O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando a morte do operador de máquinas Álisson Campos da Silva, de 20 anos, assassinado por um policial militar, neste domingo. Álisson foi atingido por um tiro nas costas depois de ser confundido com um assaltante.
A vítima seguia na garupa de uma moto com o primo Bruno Campos da Silva, 22, quando pararam em um semáforo no cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães com a Rua Henrique Dias, por volta das 21h30. Segundo o primo, Álisson fez um movimento com a mão para pegar o celular, que estava no bolso, quando o soldado Dídimo Batista da Silva, do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que estava parado no carro ao lado, sacou uma pistola calibre 38. Meu primo estava com um boné no bolso, ficou volumoso e ele pensou que era uma arma”, contou Bruno, que hegou a tentar sair com a moto, mas não conseguiu evitar que o primo fosse atingido nas costas. “É um despreparo. Ele tem que ser punido”, cobra.
O autor do disparo prestou socorro a Alisson, que já chegou morto ao Hospital da Restauração (HR). No local, o pai da vítima chegou a passar mal. “Fui pai e mãe desse menino. Ele gostava de desenhar, era tricolor, um menino trabalhador, trabalhava comigo. Tanto bandido solto, matando, roubando e vem um policial militar e tira a vida do meu filho”, lamentou José Márcio.
Segundo a versão divulgada pela Polícia Militar, a dupla teria encostado no carro do soldado e feito “menção de tirar um objeto da linha da cintura anunciando um assalto”. Ainda de acordo com a PM, o condutor teria tentado fugir quando o disparo foi efetuado contra o garupa.
Dídimo Batista da Silva se apresentou ao DHPP, prestou depoimento e em seguida foi liberado “ por não haver elementos para uma autuação em flagrante”. O soldado não será afastado das suas atividades. O Batalhão de Choque também abriu uma sindicância para apurar o episódio. (Fonte: DP)