papel estratégico do programa, as sugestões de melhorias e a indicação de rumos. “A grande proposta será transformar o Pibid em uma política de Estado”, afirmou a parlamentar. “Temos o desafio enorme de tornar o magistério atrativo. Hoje, ninguém mais quer ser professor,” concluiu.

CPI das Faculdades Irregulares anuncia reunião em Brasília

IMAGEM ALEPE

A CPI das Faculdades Irregulares irá promover reunião no Ministério da Educação (MEC), em Brasília, na próxima terça (22). O anúncio foi feito durante debate realizado pela Comissão, nesta quinta (17), na Faculdade de Filosofia de Caruaru (Fafica), no Agreste. O encontro na capital federal terá o objetivo de discutir ações sobre os cursos oferecidos ilegalmente em Pernambuco e a situação dos alunos das instituições.

A deputada Teresa Leitão (PT), relatora do colegiado, afirmou que uma das funções do MEC é fiscalizar os cursos superiores. “Na esfera criminal, já estamos em contato com o Ministério Público Federal, mas o MEC precisa ter ciência e suspender as autorizações concedidas a faculdades ilegais”, explicou.

A reunião em Caruaru foi proposta inicialmente para ouvir os depoimentos de representantes de três instituições de ensino: Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire), Instituto Superior de Educação de Floresta (Isef) e Faculdade Anchieta. Nenhum representante das unidades convocadas, no entanto, compareceu à reunião. “No próximo ano, a CPI vai deliberar se será preciso adotar medidas coercitivas para obrigar essas pessoas a comparecerem e prestarem depoimento, pois temos prerrogativa para isso”, afirmou o deputado Rodrigo Novaes (PSD), presidente da CPI.

Com a ausência dos convocados, foram colhidos depoimentos de alunos da Fadire, do Centro de Ensino Pesquisa e Inovação (Cenpi), e do Instituto Educacional, Tecnológico e Profissionalizante Belchior. Os estudantes disseram que foram enganados pelas instituições e pediram a responsabilização dos culpados. “Nós queremos justiça. Gastamos muito dinheiro nos cursos e nos sentimos lesados. Foram anos perdidos”, afirmou Geani Pedrosa de Santana, que, por quatro anos, cursou pedagogia no Cenpi de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte.

Rodrigo Novaes recomendou que os estudantes busquem na Justiça o ressarcimento dos valores pagos às instituições. Ele afirmou também que o Ministério Público Federal já solicitou ao MEC o cancelamento do registro da Fadire e da Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso).

A próxima reunião da Comissão na Assembleia está marcada para o dia 15 de janeiro.

Agricultores fecham o Trevo do Ibó

parada trevo do ibo

Agricultores do projeto de irrigação interrompem neste momento o as quatro vias que intercruzam o ‘Trevo do Ibó’. A informação que chega até o blog neste momento, é que pessoas que estão indo a cidade de Salgueiro, estaria pegando estrada que passa por Serra Talhada para chegar ao destino. Mais informações a qualquer momento.

Deputado Rogério Leão (PR) é condenado por desvio de dinheiro público

9922ac3ea49613798f6291bef885a4b0-300x147O deputado estadual e ex-prefeito de São José do Belmonte, Rogério Araújo Leão (PR), foi condenado a cinco anos e sete meses de prisão pelo desvio de verbas públicas na área de saúde.

Também foram condenados a mesma pena os ex-gestores da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Centro de Geração de Emprego (Cegepo), Erivaldo Saraiva Feitosa e Amaury da Silva Pinto. Os três podem recorrer da decisão em liberdade.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), no ano de 2005, o ex-prefeito firmou uma parceria para que a Cegepo contratasse mão de obra para os programas federais Saúde da Família, Agentes Comunitários de Saúde, Saúde para Todos e Agente de Controle de Endemias. As contratações foram feitas de maneira ilegal e a Prefeitura de São José do Belmonte recebeu o repasse de R$ 1,5 milhão.

O MPF apurou que a parceria firmada com Cegepo tinha como objetivo tirar da Prefeitura obrigações legais, como realização de concurso público, manter os gastos com funcionários dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e arcar com direitos trabalhistas.

A sentença emitida pela Justiça afirma que “a finalidade das Oscips não é ‘terceirizar’ funções típicas da Administração Pública, mas sim estimular uma cidadania ativa, com a participação de entidades da sociedade civil em matéria reservada ao Poder Público.” (Do JC Online)

Governador empossa novos conselheiros da Arpe

Paulo Câmara e membros da Arpe

Os novos membros do Conselho Consultivo Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), foram empossados na manhã desta quinta-feira (17) pelo  o governador  de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Além de opinar sobre as atividades do órgão, os conselheiros devem examinar críticas e denúncias.

Na cerimônia realizada no auditório da agência, no Recife, o chefe do Executivo estadual também homologou o último concurso público realizado em 2014, viabilizando convocação dos aprovados por um período de dois anos, podendo ser renovado por mais dois.

Câmara afirmou que o ato consolida a atuação da agência que exerce um papel fundamental para a sociedade pernambucana. “A posse do conselho junto com a homologação deste concurso, são motivos para a gente dizer que estamos avançando e vamos avançar ainda mais. Nós vamos fazer o que a população espera: oferecer serviços públicos de qualidade, que cheguem a todos e que sejam bem fiscalizados”, assegurou o governador.

Os novos membros foram indicados por Governo do Estado, Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Prefeitura do Recife, Concessionários e Permissionários de Serviço Público Delegado, Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). Os sete conselheiros da Arpe vão cumprir um mandato de três anos, sem direito a recondução. Também será responsabilidade do conselho indicar os três representantes da sociedade para a escolha do Ouvidor, cuja nomeação será feita pelo governador.

Os Membros dos Conselho Consultivo são:
– Marcelo Canuto (Governo do Estado)
– Maria Cristina Tavares de Lira (Governo do Estado)
– José Adalto dos Santos (Alepe)
– Luciano Benjamim Gesteira (Prefeitura do Recife)
– José Coimbra Patriota (Amupe)
– Christiano Walter Freitas (Concessionários e Permissionários de Serviço Público Delegado)
– Flávio Cavalcanti Veloso da Costa (Fiepe)

Senador Fernando Bezerra esclarece detalhes sobre Operação Catilinárias da PF

Fernando Bezerra

A sociedade brasileira assistiu pelos meios de comunicação nesta semana, o início da Operação Catilinárias da Polícia Federal (PF), que aconteceu em diversas cidades. Em Petrolina (PE) o prédio da Fundação 2020 pertencente ao Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) recebeu a visita dos agentes da PF.

Para esclarecer o fato, a assessoria de imprensa do senador enviou a seguinte nota:

1)    Sobre a Operação Catilinárias, o senador ratifica e reitera sua confiança no trabalho das autoridades que conduzem este processo investigatório, acreditando no pleno esclarecimento dos fatos, e continua, como sempre esteve, à disposição para colaborar com os ritos processuais e fornecer todas as informações que lhe forem demandadas.

 2)    Em relação à Operação Vidas Secas, Fernando Bezerra esclarece que, ao assumir o Ministério da Integração Nacional (MI), em 1º de janeiro de 2011, as obras em questionamento já estavam em plena execução.

No primeiro ano de gestão do MI, foi realizado um minucioso trabalho de replanejamento na execução das obras, passando pela renegociação e o encerramento dos contratos antigos, levantamento dos serviços a executar, agilização dos projetos executivos e abertura de novas licitações para as obras e serviços remanescentes. Também foi instituída uma equipe de fiscalização coordenada por servidores concursados e não mais por funcionários terceirizados.

Em particular, seja por metodologia de gestão seja pelo fato de as obras serem alvo de polêmicas, o então ministro Fernando Bezerra determinou uma detalhada análise em todos os contratos do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), a fim de detectar eventuais incorreções e falhas no empreendimento. Para tanto, solicitou, inclusive, o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU).

Quando irregularidades foram identificadas pela gestão de Fernando Bezerra Coelho, o Ministério da Integração Nacional adotou todas as medidas legais para a apuração de responsabilidades. Prova disso é que, durante o período em que Fernando Bezerra esteve à frente do ministério, foram instaurados processos investigativos para a aplicação de penalidades relativas a diferentes lotes.

No caso específico do Consórcio OAS/Galvão/Barbosa Mello/Coesa, o TCU realizou auditoria em campo (que resultou no Acórdão 2.628/2011) e, em setembro de 2011, encontrou indícios de irregularidades na execução dos Contratos 29/2008-MI e 30/2008-MI, firmados em 2008.

Ao final daquele mesmo ano (2011), o próprio Ministério da Integração Nacional concluiu seu levantamento interno. Por consequência, o então ministro Fernando Bezerra determinou a instauração de processo investigativo – por meio da Portaria 68/2012/SIH/MI – a fim de que, após ser oportunizado direito de defesa, o consórcio pudesse ser advertido, multado e cobrado por valores recebidos indevidamente. Cálculos estimados pelo Ministério da Integração apontaram, àquela época, que os valores a serem ressarcidos pelo consórcio deveriam se aproximar de R$ 15,2 milhões.

Vale salientar que, até a chegada de Fernando Bezerra Coelho ao Ministério da Integração Nacional, os serviços constantes dos contratos firmados com o Consórcio OAS/Galvão/BarbosaMello/Coesa já haviam sido remunerados em percentuais bastante significativos, da seguinte forma:

O  Contrato 29/2008 (Lote 11): só 10,46% dos custos desta obra foram pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 89,54% do valor da obra – o que equivale a R$ 291,7 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando Bezerra ao MI.

O Contrato 30/2008 (Lote 12): só 12,82% dos custos desta obra foram pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 87,18% do valor da obra – o que equivale a R$ 130,9 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando Bezerra ao MI.

A gestão de Fernando Bezerra à frente do Ministério da Integração Nacional terminou em 1º de outubro de 2013. (ASCOM)

Submissão de propostas do PITEC estão abertas até março

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A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) convida as empresas para apresentarem propostas para obtenção de apoio financeiro complementar nas atividades de pesquisa ou formação de recursos humanos na 3ª RODADA do edital de Programa de Apoio a Parcerias para a Inovação Tecnológica e a Formação Qualificada (PITEC). O limite para a submissão eletrônica das propostas é 31 de março de 2016. Os resultados estão previstos para início de maio.

Podem apresentar propostas, empresas de qualquer porte, situadas ou não em Pernambuco, ou concentração de empresas em suas variadas formas (econômica e de integração), desde que possuam personalidade jurídica (CNPJ) formalmente registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – em parceria com instituições de ensino superior (IES) públicas ou privadas sem fins econômicos (somente as situadas em Pernambuco) ou instituições científicas e tecnológicas (ICTs) públicas ou privadas sem fins econômicos (também situadas em Pernambuco).

Os recursos financeiros em montante compreendido serão de no mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais) e o máximo de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), desembolsáveis em até 24 meses e destinados a despesas de capital, custeio e bolsas.

Os interessados devem encaminhar suas propostas à FACEPE pelo Coordenador Geral da Proposta, via Internet, até 31 de março de 2015, por intermédio do Formulário de Solicitação a Inovação – SIN (modalidade PITEC), disponível no Sistema AgilFAP (http://agil.facepe.br) da FACEPE. Também será necessária entrega de documentação impressa na sede da FACEPE, situada à Rua Benfica, 150, Bairro da Madalena, Recife – PE.

O PITEC estimula empresas que tenham visão inovadora para a realização – nas universidades e institutos de pesquisa sediados em Pernambuco – de projetos de pesquisas científicas e tecnológicas, de desenvolvimento e inovação, em temáticas de seu interesse. Da mesma forma,  incrementa a cooperação entre pesquisadores das instituições e aqueles de empresas inovadoras, situadas ou não no Estado.
Clique aqui e confira o edital