
(Foto: Ilustração)
A denúncia feita pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciências, revela o corte de 44% no repasse de verbas federais para a produção científica no País. Em Pernambuco, há casos em que a redução foi de 65% em cinco anos.
As áreas voltadas às ciências físicas e naturais são as que mais vêm sendo prejudicadas, conforme pesquisadores. Além das universidades e institutos federais, incluídos nos gastos diretos de Brasília, entes ligados ao Governo do Estado e que recebem transferências de recursos têm visto os aportes diminuírem.
Na prática, são menos bolsas de estudo, editais e programas de fomento que abrem caminho a um retrocesso de mais de uma década. A Universidade de Pernambuco (UPE), administrada pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, é um dos exemplos. Conforme o Portal da Transparência do Governo Federal, a instituição recebeu, em 2013, R$ 1,6 milhão para a área. A verba subiu para R$ 3,1 milhões, em 2015, mas, no ano passado, caiu para R$ 281,3 mil. Em 2017, o valor, até agora, é ainda menor: R$ 167,1 mil, dez vezes menos o que foi repassado há quatro anos.
A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) também vem recebendo menos aportes em convênios e transferências. Em 2012, foram R$ 8,4 milhões. O valor foi caindo até chegar a R$ 2,8 milhões, em 2016. Para este ano, o Portal da Transparência indica só R$ 464 mil.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entra na lista dos gastos diretos do Governo Federal. Os aportes, que eram de R$ 7,2 milhões, em 2013, subiram para R$ 8,9 milhões, em 2015, e tiveram uma leve queda para R$ 8,6 milhões, no ano seguinte.