A briga política pela direção estadual do Movimento Democrático Brasileiro, antigo PMDB, tem acirrado as discussões entre Jarbas e FBC. Em resposta ao editorial escrito pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) para a Folha de São Paulo, na última quinta-feira (28), que tinha como título “O que esperar do ‘novo’ MDB?“, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) tratou, também em editorial escrito para o mesmo jornal, o parlamentar como “um homem que ao longo de tantas décadas notabilizou-se por difamar e atacar quem dele discorda”.
Durante o seu texto, Fernando põe em pauta parte da história política do deputado e mostra um legado cheio de contradições, segundo FBC, como sua ida ao PSB após perder as prévias do PMDB em 1985, quando pleiteava o cargo de prefeito da capital pernambucana. Para o senador, “uma coisa sobre Jarbas Vasconcelos é unanimidade em Pernambuco: trata-se de uma alma movida pelo ódio”.
Confira a íntegra do texto
“Jarbas Vasconcelos, uma vida movida pela ira”
Uma coisa sobre Jarbas Vasconcelos é unanimidade em Pernambuco: trata-se de uma alma movida pelo ódio. Um homem que ao longo de tantas décadas notabilizou-se por difamar e atacar quem dele discorda.
Não foi com surpresa que lemos o artigo escrito por ele e veiculado por esta Folha na última quinta-feira, 28 (“O que de fato esperar do novo MDB”). Quem conhece Jarbas sabe que esse tipo de atitude é sua marca na política.
Mas, para o bem da verdade, alguns pontos devem ser esclarecidos. Jarbas fala em contradições dos outros, quando sua biografia é marcada justamente por incoerências e traições. Chama a mim de adesista, mas aceitou meu apoio em 1990, quando meu pai foi seu candidato a vice-governador; em 2002, na disputa pela reeleição; e em 2014, quando foi eleito para a Câmara dos Deputados.
Como a história não se apaga, é importante lembrar que já na aurora da redemocratização, em 1982, ele traiu Miguel Arraes (1916-2005), impedindo o ex-governador de retomar nas urnas o mandato cassado em 1964.
Em 1985, nas primeiras eleições para prefeito de capitais, ele perdeu as prévias do PMDB para o ex-deputado Sérgio Murilo (1931-2010).
0 que fez, então? Deixou a legenda, indo abrigar-se no PSB para disputar a prefeitura do Recife. Pôs nas ruas a campanha de mais baixo nível já vista em Pernambuco, chamando o opositor de assassino.