Ucrânia apoia proposta dos EUA para cessar-fogo na guerra com a Rússia

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, comunicou que Kiev aceita “negociações imediatas” com a Rússia. “A Ucrânia manifestou a sua prontidão para aceitar a proposta dos EUA de promulgar um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que pode ser prorrogado por acordo mútuo entre as partes e que está sujeito à aceitação e implementação simultânea pela Federação Russa”, diz o comunicado divulgado pelo governo americano.

O acordo foi firmado em meio às negociações entre os EUA e a Ucrânia na Arábia Saudita. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que os EUA devem convencer a Rússia a aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto nas conversações entre as delegações ucranianas e norte-americanas. “A Ucrânia encara a trégua proposta de forma positiva”, declarou Zelensky.

O chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Andrii Yermak, considera que este acordo de cessar-fogo vai mostrar se a Rússia quer paz ou não. Yermak também revelou que foram discutidas várias opções de garantias de segurança com os EUA. “Uma vez mais, demonstramos que queremos paz”, acrescentou

Diario de Pernambuco

Candidatos em cidades com mais incêndios não têm propostas contra fogo

Em meio à alta nos incêndios florestais que se espalham pelo país, grande parte dos candidatos das 10 cidades que mais concentram focos de calor não incluem, em seus respectivos planos de governo, propostas para combater as queimadas.

As cidades mais afetadas pelas queimadas são Corumbá (MS), São Félix do Xingu (PA), Altamira (PA), Novo Progresso (PA), Apuí (AM), Lábrea (AM), Itaituba (PA), Porto Velho (RO), Colniza (MT) e Novo Aripuanã (AM).

Levantamento do Metrópoles, feito com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aponta que 19 dos 42 candidatos apresentam proposições robustas para a área de meio ambiente, e apenas oito citam queimadas.

Metrópole

Comissão da Câmara adia análise de proposta que limita decisões individuais no STF

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou a votação da chamada “PEC das Decisões Monocráticas”, que estava pautada para esta terça-feira (27), após pedido de vista da base governista. A PEC já foi aprovada pelo Senado no ano passado, mas estava parada da Câmara até o embate com o Supremo Tribunal Federal (STF) que envolve as emendas parlamentares.

A proposta é uma demanda antiga de parlamentares bolsonaristas, que queriam limitar o poder de alcance do Judiciário. Para esta PEC, o líder da oposição na Câmara, o deputado Filipe Barros (PL-PR), já foi designado relator do texto. Também estão pautadas para esta terça um pacote de outras três medidas que podem restringir a atuação dos ministros do STF. O fato de os projetos serem votados na CCJ, entretanto, não implica na possibilidade de haver votação sobre os temas no plenário da Casa. A CCJ é presidida pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC).

Uma das Propostas de Emenda à Constituição que está prevista é a que dá aos congressistas o poder de suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto, que estava parado desde o ano passado, havia sido enviado à CCJ pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após o ministro Flávio Dino, do STF, suspender a execução de recursos via emendas.

Entre parlamentares, comenta-se que as chances de Lira colocar esta iniciativa à frente, depois do acordo alinhavado, é “remota”. O texto prevê que o Congresso possa suspender decisões da Corte quando considerarem “que exorbita do adequado exercício da função jurisdicional e inova o ordenamento jurídico como norma geral e abstrata”.

Completam o pacote apresentado pela CCJ dois projetos de lei com o mesmo objetivo: tipificar como crime de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal possível “usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo”.

O ministro do STF Flávio Dino afirmou na quarta-feira passada que o acordo fechado entre os três Poderes sobre emendas traz “balizas” para serem seguidas, mas ressaltou que ele ainda dará uma nova decisão no caso e que, no fim, haverá um julgamento no plenário da Corte.

Dino, que é o relator de um conjunto de ações envolvendo emendas, afirmou que analisará o caso novamente após o prazo de 10 dias para o Executivo e o Legislativo definirem alguns pontos. Depois disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Procurador-Geral da República (PGR) poderão se manifestar, antes do julgamento.

Agência O Globo