A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada (UPAE/IMIP) de Petrolina está promovendo a campanha “Janeiro roxo”, que busca conscientizar a população sobre a hanseníase (popularmente conhecida como lepra), já que é uma doença cercada por preconceitos e que acaba excluindo os portadores da patologia.
Com o objetivo de desmitificar o assunto, o dermatologista da de Petrolina, Dr. Elson Marques, aproveita a data para levar esclarecimentos à população, ressaltando as principais questões ligadas à hanseníase.
“Para começar podemos dizer que o diagnóstico da hanseníase pode ser feito de forma clínica, sem precisar de outros exames. O tratamento é realizado na atenção básica com medicamentos via oral, de forma gratuita, e deve ser procurado na fase inicial da doença, pois a hanseníase tem cura, mas se não for tratada adequadamente pode apresentar complicações, levando a sérias incapacidades físicas”, ressalta.
De acordo com o profissional, a transmissão se dá pelas secreções das vias aéreas superiores, bem como por gotículas de saliva, e não através do contato pele a pele. “Também é importante frisar que o paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite a hanseníase”, garante.
Quanto ao quadro de saúde, o médico ressalta que “embora a hanseníase atinja basicamente a região cutânea, também pode afetar os nervos periféricos, os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos”. O período de incubação pode durar de seis meses a seis anos, sendo que a maioria das pessoas que entra em contato com os bacilos transmissores não desenvolve a doença.