Espetáculo de dança para crianças ‘Debaixo D’Água’ circula por Pernambuco

O Coletivo Trippé inicia essa semana uma circulação pelo estado de Pernambuco com o espetáculo de dança para crianças “Debaixo D’Água”. O projeto deve passar por quatro cidades do estado com diversas ações. A primeira parada é em Ouricuri (PE), que recebe o grupo no sábado (23) e domingo (24).

Na cidade do Sertão do Araripe, as ações serão sediadas no Cine-teatro da Praça CEU. Nos dois dias serão realizadas apresentações gratuitas para o público, sempre às 19h. As sessões serão seguidas por bate-papos com o elenco e devem contar com a presença de uma intérprete de Libras.

No domingo, também será oferecida uma oficina de dança para as crianças, das 14h às 17h. Para participar não precisa de inscrição.

“Debaixo D’Água” reúne quatro bailarinos que brincam com objetos recicláveis em uma coreografia lúdica sobre o universo da água, chamando atenção para o cuidado com o meio ambiente. A obra, que estreou em 2018, já foi apresentada mais de 40 vezes, em temporadas e festivais por diversos estados brasileiros.

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Exposição ‘Arte que Encanta os Sentidos’ vai ser realizada na Casa da Cultura, em Salgueiro

A exposição “Arte que Encanta os Sentidos”, da artista Aline Sá, vai ser realizada de 13 a 26 de março, das 8h às 18h, na Casa da Cultura, em Salgueiro, Sertão de Pernambuco.

De acordo com a artista, que passou alguns anos longe da sua terra natal, a arte tem sido a conexão com as raízes dela, uma forma de manter viva a chama da cultura e tradições. E que esta exposição é uma celebração dessa conexão, uma homenagem à beleza e à diversidade do município e das pessoas que a tornam tão especial.

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Arte e cultura de toda a Bahia se unem na 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária

Uma diversidade de peças únicas e diferenciadas, do melhor do artesanato da Bahia. Tudo isso e muito mais você encontra na tenda Artesanato da 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Lá, o público pode conhecer e adquirir, até este domingo (17/12), bonecas, cerâmicas, renda de bilro, cestarias, bolsas, velas decorativas e aromatizadas, acessórios, sabonetes, e muitas outras peças artesanais vindas de todos os territórios de identidade do estado.

Do território de identidade Bacia do Rio Corrente veio Edite Lopes de Souza, da comunidade Barreiras dos Gerais, município de Tabocas do Brejo. Ela é engenheira agrônoma e terapeuta homeopata e trabalha com a produção de sabonetes artesanais, da marca Aroma dos Gerais, com plantas do Cerrado como Jatobá do campo e Buriti considerada a árvore da vida por ter todas as partes da planta aproveitada, além de xaropes. “Estou aqui defendendo o Cerrado em pé e busco para a minha vida e o meu entorno uma melhor qualidade de vida. 90% das plantas do Cerrado tem propriedades alimentícias e medicinais e nós precisamos divulgar isso para a Bahia e o mundo”.

Anália Fabiane, que trabalha com transporte escolar e com turismo, é moradora do bairro Costa Azul e, em visita à Feira, conheceu a Tenda do Artesanato e já garantiu alguns itens. “Estou gostando de ver a cultura dos quilombos e produtos de outros estados. Está sendo muito gratificante para mim ver todo o desempenho e os costumes da nossa região”.

Quem visita a Tenda do Artesanato tem ainda a oportunidade de conhecer Dinoélia, da Associação das Rendeiras (Rendavan) de Dias D’Ávila, do território de identidade Metropolitano de Salvador, que é mestra imortal em renda de Bilro pela Unesco, “Para mim, estar aqui fazendo parte desse evento maravilhoso, junto com minha bandeira, que é a do artesanato tradicional, é de grande relevância para mim. É uma oportunidade muita rica estar aqui apresentando a nossa cultura”.

Diversidade e qualidade da 14ª Feira Baiana
A Feira conta com 27 armazéns, Tenda Quilombola, Indígena, Tenda Brasil, Feira Agroecológica e mais de três mil produtos sendo comercializados. Ao escolher presentes na Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, os consumidores não apenas adquirem produtos únicos, mas também contribuem para a preservação das tradições culturais e para o fortalecimento da economia local. A Feira conta ainda, pela primeira vez, com coleta de resíduos sólidos.

A 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-Bahia), com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).

Fotos: Ascom CAR

Silvia Costa-Ascom

Petrolina recebe a 15ª edição do Salão de Arte Contemporânea do Sesc

A Galeria de Artes Ana das Carrancas, do Sesc Petrolina, abre na terça-feira (28) às 19h, a décima quinta edição do Salão de Arte Contemporânea do Sesc – UNICO. Foram escolhidas nove propostas artísticas, uma proposta curatorial e uma proposta educativa para o Salão em todo o Estado.

Na cidade, serão apresentados três trabalhos: “Novos Territórios: Rituais para abrir caminhos”, de Santiago; “Raízes e Flores: Narrativas Afro-botânicas”, obra de Letícia Rodrigues; e “Alimento”, de Lissa Andrade. Os demais poderão ser vistos na Galeria Casa Amarela e na Galeria Corbiniano Lins, em Recife.

A mostra poderá ser visitada gratuitamente pelo público de 29 de novembro de 2023 a 25 de fevereiro de 2024, de quarta a sexta-feira, das 8h às 19h, sábados das 16h às 20h e domingos das 12h às 16h. A entrada é gratuita. Em Petrolina, a mostra conta com o apoio da UNIVASF, por meio do colegiado de Artes Visuais e da DACC (Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias).

Brasil participará da Bienal de Dança na África

A partir do dia 20 deste mês, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) – por meio do Instituto Bem Cultural – levará 12 programadores de festivais de dança ou multiartísticos de diferentes regiões do Brasil para participar da Bienal de Dança na África, durante a 10ª edição do Kinani – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea, na cidade de Maputo, capital de Moçambique, até o próximo dia 26.

A iniciativa é uma das ações inaugurais do Programa de Internacionalização das Artes, que está sendo construído pela Funarte, junto ao Ministério da Cultura, no âmbito da Política Nacional das Artes.

A presidente da Funarte, Maria Marighella, fará duas apresentações no encontro. A primeira será no dia 23, às 10h, no Painel Sul Sul, na Galeria do Porto de Maputo; e, a segunda, na mesa Funarte Brasil-Conexões Internacionais, no Centro Cultural Franco – Moçambicano, no dia 25, às 10h.

Maria Marighella e o diretor de Artes Cênicas da fundação, Rui Moreira, vão acompanhar o grupo de programadores brasileiros na apresentação dos seus respectivos festivais de dança ou trabalhos independentes, além dos espetáculos de 20 artistas e coletivos indicados, que serão representados pelos gestores no evento.

Entrecruzamento
A presidente da Funarte disse que a instituição tem o objetivo de cooperar na construção de estratégias de ampliação do entrecruzamento de profissionais e projetos de diferentes países e ações.

“Moçambique é um país com o qual compartilhamos um idioma e, também, muitas faces da história. Por tudo isso, a Funarte celebra a importância global da Bienal de Dança da África e da Kinani como plataforma importante na promoção da dança contemporânea há dez anos”, afirmou.

Ela acredita que a realização dessa ação, que articula diferentes agentes artísticos, instituições e iniciativas na criação de uma malha de internacionalização e no estímulo a múltiplas cooperações, pode contribuir para fortalecer os laços bilaterais e mover outros imaginários em torno da potência criativa, da riqueza e da diversidade dos dois povos.

O encontro de programadores de dança em Moçambique visa fortalecer o papel da linguagem enquanto ato cultural, artístico, socioeconômico e político, além de tornar perceptível o atual estágio da criação contemporânea de dança, informou a Funarte, por meio de sua assessoria de imprensa.

A programação será desenvolvida em diferentes centros culturais e espaços alternativos da capital moçambicana: Praça da Independência, Jardim Tunduru, Centro Cultural Franco-Moçambicano, Galeria do Porto de Maputo, Teatro Avenida, Centro Cultural Moçambique-China, Cine-Teatro Scala, Sé Catedral de Maputo, Correios de Moçambique, Cine África, 4º Andar e Bairro Polana Caniço.

Delegação
A delegação apoiada pela Funarte é constituída por programadores que representam a diversidade brasileira. São eles: João Fernandes, diretor do Mova-se Festival, de Manaus: Jacob Bezerra, diretor e curador do Junta Festival, de Teresina; David Linhares, diretor da Bienal de Dança do Ceará, de Fortaleza; Verusya Santos, diretora do Festival de Dança, de Itacaré (BA); Daniele Sampaio, curadora do Cena Contemporânea, de Brasília; Priscila Patta, diretora da Rede Sola, de Belo Horizonte; Nayse Lopez, diretora do Panorama Festival, do Rio de Janeiro; Estela Lapponi, performer, videoartista e integrante do Grupo de Trabalho Funarte Acessibilidade, de São Paulo; Gabi Gonçalves, produtora do Faroffa, de São Paulo; e Thiago Piragira, curador do Porto Alegre em Cena, de Porto Alegre.

Agência Brasil

Especial do Fervo Festival abre o segundo mês do projeto Vozes Ribeirinhas em Petrolina-PE

Uma noite explosiva de música e expressão artística, hoje (03) será realizado em Petrolina-PE uma edição especial do Festival Fervo. Os artistas OThierri e Killauea, duas vozes da comunidade LGBTQIP+ do Vale do São Francisco, unem-se para apresentar um repertório autoral a partir das 20h. O evento é realizado na Galeria Casarão e tem entrada gratuita.

O show “Sana-karma” é uma fusão das duas eras distintas das artistas, OThierri e Killauea. Combinando os trabalhos “INSANA”, de Killauea, e “KARMA”, de OThierri, ambos EPs lançados de forma independente em 2021, esses artistas ribeirinhos se unem para cantar, comunicar, questionar e aproximar diferentes existências.

O evento marca mais uma edição do Fervo Festival, um projeto independente que promove programação LGBTQIAP+ em Petrolina desde 2021. Integrado à programação do projeto Vozes Ribeirinhas, uma ocupação musical com shows autorais de artistas do Sertão do São Francisco, o festival busca criar um espaço inclusivo para a expressão artística e o fortalecimento das vozes locais.

O projeto é realizado pela Pipa Produções, em parceria com o Casarão Bar e Restaurante e o portal Culturama. Conta ainda com o incentivo do Governo de Pernambuco através do Funcultura da Música.

Fervo Festival 2023

Artistas: OThierri e Killauea

Data: Sábado, 03/06/2023

Horário: 20h

Local: Galeria Casarão

Endereço: Galeria Casarão, Rua Marechal Deodoro, 969, Centro, Petrolina-PE (na Petrolina Antiga, próximo aos sebos).

Entrada gratuita

 

Ascom

Coletivo Trippé celebra mês da dança em escolas públicas de Petrolina

Escolas públicas da área ribeirinha de Petrolina (PE) receberam essa semana atividades do Coletivo Trippé, incluindo espetáculo de dança, oficina para crianças e palestras para os professores. As ações começaram na Agrovila Massangano, na segunda (17), e também chegaram à Ilha do Massangano, na quarta (19).

A professora Brasiliana de Sousa Alves, que trabalha na Escola Municipal Moisés Barreto, diz que receber o projeto foi uma experiência enriquecedora para a comunidade escolar. “As crianças amaram esse projeto. Para elas, foi bastante divertido, algo que usa o lúdico”, afirma.

O projeto ‘Debaixo D’Água em comunidades ribeirinhas’ realiza um circuito de apresentações e atividades formativas para levar a dança a oito comunidades ribeirinhas da cidade. Iniciadas em abril, no mês do Dia Internacional da Dança (29/04), as atividades seguem até o final de maio. Todas as apresentações contam com acessibilidade com intérprete de Libras.

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8ª Semana Universitária de Artes (SUA) acontece de 24 a 28 de abril no Campus Juazeiro

A 8ª Semana Universitária de Artes Visuais (SUA) será realizada a partir da próxima segunda-feira (24), no Campus Juazeiro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O evento é promovido pelo Diretório Acadêmico de Artes Visuais (Darvis) com apoio do Colegiado de Artes Visuais (Cartes). Com o tema “Arte e Política”, a SUA é aberta ao público e acontecerá até sábado (29).

A programação é composta por mesas redondas, palestras, oficinas e exposições que contarão com a participação de egressos do curso. As atividades serão realizadas no Galpão de Artes Visuais. As inscrições para as oficinas podem ser feitas até sábado (22) por meio de formulário on-line. Mais informações sobre o evento estão disponíveis no Instagram do Darvis.

Fala Periferia! é lançado em Serra Talhada em tarde histórica

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), fez a convocação e a galera chegou junto. Foi lindo demais! O Fala Periferia: 1º Encontro de Expressões Culturais das Periferias de Pernambuco, realizado no último sábado (15), em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, cumpriu sua missão primordial: levar informação e escutar a comunidade artística popular contemporânea do Estado. E foi pura emoção.

O evento, realizado na Câmara Municipal da Capital do Xaxado, teve o start com apresentação do secretário estadual de Cultura, Silvério Pessoa; do secretário executivo de Cultura, Leo Salazar; e da prefeita Márcia Conrado. Participaram artistas e agentes e gestores/as culturais de Serra Talhada e municípios da região.

Silvério lembrou da importância de cultura e educação andarem juntas e de mãos dadas e do que ele chama de pedagogia da cultura: “Vocês podem aprender a ter acesso aos recursos do MinC (Ministério da Cultura). É essa a nossa função aqui”.

O recado sobre a Lei Paulo Gustavo foi dado pela integrante do Núcleo de Apoio aos Municípios, Carol Zirpoli, e pela gerente de Políticas Culturais da Secult-PE, Milena Evangelista. Foram dados toques sobre a utilização dos recursos da LPG, a importância das escutas da sociedade civil, prestação de contas, desconcentração territorial, propostas de instrumentos e editais específicos para culturas das periferias, povos tradicionais e originários, segmentos culturais e bens titulados como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Houve apresentações de DJ, b’boys e poetas, novos e experientes, que chegaram a se emocionar falando do quão importante é a abertura de um espaço como esse para quem faz arte na periferia. Na hora do microfone aberto, algumas demandas foram apresentadas e devidamente anotadas para que possam ser dados encaminhamentos sobre as necessidades de artistas da região.

O encontro terminou em clima de festa, com show da rapper e coquista Jéssica Caitano, vocalista da banda Radiola Serra Alta.

A íntegra do Fala Periferia! em Serra Talhada pode ser conferida no canal da Secult-PE noYouTube.

Em breve serão divulgadas as datas e os locais das próximas edições do Fala Periferia que acontecerão no Agreste, na Zona da Mata e na Região Metropolitana do Recife.

Ascom

Espetáculo teatral incentiva estudantes da rede de Petrolina a respeitarem as diferenças

O acesso à cultura é um dos direitos fundamentais garantidos às crianças. Ciente disso, a Prefeitura de Petrolina, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, proporcionou essa semana muita interação e diversão aos estudantes da rede de ensino, através da 10ª edição do Projeto ‘Diverte Teatro Viajante’, apresentada pela Trupe da Meia Noite e do Meio Dia. O grupo, que está em turnê por Pernambuco com a peça infantil “Diversidade”, passará ainda por outros sete Estados: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará e Tocantins e conta com o incentivo do Ministério da Cultura e da Bayer.

As apresentações foram realizadas nas Escolas Municipais José Joaquim, Walter Gil e Laurita Coelho Leda Ferreira e abordaram a diversidade do ponto de vista étnico-racial, enfatizando a importância de aprender a conviver com as diferenças. As apresentações tiveram 60 minutos de duração e foram idealizadas pela própria trupe, combinando raízes mambembes com o teatro moderno. Com o pátio das unidades de ensino lotados, os estudantes puderam ver de forma lúdica a importância do respeito sobre as diferenças de cor da pele, origem e religião, de forma a romper com barreiras do preconceito, salientando que todos podem contribuir para a construção de um mundo melhor, com mais justiça e união

A diretora de Programas e Projetos da Secretaria, Silvana Araújo, acredita que a arte e a cultura têm fundamental importância para a formação intelectual e social das crianças e jovens, pois proporciona a diversão, reflexão e troca de experiências entre os envolvidos. “Proporcionamos um dia diferente aos nossos estudantes, pois o teatro traz consigo a ludicidade e a mensagem passada na história da peça é muito importante para a construção moral das nossas crianças. É um espetáculo lindo, que mostra que todos somos diferentes e capazes de alcançar nossos sonhos, independentemente da cor de pele, origem ou religião. O intuito foi refletir as diferenças e trabalhar a autoaceitação. Isso eleva a autoestima, promove um ambiente de respeito e inibe o bullying”, afirma Silvana.

 

Elaine Barbosa  – Ascom Secretaria de Educação, Cultura e Esportes

Fotos: Deivid Menezes

Serra Talhada é a primeira parada do projeto Fala Periferia!, promovido pela Secult-PE

Mais uma ação de interiorização do Governo de Pernambuco, capitaneada pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), cai na estrada, este fim de semana, descentralizando suas ações e estreitando as distâncias na área cultural. Este sábado (15), estreia o Fala Periferia!: 1º Encontro de Expressões Culturais das Periferias de Pernambuco. A primeira parada acontece no município de Serra Talhada (Sertão do Pajeú), a Capital do Xaxado e terra natal de Lampião, distante 412 quilômetros do Recife. As próximas edições acontecem em Caruaru (Agreste), em junho; Goiana (Zona da Mata), em agosto; e no Recife, em outubro.

Gestores/as e agentes culturais e artistas se reúnem na Câmara Municipal, a partir das 13h, para uma tarde de troca de ideias, escutas, propostas e demandas em torno da cultura popular contemporânea pernambucana. Além de apresentações e bate-papos, estão previstas intervenções de artistas locais e show da rapper e coquista Jéssica Caitano, vocalista da banda Radiola Serra Alta.

“Não espere nada do centro/se a periferia está morta.” Os versos da canção Destruindo a Camada de Ozônio (Fred 04, Tony Regalia & Fábio Malandragem), do álbum Guentando a Ôia (1996), da banda Mundo Livre S/A, deu o alerta há quase três décadas.

Com o Fala Periferia!, as mais diferentes linguagens da cultura popular contemporânea, do Litoral ao Sertão, estão contempladas: hip hop, skate, passinho, tatuagem, poesia, batalha, DJ, pintura, moda e tudo o que está vinculado ao movimento das expressões da periferia. Todas, todos e todes estão convocados a participar e mobilizar suas redes de interesse e veículos de comunicação da região.

Serão realizadas ações de escuta das demandas centrais dos agentes das culturas periféricas; definição de prioridades para a formulação da política cultural para os segmentos envolvidos; identificação de aspectos positivos que levam ao êxito de expressões em foco; apreensão dos conceitos e das ferramentas para a gestão cultural visando instigar e empoderar para autonomia empreendedora para além dos editais; e eleição de representantes do Fala Periferia! com ao menos um preposto por linguagem artística. As inscrições para participação são realizadas no local.

“Vamos conversar, ouvi-los, escutá-los e, ao mesmo tempo, caso queiram apresentar um trabalho, vamos estar lá, de coração aberto”, afirma Silvério Pessoa. “É um momento inicial de uma grande movimentação a partir desse primeiro encontro.”

A programação tem início com uma apresentação de Silvério sobre os planos da Secretaria de Cultura e as linhas estruturadoras da nova política cultural do Estado. Em seguida, o secretário-executivo de Cultura, Leo Salazar, explica as linhas gerais das políticas de fomento, particularmente das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc.

Esta semana, no Recife, Silvério Pessoa, recebeu na Secult-PE, a coordenadora da Central Única das Favelas (Cufa), Altamiza Melo, que vem prestando consultoria ao Fala Periferia! devido a sua experiência junto às comunidades, às expressões artísticas das periferias e experiência como a feira Expo Favela. Em Serra Talhada, a Cufa e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) contam com estandes no local visando mapear atividades culturais, de artistas e grupos; realizar cadastro cultural de grupos, artistas e produtores; e prestar informações sobre empreendedorismo, gestão e políticas culturais.

Isso é cultura. Isso é Pernambuco. Solte o verbo que isso é FALA PERIFERIA!

Serviço:

Fala Periferia!: 1º Encontro de Expressões Culturais das Periferias de Pernambuco

Sábado (15), às 13h

Câmara Municipal de Serra Talhada (Rua Enock Ignácio de Oliveira, 1280 – Nossa Sra. da Penha, Serra Talhada)

Entrada aberta ao público

Espetáculo da Paixão de Cristo será apresentado no distrito de Vermelhos em Lagoa Grande

Nesta sexta (7) e sábado (8), Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco, será palco para o espetáculo sacro da Paixão de Cristo. A apresentação será, sempre às 20h, no estacionamento da Enoteca, no distrito de Vermelhos. O evento é gratuito.

O espetáculo é uma iniciativa do grupo Jovens Unidos Esperançosos Sempre Disponiveis (Juesd). As apresentações começaram em 2009 e são inspiradas nos ensinamentos religiosos. Desde então, as encenações passaram a ser apresentadas todos os anos na sexta feira da paixão, no distrito de vermelhos. De 2017 a 2022, as apresentações chegaram também ao distritos de Jutaí e na sede da cidade.

Projeto do Sesc estreia com música inédita de João Gilberto

O projeto musical Relicário, de resgate dos áudios de shows históricos realizados em unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) nas décadas de 1970, 1980 e 1990, estreia nesta quarta-feira (5), com gravação inédita de João Gilberto, de 1998, no Sesc Vila Mariana. O musical foi remasterizado e formatado como álbum digital. O álbum duplo João Gilberto ao Vivo no Sesc 1998 reúne 36 músicas e será disponibilizado com exclusividade e gratuitamente, a partir desta quarta-feira (5), na plataforma Sesc Digital. A capa do álbum é reprodução do grafite feito pelo artista visual Speto, em 2020, em homenagem a João Gilberto.

“A gente lança o single em todas as plataformas, já entra no Sesc Digital para ser ouvido na íntegra e, no dia 27, faz o lançamento em todas as outras plataformas e lança ele fisicamente também, em CD duplo”, informou à Agência Brasil o gerente do Centro de Produção Audiovisual do Serviço Social do Comércio (Sesc), Wagner Palazzi.

A novidade é que nessa gravação foi encontrada uma canção inédita, Rei sem Coroa, que João Gilberto cantava nos shows, mas nunca havia gravado, e que chega ao público agora, 25 anos depois da apresentação histórica na unidade do Sesc, em São Paulo. A faixa inédita também estará a partir de hoje nas principais plataformas de streaming (transmissão de conteúdos pela internet). A ideia da instituição, com o projeto Relicário, é tornar a riqueza desse acervo cada vez mais acessível ao público.

A canção Rei sem Coroa é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que foi morar no Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro, após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra Mundial.

Segundo Wagner Palazzi, há alguns anos, o Centro de Produção Audiovisual do Sesc tinha a ideia de criar um acervo audiovisual para reunir todos os registros guardados na instituição, de forma catalogada e de modo que pudessem ser consultados.

“Uma coisa que foi feita foi ir atrás dos áudios espalhados que tinha nas unidades [do Sesc]. Durante algum tempo, os acervos eram individualizados e a gente começou a juntar isso em um lugar só.”

Seleção

Uma primeira seleção envolveu 300 shows realizados nas unidades regionais do Sesc. O trabalho verificou a qualidade dos áudios, uma vez que o material é muito antigo, reunindo desde fita de rolo, cassete, fita DAT (digital audio tape). “A gente digitalizou todo esse material e começou o trabalho de ouvir isso”. Foi quando as pessoas lembraram do show de João Gilberto no Sesc Vila Mariana, em 1998. Para surpresa dos envolvidos, a fita tinha uma “qualidade incrível”, destacou Palazzi.

A decisão, então, foi abrir o projeto Relicário com o álbum duplo de João Gilberto, considerado “um dos grandes nomes da música popular brasileira, como Pixinguinha, Tom Jobim e outros”, afirmou o gerente do Centro de Produção Audiovisual. “A gente achou que seria importante começar com esse tesouro.” A faixa instrumental Um Abraço no Bonfá, homenagem ao violonista Luiz Bonfá (1922-2001), é a única música de autoria de João Gilberto interpretada na apresentação no Sesc Vila Mariana.

O lançamento do álbum duplo do cantor celebra os 25 anos da apresentação no local. A unidade havia sido inaugurada em dezembro de 1997 e o “pai” da bossa-nova era um dos primeiros grandes nomes a pisar no palco daquele teatro. João Gilberto estava em turnê para celebrar os 40 anos da bossa-nova, com shows agendados em Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Maceió. São Paulo recebeu três dias de apresentações, sendo a última, em 5 de abril de 1998, a fonte para o material do projeto Relicário. Conhecido por seu perfeccionismo, na época João fez apenas quatro pedidos para a realização do show: um banco para piano, um tapete persa, uma mesa para violão e a acústica perfeita. As informações foram divulgadas pelo Sesc, por meio de sua assessoria de imprensa.

Memória

Para preservar também a memória da instituição, o projeto Relicário incluiu, além das canções, textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias veiculadas na imprensa, à época, que o público poderá acessar também de forma gratuita no site sescsp.org.br/relicario.

“É uma pesquisa que a gente está fazendo, porque eu acho importante contextualizar. Com esse lançamento, a gente espera estar contribuindo, de alguma maneira, para a preservação da memória da música brasileira. E isso faz parte, não só ouvir, mas tudo que está envolvido ali no meio. Poder entender o que foi falado na época, poder ver. Por isso, são encomendados textos para situar a pessoa que ouvir o show.

Atualmente, o Sesc realiza cerca de 5 mil shows por ano em suas 44 unidades regionais. “Tem muita coisa gravada, que o artista autorizou”. O que dá mais trabalho é correr atrás dos direitos autorais, informou Wagner Palazzi. No caso do álbum de João Gilberto, disse que os três filhos do cantor (Bebel Gilberto, João Marcelo e Luísa) foram muito parceiros. “A Bebel acabou fazendo a supervisão artística de tudo.”

Segundo Palazzi, mais quatro shows já estão “na ponta da agulha para serem lançados ainda este ano”. O primeiro será uma apresentação de Zelia Duncan, feita em 1997, no Sesc Pompeia, que teve participação do musicólogo Zuza Homem de Mello, com o projeto Ouvindo Estrelas, em que ele entrevistava pessoas no palco. “Era um show-entrevista, uma conversa descontraída”, conta o gerente. Essa apresentação será lançada somente no Sesc Digital, mas não comercialmente. Palazzi destacou que os outros três espetáculos serão grandes surpresas dos anos de 1970, 1980 e 1990.

Selo Sesc

Desde 2004, o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto nas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Entre as obras audiovisuais em DVD, destaca-se a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc.

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