Agricultores de Campo Alegre de Lourdes devem comercializar R$ 750 mil em produtos no PNAE municipal

No próximo dia 11 de abril, mais de 60 agricultores e agricultoras familiares de Campo Alegre de Lourdes apresentarão propostas à Prefeitura Municipal para o fornecimento de alimentos destinados à alimentação dos estudantes da rede municipal de ensino através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

A diversificada lista de produtos inclui desde carne caprina até mel, com a expectativa de comercializar aproximadamente R$ 750 mil ao longo do ano.

O apoio técnico da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), através do projeto Pró-Semiárido, em colaboração com o Serviço de Assessoria a Organizações Populares (Sasop), tem sido crucial para a organização e capacitação das famílias agricultoras, possibilitando não apenas o aumento da produção, mas também a obtenção da documentação necessária para acessar o PNAE.

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Arte e cultura de toda a Bahia se unem na 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária

Uma diversidade de peças únicas e diferenciadas, do melhor do artesanato da Bahia. Tudo isso e muito mais você encontra na tenda Artesanato da 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Lá, o público pode conhecer e adquirir, até este domingo (17/12), bonecas, cerâmicas, renda de bilro, cestarias, bolsas, velas decorativas e aromatizadas, acessórios, sabonetes, e muitas outras peças artesanais vindas de todos os territórios de identidade do estado.

Do território de identidade Bacia do Rio Corrente veio Edite Lopes de Souza, da comunidade Barreiras dos Gerais, município de Tabocas do Brejo. Ela é engenheira agrônoma e terapeuta homeopata e trabalha com a produção de sabonetes artesanais, da marca Aroma dos Gerais, com plantas do Cerrado como Jatobá do campo e Buriti considerada a árvore da vida por ter todas as partes da planta aproveitada, além de xaropes. “Estou aqui defendendo o Cerrado em pé e busco para a minha vida e o meu entorno uma melhor qualidade de vida. 90% das plantas do Cerrado tem propriedades alimentícias e medicinais e nós precisamos divulgar isso para a Bahia e o mundo”.

Anália Fabiane, que trabalha com transporte escolar e com turismo, é moradora do bairro Costa Azul e, em visita à Feira, conheceu a Tenda do Artesanato e já garantiu alguns itens. “Estou gostando de ver a cultura dos quilombos e produtos de outros estados. Está sendo muito gratificante para mim ver todo o desempenho e os costumes da nossa região”.

Quem visita a Tenda do Artesanato tem ainda a oportunidade de conhecer Dinoélia, da Associação das Rendeiras (Rendavan) de Dias D’Ávila, do território de identidade Metropolitano de Salvador, que é mestra imortal em renda de Bilro pela Unesco, “Para mim, estar aqui fazendo parte desse evento maravilhoso, junto com minha bandeira, que é a do artesanato tradicional, é de grande relevância para mim. É uma oportunidade muita rica estar aqui apresentando a nossa cultura”.

Diversidade e qualidade da 14ª Feira Baiana
A Feira conta com 27 armazéns, Tenda Quilombola, Indígena, Tenda Brasil, Feira Agroecológica e mais de três mil produtos sendo comercializados. Ao escolher presentes na Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, os consumidores não apenas adquirem produtos únicos, mas também contribuem para a preservação das tradições culturais e para o fortalecimento da economia local. A Feira conta ainda, pela primeira vez, com coleta de resíduos sólidos.

A 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-Bahia), com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).

Fotos: Ascom CAR

Silvia Costa-Ascom

14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar Um Fim de Semana de Sabores, Sons e Diversão!

Este fim de semana promete ser inesquecível na 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, um convite irresistível para todas as pessoas que desejam desfrutar de uma experiência gastronômica e musical única. Se você está em busca de um happy hour animado, uma confraternização especial, ou simplesmente deseja saborear delícias diferenciadas, este é o lugar certo! O evento, gratuito, acontece até este domingo (17/12), no Parque Costa Azul, em Salvador.

Praça Gastronômica: Sabores que encantam

A Praça Gastronômica da Feira é um verdadeiro paraíso para os amantes da boa comida. Com uma variedade de opções de pratos típicos baianos, os visitantes vão se deliciar com aromas irresistíveis e sabores que despertam os sentidos. Tem petiscos como coxinha, pastel e bolinho de tilápia, pizza de aipim, linguiça de cordeiro, hambúrguer de suíno. Para quem deseja uma refeição completa tem feijoada, maniçoba, carne do sol, cuscuz com bode e com galinha caipira, moquecas, mariscos, entre outros pratos.

Bebidas para Todos os Gostos: Cervejas, Cachaças, Drinks e Frozen

Nada melhor do que acompanhar as delícias gastronômicas com bebidas refrescantes e saborosas. A Feira oferece uma seleção de cervejas e chopes de umbu, cajá, cacau, maracujá, cupuaçu, mel, licuri e caju. Tem ainda cachaças de qualidade, além de drinks e frozen para aqueles que buscam algo mais exótico e descontraído. São diversas opções para brindar e celebrar o fim de semana com estilo!

Atrações Musicais que embalam a noite

Além dos sabores irresistíveis, a 14ª Feira Baiana traz a magia da música ao vivo, a partir das 15h. As atrações musicais deste sábado são a banda Clara Castro, Paulinho Jequié, Clariana e o forrozeiro Adelmario Coelho, que promete fazer a galera arrastar a chinela no Parque Costa Azul. Já no domingo, tem o grupo Representa, Gereba e Autorais. E para a criançada tem o grupo Pé de Lata, às 18h.

O público tem também a oportunidade de passear, conhecer e adquirir um pouco do que a Bahia produz. São 27 armazéns com mais de três mil produtos de todas as regiões, Tenda Quilombola e Indígena, Artesanato e Tenda Brasil, com produtos de mais 24 estados brasileiros, além de Feira Agroecológica e muito mais.

Nesse fim de semana todos os caminhos levam a 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Um evento para chamar amigos, familiares e colegas de trabalho para um fim de semana repleto de boa comida, bebida e música. É o destino perfeito para quem busca diversão, confraternização e momentos inesquecíveis.

A 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-Bahia), com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).

Silvia Costa-Ascom CAR

Cooperativa do Sertão Baiano aposta em metodologia que está transformando a vida de agricultores familiares

A metodologia que une assistência técnica e extensão rural e produção de alimentos aplicada pela Cooperativa Ser do Sertão (Coopsertão), com sede em Pintadas, que estão sendo realizadas na cooperativa, com o apoio do Governo do Estado, foram debatidas, nesta quinta-feira (20), na sede da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em Salvador.

O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, destacou que a Coopsertão desenvolve um modelo inovador de cooperativismo, que une as ações voltadas para a base produtiva e agroindustrialização da produção com o serviço de Ater. “Os dois aspectos estão juntos trabalhando para dar viabilidade à Unidade de Produção de Polpas de Frutas e gerando emprego e renda para as famílias. A metodologia da Coopsertão é um dos belos exemplos que temos na Bahia e que deve ser multiplicada”.

De acordo com Valdirene Oliveira, presidente da Coopsertão, a metodologia foi pensada para estruturar as unidades de beneficiamento e elas se sustentarem com a produção de agricultores e agricultoras familiares. “Isso fortalece tanto o agricultor, que pode permanecer na sua propriedade e se sustentar com o que ele produz, quanto também para a cooperativa, que recebe a produção e pode oferecer um produto 100% natural, produzido sem uso de agrotóxicos, pelos agricultores, e processado na agroindústria dos próprios agricultores, que é a Coopsertão”.

A cooperativa, que trabalha com produção de base agroecológica e agroflorestal, possui atualmente 326 famílias, nos sistemas produtivos do leite, cordeiro, hortaliças e frutíferas, com assistência técnica específica para cada um deles e metodologia adequada de produção. Em breve, será entregue à cooperativa, pelo Governo do Estado, a ampliação da agroindústria, que passará a ter capacidade de estoque de 89 toneladas. Antes a capacidade era de 27 toneladas. Contará também com câmara fria para 52 toneladas e uma câmara de congelamento de 10 toneladas, ampliando a capacidade de estoque para a comercialização da produção, tanto para o mercado público quanto para o privado, em diversos municípios do estado da Bahia.

A Coopsertão já tem parceria firmada com o Centro de Distribuição dos Produtos da Agricultura Familiar, com a Capelinha, e com algumas redes de mercados. “Aqui na capital estamos expandindo por meio do Centro de Distribuição, porque acreditamos que o Centro tem esse papel e essa parceria tem um significado importante para a gente, mas temos também parceria com a Arco Sertão e com a União das Cooperativas e Associações da Agricultura Familiar (Unicafes). Essa intercooperação nos ajuda nesse processo de comercialização”, ressaltou Valdirene.

Investimentos

A Coopsertão é apoiada pelo Governo do Estado por meio do projeto da CAR, Bahia Produtiva, com investimentos da ordem de R$ 3,7 aplicados na aquisição de máquinas e equipamentos e adequação de unidade de produção de polpa de frutas, além de um sistema de captação de energia solar, que deverá reduzir em mais de 90% os custos com energia, promovendo sustentabilidade ao processo de agroindustrialização.

Outra ação desenvolvida na cooperativa por meio do Bahia Produtiva foi a implantação do modelo Agroflorestal de Recuperação de Áreas Degradadas para o Semiárido, com investimento de R$ 489 mil, que contribui para a redução das emissões de carbono na atmosfera e promove a resiliência climática.

O projeto Bahia Produtiva é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e cofinanciado pelo Banco Mundial.

Silvia Costa/Ascom CAR

Juazeiro: Prefeita Suzana Ramos prestigia 1° Encontro da Agricultura Familiar em Massaroca

A prefeita Suzana Ramos participou neste sábado (22), do I Encontro da Agricultura Familiar, no distrito de Massaroca, interior de  Juazeiro. A iniciativa é uma organização da comunidade de Massaroca, por meio do Comitê de Associações Comunitárias Agropecuárias de Massaroca (CAAM), em parceria com diversas outras instituições do setor, como Prefeitura Municipal, Central da Caatinga, Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), entre outros.

Recepcionada com abraços e demonstrações de afeto, a prefeita Suzana Ramos, destacou a importância de incentivar ações de mobilização comunitária que contribuem para o desenvolvimento e protagonismo popular e local, além de compartilhar o sentimento de satisfação pelo acolhimento entusiasmado.

“Eu sou uma grande entusiasta e incentivadora de iniciativas como esta, idealizada e mobilizada pela comunidade que sabe valorizar e utilizar as riquezas naturais a favor de seu desenvolvimento. Fico muito feliz todas as vezes que tenho a oportunidade de retornar a esta comunidade, que me recebe muito bem e reconhece que minha origem faz parte da história de cada um deles. Me sinto verdadeiramente em casa”, disse a prefeita Suzana Ramos.

“Esse momento foi idealizado para promover exatamente o que o nome da iniciativa diz, um grande encontro entre as comunidades, celebrando toda produção advinda da agricultura familiar, a exemplo da caprinovinocultura. Nossa expectativa é expandir a proposta para outras localidades e voltar a realizar novas edições nos anos seguintes”, comentou Josivânia dos Santos, presidente do Comitê das Associações de Massaroca. Além da prefeita, a vereadora Neguinha da Santa Casa, também prestigiou a iniciativa.

Camila Santana/Ascom
Fotos: Ícaro Alexandre – Ascom/PMJ

PAA: agricultores familiares ofertam 248 mil toneladas de alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (20), em evento no Palácio do Planalto, a medida provisória (MP) que recriou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A iniciativa prevê que um mínimo de 30% das compras públicas de gêneros alimentícios deve ser adquirido da agricultura familiar, para destinação posterior a projetos de combate à fome.

“O governo está investindo na qualidade da alimentação do povo brasileiro, está investindo para que eles tenham direito às calorias e às proteínas necessárias, para que as crianças possam tomar café, almoçar e jantar, e comer o suficiente para não morrer de fome. Está investindo para ajudar o pequeno e médio produtor rural que muitas vezes plantam e não têm acesso a mercado para vender os seus produtos”, destacou Lula ao assinar a sanção do programa.

A MP foi editada em março e teve tramitação concluída no Congresso Nacional na semana passada.

“O PAA responde a dois pilares do governo Lula. O primeiro é o aumento da produção de alimentos, porque a venda é certa e, como vende, [os produtores] têm recurso para organizar a produção e vender para o mercado também. O outro pilar é acabar com a fome no Brasil, e esses alimentos são distribuídos nas comunidades com insegurança alimentar”, afirmou o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. A pasta chefiada por ele coordena o programa juntamente com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública federal, e o Ministério da Fazenda.

Entre as novidades do novo PAA está o aumento no valor individual que pode ser comercializado pelas agricultoras e pelos agricultores familiares, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, nas modalidades Doação Simultânea, Formação de Estoques e Compra Direta. Também foi instituída, durante a tramitação da proposta, a criação do Programa Cozinha Solidária, associado ao PAA, que fornecerá alimentação gratuita a pessoas em situação de rua e com insegurança alimentar.

O novo PAA também retoma a participação da sociedade civil na gestão, por meio do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos (GGPAA) e do Comitê de Assessoramento do GGPAA, e institui a participação mínima de 50% de mulheres na execução do programa no conjunto de suas modalidades. Antes, o percentual era de 40%.

Projetos apresentados
Desde que foi retomado, o PAA recebeu mais de 3,7 mil propostas apresentadas por associações e cooperativas da agricultura familiar, na modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS). Ao todo, as inscrições totalizam mais de R$ 1,1 bilhão, com previsão de entrega de 248 mil toneladas de alimentos produzidos por cerca de 77 mil famílias de agricultores em todo o país. Os números são da Conab.

Nos projetos, foram ofertados mais de 350 tipos de alimentos diferentes, sendo 63% de hortigranjeiros, 18% de processados, 11% de carnes e pescados, 8% de grãos e 0,4% de sementes e mudas. As ofertas abrangem produtores rurais distribuídos em 1.572 municípios, sendo 49% do Nordeste, 19% do Norte, 15% do Sudeste, 10% do Sul e 8% do Centro-Oeste. Esses projetos têm 70% de participação das mulheres, segundo informou o ministro Paulo Teixeira.

Apesar da lei do novo PAA não estabelecer obrigatoriedade da aquisição, por órgãos públicos, do mínimo de 30% de alimentos da agricultura familiar, o presidente Lula pediu empenho dos ministros e do governo federal para fazer valer a previsão. “É importante que a gente passe a fiscalizar para saber que as coisas estão acontecendo. Se isso acontecer, a gente vai transformar todos os pequenos agricultores, em vez de pequenos agricultores pobres e miseráveis, em gente de classe média”, afirmou.

Como estratégia para impulsionar o PAA, o governo federal também criou uma força-tarefa, envolvendo cinco ministérios, para assegurar a aquisição de alimentos produzidos pela agricultura familiar, por meio de compras públicas.

Agência Brasil

Queijos de leite de cabra do Norte da Bahia são premiados em concurso nacional realizado em Santa Catarina

Queijos de leite de cabra do empreendimento Capribéee participaram, no último dia 07 de julho, da 6ª edição do prêmio Queijaria Brasil, que aconteceu no Parque Vila Germânica, em Blumenau, Santa Catarina. O empreendimento, atendido pelo Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco (Cesol-SSF), trouxe para a Bahia uma das três medalhas de ouro que o estado recebeu durante o concurso, além de duas de prata e uma de bronze.

O concurso contou com 1.045 inscrições de queijos de 18 estados brasileiros. O evento teve como propósito reconhecer e valorizar os produtores, além de estimular e promover a melhoria da qualidade dos queijos. A programação foi dividida em quatro etapas: premiação, feira, palestras e desafio o queijista.

É a primeira vez que o empreendimento participa do concurso nacional, conquistando quatro medalhas com os seguintes queijos de leite de cabra: Queijo Boursin (medalha de ouro); Queijo capela tradicional e Queijo Chevrotin (medalha de prata); queijo tipo Buchette, com carvão vegetal (medalha de bronze).

A agente de vendas do empreendimento e produtora rural, Eugenia Felix, representou a Capribéee durante a 6ª edição do Prêmio Queijaria Brasil. Emocionada, a produtora destacou a importância da premiação para o grupo.

“Esse prêmio representa a evolução da Capribéee. É uma emoção muito grande, nós aqui do semiárido, concorrendo e vencendo um concurso, competindo com grandes produtores de queijo de todo o Brasil. Esse prêmio veio para contribuir e reforçar os avanços do nosso trabalho, que aos poucos tem sido percebido com o aumento das vendas e divulgação dos nossos produtos”, enfatizou Eugênia Felix.

Histótico

Na zona rural de Curaçá e Jaguarari, nos distritos de Poço de Fora e Pilar, o empreendimento Capribéee tem promovido o empreendedorismo local com a produção de queijos finos de leite de cabra. Ele é resultado do trabalho conjunto da Cooperativa Poçoforense Sabor do Sertão (Coopof) e da Cooperativa da Agricultura Familiar Mãos do Campo. Ambas as cooperativas recebem assistência técnica da equipe do Cesol-SSF, na qualificação dos produtos para comercialização e abertura de novos mercados em todo o estado da Bahia.

O trabalho cooperativo desenvolvido pelos dois espaços é realizado por produtores e produtoras de Poço de Fora e Curaçá. Tudo começou através da organização em associação dos produtores de leite dos dois municípios baianos.

Em Curaçá, localizado no Norte da Bahia, os agricultores familiares se reuniam na sede da Associação de Produtores de Poço de Fora (Apoc) para a produção de licores, doce de leite e queijos de leite de cabra. A agricultora Eugênia Ribeiro integra o grupo de produção desde a fundação da Apoc. Ela explica que a produção era feita de maneira artesanal, os agricultores se organizavam em suas propriedades e faziam a entrega na associação.

No Distrito de Pilar, a 45 km de Poço de Fora, em Curaçá, produtoras e produtores também atuavam no trabalho artesanal de queijos de leite de cabra, e as atividades aconteciam na sede da associação APA3, com início em meados de 2018.

Após avaliar a necessidade de comercializar os produtos, os dois empreendimentos iniciaram o processo de regulamentação para se transformarem em cooperativas, a fim de facilitar a comercialização dos produtos desenvolvidos. Com o aumento dos cooperados nos dois espaços, a produção de leite passou a ser organizada de forma semanal, e a ordenha acontece atualmente de maneira mecânica, e o leite é conduzido entre três e quatro dias para os espaços das cooperativas.

Através do apoio da Ero Brasil, as duas cooperativas receberam laticínios localizados nas comunidades do interior de Curaçá e Pilar, com toda a estrutura e maquinário para a produção de queijos de leite de cabra, iogurtes, além do novo produto, ainda em fase de desenvolvimento, o composto lácteo de leite de cabra. Atualmente, a Cooperativa Poçoforense Sabor do Sertão (Coopof) conta com 19 cooperados, e a Cooperativa da Agricultura Familiar Mãos do Campo conta com 23 cooperados.

Comercialização

Os queijos da Capribéee podem ser encontrados em Juazeiro, na loja de Economia Solidária Empório Meu Sertão, localizada na Rua Canafístula, nº 148, bairro Centenário.

Ascom

Fogões ecológicos preservam meio ambiente e geram economia e saúde para agricultores familiares do Semiárido da Bahia

O fogão ecológico é uma das tecnologias implantadas pelo Governo do Estado com o intuito preservar o bioma Caatinga, a partir da redução do uso doméstico de lenha, e já é uma realidade para 291 famílias de agricultores e agricultoras familiares do Semiárido baiano. A ação é promovida via Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), por meio do projeto Pró-Semiárido.

Kátia Pereira de Lacerda mora na comunidade Lagoa do Gado, no município de Campo Alegre de Lourdes, com seu esposo e as três filhas. Ela recebeu o fogão ecológico e, hoje, comemora a redução no uso de lenha, a não emissão de fumaça dentro de casa, a economia com a compra de botijão de gás e, sobretudo a melhoria na qualidade de vida e de saúde de sua família.

Na casa de Kátia eram necessários quase dois carrinhos de lenha por dia para preparar as refeições no fogão à lenha convencional. Hoje, um carrinho dá para cozinhar dois dias. “Antes, eu utilizava bastante lenha no fogão antigo e quando eu terminava de cozinhar meu rosto estava todo queimado da quentura, mas com esse fogão agora economizamos muita lenha, não tem quentura no rosto e é muito bom. Sem contar que tem o forno e o melhor de tudo, não tem fumaça dentro de casa. Melhorou a qualidade vida, melhorou tudo”, destaca a agricultora.

Já no Povoado Volta de Cima, também em Campo Alegre de Lourdes, Maria do Socorro Silva comemora a melhoria na renda com a tecnologia. “Esse fogão foi a coisa melhor que chegou e que eu pude possuir! Hoje, a gente tem o forno para assar o frango, o bolo, o pão, a marmota de tapioca. Antes, a gente tinha vontade de fazer essas coisas, mas quando pensava, lembrava que a renda era pouca para comprar gás. Hoje, eu consigo fazer muitos produtos até para vender… já é mais renda e economiza botijão de gás. Meu gás, eu nem lembro quando troquei. E o dinheiro que seria para eu comprar gás, eu compro outra coisa”.

Além do fogão, foram implantados também sistemas de reuso de águas cinzas e de águas totais (incluindo o descarte do vaso sanitário); cisternas de placas, biodigestores, banheiros, viveiros de mudas e outros.

A implantação dessa tecnologia faz parte das metas ambientais do projeto, dentro da ação de Recaatingamento, desenvolvida pelo Pró-Semiárido. O projeto é executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). A ação conta com a parceria do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa).

Ascom/CAR

 

Ministérios assinam acordo de combate à má nutrição nas escolas

O ministro da Educação, Camilo Santana, assinou, nesta terça-feira (4), um Acordo de Cooperação Técnica interministerial para promover alimentação saudável e fortalecer a agricultura familiar nas escolas do país. O documento estabelece parcerias entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Ministério da Saúde, com foco no combate à má nutrição no ambiente escolar.

A perspectiva do governo é destinar, ao longo de 2023, R$ 5,5 bilhões para alimentar cerca de 40 milhões de estudantes da educação básica pública, um crescimento de 36%. O Acordo de Cooperação Técnica atenderá às recomendações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Outro compromisso assumido pelo governo federal é o de implementar ações que visem aumentar a aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados.

“Em algumas escolas e municípios, muitas vezes a única refeição que a criança faz no dia é a oferecida na escola. Essa é uma realidade cruel. Temos de nos indignar, todos os dias, e não aceitar que, em um país da dimensão do Brasil, ainda tenham pessoas passando fome”, afirmou o ministro da Educação.

O acordo terá vigência de 48 meses e, após sua publicação, os ministérios deverão realizar reuniões bimestrais para planejar e organizar as ações de maneira conjunta. O Ministério da Educação (MEC) coordenará as ações educativas abordando o tema da alimentação e nutrição saudáveis. Já o FNDE fará o levantamento de dados referentes à aquisição, com recursos do PNAE, de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar e às estratégias de alimentação escolar dos alunos da educação básica.

Segundo o MEC, do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações. E devem ser priorizados os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e quilombolas.