A reeleição de João Campos (PSB) para a prefeitura do Recife não causou surpresas. Com uma aprovação expressiva da população ao seu primeiro mandato, ele se fortalece como potencial candidato ao Palácio do Campo das Princesas em 2026. João Campos carrega consigo o legado de seu pai, Eduardo Campos, falecido em um trágico acidente aéreo, e do seu bisavô, Miguel Arraes, que sempre se conectou com as camadas mais simples da sociedade pernambucana.
Miguel Arraes foi uma figura icônica na política de Pernambuco, tendo governado o estado em três mandatos. Sua luta em prol dos trabalhadores rurais e sua visão de desenvolvimento social marcaram profundamente sua trajetória. Arraes sempre foi um defensor dos menos favorecidos, um líder que compreendia as necessidades das classes mais baixas e que trabalhava incansavelmente para melhorar as condições de vida no estado. O nome Arraes continua vivo na memória dos pernambucanos, e João Campos, com sua juventude e energia, parece manter esse espírito de compromisso com o povo.
Ao lado de João Campos, outro jovem líder que se destaca como franco favorito a ocupar uma cadeira no Senado é Miguel Coelho (UB). Ex-prefeito de Petrolina, Miguel teve uma gestão marcada por grandes avanços na infraestrutura e no desenvolvimento econômico da cidade. Sob sua liderança, Petrolina viu melhorias significativas em áreas como educação, saúde e urbanismo, o que garantiu não apenas sua reeleição, como também a eleição de seu sucessor, Simão Durando. Com uma política de base sólida e um histórico de trabalho eficiente, Miguel Coelho desponta como uma das principais lideranças do Sertão e tem claras chances de representar a região no Senado Federal, seguindo o exemplo de seu pai, o ex-senador Fernando Bezerra Coelho.
A governadora Raquel Lyra, por outro lado, enfrenta um momento delicado. Sua gestão tem sido alvo de críticas, especialmente por ser vista como tímida e distante das demandas do interior, principalmente do Sertão. Com uma força crescente de lideranças como João Campos e Miguel Coelho, ela terá um cenário eleitoral desafiador pela frente. Se continuar com uma administração que parece dar as costas ao Sertão, Raquel poderá enfrentar sérias dificuldades para conquistar o apoio necessário e manter sua posição no governo. A falta de atenção a essa região pode lhe custar caro nas urnas, onde os resultados esperam ações mais concretas e uma presença política mais próxima de suas necessidades.
Waldiney Passos