Exames para coronavírus de Bolsonaro deram negativo; laudos haviam sido entregues ao STF

Os resultados dos testes para Covid-19 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deram negativo. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (13) pela colunista Monica Bergamo, do Jornal Folha de S. Paulo.

Os exames foram entregues pela Advocacia Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Ricardo Lewandowski determinou que os exames fossem divulgados ao público (leia mais aqui).

De acordo com a colunista, ainda, Bolsonaro utilizou pseudônimos para realizar os testes – “Airton Guedes” e “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz”.

Segundo a publicação, no entanto, o chefe de Estado manteve sua identificação assegurada ao mostrar aos laboratórios seus documentos pessoais, o que não deixa dúvidas de que os exames são realmente dele.

Bolsonaro deve vetar auxílio de R$ 600 para manicures e barbeiros

O presidente Jair Bolsonaro deve vetar o auxílio emergencial de R$ 600 para manicures e pedicures, barbeiros, esteticistas, depiladores, maquiadores e demais profissionais da beleza. São justamente as categorias que ele incluiu no decreto publicado na segunda (11) em que ampliou a lista de serviços essenciais, dizendo que salões de beleza e barbearias poderiam voltar a funcionar.

O Congresso aprovou em abril um projeto de lei de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que ampliou as categorias que poderiam receber o auxílio emergencial do governo. E incluiu os profissionais da beleza na lista. O governo, no entanto, diz que essas categorias já estão contempladas na primeira lei sancionada por Bolsonaro, em 2 de abril.

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Reprovação de Bolsonaro dispara durante pandemia e chega a 43%, diz pesquisa

(Foto: Gabriela Biló / Estadão Conteúdo)

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o governo Jair Bolsonaro perdeu apoio de parte da população e atingiu as piores avaliações da sua gestão e pessoal desde que assumiu o cargo. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto MDA divulgada nesta terça-feira, 12.

A fatia dos avaliam o governo como ótimo ou bom passou de 34,5% para 32% entre janeiro e maio deste ano. A soma de ruim e péssimo cresceu de forma mais expressiva, registrando um aumento de 31% para 43,4% em quatro meses – o maior porcentual negativo nos quatro levantamentos feitos durante o governo Bolsonaro. Aqueles que avaliam o governo como regular eram 32,1% e, agora, são 22,9%.

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Brasil ultrapassa 128 mil casos da Covid-19 e presidente vai ao STF pedir redução de medidas restritivas

(Foto: Cadu Rolim/FotoArena/Estadão Conteúdo)

Nesta quinta-feira (7) o Brasil somou um total de 8.685 mortes provocadas pela Covid-19 e 128.975 casos confirmados da doença em todo o país.

Em um mês, foram mais de 8.022 mortes no país. Em 6 de abril, as secretarias de saúde registraram 566 fatalidades. Das 20 cidades com maior mortalidade e incidência de casos, 18 se concentram no Norte e Nordeste.

Mesmo com esses números, o presidente Jair Bolsonaro atravessou a pé nesta quinta-feira (7) a Praça dos Três Poderes, em Brasília, para se dirigir ao Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhado de ministros e um grupo de empresários.
Em uma visita que não estava previamente agendada, Bolsonaro se reuniu com o presidente do tribunal, Dias Toffoli, e fez um apelo para que as medidas restritivas nos estados, motivadas pela crise do coronavírus, sejam amenizadas.

FHC, Temer e Collor dizem que Alexandre de Moraes extrapolou ao barrar nomeação

Três ex-presidentes da República discutiram nesta segunda-feira (4) os rumos políticos do país em uma videoconferência organizada pelo site “Conjur”. Em comum, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Melo e Michel Temer disseram considerar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, extrapolou as atribuições do Judiciário ao barrar a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral do Polícia Federal.

“Acho que o presidente atual ao partir para a agressão, abre espaço para que outros poderes queiram cumprir funções que são próprias do Executivo”, disse FHC. “O STF exagerou, mas não se pode dar a desculpa de que não consegue governar porque está sendo bloqueado, que é a retórica que está sendo utilizada por Bolsonaro no momento”, acrescentou.

Já Temer admite ter ligado para Bolsonaro para o que chamou de “palpite”, e relatou as duas proposições que fez ao atual presidente. “Pedi licença e dei dois conselhos: um, que ele deveria decretar um isolamento social de 10, 12 dias no país, dizendo que iria fazer uma revisão no final do período. O outro palpite foi que não fale mais todo dia com a imprensa, o que ele faz toda a manhã e pauta o país, gerando conflitos o dia todo. É preciso ter um porta-voz, o presidente deve falar apenas uma ou duas vezes na semana”, acrescentou.

Segundo Temer, Bolsonaro recebeu bem a conversa, mas “depois pode-se ver que ele conduziu a questão de outra maneira”.

Já para Collor, o próprio Bolsonaro é quem pode arrefecer os conflitos no Brasil ao mudar sua postura. “Minha preocupação é grande, há uma crise constitucional em gestação, e tudo depende de o presidente evitar estes conflitos, estas palavras que criam desassossego. Quem pode trazer paz é são as ações do presidente, que deveriam ser mais de acordo com o homem cordial que é o brasileiro”, disse Collor.

Bolsonaro luta pela sobrevivência política e abre caminho a militares, diz Jornal americano

O presidente Jair Bolsonaro está lutando pela sua sobrevivência política após ser “golpeado por uma torrente de investigações sobre ele e sua família” e se tornou “dependente” de militares mais experientes, dando-lhes o maior poder desde a ditadura militar. É o que diz uma reportagem publicada hoje no jornal americano “The New York Times”.

Além das investigações contra Bolsonaro envolvendo denúncias do seu ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o jornal também cita “queda livre” da economia e “críticas ao manejo descuidado de uma das epidemias de coronavírus que mais crescem no mundo”.

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Familiares pressionam Regina Duarte para sair do governo após demissão de Moro

(Brasília – DF, 29/01/2020) Encontro com a atriz Regina Duarte. Foto: Marcos Corrêa/PR

Segundo a revista Isto É, a secretária de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Regina Duarte, tem sofrido pressão de seus familiares para deixar o governo. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, a pressão foi intensificada depois da demissão de Sergio Moro do Ministério da Justiça.

A atriz assumiu o cargo há menos de dois meses e vem sendo criticada pela classe artística pelo seu “sumiço” durante a quarentena e por endossar o discurso do presidente contra o isolamento social, medida considerada essencial para combater o avanço do novo coronavírus.

A secretária de Cultura não participou da coletiva que Bolsonaro deu na sexta-feira após a demissão de Moro. Na ocasião, a maioria dos ministros e apoiadores do presidente estavam presentes.

Bolsonaro critica Moro: “Tem compromisso com o próprio ego”

O presidente Jair Bolsonaro atacou, em pronunciamento oficial na tarde desta sexta-feira (24), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. “Sabia que não seria fácil. Uma coisa é você admirar uma pessoa, outra é conviver, é trabalhar com ela. Eu disse a ministros: ‘Hoje vocês conhecerão aquela pessoa que tem o compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil'”, disse Bolsonaro, que ainda afirmou que o ex-ministro mentiu durante a coletiva em que anunciou sua demissão.

A exemplo de Moro, Bolsonaro iniciou seu pronunciamento relembrando o histórico entre os dois. O presidente contou que “ficou triste” ao ser ignorado por Moro em uma lanchonete, na primeira vez que os dois se conheceram, mas que depois recebeu uma ligação do magistrado. Ele ainda alega que não aceitou uma visita de Moro quando estava no hospital após sofrer uma facada durante um comício em Juiz de Fora (MG). “Não queria que ele participasse da minha campanha”, declarou.

Ao falar sobre a nomeação de Moro, Bolsonaro declarou que prometeu “autonomia, mas não soberania” ao ministro e disse que foi o ex-magistrado o responsável por indicar os chefes da pasta. “Estranhei que eram todos de Curitiba, mas confiei”, disse. “A impressa já noticiou que eu estaria atrapalhando investigações de corrupção”, continou Bolsonaro, que teorizou que a diminuição nas operações da Polícia Federal se devem à saída de outros políticos do poder. “Eu estou lutando contra o sistema, contra o stablishment. Coisas que aconteciam no Brasil, não acontecem mais e grande parte pela minha coragem de indicar um grande time de ministros”, declarou.

“Ao prezado ex-ministro Sergio Moro: o senhor disse que tinha uma biografia a zelar, eu digo a vossa senhoria que eu tenho um Brasil a zelar. Mais que a vida à minha pátria eu tenho dado, eu tenho dado o desconforto da minha família”, disse Bolsonaro.

Após demissão de Moro, Bolsonaro fará declaração às 17h

(Foto: Internet)

O presidente Jair Bolsonaro anunciou uma coletiva para as 17 horas desta sexta-feira (24) para comentar o pedido de demissão de Sergio Moro, posteriormente o Palácio do Planalto anunciou um pronunciamento do presidente e não uma coletiva.

“Hoje às 17h, em coletiva, restabelecerei a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro”, escreveu no Twitter.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, considerado um dos pilares do governo, anunciou sua saída nesta manhã alegando interferência política na Polícia Federal com a demissão de Maurício Valeixo.

Bolsonaro usou a palavra “a pedido” em seu Twitter, indicando que seu argumento será o de que não foi dele a iniciativa para a demissão de Valeixo.

Governo Bolsonaro desmente pedido de demissão de Sérgio Moro

(Foto: Carolina Antunes/PR/Flickr)

Após a Folha de São Paulo publicar uma matéria confirmando que o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, havia pedido demissão, o governo Bolsonaro desmentiu a informação.

Segundo a reportagem, Moro teria pedido para sair após ser avisado sobre a troca do diretor geral da Polícia Federal, cargo atualmente ocupado por Maurício Valeixo, feita pelo presidente da República.

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De Mussolini a Bolsonaro: trabalhando com os porões da alma humana. Artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

De Mussolini a Bolsonaro: trabalhando com os porões da alma humana.

Roberto Malvezzi (Gogó)*

– Io non ho creato il fascismo, l’ho tratto dall’inconscio degli italiani. Se non fosse stato così, non mi avrebbero seguito per venti anni (Mussolini) –

Em livre tradução pessoal: “não criei o fascismo, tirei-o do inconsciente dos italianos. Se não fosse assim, eles não teriam me seguido por vinte anos”.

Há um belo filme italiano – Estou de Volta – que diz respeito à ressurreição de Mussolini na Itália nos dias atuais. É uma metáfora do retorno do fascismo – e seus fascínios – nos dias de hoje na Itália carregada de negros, egípcios, latinos, do povo de saco cheio de tantos partidos, da classe política, da saudades de um comandante autoritário, enfim, de Benito Mussolini. Feito em tom de comédia e farsa, vai fundo na alma italiana saudosista de um ditador.

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Bolsonaro pode sofrer inquérito por participar de ato a favor de intervenção militar no Brasil

(Foto: EVARISTO SA/AFP e Getty Images / BBC News Brasil)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar se as manifestações realizadas no domingo contra as medidas de combate ao coronavírus, a favor do governo e pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo feriram a Lei de Segurança Nacional (LSN).

A LSN estabelece quais são os crimes que ameaçam a segurança nacional do país, incluindo os que colocam em perigo o regime democrático. O Artigo 17, por exemplo, estabelece que é crime “tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito”.

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Demissão de Mandetta provoca panelaço em diversas cidades

(Foto: Brasil 247)

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro confirmava a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta quinta-feira (16/4), diversas pessoas foram as janelas e reagiram com um panelaço à notícia. Em alguns lugares, além do panelaço, foram ouvidos gritos de “Fora Bolsonaro”. Em outros locais, gritos de “Bolsonaro genocida” também foram ecoados.

Mandetta sai do Ministério com 76% de aprovação. Em seu lugar, Bolsonaro anunciou o oncologista Nelson Teich.

Os registros foram feitos em lugares como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Nos bairros de Higienópolis e Perdizes da cidade de São Paulo; em locais do Rio de Janeiro, como o bairro Glória, Laranjeira, Tijuca e Niterói.

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Mandetta diz que deve deixar o cargo “hoje ou amanhã”

(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

O anúncio foi feito durante live nesta quinta-feira (16) com profissionais de saúde. Diante dos colegas de profissão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que deve ser exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro “hoje ou amanhã.

O embate entre ministro e presidente da República tornou-se público há alguns dias. Mandetta vem sendo criticado publicamente por Bolsonaro, que se incomoda com a popularidade e o entrosamento do seu subordinado com integrantes do Legislativo e do Judiciário.

A defesa do ministro em relação ao isolamento social e a quarentena da população também incomodam o chefe do Executivo. “Devemos ter uma situação de troca no ministério que deve se concretizar hoje ou amanhã”, disse o ministro.

O presidente se reuniu, nesta quinta-feira, com nomes de pessoas cotadas para o cargo. Um dos nomes que figuram entre os primeiros lugares da lista é do Oncologista Nelson Teich.3

ACM Neto diz que está alinhado com Mandetta e que Bolsonaro deveria estar exercendo papel de liderança

Prefeito de Salvador, ACM Neto. (Foto: CNN Brasil/Reprodução)

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) disse que, assim como outros gestores do DEM, está “absolutamente alinhado com a diretriz” dada pelo Ministério da Saúde, comandado por Luiz Henrique Mandetta, a respeito da pandemia de Covid-19.

Em entrevista à CNN Brasil na manhã desta quarta-feira (15), Neto pontuou que nesse momento tem procurado ouvir opiniões técnicas, “deixando inteiramente qualquer questão política de lado”.

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