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A informação é do pesquisador em Climatologia da cidade de Santa Cruz (PB), Ricardo César Alves de Andrade, que concedeu entrevista a uma rádio e um site do estado da Paraíba.
Segundo o climatologista, depois de uma longa e dramática sequência de anos com chuvas escassas e irregulares, finalmente vai chover o suficiente para acabar com a escassez de água assola o semiárido do Nordeste há seis anos.
A expectativa é que as chuvas cheguem fortes e abrangentes em todo o Nordeste já no próximo mês de janeiro em decorrência da atuação de sistemas meteorológicos de grande escala, como o Vortece Ciclone e a Zona de Convergência Intertropical.
Todavia, será no outono, especialmente ao longo dos meses de março e abril, que as chuvas deverão se intensificar sobre o Nordeste brasileiro, tornando-se mais frequentes e prolongadas.
O retorno das chuvas em volume e intensidade suficientes para encerrar a mais prolongada seca de que se tem notícia no semiárido brasileiro será possível devido a uma grande mudança na circulação dos ventos sobre a região intertropical do planeta.
Nesse novo padrão atmosférico, estabelecido ao longo dos últimos meses, observa-se, por exemplo, o predomínio da circulação anticiclonal (altas pressões) sobre o Pacífico Tropical Sul adjacente à América do Sul.
A tendência é que a partir de janeiro, o núcleo dessa circulação avance sobre a porção oeste do continente sul-americano, transfigurando-se em Alta da Bolívia e permitindo, assim, a atuação bem configurada do Vortece Ciclone sobre o Nordeste Brasileiro.