Após altas temperaturas, consumo de energia bate recorde no Brasil

A demanda por carga elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) bateu novo recorde de consumo nessa sexta-feira (21), com a carga do SIN alcançando marca histórica de 104.732 megawatts, quarto recorde observado em 2025, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O recorde atual superou o valor registrado em 12 de fevereiro, quando foram consumidos 103.754 megawatts. Antes disso, os números mais elevados foram atingidos em 11 de fevereiro (103.335 MW) e em 22 de janeiro (102.810 MW).

Em comunicado, o operador destacou que “a demanda de carga vem sendo diretamente impactada pelas condições climáticas e altas temperaturas registradas em diferentes regiões do país”. A ONS informou que estudos já tinham mapeado tal comportamento de alta no consumo de energia elétrica no Brasil, o qual está sendo “robusto e operando com segurança”.

A Tarde

Inmet emite alertas de chuvas intensas e calor de 40 °C

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para vários estados, com possibilidades de chuvas intensas e calor extremo. Em algumas localidades, os avisos estão valendo há alguns dias e ficam em vigor até o início da próxima semana.

As temperaturas devem ficar 5ºC acima da média, por até 05 dias, com nível de Perigo e riscos à saúde, nas regiões do Sudeste, Sul e do Norte como: Grande Florianópolis, Região Metropolitana de Porto Alegre, Sul Catarinense, Sudeste Rio-grandense, Vale do Itajaí, Nordeste Rio-grandense, Norte Catarinense.Esse alerta é válido até o próximo dia 10, de acordo com o Inmet. O calor também deve bater recordes até o dia 10, porém, com Grande Perigo à saúde, nas seguintes regiões:

Sudoeste Rio-grandense, Oeste Catarinense, Centro Ocidental Rio-grandense, Noroeste Rio-grandense, Metropolitana de Porto Alegre, Sudeste Rio-grandense, Nordeste Rio-grandense, Centro Oriental Rio-grandense

Chuvas acumuladas

O alerta mais recente foi publicado neste sábado, 8, e é válido até às 8h de domingo. Segundo o Inmet, há risco de acumulado de chuva entre 50mm e 100mm por dia, e ventos entre 60km/h e 100km/h, com risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas nas seguintes regiões:

Nordeste Paraense, Sudeste Paraense, Ocidental do Tocantins, Oeste Maranhense, Vale do Acre, Marajó, Leste Maranhense, Norte Maranhense, Baixo Amazonas, Norte Mato-grossense, Leste Rondoniense, Sudoeste Paraense, Centro Amazonense, Norte do Amapá, Metropolitana de Belém, Sul Amazonense, Centro Maranhense, Noroeste Cearense, Sudoeste Amazonense, Norte Piauiense, Madeira-Guaporé, Sul Maranhense, Nordeste Mato-grossense, Sul do Amapá, Vale do Juruá, Norte Amazonense

Também neste sábado, o Inmet comunicou perigo de chuva de até 50 mm por dia e ventos intensos (40-60 km/h), com baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. Neste caso, as regiões afetadas devem ser:

Nordeste Paraense, Sudeste Paraense, Ocidental do Tocantins, Oeste Maranhense, Norte Cearense, Noroeste Cearense, Centro-Sul Mato-grossense, Vale do Acre, Leste Maranhense, Marajó, Norte Maranhense, Baixo Amazonas, Oriental do Tocantins, Norte Mato-grossense, Leste Rondoniense, Sudoeste Paraense, Nordeste Mato-grossense, Sul Maranhense, Centro-Norte Piauiense, Centro Amazonense, Norte do Amapá, Sudoeste Amazonense, Metropolitana de Belém, Sul Amazonense, Pantanais Sul Mato-grossense, Metropolitana de Fortaleza, Centro Maranhense, Sudoeste Mato-grossense, Sertões Cearenses, Sudoeste Piauiense, Norte Amazonense, Norte Piauiense, Sudoeste de Mato Grosso do Sul, Madeira-Guaporé, Sul de Roraima, Vale do Juruá, Sul do Amapá, Extremo Oeste Baiano, Jaguaribe, Noroeste Goiano

Outras regiões que podem ser afetadas, de acordo com alerta de chuva de até 50 mm ao dia, ventos intensos (40-60 km/h) e queda de granizo, são:Centro Goiano, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Central Mineira, Norte Pioneiro Paranaense, Sul Goiano, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Leste de Mato Grosso do Sul, Leste Goiano, Campinas, Oeste de Minas, Bauru, Piracicaba, Metropolitana de Curitiba, Sul/Sudoeste de Minas, Zona da Mata, Campo das Vertentes, Oriental do Tocantins, Centro Ocidental Paranaense, Ribeirão Preto, Araçatuba, Norte Goiano, Noroeste Paranaense, Macro Metropolitana Paulista, Marília, Metropolitana de Belo Horizonte, Ocidental do Tocantins, Norte Central Paranaense, Sudoeste de Mato Grosso do Sul, Araraquara, Oeste Paranaense, Itapetininga, Extremo Oeste Baiano, Vale do Rio Doce, Sudeste Paranaense, Vale do Paraíba Paulista, Centro Oriental Paranaense, Centro Fluminense, Noroeste Goiano, Noroeste de Minas, Metropolitana de São Paulo, Assis, Sul Fluminense, Jequitinhonha, Sudoeste Paranaense, Centro-Sul Paranaense, Norte de Minas, Distrito Federal, Metropolitana do Rio de Janeiro, Norte Catarinense, Centro Norte de Mato Grosso do Sul, Vale São-Franciscano da Bahia, Nordeste Mato-grossense, Sudoeste Piauiense, Litoral Sul Paulista, Centro Sul Baianoa

A Tarde

Apenas dez países entregaram metas climáticas; prazo termina segunda

A nove meses da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, o prazo estabelecido no Acordo de Paris para entrega da terceira geração de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) terminará na segunda-feira (10). Dos 197 países que fazem parte do tratado, apenas dez atualizaram suas ambições para redução de gases do efeito estufa.

Este ano, o Acordo de Paris, o maior tratado global firmado por líderes para evitar a piora dos impactos climáticos e limitar o aquecimento global em 1,5 grau Celsius (ºC), completa dez anos, mas as nações têm falhado nessa ambição. Até 2035, para estabilizar os termômetros nesse nível, acima da temperatura pré-industrial, será necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 57%, aponta o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Em janeiro, ao apresentar as prioridades das Nações Unidas para o ano de 2025, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que os países devem centrar esforços para criar planos capazes de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 60% até 2035, com claras metas de diminuição da produção e consumo de combustíveis fósseis. Ele destacou ainda o trabalho para impulsionar as ações, “em estreita colaboração com o anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP30, o presidente Lula do Brasil.”

Compromissos
O Brasil responde atualmente por 2,45% das emissões globais, de acordo com o relatório de 2024 do Banco de Dados de Emissões para Pesquisa Atmosférica Global (Edgar, na sigla em inglês) e foi o segundo país a atualizar a NDC, depois apenas dos Emirados Árabes Unidos.

Na nova ambição, estabeleceu uma faixa de redução das emissões entre 59% a 67%, para 2035, na comparação com 2005. O corte levará o país a uma emissão líquida anual de 850 milhões de toneladas a 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e), unidade utilizada para medir as emissões de gases do efeito estufa em relação ao seu potencial de aquecimento do planeta.

No caso dos Emirados Árabes Unidos, que representam atualmente 0,51% (Edgar) das emissões globais, a redução foi menos ambiciosa, com uma meta de corte em 47% para 2035, em comparação com 2019, o que levaria o país a um volume anual de o 103,5 milhões de toneladas de CO2e.

O terceiro país a entregar a NDC foi os Estados Unidos, ainda em 2024, antes mesmo de anunciar a saída do Acordo de Paris. A contribuição apresentada foi coerente com o segundo maior emissor de gases do efeito estufa do planeta, que hoje representa 11,25% (Edgar) das emissões globais. A ambição é pela redução na faixa de 61% a 66% para 2035, em comparação com as medições de 2005.

O Uruguai, que representa apenas 0,08% das emissões globais, encerrou as entregas de NDCs no ano de 2024, com o compromisso de limitar as emissões de gases do efeito estufa a partir de medição dos níveis absolutos de dióxido carbônico (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que representam 99,3% das emissões no país.

Para 2035, o país estabeleceu os limites de emissões de CO2 em até 9,6 milhões de toneladas, de CH4 em 818 mil toneladas e de N2O em até 32 mil toneladas; além de limitar em 30% o consumo de hidrofluorcarbonetos – gases sintéticos presentes em aerossóis e usados em sistemas de refrigeração, na comparação com níveis de 2022.

O país também apontou o avanço adicional que é possível ser alcançado com a disponibilidade de condições que vão além do que o Uruguai dispõe, como financiamento internacional. Nesse caso, as metas condicionadas acresceriam aos limites reduções de CO2 em mais 960 mil toneladas, de CH4 em mais 61 mil toneladas e de N2O em mais 2 mil toneladas; a limitação do consumo de hidrofluorcarbonetos chegaria a 35%.

2025
Nos dois primeiros meses deste ano, mais seis países apresentaram suas metas: Suíça, Reino Unido, Nova Zelândia, Andorra, Equador e Santa Lúcia , que respondem juntos por apenas 1,1% das emissões globais. Enquanto a Suíça, com 0,08% das emissões globais, apontou para uma redução de 65%, o Reino Unido – que responde por 0,72% – foi além e assumiu o compromisso de mitigar 81% das emissões, até 2035. Ambos usam como parâmetro comparativo as emissões em 1990.

A Nova Zelândia, responsável por 0,16% dos gases na atmosfera, apontou para uma faixa entre 51% e 55% de redução das emissões, para 2035, na comparação com 2005. Diferente dos demais países que já chegaram à terceira geração de NDC, essa foi a segunda atualização de ambição tanto para o país da Oceania, quanto para a Suíça, que haviam apresentado suas primeiras versões respectivamente em 2021 e 2017.

Andorra entregou a terceira geração da NDC também dentro do prazo e, apesar de ser um local com baixíssimas emissões que nem chegam a representar um percentual (370 mil toneladas de CO2e em 2005), pretende reduzir suas emissões a 137 mil toneladas de CO2e, em 2035, o que representa um compromisso de mitigar 63%.Assim como em Andorra, os gases de efeito estufa gerados em Santa Lúcia não chegam a representar um percentual nas emissões globais, mas o país insular também atualizou a NDC em sua terceira versão ampliando a ambição de 14,7% para 22% para os setores energético e de transporte, até 2035, tendo como base as medições de 2010.O país também estabeleceu uma meta condicionada que poderia elevar esse percentual a 32%, caso haja disponibilidade de recursos para geração de energia geotérmica.

O país qualificou ainda sua NDC com a ampliação de sua capacidade de captação dos gases do efeito estufa, que deverá atingir 251 mil toneladas de CO2e por ano, até 2035, permitindo a retirada de mais 10% dos gases já emitidos para a atmosfera.

O Equador usou o ano de 2010 como referência para apontar uma redução de 7% para as emissões em 2035, o que equivale a 8,8 milhões de toneladas de CO2e. O país, que atualmente representa 0,14% das emissões globais, adicionou ainda uma meta condicionada de alcançar até 8%, o que equivaleria a 10,6 milhões de toneladas de CO2e.

Os dez países, que juntos representam 15,3% das emissões globais, reafirmaram o compromisso net zero para 2050, o que significaria alcançar a neutralidade entre as emissões e a remoção de gases da atmosfera, por meio de medidas de compensação como restauração de vegetação nativa e o próprio mercado de carbono.

Agência Brasil

 

Inmet emite alerta de ventos fortes e chuvas para Bahia

Um aviso meteorológico foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de chuvas intensas em parte da Bahia e outros 15 estados, além do Distrito Federal. De acordo com o Inmet, há previsão de chuvas com volumes variando entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia, além de ventos fortes com velocidades de até 60 km/h.

As áreas que estão em alerta são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Maranhão, além de regiões como o Extremo Oeste, Sul Baiano, Vale do São Francisco e Centro Sul Baiano. Apesar do risco moderado, há possibilidade de queda de árvores, alagamentos, descargas elétricas e interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Durantes as rajadas de vento o Inmet recomenda que as pessoas não se abriguem debaixo de árvores ou estacionar veículos perto de torres de transmissão e placas de propaganda. Em casos de emergência, a população pode acionar a Defesa Civil (199) e o Corpo de Bombeiros (193).

A Tarde

La Niña deve ter intensidade fraca este ano

O fenômeno La Niña, se as tendências dos modelos de previsão estiverem corretas, provavelmente será fraco e talvez não se sinta os efeitos costumeiros, segundo a climatologista Francis Lacerda, do Instituto Agronômico de Pernambuco. O La Niña é marcado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico.

De acordo com Francis, o La Niña provoca chuva no Nordeste do Brasil, e gera seca na Região Sul, em boa parte do Centro-Oeste e no Sudeste.A climatologista explica que o fenômeno iniciou há dois meses o processo de resfriamento, porém em velocidade mais lenta que o habitual.

“O que a gente tem observado e os modelos de previsão do mundo inteiro indicam é que o La Niña este ano está atrasado, já era para estar um pouco mais avançado no tempo e a previsão é que seja uma La Niña fraca”, disse. De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a probabilidade do La Niña nos meses de outubro-novembro-dezembro aumenta para 60%.

Para o mês de outubro, a previsão do Inmet é quantidade de chuvas acima da média em grande parte da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e deve haver volta gradual das chuvas para a parte central do país na segunda quinzena.

Mudanças climáticas

A climatologista destacou a questão das mudanças climáticas, que foi abordada na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na última semana, principalmente no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu o multilateralismo como caminho para superação da urgência climática.

Para Francis Lacerda, as ações para minimizar os impactos do descontrole climático, como a redução das emissões, ainda enfrentam resistência de setores econômicos para serem colocadas em prática, como o agronegócio, ainda “pautado em cima da produção em larga escala e da produção de bovinos e carne que é exportada”. “A energia e a água são convertidas nessas commodities e a gente aqui padecendo de ações para que esse setor de commodities e do agronegócio cresça em detrimento do nosso bioma e do descontrole total do clima”, ressalta.

Outro ponto citado pela climatologista é a possibilidade de a Amazônia chegar ao ponto de não retorno (estágio em que determinado processo se torna irreversível, por exemplo, o desmatamento) o que trará, conforme Francis Lacerda, graves consequências ao país. Ela defende que é preciso parar de considerar o bioma “um pasto gigante” para criação de gado e plantação de soja.

Quanto aos incêndios florestais, ocorridos em diversas regiões do país, a climatologista disse que a maioria deve ter intenção criminosa com intuito de queimar áreas de proteção ambiental. Um monitoramento, a partir de imagens de satélite e alertas de fogo, mostra que 99% das queimadas no Brasil têm ação humana, principalmente na Amazônia, Cerrado e Pantanal.

A Tarde

Inmet alerta para baixa umidade no Centro-Oeste, Norte e Nordeste e para geada no Sul

O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta laranja, de perigo, em relação a baixa umidade nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

O instituto alertou, em boletim informativo, que a umidade relativa do ar pode variar de 12% a 20% em áreas desses Estados, com risco de incêndios florestais e à saúde. O Inmet também emitiu um outro alerta de perigo de geada nesta terça-feira na região Sul do País.

A baixa umidade do ar deve afetar, segundo o Inmet, o centro-sul baiano, a área ocidental e oriental do Tocantins, norte mato-grossense, sudoeste paraense, nordeste mato-grossense, norte goiano, sul maranhense, sudoeste piauiense, leste goiano, centro-norte piauiense, centro-norte baiano, extremo oeste baiano, leste maranhense, Vale São-Franciscano da Bahia, sudeste piauiense, norte de minas, sudeste paraense, noroeste de minas e noroeste goiano.

Já o alerta de perigo de geada vale para o norte pioneiro paranaense, Região Serrana, oeste catarinense, Vale do Itajaí, noroeste rio-grandense, Região Metropolitana de Curitiba, Grande Florianópolis, nordeste rio-grandense, sudeste paranaense, centro oriental paranaense, norte central paranaense, sudoeste paranaense, norte catarinense, centro-sul paranaense, Região Metropolitana de Porto Alegre, centro oriental rio-grandense e sul catarinense. De acordo com o Inmet, há risco de perdas em lavouras com o fenômeno climático.

A temperatura mínima nestas regiões deve variar entre 3ºC e 0ºC. Em parte destas regiões, há plantações de trigo e milho de segunda safra em desenvolvimento no campo, que podem ser potencialmente afetadas pela geada.

O Inmet também informou perigo potencial de geada, alerta amarelo, e temperatura mínima de até 3ºC em Campinas (SP), sul e sudoeste de Minas Gerais, Região Macro Metropolitana Paulista, Vale do Paraíba Paulista e sul Fluminense.

Nestas áreas, há “risco leve” de perdas em plantações, de acordo com o instituto. Outro alerta amarelo quanto à geada inclui áreas do Centro-Oeste e abrange o sudoeste rio-grandense, centro ocidental rio-grandense, noroeste paranaense, sudoeste de Mato Grosso do Sul, oeste paranaense, nordeste rio-grandense, norte central paranaense, sudeste paranaense, centro oriental paranaense, Itapetininga, norte catarinense, Assis (SP), e leste de Mato Grosso do Sul.

Estsdão Conteúdo

Inmet alerta para onda de calor que chega ao país nos próximos dias

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou nesta sexta-feira (16) alerta sobre uma onda de calor que vai durar até a próxima segunda-feira (19) em várias regiões do país. A temperatura poderá subir até 5º C no período de 2 a 3 dias, podendo provocar leve risco à saúde da população.

O Inmet enumerou as regiões que podem ser mais atingidas pela onda de calor nos pçróximos dias: Norte Pioneiro Paranaense, Serrana, Oeste Catarinense, Centro-Sul Mato-grossense, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Metropolitana de Curitiba, Vale do Itajaí, Leste de Mato Grosso do Sul, Campinas, Noroeste Rio-grandense, Bauru, Piracicaba, Grande Florianópolis.

As cidades do Sul/Sudoeste de Minas, Itapetininga, Centro Norte de Mato Grosso do Sul, Zona da Mata, Leste Rondoniense, Centro Ocidental Paranaense, Ribeirão Preto, Araçatuba, Sudeste Mato-grossense, Noroeste Paranaense, Macro Metropolitana Paulista, Marília, Norte Central Paranaense, Sudoeste de Mato Grosso do Sul, Araraquara, Sudoeste Paranaense, Oeste Paranaense, Pantanais Sul Mato-grossense tá mbém fazer parte da lista.

Também pode ser atingido pela onda de calor, o Nordeste Rio-grandense, Sul Fluminense, Campo das Vertentes, Sudeste Paranaense, Vale do Paraíba Paulista, Sul Goiano, Centro Oriental Paranaense, Sudoeste Mato-grossense, Sul Catarinense, Metropolitana de São Paulo, Assis, Litoral Sul Paulista, Norte Catarinense, Centro-Sul Paranaense, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Norte Mato-grossense, Centro Ocidental Rio-grandense, Centro Fluminense, Sudoeste Rio-grandense, Metropolitana do Rio de Janeiro, Centro Oriental Rio-grandense.

Alerta
De acordo com o Sistema Alerta Rio, na noite desta sexta-feira (16), a previsão é de predomínio de céu claro, sem chuva, na cidade do Rio de Janeiro. Os ventos estarão fracos. Um sistema de alta pressão deixou o tempo firme nesta sexta-feira (16). O dia foi de céu claro e não houve registro de chuva. Os ventos ficaram fracos e as temperaturas apresentaram elevação, com mínima registrada de 14°C às 4h da madrugada e máxima registrada de 35,3°C às 15h30.

O sistema  prevê, entre sábado (17) e terça-feira (20), tempo estável no município. A previsão é de céu claro e sem chuva ao longo do período. Os ventos variam de fracos a moderados. O alerta vai para sábado (17) à tarde, segunda-feira (19) e terça-feira (20), quando a umidade relativa do ar pode cair de 21% e 30% em alguns pontos da cidade. A população deve ficar atenta e se hidratar bem durante o período.

Dicas
Algumas dicas, passadas por médicos, quando a umidade relativa do ar está baixa são: lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz. Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo.

Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e doentes. Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento. Evite a prática de exercícios físicos entre 10h e 16 h e coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol.

Agência Brasil

1º Congresso Internacional sobre Mudanças Climáticas e suas Consequências em Territórios Semiáridos começa nesta terça-feira (20) na Univasf

Começa nesta terça-feira (20) o 1º Congresso Internacional Sobre Mudanças Climáticas e Suas Consequências em Territórios Semiáridos (CIMCCTS), promovido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O evento visa contribuir para a reflexão das populações sobre a convivência com a região semiárida do Brasil e integra a programação dos 20 anos da Univasf. Organizado pelos Programas de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial e em Extensão Rural, o 1º CIMCCTS ocorrerá até sexta-feira (24) no Complexo Multieventos, localizado no Campus Juazeiro.

O evento será aberto pela Mesa Política de Abertura e Atrações Culturais, a partir das 17h, seguida pela conferência de abertura, que começará às 19h e será ministrada por Jorge Alberto Meza Robayo, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, e por Pedro Wilson Leitão Filho, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). A programação inclui também mesas-redondas e debates, palestras, conferências, oficinas e apresentações de trabalhos acadêmicos. O evento contará com outras oito conferências, com palestrantes da Índia, Turquia e México, que abordarão os impactos das mudanças climáticas em diversos âmbitos.

Entre as mesas-redondas que serão realizadas estão: “Créditos de Carbono e Pagamento por Serviços Ambientais”, que ocorrerá na quinta-feira (22), com os palestrantes Francisco Barreto Campello, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e Carlos Roberto Sanquetta, docente da Universidade Federal do Paraná; e “International Collaboration Networks in the Fight Against Climate Change and Its Impacts” (Redes de Colaboração Internacional na Luta Contra as Alterações Climáticas e Seus Impactos), que acontecerá na sexta-feira (23), com a participação dos palestrantes internacionais Bhumi Nath Tripathi, da Índia; Donovan Casas Patiño, do México; e Hasan Hüseyin Atar, da Turquia.

O CIMCCTS também oferecerá capacitações, como: Cadastro Rural, Uso do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (s2id) e de Aplicações Práticas do Geoprocessamento na Identificação e Mitigação de Riscos e Vulnerabilidades Climáticas. Mais informações sobre o evento e a programação detalhada estão disponíveis no site do congresso.

O Congresso é realizado em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado da Bahia e tem como proposta, através da educação ambiental e da conscientização acerca da realidade trazida pelas mudanças climáticas, construir um espaço para troca de conhecimentos e tecnologias na direção do desenvolvimento sustentável. Além disso, o evento pretende promover práticas de agricultura com emissão de baixo carbono, restauração de florestas, redistribuição de terras, respeito aos modos de vida dos povos indígenas e comunidades tradicionais e adoção da agroecologia como modelo de produção.

Ascom

FAB intensifica ataque ao incêndio no Pantanal

A Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou, ontem, a estratégia de combate aos incêndios no Pantanal. Três voos decolaram, ao longo do dia, com 12 mil litros de água cada e somam-se aos de sexta-feira, quando os militares do Esquadrão Zeus, sediados na Base Aérea de Anápolis (GO), levaram a Corumbá (MS) outros 12 mil litros. Somente este ano, mais de 680 mil hectares do bioma — que abrange o Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso — foram consumidos pelas chamas. Também em 2024, quase 3,5 mil focos de incêndio foram registrados no Pantanal, número 2.000% maior do que o de 2023 — quando 157 focos foram apontados.

O transporte vem sendo feito por uma aeronave KC-390 Millennium, o principal cargueiro da FAB. À água, é adicionado um produto químico que ajuda a pôr fim às chamas e a impedir que voltem. O composto é despejado nas áreas queimadas identificadas pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul.

Para tornar essa operação mais eficiente, a aeronave que vem sendo usada é equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). A ferramenta fornece à tripulação a leitura do solo para que o composto usado contra as chamas seja despejado com maior precisão.

Na última sexta-feira, as ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) sobrevoaram a área de Corumbá mais afetada pelo fogo. Ao lado do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, as ministras visitaram, ainda, o município de Ladário.

Recursos

Tebet aproveitou para negar que tenha havido omissão do governo federal no combate ao fogo no Pantanal. E frisou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que não faltarão recursos para o apoio às ações. “O que aconteceu no Pantanal não foi por omissão ou falta de planejamento do governo federal ou estadual, também não foi por falta de recursos”, salientou.

A ministra disse, ainda, que está definido que haverá uma linha de crédito para o combate ao fogo na região. “Não foi falta de recurso, muito pelo contrário. Sabíamos que íamos ter uma antecipação das queimadas — não tão grande assim, mas sabíamos”, salientou Tebet.

O Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul passam por uma das piores secas em 70 anos, o que piora a situação. Estão atuando contra as chamas no Pantanal 145 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), 40 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e 53 militares da Marinha estão envolvidos no combate à crise. O governo federal já liberou R$ 100 milhões para a contratação de reforços para o Ibama.

Diário de Pernambuco

Massa de ar frio provoca queda de temperatura e geada no Sul do país

A região Sul do país está recebendo nova massa de ar polar com a queda nas temperaturas e geada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Neste sábado (29), a temperatura mínima da madrugada, foi registrada em São José dos Ausentes (RS), com -0,7º Celsius (ºC) e em Tramandaí (RS), os termômetros registraram na madrugada 8,5ºC.

De acordo com o Inmet, a passagem de uma frente fria entre ontem (28) e hoje (29) na região Sul trará temperaturas mais baixas e registro de geada forte. A frente fria chega acompanhada de uma forte e ampla massa de ar de origem polar, aliada ao ar frio e seco. Os estados mais afetados são o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do sul do Paraná.

O Inmet distribuiu um aviso de alerta de geada para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Há também risco de perda de plantações devido à temperatura mínima atingir entre 3ºC e 0ºC. Em Porto Alegre (RS), a temperatura da madrugada de hoje ficou em 8ºC e a máxima durante o dia não deve passar dos 13ºC. A umidade relativa do ar máxima deve ficar em 85% e a mínima, em 60%. Os ventos sopram na direção Noroeste, de fraco a moderado.

Já para este domingo (30), a Meteorologia prevê a temperatura mínima da madrugada em 2ºC e a máxima, podendo atingir os 13ºC. A umidade relativa do ar pode chegar aos 100%. Há possibilidade de geada na parte da manhã. Nos dois dias, não há previsão de chuva, com o sol aparecendo entre nuvens.

Agência Brasil

Petrolina participa de conferência sobre situação climática e projetos sustentáveis em Teresina

O Nordeste possui uma biodiversidade de ecossistemas, que vão desde da caatinga, que registra altas temperaturas e vegetação seca, até Floresta Amazônica, com uma rica variedade de fauna e flora e vegetação tropical. Mesmo tendo características distintas e próximas, cada uma delas recebe os efeitos das mudanças climáticas de forma distinta. Esse contexto acaba criando um cenário de muitos desafios para os governos de cada região. Diante disso, a Prefeitura de Petrolina, através da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), participou do 3º encontro Nordestino do Governos Locais Pela Sustentabilidade (ICLEI) Brasil em Teresina, no Piauí.

O evento foi realizado entre os dias 27 e 29 de maio e teve como tema ‘Biodiversidade e Clima em Foco no Nordeste – Trilhando Caminhos Sustentáveis’. A ação contou com muitos debates e reuniu representantes de todos os estados do Nordeste para discutir medidas de adaptação para as consequências ocasionadas pelas mudanças climáticas e a implementação de ações efetivas pelo desenvolvimento urbano sustentável.

Os municípios também tiveram a oportunidade de compartilhar experiências bem sucedidas nas regiões, além de incentivar parcerias na construção de práticas adequadas a que podem ser implementadas nas regiões com o intuito de promover um desenvolvimento sustentável no município.

Sobre o ICLEI
Governos Locais pela Sustentabilidade é uma rede global de mais de 2.500 governos locais e regionais comprometida com o desenvolvimento urbano sustentável. Sua equipe de especialistas trabalha junto aos associados com o intuito de oferecer acesso a conhecimento, capacitações e parcerias com o objetivo de gerar sustentabilidade urbana, através do desenvolvimento de baixo carbono baseado na natureza. Atualmente a rede está ativa em 125 países.

Jhulyenne Souza/ Ascom Agência Municipal do Meio Ambiente

Com previsão de chuva no início do Carnaval de Petrolina, Defesa Civil intensifica monitoramento

Os foliões que vão curtir o carnaval de Petrolina neste sábado (9), quando a festa começa, e no domingo (11), vão enfrentar chuva. É o que indica os dados obtidos pela Defesa Civil do município, através do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

De acordo com o órgão, a chuva deve ocorrer com mais intensidade no sábado. No domingo, a previsão é de que ocorram precipitações com intensidade moderada a forte. A Defesa Civil informou que vai monitorar preventivamente toda a cidade.

Vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Pública (SEMUSP), a Defesa Civil informou que, mesmo no período carnavalesco, “as equipes estão em alerta, já que, normalmente, essas chuvas são rápidas, passageiras e muito intensas”. A população pode entrar em contato com a Defesa Civil através do serviço emergencial 153, que funciona 24h, caso sejam identificados possíveis riscos.

Serviço de Alerta

Para quem ainda não possui o serviço de alerta, o acesso pode ser realizado através do serviço SMS 40199, para isso é preciso enviar uma mensagem via SMS para o número e colocar no campo da mensagem o CEP do local sobre o qual deseja receber informações.

Além disso, também é possível ter acesso às informações através dos aplicativos de mensagens como: Telegram (baixa o aplicativo e pesquisa @defesacivilbrbot) e WhatsApp (cadastra o número (61) 2034-4611 e envia um simples “Oi”). Para conseguir receber mensagens, o usuário deve fazer um cadastro prévio.

G1 Petrolina

Último fim de semana do ano terá chuvas em grande parte do país

O último fim de semana de 2023 terá o predomínio de chuvas em boa parte do país, com alerta de temporais e de ventos fortes em algumas regiões. O calor predominará no Norte e no Nordeste, enquanto uma massa de ar polar derrubará as temperaturas no Sul.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de chuvas intensas das 10h deste sábado (30) até as 10h deste domingo (31). O alerta abrange quase todo o Sudeste (exceto municípios mineiros próximos à divisa com a Bahia), todo o Centro-Oeste, o sul da Bahia e do Pará, quase todo o Amazonas (exceto nordeste do estado), Acre, Rondônia e municípios paranaenses próximos à divisa com São Paulo.

Segundo o Inmet, essas regiões poderão registrar chuvas de 20 a 30 milímetros em uma hora e de 50 milímetros por dia, com ventos entre 40 e 60 quilômetros por hora (km/h). Apesar do temporal, há baixo risco de corte de energia elétrica, alagamentos, deslizamentos, descargas elétricas e quedas de galhos de árvores.

A situação é mais preocupante no Espírito Santo, no estado do Rio de Janeiro, na zona da mata mineira e nos municípios paulistas do Vale do Paraíba. Essas regiões estão com alerta laranja para vendavais até as 20h deste sábado. O Inmet adverte para o risco de ventos entre 60 e 100 km/h, com risco de queda de árvores, destelhamento de casas e danos em edifícios.

Apenas o extremo norte do país, o Nordeste e o Sul têm previsão de pouca chuva nos dias finais do ano. No Nordeste, a previsão é de calor, com a possibilidade de chuvas isoladas nas regiões litorâneas. No Sul, uma massa de ar polar trará tempo fresco, com a possibilidade de frio nas áreas mais altas. Também haverá chuvas fracas ao longo do fim de semana no litoral de Santa Catarina e do Paraná e no norte do Paraná.

Réveillon
A virada do ano terá tempo encoberto e sem chuva na maior parte do país. No sul e no centro de Goiás (incluindo Goiânia), no leste e no centro de Mato Grosso, no centro de Minas Gerais, em todo o Vale do Rio São Francisco, no sul do Maranhão e do Piauí e no sertão de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, há a possibilidade de chuviscos durante o réveillon.

Agência Brasil

Mudanças climáticas podem agravar quadro de doenças como dengue e zika

Os riscos apresentados pelas mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O alerta é de levantamento na área da saúde feito pela plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral.

O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.

“Uma temperatura maior, com uma precipitação maior, pode levar a uma maior proliferação de diferentes mosquitos, insetos que são transmissores dessas doenças, conhecidas como arboviroses”, explicou à Agência Brasil o coordenador científico da plataforma, Jean Ometto. “Normalmente, a gente tem ocorrência maior de dengue e chikungunya no verão”, observou.

Outro elemento analisado na plataforma é o quanto a população está exposta e o quão vulnerável ela é à ocorrência dessas doenças. “A gente percebe que, em determinadas regiões, pode haver um aumento da ocorrência dessas enfermidades e populações mais vulneráveis e expostas ficam mais suscetíveis a adoecerem por essas diferentes doenças”,disse Ometto, acrescentando que a identificação de que regiões poderão ser mais atingidas depende do tipo da doença.

Problema social
O coordenador científico da AdaptaBrasil esclareceu que, normalmente, essas doenças acontecem quando há uma pessoa ou outro organismo animal que possa estar infectado. Em geral, populações mais vulneráveis, que apresentem condições de saúde e habitação mais precárias, tendem a ficar mais suscetíveis a uma ocorrência maior da doença.

“Hoje já é assim. Mas a tendência é que isso se agrave. A gente vê hoje que muitas dessas doenças não são exclusivas de populações menos favorecidas. Mas a ocorrência maior é nessas populações. E isso tende a se agravar”, explicou. Ometto alertou que se trata de um problema social “super dramático”, que precisa ser resolvido.

De acordo com Ometto, condições melhores de vida, saúde e infraestrutura ajudam e contribuem bastante para que a população fique menos exposta a essas doenças, de modo a que possam ser atacadas de forma sistêmica, a partir do planejamento territorial, de atendimento e de emergência em saúde.

O Brasil, segundo Ometto, tem uma estrutura de apoio à saúde muito importante, que é o Sistema Único de Saúde (SUS), bastante singular no mundo. “Só que a gente não está preparado para situações emergenciais. Quando ocorre um pico de doença, o país não tem estrutura física que possa atender a todos que estão doentes. Os postos de atendimento ficam sobrecarregados. Isso tende a se agravar”.

Atuação ampliada
O coordenador da AdaptaBrasil defende que essa estrutura precisa ser pensada dentro de um contexto de amplitude de atuação e de acesso, e melhorada em termos de infraestrutura, capacidade de atendimento, qualificação das pessoas que estão atendendo nesses locais, além de planos para que situações emergenciais possam ser atendidas. “É preciso olhar para o sistema de saúde de forma sistêmica, desde a população em si até os sistemas de atendimento”.

Outra coisa importante para Ometto, é olhar de maneira preventiva todo o processo, de modo a identificar quais são os elementos em que pode atuar, seja no controle de proliferação dos insetos, seja na infraestrutura e qualidade das habitações, até a situação de atendimento às ocorrências.

O coordenador da Adapta Brasil lembra da falta de estrutura observada recentemente durante a pandemia da covid-19. “Era algo que as pessoas diziam que podia acontecer mas, quando aconteceu, não tinha infraestrutura, nem capacitação dos profissionais, dos equipamentos. Essa analogia é muito importante e muito válida”, ponderou Ometto.

Ele chama a atenção que, durante a covid-19, as populações mais impactadas e que mais sofreram foram as menos favorecidas de alguma forma, as mais carentes. “Estratos da sociedade que são mais vulneráveis realmente pelas condições sociais e econômicas”.

O pesquisador informou que a plataforma está trabalhando, no momento, dados referentes à dengue e à zika. Os resultados deverão ser divulgados no início de 2024. Já os dados da chikungunya estão previstos para lançamento ao longo do próximo ano.

Agência Brasil

Estudo identifica, pela primeira vez, região árida no Norte da Bahia

Um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), identificou características de clima árido no norte da Bahia. É a primeira vez que essa situação é detectada no país. Os pesquisadores dos dois órgãos federais, ambos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), também constataram que a área com clima semiárido vem aumentando.

Conforme os resultados do estudo, com exceção da região Sul e do litoral dos estados de Rio de Janeiro e São Paulo, a tendência de aumento da aridez se observa em todo o país. Os pesquisadores apontam que esse processo está relacionado com o aquecimento global. Isso porque, com o clima mais quente, cresce também a evapotranspiração [combinação entre a evaporação da água que cai no solo e a transpiração de água pelas plantas]. Na região Sul, no entanto, observa-se uma tendência inversa, associada ao aumento das chuvas.

Os resultados constam em uma nota técnica divulgada na última terça-feira (14). Eles utilizaram uma metodologia reconhecida internacionalmente. Através dela, é estabelecido o índice de aridez, calculado a partir de uma fórmula onde os valores de precipitação são divididos pela evapotranspiração potencial de cada região.

Nos climas mais secos, onde há um déficit de chuvas, essa razão fica abaixo de 1. A região é considerada semiárida se o resultado ficar entre 0,21 e 0,5 e árida se ficar abaixo de 0,2. De acordo com a nota técnica, em regiões com índice de aridez crítico, a falta de água favorece a ocorrência de queimadas e pode afetar de forma severa a agricultura e a pecuária. Nessas condições, quando o uso do solo não é feito de forma sustentável, observa-se processos de desertificação no longo prazo.

O diagnóstico produzido pelo Inpe e pelo Cemaden subsidiará a Política Nacional de Combate à Desertificação, coordenada pelo Ministério do Meia Ambiente. A análise considerou dados levantados entre 1960 e 2020. Eles foram divididos em períodos de 30 anos. Assim, foram feitos mapas com as médias históricas de quatro intervalos: 1960-1990, 1970-2000, 1980-2010 e 1990-2020.

Observou-se que áreas do semiárido do país, a cada década, cresce a uma taxa média superior a 75 mil quilômetros quadrados. Essas áreas concentram-se principalmente no Nordeste e no norte de Minas Gerais. No último período considerado, 1990-2020, observou-se o aparecimento de uma área de 5,7 mil quilômetros quadrados definida como árida no norte da Bahia.

Agência Brasil

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