Segurança recebe investimento de R$ 4,57 milhões para reforço do policiamento no São João 2023 de Pernambuco

A Operação São João 2023, que vai reforçar o policiamento nos focos juninos de Pernambuco, terá um incremento de 20% no investimento do Governo do Estado. Durante um mês, as forças de segurança pública vão aumentar sua presença em cidades como Caruaru, Recife, Arcoverde, Carpina, Limoeiro, Petrolina e Serra Talhada.

Segundo o Governo de Pernambuco, ao longo de um mês, serão empregados R$ 4,57 milhões no pagamento de diárias extras aos profissionais das operativas da Secretaria de Defesa Social (SDS), que vão atuar do Litoral ao Sertão.

Para coordenar as atividades de todas as forças de segurança pública de Pernambuco, a Secretaria de Defesa Social (SDS) vai ativar três Centros Integrados de Comando e Controle (CICC): em Caruaru, no Recife e em Serra Talhada.

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Lula embarca para Europa na noite desta segunda-feira (19/6)

Na noite desta segunda-feira (19/6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para a terceira viagem à Europa — acompanhado da primeira-dama Janja. A agenda do petista prevê encontros com o Papa Francisco, Macron e o presidente da Itália.

O primeiro compromisso de Lula em terras europeias deverá ocorrer nesta terça-feira (20/6). Trata-se de uma reunião com o escritor e sociólogo Domenico De Masi. Ainda em Roma, o petista tem uma reunião marcada com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, um encontro com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri e um encontro com o Papa Francisco, com quem deve abordar questões referentes à paz na Europa e à desigualdade no mundo.

Em transmissão do programa Conversa com o Presidente, Lula comentou sobre o encontro. “Telefonei para ele. Tomei a iniciativa, falei que gostaria de ir a Roma fazer uma visita para ele, de agradecimento, inclusive a tudo o que ele fez por mim quando eu estava na Polícia Federal e pelos atos de solidariedade. Ele está muito interessado em acabar com a guerra da Ucrânia e da Rússia. Eu também quero conversar com ele sobre essa questão da paz. E também quero conversar com ele sobre a questão da desigualdade”, detalhou.

Os encontros com políticos se estendem até a sexta-feira (23/6), mas em um novo destino, Paris. A agenda de quinta-feira (22/6) do presidente prevê uma reunião com a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, um discurso no evento do Power Our Planet, no Campo de Marte, a convite do vocalista e líder da banda Coldplay, Chris Martin e a presença num jantar oferecido pelo presidente Emmanuel Macron aos chefes de delegação participantes da cúpula.

No último dia de viagem, Lula deve participar do Diálogo de Alto Nível da Cúpula e de um almoço de trabalho oferecido por Macron a Lula. “Vou almoçar com o Macron e quero discutir a questão do Parlamento francês, que aprovou o endurecimento do acordo Mercosul-União Europeia”, comentou o presidente. De acordo com Lula, a União Europeia não pode ameaçar o Mercosul de punição, caso não cumpra determinações. “Se nós somos parceiros estratégicos, você não tem que fazer ameaças; você precisa ajudar. Isso eu vou conversar com o presidente da França”, pontuou.

Correio Brasiliense

Presidente lamenta tiroteio em escola e cobra “caminho para paz”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de uma estudante após tiroteio registrado na manhã desta segunda-feira (19) no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, no município de Cambé (PR). Nas redes sociais, ele disse ter recebido com tristeza e indignação a notícia do ataque ao colégio.

“Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e comunidade escolar”, postou o presidente em sua conta no Twitter.

Em nota, o governo do Paraná informou que o ex-aluno autor dos disparos já foi detido e encaminhado para Londrina, distante cerca de 15 quilômetros de Cambé. O governador do estado, Ratinho Junior, decretou luto oficial de três dias e lamentou o ocorrido.

Outras manifestações 
Durante agenda no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também manifestou solidariedade às famílias das vítimas. “Infelizmente, vimos a violência mais uma vez se manifestando no local que é o mais sagrado para as crianças e jovens do nosso país e para suas famílias, que é uma escola.”

“Quando um jovem perde a vida, na verdade, toda a juventude perdeu um pedaço da sua vida. Sou pai e, por isso, sei bem da intranquilidade que aflige as famílias na medida em que, de modo inaceitável, essa modalidade de violência se implantou no Brasil e serve de reflexão quanto aos traços culturais da violência.”
No Twitter, Dino postou: “Conversei com o governador Ratinho, do Paraná, manifestando solidariedade e colocando o governo federal à disposição para auxiliar o governo do Estado, em face da tragédia em uma escola estadual”.

Ataques anteriores 
Em abril deste ano, um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), no Vale do Itajaí, matando quatro crianças e ferindo outras três. A Polícia Civil do estado informou que o autor do atentado foi preso após se entregar na central de plantão policial da região.

O atentando foi o segundo em pouco mais de uma semana. No fim de de março, a professora Elizabeth Tenreiro, 71 anos, morreu após ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. Um adolescente de 13 anos, responsável pelo ataque, foi apreendido.

Levantamento 
O primeiro ataque a escolas de que se tem notícia no Brasil ocorreu 21 anos atrás e, desde então, houve outros 23 casos parecidos. No total, os episódios fizeram 137 vítimas e 45 pessoas morreram. Os dados são do Instituto Sou da Paz.

De acordo com o levantamento, revólveres e pistolas foram usados em 11 desses episódios e causaram três vezes mais mortes do que armas brancas, como facas, que apareceram em dez ocorrências. As armas de fogo foram responsáveis pela morte de 34 pessoas (76%), enquanto as brancas mataram 11 pessoas (24%) em ataques a escolas.

Operação Escola Segura 
Em abril, 302 pessoas haviam sido presas ou apreendidas pela Operação Escola Segura. O balanço mais recente do governo federal aponta.593 boletins de ocorrência registrados, mais de mil pessoas ouvidas pelas polícias e 1.738 casos em investigação, além de 270 ações de busca e apreensão de armas a artefatos de grupos extremistas.

À época, Flávio Dino disse que a operação não tem data pra terminar. “Nós vamos continuar a agir até nós combatermos e debelarmos um a um esses agrupamentos extremistas que estão querendo fazer terrorismo contra as crianças, contra os adolescentes e contra a educação. Essas pessoas são inimigas da liberdade.”

Denúncias 
Após o registro de ataques a escolas nos últimos meses, o serviço Disque 100 passou a receber denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar. Informações sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Agência Brasil

Lula embarca na noite desta segunda (19) para a Europa: encontros com Papa Francisco e Macron

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca na noite desta segunda-feira (19) para cumprir agenda na Europa. Até sexta-feira, Lula terá uma série de agendas e reuniões na Itália, no Vaticano e na França.

Na próxima quarta-feira, por exemplo, conversará com o Papa Francisco sobre políticas sociais, como medidas de combate à fome e à pobreza, aquecimento global, e reforçará sua proposta de criação de um plano de paz que ponha fim à guerra entre Rússia e Ucrânia.

Já na França, o presidente cobrará dos países desenvolvidos um peso maior para as nações em desenvolvimento nas decisões internacionais. Em um discurso que fará na plenária final da Cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global, que acontecerá nos dias 22 e 23 de junho, em Paris, ele voltará a criticar a demora na reforma do sistema financeiro mundial e defenderá que os governos valorizem mais as políticas sociais.

Às 20h desta segunda, segundo agenda oficial, Lula segue de Brasília para o Recife, onde faz escala por cerca de 1h30. Às 23h59, está marcada a partida para Roma, capital da Itália.

O ponto alto da visita na primeira parada será a agenda com o Papa. Mas Lula terá ainda encontros com o presidente do país, Sergio Matarella, além de audiência com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.

O presidente conhece o Papa há mais de 20 anos, quando ele, ainda Jorge Mario Bergoglio, era cardeal em Buenos Aires. Com a ajuda do amigo e presidente argentino, Alberto Fernández, Lula foi ao Vaticano em dezembro de 2020, cerca de um mês depois de deixar a prisão em Curitiba, onde passou 19 meses, e manteve uma reunião privada de uma hora com Francisco. Os temas tratados foram a fome, a desigualdade social e a intolerância.

No fim do mês passado, Lula conversou por telefone com o Papa e convidou o religioso para visitar o Brasil. Uma viagem do Pontífice vai depender do seu estado de saúde. Recentemente, ele passou por uma cirurgia para retirada de uma hérnia da parede abdominal, da qual recebeu alta nesta sexta-feira.

Em Paris, na quinta-feira, Lula fará um discurso na plenária final da Cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global. Ele cobrará dos países desenvolvidos mais espaço às nações em desenvolvimento na tomada de decisões internacionais e pedirá mais pressa na reforma do sistema financeiro mundial.

A cúpula terá como principais temas a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento, o financiamento de tecnologias verdes, a criação de novos impostos internacionais e instrumentos de financiamento.

Está ainda previsto um encontro bilateral entre Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, na sexta-feira. O acordo entre Mercosul e União Europeia deve fazer parte da pauta, uma vez que os franceses estão entre os mais resistentes para que o tratado seja aprovado.

– P

Agência O Globo

TCU vai auditar cartão corporativo de Lula após pedido da Câmara

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai auditar o cartão corporativo usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para investigar possíveis irregularidades no uso. A auditoria ocorre após um requerimento do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) ser aprovado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

O parlamentar argumentou que, segundo uma reportagem da revista Crusoé, o presidente gastou R$ 12,1 milhões no cartão corporativo de janeiro a abril deste ano.

O levantamento ainda não tem data marcada, mas os pedidos do Congresso terem prioridade no TCU. Os gastos sigilosos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizados no período de outubro a dezembro em 2022, também foram aprovados na Câmara em fevereiro deste ano. O TCU indicou que durante as eleições o cartão teve um aumento considerável.

Estado de Minas

Lula fica igual a Bolsonaro no Datafolha após 6 meses

Pesquisa Datafolha realizada de 12 a 14 de junho mostra que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está muito próxima, quase empatada  no limite da margem de erro, à da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro depois de 6 meses de governo. Dos entrevistados, 37% consideram o governo ótimo ou bom e 27% “ruim ou péssimo”. Outros 33% afirmam que a gestão do petista é regular.

Neste momento do mandato, Bolsonaro registrava 33% de aprovação e 33% de reprovação, o que fica próximo de um empate no limite na margem de erro.

A pesquisa foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e ouviu 2.010 pessoas em 112 municípios brasileiros de 12 a 14 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula tem uma ligeira vantagem numérica, mas do ponto de vista estatístico, é pouco para dizer que está realmente à frente das taxas de aprovação registradas por Bolsonaro depois de 6 meses no Palácio do Planalto.

Leia os números das pesquisas Datafolha sobere a a avaliação do governo Lula de março a junho deste ano:

  • de 29 a 30 de março – ótimo ou bom: 38%; ruim ou péssimo: 29%; regular: 30%;
  • de 12 a 14 de junho –  ótimo ou bom: 37% ; ruim ou péssimo: 27%; regular: 33%;

Apesar de haver uma perda dentro da margem de erro nas taxas de Lula de março a junho, o que a pesquisa do Datafolha indica é uma estabilização com leve viés de baixa. Aparentemente, os números relativamente positivios na economia – como inflação em queda, por exemplo – não foram suficientes para alavancar uma alta na aprovação do petista.

Comparando o desempenho de Lula com seu 1º mandato em 2003, o Datafolha mostra que o petista piorou. Eram 42% de “ótimo ou bom”, 43% de “ruim ou péssimo” e 11% o consideravam “regular”..

Em relação aos 6 meses de governo do 1º mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1995 (40% de ótimo/bom) e para a sucessora, Dilma Roussef (PT), em 2011 (49%, 38% e 10%), Lula também sai atrás.

Pose 360

Lula é aprovado por 37% e reprovado por 27%, diz Datafolha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 37% dos brasileiros, e reprovado por 27%, de acordo com a pesquisa Datafolha publicada neste sábado. Para 33%, o petista é regular, e 3% não opinaram.

A avaliação se mantém estável em relação à última pesquisa, feita em 29 e 30 de março. Os números variaram dentro da margem de erro. Antes, a aprovação estava em 38%, e a reprovação, em 29%. E era visto como regular por 30%.

Os dados são similares ao do ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou ao seu sexto mês de gestão sendo aprovado por 33% e reprovado por outros 33%, sendo visto como regular por 31%. A pesquisa considera um empate técnico, considerando os limites da margem de erro.

A avaliação de Lula em seu terceiro governo, a esta altura do mandato, é pior que a de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1995, ele mesmo em 2003, e para Dilma Rousseff (PT) em 2011. Veja:

FH (1995): 40% de ótimo/bom; 40% de regular; 17% de ruim/péssimo

Lula (2003): 42% de ótimo/bom; 43% de regular; 11% de ruim/péssimo

Dilma (2011): 49% de ótimo/bom; 38% de regular; 10% de ruim/péssimo

Bolsonaro (2019): 33% de ótimo/bom; 31% de regular; 33% de ruim/péssimo

Folha PE

Lula diz que economia deve crescer “acima de 2%”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a economia brasileira vai crescer acima de 2% este ano. Em entrevista a rádios de Goiás, Lula afirmou que se acontecer o que ele está pensando, o Produto Interno Bruto (PIB) poderá ficar acima de 2,5%.

Lula citou sua previsão de crescimento econômico ao lembrar que na viagem a Hiroshima, no Japão, enquanto discutia a política econômica com o G7, conversou com a diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, que fazia uma previsão de crescimento de 0,9% do PIB no Brasil.

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Ministra da Saúde vem a Pernambuco com Lula para relançar o Farmácia Popular

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, é uma das integrantes da comitiva presidencial que virá a Pernambuco na próxima quarta-feira (7). Um dos compromissos da ministra no estado é anunciar, junto ao presidente Lula, o relançamento do programa Farmácia Popular a nível nacional. O anúncio será feito na manhã da quarta-feira durante visita de Lula ao Compaz Eduardo Campos, localizado no Alto Santa Terezinha, no Recife. Segundo a equipe do petista, Lula e Nísia Trindade também devem visitar as estruturas de uma unidade da Farmácia Popular.

O programa Farmácia Popular faz parte da política nacional de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde, fornecendo medicamentos gratuitos e a baixo custo por meio de convênios com prefeituras e farmácias privadas.

Agenda

Além do relançamento do Farmácia Popular, Lula também tem outro compromisso em Pernambuco na quarta-feira. Ele vai inaugurar o campus do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. A sede do IFPE Paulista começou a começou a ser construída em 2018, no bairro de Maranguape I, em terreno doado pela prefeitura. A área total do equipamento é de 6.401,95 m².

O IFPE de Paulista constará com salas de aula, laboratórios, biblioteca, auditório, passarelas, bloco administrativo, área de convivência, guarita e estacionamento. A expectativa é de atender a 1.200 estudantes da educação profissional, científica e tecnológica.

JC Online

Após susto, Lula volta à articulação política e quer intensificar diálogo

Após o risco real de ver rejeitada a medida provisória que redesenhou a Esplanada dos Ministérios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se convenceu de que precisa atuar mais diretamente no diálogo entre Palácio do Planalto e Congresso. A vitória, ainda que parcial, na aprovação da MP — em que as pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas perderam atribuições — tem as digitais do chefe do Executivo, que prometeu promover, a partir das próximas semanas, rodadas de conversas com as bancadas dos partidos aliados, tanto na Câmara quanto no Senado.

Esses encontros vão ocorrer no Palácio da Alvorada, após o expediente regular no Planalto, em uma espécie de happy hour, sem muitas formalidades. Lula pretende ouvir, diretamente, e em um ambiente descontraído, as queixas dos parlamentares em relação à articulação política do governo, e propor medidas para “organizar, dar um método para o atendimento das principais demandas”, segundo explicou um líder governista ouvido pelo Correio. A ideia é reunir, separadamente, bancada por bancada, partido por partido. Legendas que não fazem parte da base também serão convidadas, como o PP e o Republicanos.

Essas rodas de conversa ainda vão ajudar o petista a reduzir o poder de intermediação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nas negociações em torno da liberação de emendas e indicação de cargos no Executivo. A agenda desses encontros começará a ser definida nos próximos dias pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com a ajuda dos líderes do governo no Congresso. A sugestão de levar parlamentares ao Alvorada surgiu em uma reunião fora da agenda oficial, na semana retrasada, entre Lula, Padilha e o líder da maioria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), no Planalto.

Como o presidente tinha um compromisso importante na semana passada, a reunião de cúpula dos países da América do Sul, com vários compromissos bilaterais, não havia espaço para dar início a esses encontros. Para salvar a MP dos Ministérios, a saída foi intensificar os contatos telefônicos com parlamentares e liberar mais um lote grande de emendas parlamentares — cerca de R$ 1,7 bilhão.

Além das falhas de articulação da base governista e a falta de conversas olho no olho com o chefe do Executivo, o governo vem liberando a conta-gotas as emendas prometidas em troca de apoio em seus projetos. Com medo da derrota do projeto na Câmara, em apenas um dia R$ 1,7 bilhão foi liberado em emendas parlamentares, conforme informações do portal do Orçamento Federal.

A maior parte da verba foi direcionada a partidos do Centrão. O PSD, por exemplo, recebeu R$ 190 milhões. Já a bancada do PL recebeu mais de R$ 250 milhões. O PP, de Arthur Lira, angariou mais de R$ 175 milhões.

Recado dado
O lance mais ousado da ofensiva governista foi promover um sutil afastamento de Lira das negociações com os partidos. No dia da votação da MP, o presidente da Câmara tentou encontrar-se pessoalmente com Lula, que não o recebeu. Os dois conversaram apenas por telefone. “O presidente Lula me ligou de manhã. Expliquei a ele as dificuldades que o governo dele tem. O problema não é da Câmara ou do Congresso, o problema está na falta ou na ausência de articulação. Não tenho mais como empenhar”, disse Lira, lavando as mãos em relação à votação da MP.

Depois da aprovação da medida, com placar expressivo em favor do governo, Lula desabafou: “Passaram para a sociedade a ideia de que o governo estava destruído, que iria ser massacrado, que o Congresso não iria aprovar. Quando chegou (a votação), todos aqueles que falaram do massacre e da destruição começaram a falar da vitória do governo”. O recado para Lira estava dado.

“Arthur Lira não é governista, foi aliado de Jair Bolsonaro durante todo o governo dele. Fez campanha pela reeleição de Bolsonaro e perdeu. Perdeu também em Alagoas para seu principal adversário (Renan Calheiros). Está pressionado pelo julgamento de uma ação no Supremo Tribunal Federal contra ele por corrupção. E, agora, teve a operação da Polícia Federal contra pessoas muito próximas dele, com fotos de cofres cheios de dinheiro. Lira está sob pressão. O momento favorece (um rearranjo nas relações com o Congresso)”, avaliou o líder de um partido da base.

Após a vitória governista na votação da MP dos Ministérios, Arthur Lira deu declarações em que dividiu com o presidente o mérito pela aprovação. “Foi um grande esforço dos partidos independentes, até dos partidos de oposição, em ajudar na votação, por um apelo que foi feito pelo presidente Lula a mim, pessoalmente, e um apelo meu aos líderes”, afirmou em entrevista à GloboNews.

As dificuldades na implementação do projeto político de Lula esbarram nas lideranças do Congresso. Deputados têm deixado claro que, passado seis meses de governo, as barreiras de articulação já deveriam ter encontrado espaço para serem azeitadas.

“A relação do governo com o Congresso precisa ser melhor azeitada acho que é um fato existe grande reclamação grande dos cargos locais que já está com seis meses de governo. Hoje é 1º de junho e muitos estados não têm se resolvido”, apontou o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos-PE), na quinta-feira.

Um importante termômetro nos últimos dias foi a aprovação da medida provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios. A medida passou no Congresso em meio a cobranças ao governo e ao “último voto de confiança” dos parlamentares do Centrão. Integrantes de legendas de centro, da oposição e da própria base aliada relatam que o distanciamento do Executivo em relação ao parlamento, especialmente dos ministros do governo, chegou ao limite. Somado a isso, está a ausência do presidente Lula — que focou nas últimas semanas em fortalecer a agenda internacional — nas tratativas com os partidos de centro.

Na quarta, durante a votação, a corda foi esticada até o limite, deixando evidente a pressão de um grupo de parlamentares para que não fosse votada a matéria.

Segundo o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), líder do bloco apoiado por Arthur Lira (PP-AL), que inclui as legendas União Brasil, PP, e a Federação PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Patriota, o cenário que antecedeu a votação da MP 1154 abriu os olhos do presidente.

“Lula precisa ajustar essa relação com o Congresso. Nos outros governos, ele fazia isso com maestria. Nessa largada, isso não tem acontecido. Ele não tem dialogado sobretudo com partidos de centro, que são a maioria aqui na Câmara. A gente tem defendido que o presidente saia dessa bolha e fale com líderes desses partidos”, disse.

A aprovação da MP 1.154, segundo Carreras, se deu por “uma sensibilidade da Câmara”, pois teve muito trabalho de convencimento ao longo do dia da votação. “Eu lidero um bloco que anteriormente teria só voto do meu partido e do PDT (se não fossem as negociações)”, disse.

Diário de Pernambuco

Lula prega paciência em negociações sobre estrutura ministerial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou as mudanças em atribuições de dois de seus ministérios aprovadas por uma comissão do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória (MP) que definiu a estrutura administrativa do seu governo. Em discurso durante evento do dia nacional da indústria promovido pela Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, nesta quinta-feira (25), ele assegurou que há prazo para negociar as modificações.

“Quando eu li a imprensa [hoje], a impressão que eu tive era que o mundo tinha acabado. ‘Lula foi derrotado pelo Congresso, acaba-se ministério disso, acaba-se ministério daquilo’. Eu fui ler e o que estava acontecendo era a coisa mais normal”, comentou o presidente

Na noite de quarta-feira (24), a Comissão Mista do Congresso Nacional aprovou o relatório do deputado Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL) sobre a estrutura do governo com a retirada de diversas funções do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e também do Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

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Lula não descarta explorar petróleo na foz do rio Amazonas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou não ver, ao menos por enquanto, efeito negativo sobre a Amazônia na exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. “É em alto mar”, disse o petista nesta segunda-feira (22), em Hiroshima, no Japão, onde participou como convidado da reunião do G7.

“Se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado, mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia.” Acrescentou, porém, que só vai decidir quando estiver de volta no Brasil. “Eu só posso saber quando chegar [ao país].”

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Lula se encontra com Rei Charles III na véspera da coroação

Foto: Ian Jones/Buckingham Palace

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (5) de uma recepção com cerca de mil convidados no Palácio de Buckingham.  Com 73 anos, ele enfrentará um dia desgastante fisicamente e emocionalmente. Charles esperou por esse dia por décadas.

Antes da recepção, Lula se encontrou com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak. Conversaram sobre o comércio bilateral, que tem muito para crescer, sobre a guerra da Ucrânia e, principalmente, sobre meio ambiente. O tema mais importante para a sobrevivência do planeta requer um cuidado especial com a Amazônia e, hoje, o governo britânico se comprometeu a dar 80 milhões de libras, cerca de R$ 500 milhões, para ajudar.

Ensaio geral
Hoje foi um dia de ensaio para a família real e para os organizadores da coroação do rei Charles III.
E também de um pouco de relações públicas, já que ele, o príncipe William e sua esposa Kate desceram do carro e foram cumprimentar pessoas já acampadas para ver tudo de pertinho.
As calçadas estão cheias de barracas e cadeiras no trajeto que Charles e Camilla farão amanhã pelas ruas do centro de Londres até a abadia de Westminster, onde acontecerá a cerimônia de coroação.

Tudo impecavelmente coreografado como são esses espetáculos da família real britânica. Embora muito do que se verá é copiado, lembrança de tradições antigas, desta vez será uma versão menor. Por várias razões.

A Grã Bretanha, hoje, não é mais a potência que era em 1953, quando a Rainha Elizabeth foi coroada.

Um país menos importante internacionalmente, com uma economia menor, com menos influência. E com um público que, se ainda apoia a monarquia, já olha com um jeito mais crítico para o tamanho da conta.

Ostentação de um lado, austeridade do outro. Equilibrar a realidade com o custo da família real não é tarefa fácil.

Agência Brasil

Lula envia MP com novo salário mínimo para o Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira a medida provisória (MP) que reajusta o valor do salário mínimo para R$ 1.320. O texto já foi encaminhado para o Congresso Nacional e precisa ser aprovado em até 120 dias para não perder a validade.

Nesse domingo, Lula havia confirmado o novo valor durante pronunciamento em cadeia nacional. Na mesma ocasião, também anunciou a nova faixa de isenção do imposto de renda em R$ 2.640, com aumento gradativo ao longo do seu mandato até chegar em R$ 5 mil.

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Lula conversará com Macron sobre acordo entre Rússia e Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve marcar, até semana que vem, um encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, para conversar sobre uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia. O presidente está em viagem oficial à Espanha e participou de um fórum empresarial, nesta terça-feira (25), em Madri.

“Pretendo, possivelmente, esta semana [ou] semana que vem marcar um encontro com o Macron”, afirmou, referindo-se às negociações de paz. Em discurso no evento, ele criticou novamente a invasão do território ucraniano pelo russo e afirmou que essa é uma “guerra insana”.

“O Brasil está empenhado na tentativa de arrumar parceiros para que possamos trazer a paz, para que a Ucrânia possa ficar com seu território, para que os russos fiquem com a Rússia, para que o mundo não sofra a falta de alimentos, para que o mundo não sofra a falta de fertilizantes e para que o mundo volte a prosperar para gerar os empregos que a humanidade precisa”, disse, reforçando a preocupação com as crises alimentar e energética provocadas pela guerra.

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