Mendonça pode anular atos assinados pela gestão de Mercadante no MEC

Ex governador de PE pode assumir ministério em eventual governo Temer/Foto: arquivo

Também pode ser anulado um decreto presidencial, do dia 10 (um dia antes da admissibilidade do impeachment no Senado), que nomeia 12 conselheiros para o CNE/Foto: arquivo

Frente à hipótese de que a gestão de Aloizio Mercadante tenha apressado decisões no apagar das luzes do governo Dilma Rousseff, o novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, pediu para que a Consultoria Jurídica do órgão passe um “pente fino” em todas as deliberações da pasta realizadas no último mês. Podem ser anulados atos como a nomeação de membros do Conselho Nacional de Educação e a suspensão de novas inscrições do Programa Bolsa Permanência.

Esse foi um dos primeiros pedidos de Mendonça ao assumir a pasta, a convite do presidente em exercício Michel Temer. Servidores do MEC dizem acreditar que a gestão do PT tenha deixado “pegadinhas” ao novo ministro.

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Fernando Bezerra afirma que quem aposta em “briga e divisões” no PSB “quebrará” a cara

Fernando Bezerra

Fernando Bezerra Coelho reforçou que o PSB “está unido” para poder vencer o desafio administrativo.” Vamos unidos, sob o comando de Paulo Câmara, escrever novas páginas na história política de Pernambuco”

Em meio à questão da indicação do deputado Fernando Filho (PSB) para o Ministério de Minas e Energia, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), pai do novo ministro, disse ontem, em Arcoverde, que quem aposta em “briga e divisões” no PSB “quebrará” a cara. O senador integrou a comitiva do governador Paulo Câmara (PSB), que foi inaugurar uma escola técnica estadual e o pátio da Feira de São Cristóvão na cidade.

Fernando Filho aceitou participar do ministério, com o apoio da maioria da bancada socialista na Câmara. A decisão contrariou a resolução da Executiva Nacional do partido de não indicar nem chancelar nomes para ocupar cargos do governo de Michel Temer.

No discurso para os moradores de Arcoverde, Fernando Bezerra fez questão de reafirmar o compromisso com a Frente Popular. “Sou senador pela força da Frente Popular. Sou senador pelo convite que Eduardo Campos me fez para poder representar Pernambuco. E o meu compromisso é com o sucesso do governador Paulo Câmara. Quebrará a cara quem apostar em briga e em divisões”.

Fernando Bezerra Coelho reforçou que o PSB “está unido” para poder vencer o desafio administrativo.” Vamos unidos, sob o comando de Paulo Câmara, escrever novas páginas na história política de Pernambuco”.

Com informações do Diário de Pernambuco

Direção da Comissão do Impeachment vai ao STF discutir próximas etapas do processo

Comissão do impeachment senado

Antonio Anastasia e Raimundo Lira terão uma reunião administrativa com Ricardo Lewandowski

O presidente e o relator da Comissão Especial do Impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antonio Anastasia (PSDB-MG), se reúnem nesta terça-feira (17), às 16h, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski para decidir os próximos passos do trabalho referente ao processo contra a presidente afastada, Dilma Rousseff. Os parlamentares e o ministro estarão acompanhados de equipe técnica.

Em entrevista Raimundo Lira explicou ser necessária toda uma adequação jurídica no funcionamento da comissão. Além disso, afirmou que o rito a ser adotado será o mesmo de 1992, quando do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.

“Qualquer mudança a essa altura poderia criar condições para judicialização, o que não é conveniente. Nós temos que ter todos os cuidados e cautelas, além de seguir rigorosamente o que preconiza a lei”, acrescentou o senador da Paraíba.

As reuniões da Comissão Especial do Impeachment só devem ser retomadas na terça-feira (24). Raimundo Lira esclareceu que esse calendário atende a pedido de alguns senadores que estão em viagem oficial ao exterior. Neste primeiro encontro, os parlamentares deverão definir o cronograma das atividades.

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Temer escolhe Maria Silvia Bastos Marques para presidência do BNDES

Ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ex-secretária de Finanças da Prefeitura do Rio de Janeiro e ex-diretora do próprio BNDES, Maria Silvia Bastos Marques é a primeira mulher indicada para a equipe de Temer /Imagem de internet

Ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ex-secretária de Finanças da Prefeitura do Rio de Janeiro e ex-diretora do próprio BNDES, Maria Silvia Bastos Marques é a primeira mulher indicada para a equipe de Temer /Imagem de internet

A economista Maria Silvia Bastos Marques será a nova presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou no final da tarde desta segunda-feira a assessoria do presidente em exercício, Michel Temer.

Ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ex-secretária de Finanças da Prefeitura do Rio de Janeiro e ex-diretora do próprio BNDES, Maria Silvia Bastos Marques é a primeira mulher indicada para a equipe de Temer depois do anúncio pelo presidente em exercício de um ministério exclusivamente masculino.

A ausência de mulheres e negros do ministério de Temer foi objeto de crítica da presidente afastada Dilma Roussef.

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PT vai usar impopularidade de Temer contra governo

“O governo interino de Temer não é afeito à diversidade e está comprometido com a retirada de direitos sociais conquistados ao longo dos últimos anos. Há grande expectativa no PT de que se possa fazer com que o Senado evite, no processo final do julgamento, o afastamento definitivo de Dilma Rousseff”, disse Humberto Costa/Foto:arquivo

“O governo interino de Temer não é afeito à diversidade e está comprometido com a retirada de direitos sociais conquistados ao longo dos últimos anos. Há grande expectativa no PT de que se possa fazer com que o Senado evite, no processo final do julgamento, o afastamento definitivo de Dilma Rousseff”, disse Humberto Costa/Foto:arquivo

A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira (16) depois que Dilma Roussef foi afastada temporariamente pelo Senado. De acordo com o senador Humberto Costa, que era líder da bancada governista, a legenda está se articulando para fazer oposição ao governo interino de Michel Temer (PMDB) e, para isso, vai usar a militância do PT e a impopularidade do peemedebista.

O partido deverá até divulgar um documento com as diretrizes de ação para os aliados petistas nesta terça-feira (17), após um encontro do Diretório Nacional. A reunião, realizada em Brasília, será um debate sobre a atual conjuntura política.

Em entrevista ao Fantástico nesse domingo, Temer afirmou que não quer tentar a reeleição e não tem medo de ser impopular, desde que tome medidas para tentar acabar com as crises econômica e política.

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Pedido de inquérito contra Dilma tem como alvos ministro e STJ

Cardozo também é um dos alvos do pedido para investigar Dilma por obstrução de Justiça, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro Aloizio Mercadante também é citado no documento enviado pela PGR/Foto:arquivo

Cardozo também é um dos alvos do pedido para investigar Dilma por obstrução de Justiça, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro Aloizio Mercadante também é citado no documento enviado pela PGR/Foto:arquivo

O pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF para investigar a presidente da República afastada, Dilma Roussef por supostamente tentar obstruir o andamento da Operação Lava Jato também envolve membros do Poder Judiciário. Os nomes do presidente, Francisco Falcão, e do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), são citados no documento, enviado ao ministro Teori Zavascki no mês passado.

O procedimento está oculto na Corte e tem como base a delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS). De acordo com o ex-parlamentar, Dilma teria tentado obstruir os andamentos da Lava Jato em ao menos três episódios. Um deles remonta à negociação para nomear Navarro ao STJ.

De acordo com Delcídio, o nome de Navarro foi sugerido pelo ministro Falcão, que estaria alinhado com o governo federal. A intenção, segundo a delação, era de que o novo ministro, ao assumir a relatoria da Operação Lava Jato na Corte, votasse pela soltura dos empreiteiros envolvidos no esquema, como o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht. Navarro, ao assumir a vaga, votou pela soltura dos executivos presos, mas terminou vencido entre os ministros.

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Fernando Filho defende diálogo para resolver problemas do setor elétrico

FERNANDO FILHO CONFRA

O ministro Fernando Filho informou que, nos próximos dias, deve montar e anunciar a equipe que irá auxiliá-lo no ministério. / Foto: arquivo 

O recém-empossado ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, fez no domingo (15) a primeira reunião com representantes de associações do setor elétrico para receber demandas. Dirigentes das associações deixaram o encontro afirmando que o ministro demonstrou disposição para o diálogo e para conduzir uma agenda que traga soluções efetivas para a área de energia elétrica.

“Essas soluções tem de ser negociadas a quatro mãos, duas do governo e duas nossas. Tem de haver esse diálogo e o ministro se mostrou totalmente de acordo com isso”, disse Mário Menel, presidente do Fórum de Associações do Setor Elétrico (Fase) e da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape). Segundo Menel, o objetivo principal é criar um ambiente de negócios que atraia novamente investimentos.

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Temer afirma na TV que não será candidato à reeleição em 2018

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Sobre as críticas pela ausência de mulheres nos cargos de ministros em seu governo, Temer destacou que o mais importante não é ter o rótulo de ministro / Foto: EBC

O presidente interino Michel Temer afirmou neste domingo (15) que não tem a intenção de se candidatar à reeleição. Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Temer disse também que, se for confirmado no cargo para cumprir o mandato até 31 de dezembro de 2018, pretende reduzir o desemprego e entregar à população um país pacificado.

O presidente interino acrescentou que, caso cumpra essas tarefas, se dará por satisfeito. “Se cumprir essa tarefa, me darei por enormemente satisfeito.” Diante da insistência da repórter em questionar se ele não será candidato em nenhuma hipótese, Temer respondeu: “É uma pergunta complicada ‘nenhuma hipótese’. De repente, pode acontecer, mas não é minha intenção. E é minha negativa. Estou negando a possibilidade de uma eventual reeleição, até porque isso me dá maior tranquilidade. Não preciso, digamos, praticar atos conducentes a uma eventual reeleição. Posso até ser impopular, desde que produza benefícios para o país.”

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Coluna da semana – Por Waldiney Passos

Desafios de um novo governo 

Um dos principais desafios do presidente Michel Temer (PMDB) vai ser unir o país em torno de um projeto que possa tirar o Brasil dessa crise política, econômica e moral em que está imerso. Do ponto de vista político o gestor interino vai ter um pouco mais de tranquilidade, uma vez que a grande maioria dos parlamentares está ao seu lado, deve receber cobranças somente de alguns petistas inconformados ainda com o afastamento de Dilma no processo do impeachment, portanto, terá folego maior para arrumar a casa. Na política econômica a semana vai ser de expectativa já que Temer e sua equipe, tendo à frente da Fazenda, o ministro Henrique Meireles, também terá que dar respostas para ver se o mercado reage e pelo menos uma luz no fim do túnel possa clarear e acalmar o cenário nervoso que tem resultado nessa retração e desemprego. A crise moral é que parece ser mais difícil de debelar e, claro, não depende apenas do gestor, mas, se não houver corrupção em demasia em seu governo uma grande parcela de contribuição já seria dada neste sentido.

Mas…..

Entre os 22 ministros do governo Temer, 7 deles foram citados no curso da operação Lava Jato. São eles: Bruno Araújo (Cidades); Raul Jungmann (Defesa); Mendonça Filho (Educação e Cultura); Romero Jucá (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão); Ricardo Barros (Saúde); Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo); e Henrique Eduardo Alves (Turismo).

OAB na Bronca

Eis o X da questão, com tantos envolvidos com a Lava Jato será que o presidente interino não já comete o primeiro erro perdendo a oportunidade de formar um governo totalmente idôneo?  Pois bem, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) questionou através de um comunicado a confirmação deses nomes no ministério de Michel Temer.  “Quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos”, diz o presidente da organização, Claudio Lamachia.

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O governador de Pernambuco Paulo Câmara, amador em fazer política, além de realizar um mandato técnico, sem grandes novidades, inclusive, deixando muito a desejar, principalmente, no sertão do Estado, onde não tem feito grandes obras, cometeu um grande erro semana passada. Expulsar O DEM e PSDB da base de sustentação ao governo pode ter sido o primeiro tiro no pé. Câmara tenta agir e contornar as situações adversas se espelhando na forma de agir do seu padrinho político, ex-governador Eduardo Campos, a diferença é que ele não é líder, não inspira confiança e não tem a habilidade necessária para se impor devido a sua imaturidade política, resultado, pode comprometer a reeleição de Geraldo Júlio a prefeito do Recife e sua própria (reeleição) em 2018.

Perdendo as rédeas 2

Paulo Câmara está com um olho na missa e outro padre, não digeriu ainda a nomeação do Fernando Filho para o ministério das Minas e Energia, sabe que o senador Fernando Bezerra Coelho, rifado na eleição passada, apesar de ser o mais preparado para assumir o governo de Pernambuco, se fortaleceu e muito para disputar o palácio do Campo das Princesas em 2018. Fala-se até no possível surgimento de um novo grupo político formado pelo DEM, PSDB (levados a sair da gestão Paulo Câmara), juntamente com o PMDB, do deputado federal Jarbas Vasconcelos, e com o bloco do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), que já teve vários atritos com o núcleo do governador e do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

4JK5_lESMiguel mais forte

Não foi apenas a Paulo Câmara que a nomeação do deputado Fernando Filho preocupou, os adversários políticos do senador Fernando Bezerra Coelho em Petrolina assistiram a posse com olhar fixo e de cabelos em pé, pois esse novo fato vai mexer e muito com o cenário eleitoral local. Candidatíssimo a prefeito, o deputado Miguel Coelho, que já vinha ganhando espaço com sua simpatia nas Agendas 40, se fortaleceu e muito com a ida do irmão para a pasta de Minas e Energia. Há quem aposte até na desistência de alguns pré-candidatos para apoiá-lo, indicando, inclusive, o vice da chapa socialista. Como na política nada é impossível, tudo pode acontecer.

Menos um

O prefeito Júlio Lossio (PMDB) pode ter se livrado do maior problema nas próximas eleições, a insistência de Guilherme Coelho (PSDB) em sair candidato a prefeito de Petrolina nas próximas eleições. Após a morte do deputado Osvaldo Coelho, Julio decidiu tentar herdar o espólio político do padrinho e, portanto, teria um calo no pé, justamente o filho do homem, Guilherme Coelho, que agora como deputado federal poderia tirar um pouco mais a ideia da cabeça.

Odacy-e-CristinaSituação complicada

A declaração de Adalberto Cavalcante (PTB), que teria procurado o colega Odcay Amorim (PT), juntamente com a ex-deputada Isabel Cristina (PT), para oferecer-lhe a vice na chapa encabeçada pelo petebista para prefeito de Petrolina, colocou em dúvida a segurança que o Partido dos Trabalhadores daria em Odacy para disputar a prefeitura e, devido ao momento político complicado, quais garantias efetivas seriam dadas a ele para viabilizar os gastos com a campanha. ?????

CURTAS

A oposição em Casa Nova-BA ainda não conseguiu definir o nome do candidato a prefeito para as próximas eleições. Enquanto isso o prefeito Wilson Cota vai gastando os R$ 92 milhões que recebeu recentemente e tentando recuperar a rejeição apontada nas pesquisas.

Além do ministério das Minas e Energia tudo indica que o grupo de liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho teria conseguido também a garantia do comando da Codevasf em Petrolina, caso se consolide essa informação o grupo vai se fortalecer ainda mais para as próximas eleições.

Raimunda Sol Posto afirma que o DEM acabou em Petrolina

Raimunda Sol Posto

Raimunda Sol Posto quer retornar à Câmara Municiopal de Petrolina agora pelo PMDB/Foto: Waldiney Passos

Militante histórica do partido Democratas (DEM) em Petrolina, a ex-vereadora Raimundo Sol Posto se sentiu obrigada a deixar a legenda alegando o total desinteresse dos filiados em dar continuidade ao trabalho realizado pelo ex-deputado Osvaldo Coelho. “Permaneci por muitos e muitos anos no Democratas, ainda quando era PFL, o partido acabou, praticamente, e aí não ficou ninguém para responder por esse partido”, lamentou.

Devido a este esvaziamento da legenda Raimunda se disse obrigada a ir para o PMDB de Julio Lossio. “Aguardei até o último dia para decidir se iria ou não ser candidata e procurar um partido para ficar, por isso que tive que tomar uma decisão de ir para o PMDB, porque eu ainda quero colaborar com a minha cidade como vereadora”, justificou.

Prova de fogo para o PSB

Paulo CÂmara, Fernando Bezerra, Mendonça Filho

Sem habilidade política Paulo Câmara (PSB) enfraquece reeleição de Geraldo Júlio e pode se complicar em 2018

Os últimos movimentos do PSB em Pernambuco, evidenciam um racha na Frente Popular, diante das articulações para o pleito municipal. Os efeitos das mudanças trazem riscos não somente para o projeto de reeleição do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), mas também para a do governador Paulo Câmara (PSB) nas eleições de 2018. Eleito com uma base de 21 partidos, o chefe do Palácio do Campo das Princesas poderá ter, nos próprios aliados, seus principais adversários nos embates eleitorais.

Os problemas do PSB começaram com a composição do Governo Temer, que reforçou a consolidação de lideranças em Pernambuco. O presidente interino, Michel Temer, nomeou quatro ministros no Estado: Mendonça Filho (DEM) em Educação, Bruno Araújo (PSDB) em Cidades, Raul Jungmann (PPS) na Defesa e Fernando Filho (PSB) em Minas e Energia.

O anúncio da saída de PSDB e do DEM dos cargos ocupados no Palácio das Princesas – a partir de uma determinação do governador – visto como erro estratégico até mesmo por socialistas, acabou afastando aliados no momento em que eles ganharam ainda mais poder. A justificativa para o movimento foram as candidaturas do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e da deputada estadual Priscila Krause (DEM) que ameaçam a reeleição de Geraldo.

Para o cientista político Vannuci Pimentel, o governador Paulo Câmara começa a pagar caro para reeleger o correligionário e corre o risco de minar pontes com os aliados. “Ele está bancando um preço muito alto, abrindo mão de aliados. Ele foi responsável por unir DEM e PSDB em Pernambuco. Agora, colocou para fora duas forças que podem se unir no futuro”, avaliou.

Para o professor, o PSB errou no timing do anúncio do rompimento. “Foi precitado e repentino fazer isso, logo depois do anúncio dos ministros. O governador poderia buscar uma saída mais negociada até para deixar as portas abertas para o segundo turno do Recife, mas acabou unindo PSDB e DEM na oposição”, criticou.

Outra ameaça poderá vir, até mesmo, de dentro do PSB. O grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) ganhou força ao emplacar um ministro no Governo Temer mesmo sem chancela da Executiva Nacional socialista e atua de forma independente nas hostes da sigla. “Petrolina sempre foi um tanto dissidente. O PSB já criou problemas demais com os aliados, não vale a pena entrar em uma disputa caseira. É preciso que as lideranças adotem um tom conciliador”, disse.

O cientista político Elton Gomes avalia que a frente sustentada pelo PSB é ampla demais para não apresentar problemas devido ao excesso de interesses e aliados para contemplar. Diante do desafio, a prova de fogo dos apadrinhados de Eduardo Campos, Geraldo Julio e Paulo Câmara, deverá ser a campanha do Recife. “Sem Eduardo Campos e com a necessidade de defender seu projeto, a eleição do Recife será o verdadeiro teste de fogo de Paulo Câmara e Geraldo Julio”, avaliou.

Com informações da Folha de Pernambuco

OAB critica nomeação e defende saída de ministros investigados na Lava Jato

Presidente em exercício pediu confiança aos brasileiros/Foto: Marcos Correia

Sete ministros são investigados pela Operação Lava Jato /Foto: Marcos Correia

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, criticou a nomeação de ministros investigados ou citados na Operação Lava Jato pelo presidente interino, Michel Temer, e disse que poderá avaliar o uso de instrumentos jurídicos para pedir o afastamento de ministros que venham a se tornar réus.

“Quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos. Faço o alerta de que a nomeação de investigados contraria os anseios da sociedade e não deveria ser feita”, disse Lamachia em nota.

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Proposta de fim da correção da aposentadoria pelo salário mínimo vai gerar polêmica

idoso

O plano Temer defende que “os benefícios previdenciários dependem das finanças públicas e não devem ter ganhos reais atrelados ao crescimento do PIB, apenas seu poder de compra.

0A desindexação da correção das aposentadorias do salário mínimo será o ponto mais impopular da proposta de Reforma da Previdência do governo Temer. Sindicatos e associações de aposentados e pensionistas vão se mobilizar para evitar a aprovação no Congresso Nacional. No plano “Uma ponte para o futuro”, os peemedebistas defendem que o salário mínimo não é um indexador de rendas, mas um instrumento próprio do mercado de trabalho. A ideia seria substituir a correção do mínimo pelos índices de inflação, como INPC ou IPCA.

“Acreditamos que esse item terá uma tramitação bastante complexa no Congresso. Os parlamentares não podem permitir que se cometa uma atrocidade dessas. Somos a favor que a Previdência seja reformada, mas isso tem que ser feito com responsabilidade. Cerca de 60% dos aposentados recebem salário mínimo e se a correção passar a ser pela inflação vai se criar uma parcela de miseráveis, recebendo menos do que um salário mínimo”, avalia o advogado especialista em Direito Previdenciário e consultor jurídico do Centro Paulista de Apoio aos Aposentados e Servidores Públicos, Willi Fernandes.

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De olho em 2018, PSDB e DEM já pensam em reedição da União por Pernambuco

Como ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) comanda programas importantes, como o Minha Casa, Minha Vida, e poderá circular entre os prefeitos pernambucanos;Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Como ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) comanda programas importantes, como o Minha Casa, Minha Vida, e poderá circular entre os prefeitos pernambucanos;Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Levados a sair da gestão Paulo Câmara (PSB), integrantes do PSDB e do DEM já falam, nos bastidores, no possível ressurgimento do mesmo grupo político que formou, lá atrás, a União por Pernambuco; agora capitaneado pelo PSDB, de olho nas eleições de 2018. O cálculo não exclui o PMDB, do deputado federal Jarbas Vasconcelos, nem uma aproximação com o bloco do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), que já teve vários atritos com o núcleo do governador e do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

“O que se encaminha é o surgimento de um novo polo de poder. Ou você acha que PSDB, DEM e outros partidos não vão conversar para criar um novo polo político em Pernambuco? Forçadamente, o PSB vai alimentando a construção dessa frente”, alerta um tucano.

A empolgação é resultado, principalmente, das nomeações dos deputados federais Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM) para os ministérios do governo Michel Temer; o que já teria modificado a correlação de forças no Estado. A hegemonia que o PSB conquistou durante a gestão Eduardo Campos não seria mais a mesma, na leitura de observadores. O desempenho da gestão Temer, que também conta com Fernando Filho (PSB) em Minas e Energia, pode ser fundamental para consolidar essa movimentação.

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Corte de cargos de Temer só gera economia simbólica

Michel Temer

É a menor quantidade desde o primeiro governo do tucano FHC, cujo primeiro escalão contava em 1995 com 24 nomes.

A redução do número de ministérios promovida e o corte de cargos prometido pelo governo Michel Temer proporcionarão, ao menos de imediato, uma economia apenas simbólica de despesas. Com o novo desenho da Esplanada, o número de pastas já caiu de 32 para 25 –serão 23, conforme as intenções anunciadas, quando o presidente do Banco Central e o titular da Advocacia ­Geral da União perderem a condição de ministro, o que depende de mudanças na legislação.

Trata­-se da menor quantidade desde o primeiro governo do tucano FHC, cujo primeiro escalão contava em 1995 com 24 nomes. Entretanto, menos ministérios não é o mesmo que menos gastos. Autarquias, fundações, ações de governo e servidores pertencentes às pastas extintas foram simplesmente realocados em outras. Em tese, a medida pode resultar em melhoras de gestão. No curto prazo, o dinheiro poupado não vai muito além dos salários das autoridades.

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, anunciou que a meta fixada de corte é de 4.000 cargos até o final do ano –presumivelmente, do universo de cerca de 23 mil cargos de livre nomeação existentes no Executivo, dos quais 21,7 mil estavam ocupados em janeiro, segundo os dados mais atualizados. A informação havia sido antecipada pelo Painel da Folha.

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