Impeachment: “muro” volta a ser colocado em Brasília

Um muro de metal dividindo a Esplanada ao meio deve começar a ser erguido neste fim de semana, nos mesmos moldes do isolamento que foi feito para a votação no plenário da Câmara/Foto:Wilson Dias/Agência Brasil

O lado sul será reservado a pessoas favoráveis à saída da presidente e o norte, a contrárias

Com a votação do impeachment de Dilma Rousseff prevista para quarta-feira no Senado, GDF monta outra vez alambrado que separa manifestantes contrários e favoráveis à saída da presidente. Brasilienses lamentam a necessidade de medidas contra a intolerância
O Governo do Distrito Federal começou a recolocar o polêmico alambrado que divide a Esplanada dos Ministérios. Ontem, material foi depositado no canteiro central e as primeiras partes foram erguidas. O muro de metal cercado por grades de ambos os lados tem 80 metros de largura por 1km de extensão e deve servir para impedir conflitos entre manifestantes a favor e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na quarta-feira, o Senado Federal votará se aprova o afastamento da petista até o fim do processo.
A expectativa da Secretaria-Geral da Mesa é que o pleito dure 20 horas. Fora do Congresso, brasilienses sairão às ruas para pressionar os parlamentares. A divisão de espaços será semelhante à de 17 de abril, quando deputados aprovaram a abertura do rito de impedimento de Dilma: o lado sul será reservado a pessoas favoráveis à saída da presidente e o norte, a contrárias. O Senado arcará com os custos da instalação do alambrado.
A Polícia Militar garantirá a segurança dos presentes. Durante um baile vienense na Embaixada da Áustria na noite de sábado, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, rechaçou a palavra “muro”, definiu a divisão como um “corredor da democracia” e defendeu a decisão como necessária para garantir o bem-estar das pessoas e do patrimônio público num contexto de pouca tolerância política.
“O objetivo é permitir que a população se manifeste livremente, independentemente do lado que apoiem. Nós tivemos um evento com 80 mil manifestantes (durante a votação na Câmara dos Deputados) sem nenhum incidente, o que mostra que a ação foi bem-sucedida”, comentou Rollemberg.

Pré-candidatura de Sandro Patrício a prefeito movimenta Lagoa Grande-PE

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Empresário Sandro Patrício pode lançar candidatura a prefeito em Lagoa Grande-PE

Um final de semana movimentado politicamente na cidade de Lagoa Grande (PE). O possível lançamento de uma pré-candidatura do empresário Sandro Patrício (PV) a prefeito da Capital da Uva e do vinho, movimentou a cidade no último final de semana.

A ameaça foi suficiente para o empresário Vilmar Cappellaro, pré-candidato do PMDB, procurasse os aliados para se inteirar dos acontecimentos e marcar território na tentativa de barrar o avanço de Sandro.

Inclusive, Patrício esteve na última semana conversando com algumas lideranças que parecem está se afastado do grupo de Cappellaro devido algumas insatisfações.

Já o prefeito Dhoni Amorim (PSB), pré-candidato a reeleição, é outro que anda se articulando em busca de um vice para compor sua chapa e fortalecer seu palanque.

Dhoni tem andado e conversado com seu grupo com a difícil missão de encontrar um vice que faça a diferença diante dos seus concorrentes.

Cappellaro também tem enfrentado essa dificuldade, encontrar um vice que venha a agradar em geral a todos do seu grupo e, o mais importante, que caia na graça e simpatia do povo de Lagoa Grande, missão muito difícil dentro do seu grupo.

Com informações do site Lagoa Grande Notícias

Em cima da notícia

Durma com um barulho desse

A presidente Dillma Rousseff  mais do que triplicou o valor das prestações do Minha Casa Minha Vida, mas os aumentos só passarão a vigorar quando Michel Temer estiver na presidência. A estratégia (mesquinha) está numa carta que o governo federal mandou aos prefeitos informando que a partir de 01/07/2016, os empreendimentos Faixa 1 com prestação mínima atual passarão de R$ 25,00  para  R$ 80,00 e os com a prestação máxima atual R$ 80,00 passarão para R$ 270,00.

JulioLossio e o caso Beatriz

Cobrado para se pronunciar por manifestantes do caso Beatriz, o prefeito de Petrolina Julio Lossio afirmou que não está calado, apenas não que dar publicidade ao que tem feito no sentido de apoiar na elucidação do crime. “Eu não vou ficar fazendo publicidade tirando foto que fui visitar uma família, tirando foto e divulgando as conversas que eu tive com o Governador, com o secretário de Segurança Pública, porque eu penso que esse é um momento de muita dor, de muito sofrimento, e eu não quero ter nenhum ganho político com isso”, disse.

Votou ou não votou?

O vereador Manoel da Acosap deixou seu colega Zenildo Nunes em maus lençóis ao afirmar que ele votou contra o projeto dos R$ 30 milhões, autorizando o município a realizar a pavimentação de muitas ruas em Petrolina.  Manoel não gostou dos requerimentos apresentados por Zenildo cobrando melhorias para Rajada e disparou “Vossa excelência votou contra, eu tenho a votação o senhor votou contra”. Zenildo disse que Manoel estava faltando com a verdade, pois votou a favor do empréstimo.

Odacy-Amorim-foto-AlepeEsposa de Odacy na vice

Ao participar da audiência pública que discutiu a situação do matadouro de Petrolina o deputado Adalberto Cavalcanti afirmou ter procurado o deputado Odacy Amorim, juntamente com Isabel Cristina, para oferecer a vaga de vice para sua esposa Dulcicleide Amorim. Odacy teria dito que não tem acordo, pois não abre mão de sua candidatura a prefeito.

O ciúme

O governador Paulo Câmara está com uma pulga atrás da orelha com a possibilidade do deputado Fernando Filho assumir o Ministério da Integração Nacional, cargo que já foi ocupado pelo seu pai senador Fernando Bezerra Coelho. A preocupação de Câmara é que com essa decisão FBC ganhe mais força para disputar o palácio do Campo das Princesas em 2018.

Fernandinho pode não ser o ministro

O jornalista informou nesta segunda-feira (9), está indefinido o nome do PSB para o provável Governo Michel Temer. Tudo caminhava para o líder do partido na Câmara, o pernambucano Fernando Bezerra Filho, mas na última sexta-feira o senador José Rocha, integrante da bancada do partido no Senado, esteve com Michel Temer e defendeu dois ministérios para a legenda, o que dificilmente será atendido. Neste caso, Rocha passou a dividir com Fernando Filho a indicação do partido para o Ministério da Integração.

JÚLIO E GUILHERMENão duvide

Se Guilherme Coelho for mesmo o candidato de Júlio Lossio a prefeito de Petrolina nas próximas eleições. Com isso Julio estaria fazendo um grande gesto com a família de Osvaldo Coelho, a quem sempre se refere em suas falas como padrinho político, e ainda poderia emplacar um candidato a vice do PMDB. Pronto, a cartada certa para sair bem na fita, caso contrário…..

CURTAS

Comenta-se que se depender do deputado Gonzaga Patriota o líder do seu partido Fernando Filho assumirá sim o Ministério da Integração. Gonzaga estaria sendo um dos maiores defensores para que isso ocorra. Não entendo, para prefeito de Petrolina Patriota diz que não apoio filho de Fernando Bezerra e para ministro apoia, qual a diferença?

O presidente da Câmara Municipal de Petrolina Osório Siqueira agora está comandando a Casa com pulso forte, se não tem vereador em plenário, não pensa duas vezes, encerra a sessão.

 A Paróquia Santuário Santa Rita de Cássia é uma das mais conhecidas em Petrolina. Nesta quinta-feira (12), terá um momento especial. Fiéis da igreja católica do bairro Gercino Coelho iniciarão os festejos à padroeira com o novenário 2016 e o tema “Com Santa Rita de Cássia, Vivenciando a Misericórdia Divina”.

A Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) de Juazeiro destinou desde o inicio da semana passada uma equipe específica para atuar no turno da noite com o objetivo de melhorar a iluminação pública nos bairros, as solicitações podem ser feitas  pelo telefone 3612-5411.

 

Miguel Coelho reedita Tribuna 40 em Petrolina

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Tribuna 40, uma espécie de roda de conversa, onde o socialista sobe num banco de madeira para trocar opiniões sobre as necessidades da comunidade/Foto: André Santos

Inspirado no ex-governador Eduardo Campos, o deputado estadual Miguel Coelho promoveu uma troca de ideias, neste sábado (08), com moradores do bairro Pedro Raimundo, em Petrolina. O parlamentar reeditou a antiga Tribuna 40, uma espécie de roda de conversa, onde o socialista sobe num banco de madeira para trocar opiniões sobre as necessidades da comunidade. O encontro foi idealizado por Eduardo Campos dez anos atrás e vem sendo replicado por outras lideranças do PSB como o atual governador Paulo Câmara na última campanha eleitoral.

A conversa ocorreu na Associação de Moradores do bairro Pedro Raimundo. Os participantes ouviram Miguel, mas também tiveram a oportunidade de subirem na tribuna para discutir segurança, calçamento de ruas, saneamento e outras demandas da cidade. “É mais uma forma de ouvir as pessoas. Tenho pautado minha vida política dessa forma, dialogando seja nas Agendas 40, nas reuniões de bairros e agora com a Tribuna 40. Acredito que este é o caminho melhor para qualquer político entender o que realmente as pessoas precisam”, resumiu o deputado sobre a motivação do encontro.

Eduardo Campos realizou a primeira Tribuna 40 em julho de 2006, numa praça no Centro do Recife. Na época, o então candidato a governador estava em terceiro lugar nas pesquisas e as atividades do socialista ainda não reuniam multidões. A Tribuna 40 simbolizou a arrancada para o sucesso na campanha de 2006 e passou a ser realizada por Eduardo em 2010, 2014 e por outras lideranças do PSB.

Saída de Cunha desarticula base na Câmara

O afastamento foi submetido ao plenário do ministro por afetar o presidente da Câmara. Daí a necessidade de ratificação ou rejeição pelo plenário do STF, formado por 11 ministros/Foto:arquivo

Antes de ser afastado, por decisão do Supremo Tribunal Federal, Cunha era apontado como o principal fiel da balança de Temer no Congresso, por sua forte influência sobre vários deputados.

O afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato parlamentar e, consequentemente, do comando da Câmara dos Deputados abriu um cenário de instabilidade no Congresso no momento em que o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) precisará de uma base aliada robusta para aprovar projetos importantes, principalmente na área econômica, caso assuma a Presidência.

Antes de ser afastado, por decisão do Supremo Tribunal Federal, Cunha era apontado como o principal fiel da balança de Temer no Congresso, por sua forte influência sobre vários deputados.

Deputados avaliam que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), representante do chamado “centrão” (PP, PSD, PR, PSB, PSC), não terá a mesma habilidade para liderar negociações e conduzir a Casa à aprovação de projetos importantes para Temer. Uma das principais propostas cuja votação está ameaçada é a que trata do reajuste de até 41,47% dos servidores do Poder Judiciário da União, com impacto previsto de R$ 1,1 bilhão só neste ano.

No plenário, deputados de partidos aliados à presidente Dilma Rousseff, como PT, PC do B e PDT, defendem a aprovação do projeto, que foi negociado pela gestão da petista com o Judiciário. Parte da oposição, contudo, promete questionar o porcentual. Alega que não é o momento para um aumento dessa magnitude, por causa da crise fiscal do governo.

Fotógrafo registra dias melancólicos de Dilma no Palácio do Planalto

 

Dilma desce a rampa interna do Planalto/Foto:Orlando Brito

Dilma desce a rampa interna do Planalto/Foto:Orlando Brito

Fotógrafo com experiência de décadas registrando o poder em Brasília, em 2002 Orlando Brito publicou um livro famoso: Poder – Glória e Solidão. São imagens do início ao fim do mandato de cada presidente, de 1966 até 2001, com Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Os ciclos se repetem: no início, o entorno dos presidentes é abarrotado de gente e os finais, sempre de um vazio solitário e melancólico.

Hoje tudo se repete no Planalto. É o fim da Era PT, 14 anos desde a publicação do livro, após os governos de um presidente Lula que foi o mais popular da história. E uma presidente que foi a mais impopular.

A presidente Dilma Rousseff (PT) deve ser afastada por 180 dias na próxima quarta (11), como avalia a própria base do governo. Claro, em tese ela pode voltar, pois o final do impeachment será em alguns meses. Mas além da dificuldade política dessa volta de fato ocorrer, semana passada Orlando Brito, acostumado aos ciclos de início e fim de cada governo, já identificou o mesmo padrão novamente. O fotógrafo registrou as primeiras imagens em um ensaio batizado por ele de Melancólica Atmosfera Palaciana, imagens que mostram esse clima de fim de ciclo no Planalto.

Orlando adianta que publicará novo livro: Poder, vitórias e derrotas – de Castelo a Rousseff. Vai abranger a Ditadura Militar, Diretas Já e todos os presidentes de Collor até Dilma.

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De olho em 2018, Armando Monteiro promete voltar a percorrer Pernambuco

As eleições municipais devem ter um papel central na estratégia de Armando para 2018. O grupo do senador tem pré-candidatos em Petrolina (Adalberto Cavalcanti, PTB), em Jaboatão dos Guararapes (Joel da Harpa, PTN) e no Recife (Silvio Costa Filho, PRB)/Foto:Agência Brasil

As eleições municipais devem ter um papel central na estratégia de Armando para 2018. O grupo do senador tem pré-candidatos em Petrolina (Adalberto Cavalcanti, PTB), em Jaboatão dos Guararapes (Joel da Harpa, PTN) e no Recife (Silvio Costa Filho, PRB)/Foto:Agência Brasil

Quando perdeu as eleições de 2014 para o governador Paulo Câmara (PSB), o senador Armando Monteiro Neto (PTB) prometeu liderar a oposição em Pernambuco. Como ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, o petebista se dedicou pouco à política local. Um ano e meio depois, levado de volta ao Senado pelo processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), Armando finalmente promete percorrer o Estado, animando aliados que já falam em uma possível candidatura ao governo em 2018.

“Vou voltar a percorrer todas as regiões de Pernambuco. E quero estar muito presente junto aos companheiros que vão disputar as eleições municipais”, diz Armando, que volta ao Senado nesta segunda-feira (8). O PTB tem 71 pré-candidatos a prefeito. Com partidos sob influência do senador, como o PRB e o PTN, a conta chega a 80. Ainda é menos da metade dos municípios.

Do ministério, Armando vinha dando aval às movimentações, mas sem mergulhar no dia a dia das candidaturas, contam aliados. Enquanto coordenava a agenda de exportações do Brasil em mais de 30 viagens internacionais, correligionários locais trocaram o PTB pela base do PSB.

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Só mandato de 4 anos para Temer atender tanto pedido

nani-1São tantos os pedidos feitos a Michel Temer que seu mandato no Planalto parece não será de dois, mas quatro anos. O vice e seu staff classificam de “estapafúrdios”  grande parte dos pleitos.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) vai votar a favor de Dilma Rousseff, mas dá uma forcinha para Michel Temer. Sugere ao vice pegar parte das reservas internacionais e colocar no Fundo Soberano. A grana seria exclusiva da Petrobras. A importância estratégica da estatal para o País justifica cada centavo.

“Com US$ 70 bilhões ao dólar de US$ 3,75, uns R$ 200 bilhões dariam para a empresa retomar atividades, vender ativos não relacionados com sua atividade fim e atrair investimentos”. Sem esse apoio, diz Alencar, a Petrobras acabará pedindo recuperação judicial.

(Ricardo Boechat – ISTOÉ)

DF começa a montar grades na Esplanada para votação do impeachment

Um muro de metal dividindo a Esplanada ao meio deve começar a ser erguido neste fim de semana, nos mesmos moldes do isolamento que foi feito para a votação no plenário da Câmara/Foto:Wilson Dias/Agência Brasil

Um muro de metal dividindo a Esplanada ao meio deve começar a ser erguido neste fim de semana, nos mesmos moldes do isolamento que foi feito para a votação no plenário da Câmara/Foto:Wilson Dias/Agência Brasil

O governo do Distrito Federal já começa a montar o esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios para a primeira votação sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que ocorrerá esta semana no Senado.

As grades que vão dividir o público contrário e favorável ao impeachment já estão no gramado em frente ao Congresso Nacional. Um muro de metal dividindo a Esplanada ao meio deve começar a ser erguido neste fim de semana, nos mesmos moldes do isolamento que foi feito para a votação no plenário da Câmara, no último dia 17. Manifestantes pró e contra o governo devem comparecer para acompanhar a decisão do plenário do Senado sobre o afastamento da presidenta.

O esquema de segurança também deve incluir um vão dos dois lados do muro, onde poderão ser feitos atendimentos de emergência pelo Corpo de Bombeiros, caso seja necessário. Além disso, o gramado logo em frente ao Congresso Nacional ficará isolado, com os manifestantes sendo mantidos distantes do prédio.

Nesta semana foi aprovado o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma na Comissão Especial do Impeachment no Senado. A aprovação abre caminho para a votação do parecer no plenário. A sessão deverá começar na quarta-feira (11), mas a votação só deve ocorrer na quinta-feira (12).

Com informações da Agência Brasil

Temer disponibiliza ministérios para se fortalecer na Câmara

Sem Cunha na Câmara Temer oferta cargos para se fortalecer

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) intensificou a distribuição dos ministérios entre os principais partidos que devem dar sustentabilidade ao possível novo governo no Congresso. Temer concentrou as investidas nas quatro maiores bancadas com que pretende trabalhar na Casa: PMDB, PSDB, PP e PR.

Somadas, essas bancadas têm 206 votos e, para o vice, devem ser o eixo de sustentação de seu governo, ainda mais após o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o qual Temer contava para aprovar as medidas econômicas que pretende enviar ao Legislativo.

O primeiro passo dado pelo vice foi a confirmação do deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) no comando do Ministério dos Transportes, que tem sob o guarda-chuva empresas públicas e autarquias do porte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.

Os acertos foram feitos em encontros realizados entre Temer e o deputado no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência. O vice questionou a possibilidade de não fundir a pasta com a Aviação Civil. Mas o deputado disse que via dificuldades em abrir mão, uma vez que a pasta, que deve virar secretaria, vinha sendo negociada desde o início das conversas com o partido.

O pedido de Temer à Quintella Lessa foi feito em meio à pressão do PMDB da Câmara que também reivindica o comando da Aviação Civil. A bancada peemedebista conseguiu, contudo, emplacar o nome do atual líder, deputado Leonardo Picciani (RJ), para o Ministério do Esporte. A pasta é considerada estratégica para o PMDB fluminense em razão da Olimpíada do Rio, neste ano.

A negociação foi feita entre o vice e o deputado estadual Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Estado e pai de Leonardo.

A ideia inicial era indicar o deputado federal licenciado Marco Antônio Cabral para o cargo. Filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o nome de Marco Antônio enfrentou resistência entre membros da bancada do PMDB na Câmara, por ele ser “muito novo”. Atualmente, Marco Antônio ocupa o cargo de Secretário do Esporte no governo do Estado do Rio.

O PMDB da Câmara dos Deputados deve assegurar ainda a indicação do deputado Osmar Terra (RS) para o Ministério de Desenvolvimento Social.

A ida de Leonardo Picciani para os Esportes, por outro lado, deve ser foco de novos problemas para Temer. Parte da bancada defende uma nova eleição interna para definir o novo líder em vez de manter no posto o primeiro-vice-líder, Leonardo Quintão (MG).

 Com informações Estadão

 

Jarbas: ‘Dar mordomia para Cunha é escárnio’

Dilma não tem contra si uma decisão judicial, mas legislativa”, diferencia Jarbas. “Cunha foi retirado do mandato pelo Supremo por absoluta falta de condições éticas e morais"/Foto:arquivo

“Dilma não tem contra si uma decisão judicial, mas legislativa”, diferencia Jarbas. “Cunha foi retirado do mandato pelo Supremo por absoluta falta de condições éticas e morais”/Foto:arquivo

O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) irritou-se ao saber que integrantes da mesa diretora da Câmara planejam conceder benesses a Eduardo Cunha mesmo depois que o STF determinou o seu afastamento do mandato e da presidência da Casa. “Dar mordomia para Eduardo Cunha a essa altura é um escárnio”, disse.

Cogita-se, por exemplo, conceder ao afastado o “direito” de continuar morando à beira do Lago Paranoá, na residência oficial da Câmara, com todas as despesas custeadas pelo contribuinte —do mordomo ao jardineiro, da lagosta ao papel higiênico.

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Fernando Filho no ministério Temer seria decisão “pragmática” do peemedebista

Para o grupo de Fernando Bezerra Coelho e de seu filho, que tem base no sertão e sonha com voos mais altos em Pernambuco, o ministério serviria sob medida/Foto:JC Imagem

Para o grupo de Fernando Bezerra Coelho e de seu filho, que tem base no sertão e sonha com voos mais altos em Pernambuco, o ministério serviria sob medida/Foto:JC Imagem

Uma avaliação “pragmática” pode definir a ida do deputado federal Fernando Filho (PSB) para o ministério de um eventual governo Michel Temer (PMDB). A decisão do partido sobre o ingresso na possível gestão peemedebista ocorrerá nesta terça-feira (10). Se o grupo pró-ministério vencer o debate interno, crescem as chances do parlamentar pernambucano comandar a pasta da Integração Nacional.

Fernando Filho vem sendo cotado como ministeriável junto ao ex-deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) e ao ex-governador Renato Casagrande (PSB-ES). O pernambucano ganhou terreno por reunir  condições que seriam mais favoráveis a Temer.

Em reserva, socialista destaca que Temer vai precisar de apoio para aprovar  medidas no Congresso assim que tiver a caneta de presidente em mãos. Ciente dessa situação, ele tentará prestigiar alguns parlamentares com a convocação direta ou convidando quem eles indicarem. Fernando Filho ganha força por ser o líder da bancada do PSB na Câmara  e também pelo poder de articulação do seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).

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Em tom de despedida, Dilma diz em Pernambuco que ficará triste se não vir fim da Transposição

"Se tiver uma coisa que vou ficar muito triste na minha vida é não ver o dia que Dona Maria e Seu João abrirem a torneira e eu não estar aqui para comemorar com vocês”, disse em discurso/Foto:internet

“Se tiver uma coisa que vou ficar muito triste na minha vida é não ver o dia que Dona Maria e Seu João abrirem a torneira e eu não estar aqui para comemorar com vocês”, disse em discurso/Foto:internet

Em Pernambuco, Dilma Rousseff (PT) assumiu um tom de despedida com a possibilidade de ser afastada na próxima semana, após votação no Senado.. “Trazer água para o Nordeste era uma das exigências para que aqui a gente pudesse ter condições dignas para a população, era fundamental. Se tiver uma coisa que vou ficar muito triste na minha vida é não ver o dia que Dona Maria e Seu João abrirem a torneira e eu não estar aqui para comemorar com vocês”, disse em discurso. A presidente chegou a Terra Nova, vizinha de Cabrobó, no Sertão pernambucano, às 16h desta sexta-feira (6) para visitar a segunda estação de bombeamento da Transposição do Rio São Francisco..

Antes de desembarcar no Estado, Dilma sofreu uma derrota no Senado. Por 15 votos a favor e cinco contra, o relatório que orienta pela admissibilidade do afastamento da presidente foi aprovado em comissão especial. O processo de impeachment foi muito criticado ao longo de uma hora e 15 minutos de cerimônia para moradores do Sertão, principalmente agricultores e representantes de movimentos sociais que apoiam a presidente. “Eles (a oposição) sempre quiseram que eu renunciasse. Sabe o por quê? Por uma coisa: sabe o tapete? Você levanta o tapete e esconde as coisas embaixo. Se eu renunciar, vou para debaixo do tapete. Eu não vou para debaixo do tapete, eu vou ficar aqui brigando”, disse a petista. “Eu sou a prova da injustiça”, acrescentou.

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Humberto enquadra Bezerra Coelho, ex-ministro de Dilma que fez da transposição vitrine de campanha

 Humberto lembrou que o socialista foi ministro da Integração Nacional, “o homem que tocou à frente o projeto mais caro e mais importante deste governo”, a transposição do Rio São Francisco/Foto:arquivo

Humberto lembrou que o socialista foi ministro da Integração Nacional, “o homem que tocou à frente o projeto mais caro e mais importante deste governo”, a transposição do Rio São Francisco/Foto:arquivo

Em um discurso duro e emocionado, o senador Humberto Costa (PT), líder do governo no Senado, dirigiu-se diretamente ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) ao defender a presidente Dilma Rousseff (PT) na Comissão Especial do Impeachment. Humberto lembrou que o socialista foi ministro da Integração Nacional, “o homem que tocou à frente o projeto mais caro e mais importante deste governo”, a transposição do Rio São Francisco. “Na sua campanha isso foi a maior vitrine”, afirmou.

“Eu pergunto a Vossa Excelência e a todos os ex-ministros aqui: alguma vez essa senhora pediu a Vossas Excelências que cometessem algum crime, que praticassem alguma improbidade, que roubassem o dinheiro público? Não! E todos eles terão que responder assim”, disse Humberto.

Ele continuou, dizendo que mesmo assim o Senado iria condenar uma mulher “decente, honesta e proba” por “um aspecto formal”, para “tomar o poder pelo atalho”. E soletra: “G-O-L-P-E. Golpe!”

RESPOSTA E RISADAS

O senador Fernando Bezerra Coelho tentou responder a Humberto, na sessão, invocando o artigo 14 do regimento interno do Senado. Porém o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que isso não seria possível.

“Vossa Excelência foi citado de forma positiva, então não tem direito ao artigo 14”, disse Raimundo Lira.

Todos os senadores caíram na risada.

Com informações da Coluna Pinga Fogo/Jornal do Commércio

Comissão aprova relatório favorável ao prosseguimento do impeachment

O parecer de Anastasia será lido em plenário na próxima segunda-feira (9) e publicado no Diário Oficial do Senado. A partir daí, começa a contar o prazo de 48 horas para a votação em plenário/Foto: Ed Alves

O parecer de Anastasia será lido em plenário na próxima segunda-feira (9) e publicado no Diário Oficial do Senado. A partir daí, começa a contar o prazo de 48 horas para a votação em plenário/Foto: Ed Alves

A comissão especial do impeachment do Senado aprovou nesta sexta-feira (6), por 15 votos a favor e 5 contra, o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) favorável à continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. O texto será submetido agora à votação no plenário principal do Senado.

Dos 21 integrantes do colegiado, apenas o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), não votou. Antes de autorizar a votação no painel eletrônico, ele explicou que só iria registrar voto caso ocorresse um empate.

Para que o relatório fosse aprovado, eram necessários os votos da maioria simples dos integrantes da comissão (11 votos).

Veja como votou cada senador da comissão do impeachment:

A favor (15)
Dário Berger (PMDB-SC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Helio José (PMDB-DF)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Gladson Cameli (PP-AC)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Romário (PSB-RJ)
Wellington Fagundes (PR-MT)
José Medeiros (PSD-MT)
Zezé Perrella (PDT-MG)

Contra (5)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
José Pimentel (PT-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)
Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)

Próximos passos
O parecer de Anastasia será lido em plenário na próxima segunda-feira (9) e publicado no Diário Oficial do Senado. A partir daí, começa a contar o prazo de 48 horas para a votação em plenário.

A previsão, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é que o parecer de Anastasia seja apreciado pelo plenário na próxima quarta-feira (11). O quórum para a abertura da sessão é de 41 dos 81 senadores (maioria absoluta).

Se o parecer for aprovado pela maioria simples (metade mais um) dos senadores presentes à sessão, o processo é formalmente instaurado. Por exemplo: se estiverem presentes 50 senadores à sessão, são necessários pelo menos 26 votos para a aprovação ou rejeição do parecer.

Caso haja a aprovação, a presidente da República será afastada por até 180 dias para ser julgada pelo Senado e o vice-presidente Michel Temer assumirá o comando do Palácio do Planalto. Se o relatório for rejeitado, o processo é arquivado.

Com informações do G1