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O senador afastado Aécio Neves enviou uma carta aos senadores sobre sua situação. No texto, Aécio diz ser vítima de “trama tão ardilosa construída” e que está “indignado” diante da violência a que foi submetido. A carta foi enviada para os 80 senadores.
Para o senador afastado, as medidas cautelares a que foi imposto “se sustentam em uma gravação feita de forma clandestina, portanto criminosa, por um réu confesso, Joesley Batista, em busca dos extraordinários benefícios de sua delação premiada”.
O senador foi gravado em negociações sobre um repasse de R$ 2 milhões. Em sua defesa, Aécio afirma que a quantia foi um empréstimo pessoal. No áudio, ele também aparece falando sobre “matar” um intermediário.
Veja a carta enviada por Aécio Neves:
Aos meus pares
Nesta terça-feira, o plenário do Senado Federal irá deliberar sobre a manutenção ou não de sanções que me foram impostas por votação dividida da Primeira Turma do STF, entre elas o afastamento do mandato que me foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros, além do recolhimento domiciliar noturno.
Caro colega,
Talvez você possa imaginar a minha indignação diante da violência a que fui submetido e o sofrimento causado a mim, à minha família e a tantos mineiros e brasileiros que me conhecem de perto em mais de trinta anos na vida pública, como parlamentar e como governador de Minas Gerais.
Só vejo um caminho para enfrentar trama tão ardilosa construída, como se sabe agora, com a participação de agentes públicos ligados à Procuradoria Geral da República ao lado de empresários inescrupulosos que não se constrangem em acusar pessoas de bem para obter os benefícios que buscavam.
Em razão da gravidade do que será decidido, tanto em relação a mim, pessoalmente, quanto ao próprio Senado, tomo a liberdade de encaminhar-lhe de forma bastante objetiva alguns esclarecimentos para os quais desde já agradeço sua atenção.