Frente Brasil Popular leva manifestantes pela democracia e contra o golpe às ruas de Petrolina

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Mais de 1 mil pessoas, segundo os organizadores, estiveram desde 14h até por volta das 19h em praças e avenidas de Petrolina, nas manifestações pela democracia, contra o golpe e contra o impeachment da presidente Dilma Rosseff neste 31 de março. Os manifestantes primeiramente se concentraram na Praça do Bambuzinho, no centro da cidade.

Por volta das 17h seguiram pelas avenidas Souza Filho, Souza Júnior, Guararapes, Rua Joaquim Nabuco e Praça 7 de Setembro, em frente à Sociedade 21 de Setembro.

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No Bambuzinho, em frente à Prefeitura e na Praça 7 de setembro, lideranças políticas, representantes de movimentos sociais e de sindicatos, falaram reforçando a luta da Frente Brasil Popular, organizadora do ato, pela manutenção da democracia.

Francisco Pascoal, Chicou do Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Florisvaldo Araujo, MST Regional; Isabel Cristina, presidente de honra do PT de Petrolina; deputado estadual Odacy Amorim, do PT; e a vereadora Cristina Costa, presidente do PT Municipal, foram alguns dos presentes a usarem a palavra durante a manifestação.

“Estamos mais uma vez comemorando a participação popular no ato aqui em Petrolina e em todo o país. Vamos continuar vigilantes para evitar que a democracia jamais volte a ser desrespeitada. Não vamos deixar o golpe passar”, afirmou o médico Aristoteles Cardona, do movimento Consulta Popular, uma das entidades participantes da Frente Brasil Popular em Petrolina.

Lula deve decidir sobre Ministério na terça ou quarta-feira dessa semana

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O ex-presidente Lula em seu apartamento em São Bernardo

Após conversar com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, 14, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, nesta terça ou quarta-feira devem voltar a se falar para que ele lhe dê uma resposta definitiva sobre o convite para assumir um cargo de ministro.

De acordo com reportagem do Estadão, Lula passou a considerar a hipótese depois que a juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, decidiu, nesta segunda-feira, 14, transferir para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância, a decisão sobre o pedido de prisão preventiva contra ele, apresentado pelo Ministério Público de São Paulo no caso do tríplex no Guarujá. “Está quase consolidado que ele vem”, disse uma fonte.

As manifestações contra o governo no último domingo também teriam feito o ex-presidente mudar de ideia. A avaliação é que os protestos mostraram a necessidade de ele assumir uma posição no Planalto.

Apesar de os primeiros sinais serem de que Lula iria para a Casa Civil, ainda não está fechado em que posto ele ficaria. A ideia é que ele tenha um cargo de ministro, no Planalto, e que cuide da articulação política macro. Mesmo neste caso, tanto Jaques Wagner, da Casa Civil, quanto Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, permaneceriam no Palácio, um deles como assessor especial ou em secretaria executiva.

A ideia inicial é não mexer na estrutura de ministério no governo, mas ambos estão dispostos a abrir mão de seus postos para ceder lugar ao ex-presidente Lula. Os dois, inclusive, trabalharam ativamente para convencer o ex-presidente. Jaques Wagner conversou sobre a vinda de Lula com o ex-ministro Gilberto Carvalho e o presidente do PT, Rui Falcão, para tentarem ajudar a convencer o ex-presidente.

Se de fato aceitar entrar para a equipe de Dilma, Lula ganha a prerrogativa de foro privilegiado de julgamento. Isso significa que qualquer denúncia contra ele teria de ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal, e não pelo juiz Sergio Moro, considerado muito duro com os investigados pela Lava Jato. O ex-presidente, porém, quer desvincular sua eventual ida para o Ministério da obtenção de foro privilegiado. “A possibilidade de Lula vir para o governo é real e concreta, mas a decisão, até agora, está na cabeça dele”, disse o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. “Todo mundo sabe da capacidade do ex-presidente de articulação política.”

120 mil pessoas protestam contra o PT e pedem impeachment em Boa Viagem neste domingo

Prostesto fora Dilma 13.03.16

A Polícia Militar estimou em 120 mil pessoas o número de participantes do protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na orla do bairro de Boa Viagem, zona Sul do Recife. A passeata, que iniciou concentração por volta das 9h deste domingo em frente à Padaria Boa Viagem, na avenida de mesmo nome, iniciou o percurso pouco antes das 11h e foi encerrado por volta das 13h30.

A manifestação pacífica não teve registro de tumultos e contou com a participação de políticos locais que fazem oposição ao governo federal como a deputada estadual Priscila Krause (Dem), os deputados federais Betinho Gomes e Daniel Coelho (PSDB) e o vereador do Recife, André Regis (PSDB). Para o representante do Movimento Vem pra Rua em Pernambuco, Gustavo Gesteira, o número de participantes superou o registrado nos outros três atos organizados pelo grupo no ano passado.”A adesão é muito boa e muito importante. Na avaliação é cada vez mais pessoas estão chegando. Cerca de 185 mil confirmaram presença no evento pelo Facebook”, acrescentou. Nas varandas dos prédios na orla, muitos moradores também fizeram questão de declarar apoio à manifestação.

A estrutura do evento contou com três trios elétricos, um carro de  som, um boneco gigante do juiz Sérgio Moro e diversas bandas de percussão, que acompanharam o percurso. Para animar o cortejo, os participantes cantaram paródias de músicas populares ou marchas de carnaval em tom de protesto.

Os discursos, inflamados são de apoio ao juiz Sérgio Moro e à Operação Lava-Jato e de ataque a Dilma. “É hoje que a gente vai bater o pau na cabeça da jararaca”, disse um dos líderes do ato, aom microfone, enquanto uma cobra de plástico é levado no capô do caminhão de som. Pequenos bonecos infláveis do ex-presidente Lula, batizados de Pixulecos, foram vendidos por R$ 20 para ajudar no custeio do ato.

Entre os participantes, o empresário Gustavo Albuquerque, que fez questão de levar filha, cunhada e sobrinhos: “É importante para mudar a forma de governar o país. Não adianta ficar do jeito que as coisas estão. Combustível, comida, cada vez mais caros. Pagamos impostos e não sabemos para onde vai o dinheiro. Estou aqui por melhorias na saúde e na educação”, justificou.

Com informações do DP.

Dilma mostra preocupação com manifestações no domingo

ELI 07 SAO PAULO SP 16/08/2015 POLITICA - VIGILIA - Ato no Instituto Lula Contra o Odio e a Intolerancia . Na foto, MANIFESTANTES GRITAM FRASES DE ORDEM NO INICIO DA MANIFESTACAO . FOTO ELIARIA ANDRADE/ ESTADAO

Nesta terça-feira (8), em reunião de coordenação política, a presidente Dilma, demonstrou preocupação com a segurança nas manifestações agendadas para domingo (13), e apelou para os ministros e os partidos os quais representam, principalmente  o Partido dos Trabalhadores (PT),  para que cancelem manifestações marcadas para o próximo domingo, especialmente nas cidades onde já existem manifestações contrárias agendadas, a fim de evitar  desfechos trágicos.

A preocupação da presidente com este tipo de ato, aumentou deste a última sexta-feira, com a condução coercitiva do ex-presidente Lula. O Planalto teme que o governo e o próprio PT possa ser responsabilizado, caso haja conflitos, prejudicando ainda mais a imagem de ambos.

Atendendo o pedido da Presidência, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoíni, reuniu-se logo após o encontro com os líderes da base aliada e replicou o apelo de Dilma. Pediu a todos que conversem com suas bases para que cancelem as manifestações, não aceitem provocações e evitem o enfrentamento.

 

Juízes e procuradores rebatem Lula e negam viés político da Lava Jato

Lula cara a cara com o juiz Sérgio Moro pela primeira vez

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) rebateram há pouco, por meio de nota, as críticas feitas pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva de que a 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (4), foi “um show de pirotecnia”.

Para juízes e procuradores, as instituições responsáveis pela Operação Aletheia agiram dentro dos preceitos legais e sem violência ou desrespeito aos investigados. “Um sistema de Justiça isento e imparcial permanece sereno, equidistante e austero na aplicação igual da lei penal a toda espécie de infratores, e é isso que vem acontecendo em nosso país”, diz trecho da nota assinada pelo presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti.

“A Justiça Federal brasileira e os integrantes do Ministério Público, da Receita Federal e da Polícia Federal agiram nos estritos limites legais e constitucionais, sempre respeitando os direitos de ampla defesa e do devido processo legal, sem nenhuma espécie de abuso ou excesso. Logo, não se trata de espetáculo midiático”, reforçou Antônio César Bochenek, presidente da AJUFE.

Cavalcanti elogiou o trabalho da Força-tarefa da Lava Jato e descartou motivações políticas dos representantes do Ministério Público Federal, Polícia Federal e da Justiça envolvido nas investigações. “O que se viu hoje foi a ação de instituições democráticas, cumprindo, em nome da sociedade, seu dever de investigar práticas de crimes, sem olhar a quem e sem se deter diante de ninguém”, diz a nota.

O ex-presidente Lula foi incluído na Operação Aletheia, que apura possíveis irregularidades em pagamentos ao ex-presidente feitos por empresas investigadas na Lava Jato. A polícia investiga se os repasses foram realmente como doações e pagamento de palestras.

Logo nas primeiras horas da manhã, Lula foi levado de sua casa, em São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, sob um mandado de condução coercitiva, para o aeroporto de Congonhas, onde depôs por cerca de três horas.

À tarde, em entrevista coletiva na sede do PT, em São Paulo, Lula criticou a forma como foi desencadeada a operação. “Não precisaria levar uma coerção à minha casa, dos meus filhos. Não precisava, era só ter me comunicado. Antes dele [promotor do Ministério Público Estadual], fazíamos a coisa correta nesse país. Lamentavelmente, preferiam usar a prepotência, a arrogância, o show de pirotecnia. É lamentável que uma parte do Judiciário esteja trabalhando com a imprensa”, criticou Lula.

Para o presidente da ANPR, o funcionamento das instituições não deve ser confundido com questões de cunho político ou midiático. “A condução coercitiva é instrumento de investigação previsto no ordenamento e foi autorizada, no caso do ex-presidente Lula, de forma justificada e absolutamente proporcional, para ser aplicada apenas se o investigado eventualmente se recusasse a acompanhar a autoridade policial para depoimento penal”, argumentou Cavalcanti em nota.

Com informações da EBC

Marília Arraes entra no PT com filiação abonada por Lula

Marília Arraes

“Como sempre crescendo na adversidade, com a ficha abonada pelo homem que mudou o Brasil”, disse Marília em foto ao lado de Lula, na descrição de uma foto postada na conta do Instagram dela.

A vereadora do Recife Marília Arraes deixou finalmente o PSB, após quase dois anos de críticas aos socialistas e de postura oposicionista na Câmara dos Vereadores, e se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) neste sábado(27), durante a festa pelo aniversário de 36 anos dos petistas. Marília teve a ficha de filiação, inclusive, abonada pelo ex-presidente Lula, que chegou no fim da festividade e recebeu apoio das principais lideranças da legenda.

“Como sempre crescendo na adversidade, com a ficha abonada pelo homem que mudou o Brasil”, disse Marília em foto ao lado de Lula, na descrição de uma foto postada na conta do Instagram dela.

Oficialmente, no entanto, a filiação acontecerá na próxima quinta-feira (3), às 18h30, na Câmara de Vereadores do Recife. Entre os presentes devem estar o senador Humberto Costa e o ex-prefeito do Recife e atual superintendente da Sudene, João Paulo, que deve contar com o apoio de Marília para disputar a Prefeitura da capital pernambucana neste ano. Nos bastidores, o que se comenta é que se João Paulo, após ter perdido duas eleições seguidas – para vice-prefeito em 2012 e senador em 2014 – não quiser ser, ou não for por outro motivo o candidato petista, seria Marília a indicada.

ROMPIMENTO

Ela, no começo da gestão do prefeito do Recife Geraldo Julio(PSB), apoiava o governo socialista , ocupando o cargo de Secretária de Juventude e Qualificação Profissional. A mudança veio em 2014. Quando ela não recebeu apoio do ex-governador Eduardo Campos(PSB), seu primo, para se candidatar à deputada federal.

Desde então ela vem provocando dores de cabeça na liderança socialista, tendo apoiado em 2014 o nome da presidente Dilma, que disputava a reeleição, e o candidato a governador Armando Monteiro(PTB), que disputava contra o candidato indicado pelo seu primo, o hoje governador Paulo Câmara(PSB).

Com informações do JConline.

Dilma diz que não governa só para PT e diz que não vai ao aniversário do partido

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Foto: EVARISTO SA / AFP

Após afirmar que não iriá à festa de 36 anos do PT na noite deste sábado (27), a presidente Dilma Rousseff salientou que não governa só para o partido, mas para toda a população. Dilma falou a jornalistas em seu último dia de visita oficial ao Chile, antes de um almoço com a presidente chilena Michelle Bachelet.

“Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões de brasileiros”, afirmou. Ao perceber o impacto da frase entre os que a ouviam, ela fez uma pausa e complementou: “Eu não governo só para o PT, só para o PSD, só para o PDT, ou só para o PTB, ou só para o PMDB”. Ela disse não acreditar que as relações entre o governo e o PT devam se caracterizar por um posicionamento de adesão sem avaliação crítica. “Um partido é um partido, um governo é um governo.”

Com informações do jconline.

‘Se precisar, serei candidato a presidente em 2018’, diz Lula em festa do PT

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O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (27) no Rio de Janeiro que, se o PT entender que é necessário, ele será candidato à Presidência em 2018. A afirmação foi feita durante festa de comemoração dos 36 anos do partido, na cidade do Rio. Em um discurso de quase 40 minutos, Lula criticou a oposição e a imprensa que, segundo ele, estão tentando atingi-lo “com mentiras, com vazamento de informações e a criminalização” por meio de notícias, sem que haja qualquer julgamento.

O ex-presidente negou que seja o dono do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia – imóveis investigados pela Justiça e que tiveram destaque na imprensa nos últimos dias. Segundo ele, o sítio, por exemplo, foi comprado por seu amigo Jacó Bittar. O acordo era que a família de Lula também usufruísse da propriedade quando ele deixasse a Presidência.

Ele destacou que essa situação serve para fortalecer partido. “Eles estão determinados: ‘Vamos destruir o PT’. E eu queria dizer para eles: Vocês não vão nos destruir. Nós sairemos mais fortes dessa luta.”

Em seu discurso, Lula também disse que, apesar das divergências entre o PT e o governo da presidenta da República, Dilma Rousseff, o partido está ao lado dela. Lula disse que está à frente de um exército de milhares de soldados para defender o mandato de Dilma.

Lula foi o grande homenageado da festa de 36 anos do PT, no Armazém da Utopia, na zona portuária do Rio de Janeiro.

PF diz que não há irregularidades em campanhas do PT feitas por Santana

A Polícia Federal (PF) concluiu que não foram encontradas irregularidades nos pagamentos do PT pelos serviços prestados pelo publicitário João Santana nas campanhas eleitorais da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O relatório da Polícia Federal, com as informações, foi citado pelo juiz federal Sérgio Moro ao deferir o pedido de prisão de Santana e de sua mulher, Mônica Moura.

De acordo com a PF, as suspeitas em relação ao publicitário e Mônica Moura são referentes a cerca de US$ 7,5 milhões que teriam sido recebidos pelos dois no exterior, por meio de uma empresa offshore que seria controlada pela empreiteira Odebrecht.

“Os valores referentes aos pagamentos pelo préstimo de serviços de João Santana e Mônica Moura para as campanhas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006), Fernando Haddad (2012) e da atual presidente da República Dilma Rousseff (2010 e 2014) totalizam R$ 171.552.185,00. Não há, e isto deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos [das campanhas] estejam revestidos de ilegalidades”, concluíram os delegados no relatório citado pelo juiz Sérgio Moro em sua decisão.

No despacho no qual autorizou a prisão dos investigados na 23ª fase da Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro citou os valores do relatório da Polícia Federal e disse que, “ao que tudo indica”, os recursos foram declarados.

A empresa Odebrecht, alvo de investigação da Operação Lava Jato, confirmou, por meio de nota, que agentes da Polícia Federal realizaram ações nos escritórios da companhia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, visando ao cumprimento de mandados de busca e apreensão. Informou ainda que “está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento”.

Fonte: EBC

Temer diz que “agora é o tempo do PMDB” e defende candidatura própria em 2018

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O vice-presidente Michel Temer disse na sexta (19), em Rio Branco, que “agora é o tempo” do PMDB e que a legenda terá um candidato próprio à presidência da República em 2018.

Temer participou, na capital acriana, de encontro com peemedebistas e empresários locais. Ele tem feito viagens pelo país em busca de apoio para ser reconduzido à presidência nacional do PMDB e defendido a unidade do partido para as eleições municipais deste ano.

Segundo Temer, é preciso “despertar” o partido. Ao se dirigir a um dos participantes do evento, o vice-presidente voltou a dizer que a legenda terá candidato próprio ao Palácio do Planalto em 2018. “Você vai votar num candidato do PMDB à Presidência da República. Não tenho a menor dúvida disso. Tudo tem seu tempo certo. Agora é o tempo do PMDB, não tenho a menor dúvida disso.”

No evento, Temer também destacou a trajetória do PMDB, que este ano completa 50 anos. “Um partido que conseguiu redemocratizar país, que conseguiu dar governabilidade para os grandes temas nacionais, agora não quer apenas ser apoiador da governabilidade, mas quer ser governo, aqui no município e no Brasil”, acrescentou.

Humberto Costa é reconduzido à liderança do PT no Senado

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Mesmo depois de manifestar que não gostaria de permanecer à frente da Liderança do PT no Senado, Humberto Costa (PE) foi reconduzido por unanimidade ao cargo nesta quarta-feira (3). A ideia de Costa era se dedicar às eleições municipais em Pernambuco, mas, diante da opinião dos colegas, ficará por mais um ano no cargo.

“Houve um entendimento de que, pelo momento de dificuldade e pelo fato de nos últimos dois anos, que também foram difíceis, nós termos conduzido a bancada, seria interessante que alguém com mais experiência pudesse fazer esse trabalho. Aí não pude me furtar de assumir essa responsabilidade”, justificou.

Humberto Costa admitiu que se a votação sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) fosse hoje, não teria votos suficientes para aprová-la no Senado, mas, para ele, o PT é o menor problema nessa questão. “A bancada absorve razoavelmente bem. Outras bancadas [da base aliada] é que têm mais dificuldade, e eu hoje diria que não temos votos para aprovar a matéria”, afirmou.

O líder lembrou que não houve a regulamentação da repatriação de ativos, que pode trazer uma receita importante e, quem sabe, diminuir a necessidade da CPMF.

A nova legislação, sancionada no mês passado, permite que dinheiro, com origem lícita, de pessoa física ou jurídica, que tenha sido transferido ou mantido no exterior, sem ter sido declarado oficialmente, ou declarado com omissão ou incorreção, possa ser regularizado com recolhimento dos tributos aplicáveis e multa.

Sobre a proposta de uma reforma da Previdência, Humberto Costa disse que o apoio da base dependerá do que o Executivo vai defender. “Depende de qual é a reforma e de quando ela vai passar a valer. O que nos estamos advogando é que qualquer decisão que o governo tome, seja resultado de uma ampla discussão do Fórum sobre a Previdência Social e também com a sua base aqui no Congresso”, avaliou.

Com informação de Agência Brasil

“Malinha de rodinha” levou propina ao Diretório Nacional do PT, diz delator

Milton Pascowitch

Imagem Internet

Em interrogatório na Justiça Federal do Paraná, o lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que entregou propinas em “uma malinha de rodinha” ao ex-tesoureiro João Vaccari Neto, no Diretório Nacional do PT, em São Paulo.

O dinheiro, relatou Pascowitch, saiu de um total de R$ 14 milhões de “comissão ao grupo político” sobre um contrato de US$ 3 bilhões de cascos replicantes da Engevix na Petrobras. Faziam parte do “grupo político”, segundo Pascowitch, Vaccari, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), seu assessor Roberto ‘Bob’ Marques, o irmão do ex-ministro Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e o empresário Fernando Moura, ligado ao PT.

“(As entregas), fazia através de uma malinha que eu tenho, com rodinha. R$ 500 mil cabia. (Entregava) dentro do diretório nacional do PT, na sala dele”, declarou. Pascowitch contou que, no fim de 2009, foi apresentado a João Vaccari pelo então diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Segundo o delator, nesta época, se deu a assinatura do contrato de US$ 3 bilhões dos cascos replicantes da Engevix com a estatal. O lobista afirmou que naquele ano o grupo político influente no setor não era mais representado por Dirceu, “apesar de poder indiretamente ter participação, mas não é de meu conhecimento”.

Pascowitch disse que o grupo passou a ser representado por João Vaccari. “A liquidação das comissões do contrato dos cascos se deu exclusivamente com o João Vaccari”, relatou. “Isso coincide com as eleições de 2010 e com a necessidade de recursos na data zero. O contrato dos cascos se desenvolveria em sete anos. Foi feito um acordo e se diminuiu esse porcentual para que ele pudesse ser liquidado durante o ano de 2010. Não foi bem assim, porque ultrapassou, passou 2011 também. Mas foi fechado um valor de R$ 14 milhões como comissões a serem pagas em referência ao contrato dos cascos.”

No depoimento, Pascowitch declarou que os valores da propina seriam repassados “conforme a disponibilidade ou mais ou menos o faturamento do contrato dos cascos”. De acordo com o lobista, foram feitas, “contribuições políticas da Engevix no montante de R$ 4 milhões. Os R$ 10 milhões restantes foram repassados em dinheiro entre o fim de 2009 e o meio de 2011”.

“Essas doações eleitorais eram abatidas do montante da propina”, sustentou. Em sua delação premiada, Milton Pascowitch declarou que também intermediou propinas a José Dirceu com dinheiro que ele tinha das empresas Hope Recursos Humanos e Personal. Nesta quarta-feira, 20, na Justiça Federal, ele afirmou que recebia montantes de “R$ 700 mil, R$ 800 mil, mas que na média era perto de R$ 600 mil”, provenientes de “contratos de serviços terceirizados no compartilhado da Petrobras”.

“A Hope me pagava em São Paulo, na maioria das vezes, e muitas vezes eu saía do escritório da Hope e ia entrar ao João Vaccari. Algumas vezes eu trazia até um complemento desses valores que eu tinha no Rio de Janeiro”, contou. “(João Vaccari) necessitava de recursos livres, de dinheiro, de pagamento em dinheiro. Eu fazia essa transferência para ele, então, dos recursos que eu recebia, que não eram de minha propriedade, mas que seriam uma parte do Duque, uma parte do Fernando (Moura, lobista e também delator da Lava Jato), uma parte do José Dirceu. E depois me ressarcia em contratos específicos junto ao grupo Engevix.”

O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato na 1ª instância, questionou Pascowitch sobre a ciência de um dos donos da Engevix acerca da propina paga a políticos e dirigentes da Petrobras. “Lógico, sabia. Esse valor era sabido, eu informava ao Gérson que tinha entregue X mil reais para o João Vaccari, ele passava, então, uma autorização para o Cristiano Kok (outro dono da empreiteira) elaborar um contrato de prestação de serviços. O José Adolfo, meu irmão, sentava com o Cristiano Kok e assinava esses contratos e nós éramos ressarcidos desses valores pagos”, relatou.

Segundo ele, esses contratos não estavam vinculados a nenhuma obra. “Eles têm uma característica, que é a rubrica 4000, da Engevix, vinculada à vice-presidência da empresa e tem escopos completamente diferentes da nossa atuação e tem uma característica principal, que é a do pagamento à vista. Toda nossa remuneração, por exemplo, Cacimbas, começou em 2007 e terminou em 2011. Nesse caso de reposição de valores pagos de propina, eles têm vencimento à vista, eles sempre foram pagos em uma parcela só”, disse.

Para o criminalista Roberto Podval, que defende Dirceu, o depoimento do delator “foi confuso”. Podval nega taxativamente que o ex-ministro tenha recebido recursos ilícitos. O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende João Vaccari Neto, tem reiterado que o ex-tesoureiro do PT, jamais arrecadou valores ilícitos para o partido. “Todas as captações foram absolutamente legais e repassados ao PT, com declaração à Justiça eleitoral”, afirma D’Urso.

Procurado, o PT afirmou que todas as doações recebidas pelo partido foram realizadas estritamente dentro da legalidade e posteriormente declaradas à Justiça. (Diário de Pernambuco)

PSDB pede a extinção do PT à Justiça Eleitoral

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O PSDB protocolou, nesta quarta-feira,  na Procuradoria-Geral Eleitoral uma representação na qual pede que seja investigada a documentação que teria sido entregue pelo ex-diretor da área internacional Petrobras Nestor Cerveró à Procuradoria-Geral da República.

Nela, segundo reportagem do Jornal Valor Econômico da última segunda-feira, antes do acerto da delação premiada, Cerveró disse que a campanha à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2006 recebeu R$ 50 milhões em propina, resultado de uma negociação para a compra de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África, em 2005.

“Esse é um crime que não tem sua prescrição prevista em lei. O que está em jogo não é o ex-presidente Lula, mas sim o recebimento por parte do Partido dos Trabalhadores de recursos do exterior”, disse líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio.

Ele explica que “o que a lei veda e a Constituição veda também é que recursos vindos do exterior abasteçam campanhas eleitorais no Brasil, o que é uma ofensa à soberania nacional e à independência dos partidos políticos”.

“Qual consequência disso? É a extinção do partido, porque ele perde o registro, portanto, independentemente do que vá acontecer com o ex-presidente Lula, a consequência é direta para o seu partido, o Partido dos Trabalhadores”, disse Sampaio, acrescentando que a extinção do PT não decorre da vontade do PSDB, mas sim de uma consequência legal.  Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa do Instituto Lula disse que não vai comentar o assunto. (Agência Brasil)

Mesmo com desgaste político, PT pode ter bom desempenho em municípios do interior

PT

Apesar do desgate político que o Partido dos Trabalhadores vem enfrentando na esfera nacional, pesquisas de opinião pontuam que, paradoxalmente, o partido pode sair-se bem nas eleições municipais em cidades de pequeno porte. A condição, no entanto, é que os candidatos coloquem debaixo do tapete uma das principais marcas do partido: a estrela. A análise é simples. Os candidatos terão que se cacifar por méritos próprios sem precisar da muleta partidária, que outrora era o combustível para alçar novos nomes.

O desgaste da sigla com os desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato e a fragmentação da base aliada da presidente Dilma dão a tônica que estender a bandeira vermelha pode não ser o melhor caminho. “Isso em cidades de 40 ou 60 mil eleitores, se for vincular o nome ao PT, o negócio não fica bom”, observa o analista político Maurício Romão.

Outro ponto a ser levado em consideração nas projeções é o principal legado do partido, as ações de transferência de renda, que estão sendo rapidamente corroídas pela situação econômica e pelo aumento dos índices de desemprego. “Então, os candidatos do PT que forem às ruas propagando o legado vão ter dificuldade de justificar”, diz. Nas capitais, no entanto, o peso das siglas deve predominar.

REFLEXO

Segundo o especialista em marketing político Carlos Manhanelli, esta é a segunda vez na história recente da política brasileira que o desgate de um partido no âmbito nacional reverbera nas eleições locais. Ele relembra que, nas eleições majoritárias de 1974, o MDB (atual PMDB) passou a crescer eleitoralmente diante da crise econômica que corroía a base social de apoio aos militares. “O MDB mostrou as mazelas da ditadura e elegeu 23 governadores”, diz.

Em 2016, no entanto, a rejeição à sigla petista é crescente. Segundo ele, as pesquisas vêm apontando que a vinculação ao partido dos trabalhadores pode tirar ponto dos candidatos. (Fonte: NE10)

Rui: PT não diminuiu, mas ódio ao partido cresceu

RUI - PT

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, chama de “notícia furada” a “proclamada sangria do partido, alardeada com alegria pela mídia monopolizada”; ele sustenta seu argumento destacando dados divulgados pela Secretaria Nacional de Organização (Sorg) do partido, que mostram que o número de adesões à legenda superou o de saídas; “Por outro lado, pesquisa recente da Vox Populi mostra que aumentou o percentual dos que ‘odeiam’ o PT e dos que nos rejeitam”, pondera, no entanto, o dirigente petista; para ele, o resultado da pesquisa é “fruto da campanha de intolerância que precisa ser combatida com argumentos, trabalho, coragem e repulsa aos provocadores”. (Fonte: Blog 247)

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