Salário mínimo deve subir para R$ 945,80 em 2017

(Foto: Ilustração)

Por lei, o reajuste do salário mínimo tem que ser feito com base na inflação. (Foto: Ilustração)

O governo estima que o salário mínimo, hoje em R$ 880,00, será elevado para R$ 945,80 no ano que vem. O número faz parte da proposta de Orçamento para 2017, entregue ao Congresso nesta quarta-feira (31), prazo final para apresentação do texto.

Por lei, o reajuste do salário mínimo tem que ser feito com base na inflação apurada no ano anterior (o governo projeta inflação de 7,48% neste ano) e na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Em 2015, o PIB encolheu 3,8%, portanto, esse indicador não é considerado na conta.

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Mercado financeiro espera que taxa Selic fique em 14,25% ao ano

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,89% para 3,86%/Imagem ilustrativa

A expectativa de redução na taxa Selic acompanha uma estimativa de inflação menor no próximo ano. /Imagem ilustrativa

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa  amanhã (19) e termina quarta-feira (20).

Mas até o final do ano, a expectativa é de redução da taxa básica. De acordo com as projeções, ao final de 2016 a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de mais cortes na taxa Selic, que encerrá o período em 11% ao ano.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

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Inflação sobe mais para consumidores que ganham até 2,5 salários

Os dados são da pesquisa em torno do Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e todas as variações já têm descontadas o efeito inflacionário com base do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)/Foto:JC Imagem

O resultado, que apura a alta de preços junto às famílias de menor renda, chegou a ser 0,15 ponto percentual superior a do mês de abril./ Foto: arquivo

A inflação de maio, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu mais para as famílias com menor renda: até 2,5 salários mínimos.

Dados divulgados hoje (6) pela FGV indicam que os preços dos grupos Habitação, Despesas Diversas e Comunicação dispararam e o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) fechou maio com alta de 0,84%.

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Feijão, leite e farinha puxam alta da cesta básica em Petrolina e Juazeiro, segundo pesquisa da Facape

O Índice da Cesta Básica (ICB) ainda mostra que o trabalhador do Vale do São Francisco que recebeu um salário mínimo de R$ 880 gastou 34,5% da renda com a aquisição de alimentos/Imagem ilustrativaO Índice da Cesta Básica (ICB) ainda mostra que o trabalhador do Vale do São Francisco que recebeu um salário mínimo de R$ 880 gastou 34,5% da renda com a aquisição de alimentos/Imagem ilustrativa

Após registrar queda, o valor da cesta básica voltou a subir em Petrolina e Juazeiro. É o que aponta a pesquisa realizada mensalmente pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape). No mês de abril, a cidade pernambucana registrou uma inflação de 2,63%, número bem superior ao de Juazeiro, que registrou inflação de 0,12%.

A farinha de mandioca, o leite e o feijão elevaram o preço da cesta básica nas duas cidades. Segundo informações do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o período de entressafra diminuiu a oferta do leite, aumentando o valor dos seus derivados. No caso da farinha de mandioca, mesmo com a colheita normal atualmente, os preços ainda refletem um período anterior de menor oferta do produto.

O feijão manteve os preços elevados devido à escassez de chuvas no Nordeste e o excesso delas em outras regiões produtoras, o que fizeram diminuir a disponibilidade do produto. Em Petrolina, tomate, banana e óleo de soja também tiveram um aumento expressivo, contribuindo para o crescimento da inflação na cidade.

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Mercado considera que inflação fechará o ano em 7%

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,89% para 3,86%/Imagem ilustrativa

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,89% para 3,86%/Imagem ilustrativa

A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano voltou a ser elevada com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passando de 6,94% para 7%. Para 2017, a estimativa foi reduzida de 5,72% para 5,62%, no quinto ajuste consecutivo.

Os números são do Boletim Focus, divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC). Ele traz projeções de instituições financeiras consultadas semanalmente sobre os principais indicadores da economia.

Mesmo com as reduções, os cálculos estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017.

Para a taxa básica de juros (Selic), um dos instrumentos do Banco Central para conter a inflação, a projeção das instituições financeiras, ao final de 2016, foi reduzida de 13,25% para 13% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa continua em 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

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Arrecadação federal é a menor para o primeiro trimestre desde 2010

A arrecadação federal atingiu em março o menor valor em cinco anos

A arrecadação federal atingiu em março o menor valor em cinco anos

A crise econômica, que diminui a produção e o consumo, fez a arrecadação federal atingir em março o menor valor em cinco anos. No mês passado, o governo arrecadou R$ 95,779 bilhões, queda de 6,96% em relação a março de 2015, descontada a inflação oficial. A quantia é a menor para o mês desde 2010, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No primeiro trimestre, a arrecadação federal somou R$ 313,014 bilhões, queda de 8,19% na comparação com o mesmo período do ano passado considerando o IPCA. O valor acumulado também é o menor para os três primeiros meses do ano desde 2010.

Segundo a Receita Federal, a queda da atividade econômica é o principal responsável pela queda na arrecadação este ano. Entre os fatores, a Receita destaca o recuo de 11,8% na produção industrial no primeiro trimestre, a redução de 10,47% na venda de bens e serviços e a contração de 33,62% no valor em dólar das importações. Vinculada à arrecadação da Previdência Social, a massa salarial caiu 0,03% no primeiro trimestre.

Os tributos que puxaram a queda na arrecadação no primeiro trimestre foram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, cuja receita caiu R$ 7,7 bilhões, descontando o IPCA, por causa do menor lucro das empresas. Em segundo lugar, está a receita da Previdência Social, com queda real (considerando a inflação) de R$ 5,5 bilhões, motivada pelo aumento do desemprego.

 

Preços do tomate e da carne caem e cesta básica fica mais barata, segundo pesquisa da Facape

O valor da cesta básica caiu em Petrolina e Juazeiro no mês de março, segundo pesquisa da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape). De acordo com o levantamento, em comparação com fevereiro, março registrou deflação de 4,64% em Juazeiro e de 6,45% em Petrolina. Considerando as informações das duas cidades agregadas, a deflação no período foi de 5,63%.

 Segundo a pesquisa, realizada mensalmente pelo Colegiado de Economia da Facape, a queda da cesta básica continua sendo resultado da intensa redução do preço do tomate. O item, após forte alta devido ao excesso de chuvas no início do ano, apresentou no mês de março grande oferta, da mesma maneira que a banana, apesar da qualidade do produto estar baixa. A carne também apresentou uma redução de preços em regiões produtoras importantes – como Goiás e Minas Gerais – e estabilidade em São Paulo, indicando uma maior oferta do produto no país.

 De acordo com o levantamento, o valor da cesta básica em Juazeiro foi de R$ 302,21 e em Petrolina, de R$ 303,74. “Estes números chamam a atenção, pois desde que se iniciaram os cálculos do custo da cesta básica no Vale do São Francisco, em nenhum mês estes dois valores se aproximaram tanto”, explicou o professor e coordenador da pesquisa, Dr. João Ricardo Lima.

O Índice da Cesta Básica (ICB) está disponível na página eletrônica da Facape (www.facape.br), no link do projeto.

Com informações da Assessoria

Inflação para terceira idade é de 9,6%

idoso

A inflação da cesta de consumo das pessoas com mais de 60 anos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), ficou em 2,72% no primeiro trimestre deste ano. A taxa é inferior à observada no último trimestre de 2015 (2,87%). Em 12 meses, o IPC-3i acumula 9,6%, acima dos 9,37% medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação para todas as faixas de idade. Os números foram divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas

O principal responsável pelo recuo da taxa trimestral foi o grupo de despesas com transportes, cuja taxa de inflação caiu de 4,52% no último trimestre de 2015 para 2,87% no primeiro trimestre deste ano. A gasolina, por exemplo, registrou alta de preços de 2,55% nos três primeiros meses deste ano, total bem abaixo dos 9,78% registrados nos três últimos meses de 2015.

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Reajuste no preço de remédios deve ficar acima da inflação

remedio

Pela primeira vez em mais de dez anos, o aumento dos remédios deverá ficar acima da inflação. A crise econômica, a alta do dólar, e a subida do preço da energia elétrica puxaram para cima os custos da indústria farmacêutica, um dos indicadores que entram no cálculo do preço dos produtos farmacêuticos. A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) calcula que os medicamentos deverão subir 12,5% nesta quinta-feira, quando o governo federal anuncia o índice oficial de reajuste. Em 2015, a alta média foi de 6,35%, abaixo da inflação de 7,70%. O aumento entrará em vigor nas farmácias já na sexta-feira.

Os remédios têm preços controlados pelo governo, que autoriza anualmente o reajuste com base no IPCA do IBGE. Desde 2005, os índices de aumento ficaram abaixo da inflação. Para este ano, o IPCA entre março de 2015 e fevereiro de 2016 foi de 10,36%. Segundo a Interfarma, além da inflação, são considerados outros fatores. São eles: a produtividade da indústria, a concorrência das classes terapêuticas, além dos fatores econômicos como o câmbio e o aumento da energia elétrica.

“Desta vez, a produtividade da indústria foi negativa. A mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior. Assim, os fatores de produtividade acabaram sendo anulados e, com isso, o governo determinou apenas uma faixa de reajuste para todo o setor”, diz a nota da Interfarma. O presidente-executivo da entidade, Antônio Britto, acrescenta que “o cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Pernambuco (Sincofarma-PE), Oséas Gomes da Silva, a variação cambial é a grande responsável pela inflação dos medicamentos porque os insumos usados pela indústria são comprados em dólar. “Em geral, as pessoas que usam remédios de uso contínuo se abastecem antes do aumento. Mesmo assim, na primeira semana observamos uma queda nas vendas. Este ano vai ser pior porque a crise já provocou a retração de 5% no movimento das farmácias.”

Em nota, o Ministério da Saúde informa que o ajuste anual do preço máximo dos medicamentos deverá ser divulgado até o dia 31 de março. Acrescenta que a resolução define o índice máximo de aumento, mas a indústria farmacêutica pode aplicar percentual menor. “O índice deste ano ainda não foi publicado, mas, conforme a legislação, levará em consideração critérios técnicos como a produtividade da indústria, a variação de custos dos insumos e a concorrência dentro do setor, além da inflação do período.”

Expectativa de Inflação dos Consumidores recua em março para 11,1%

Cesta-Básica

Após treze meses consecutivos de alta, o indicador Expectativa de Inflação dos Consumidores fechou março com queda de 0,3 ponto percentual em relação a fevereiro. Segundo divulgou hoje (28) o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), a inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes recuou de 11,4% para 11,1%, de fevereiro para março.

Apesar da primeira queda do indicador, a inflação projetada pelos consumidores ainda é a terceira maior desde 2005. Na avaliação da economista da FGV Viviane Seda Bittencourt, as projeções de queda previstas pelos consumidores “podem ter sido influenciadas pela observação da evolução atual da inflação, com desaceleração de altas em itens do grupo habitação, no preço da gasolina e em serviços de telefonia fixa e internet, associadas a uma possível desaceleração de preços administrados em 2016”.

Para ela, no entanto, apesar da ligeira desaceleração das expectativas de inflação dos consumidores, o patamar “mantém-se alto em termos históricos em torno de 11%.”

Os dados divulgados indicam que a desaceleração entre as classes de renda foi disseminada de forma homogênea em março, o que manteve o diferencial dos níveis de inflação previstos em fevereiro. No entanto, a faixa de renda mais baixa continua prevendo inflação mais alta para os 12 meses seguintes: 11,7%.

Queda

O intervalo entre 10% e 12% continua sendo o mais citado pelos consumidores, mas a FGV ressalta que “houve redução da frequência de citações nesta faixa, de 33,7% do total em fevereiro para 31,3% em março.

As previsões de projeção de inflação para os 12 meses seguintes vão diminuindo conforme o aumento da renda. Para os que ganham entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, as projeções apontam inflação de 10,9% para os próximos doze meses, contra 11,3% dos cálculos de fevereiro. Já para os ganham acima de R$ 9,6 mil, as previsões caíram dos 11% de fevereiro para 10,6% de março: redução de 0,4 ponto percentual.

Em fevereiro do ano passado, a previsão mediana da taxa de inflação para os doze meses seguintes era de 7,9%, mas já em agosto de 2015 essas mesmas projeções já indicavam uma expectativa de inflação de 10%, percentual que se repetiu em setembro, outubro e novembro, mantendo-se, a partir daí, sempre acima de dois dígitos. A maior projeção ocorreu em fevereiro último: 11,4%.

A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2.100 brasileiros em sete das principais capitais do país (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Recife).

Índice que reajusta aluguel avança em fevereiro

aluguel

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) variou 1,29% em fevereiro, um avanço de 0,15% sobre janeiro. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base nos preços coletados entre os dias 21 de janeiro e 20 de fevereiro. Em 12 meses, o IGP-M registrou alta de 12,08%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou variação de 1,45% em fevereiro. No mês anterior, a taxa foi de 1,14%. O índice relativo aos bens finais variou 1,43% neste mês. Em janeiro, esse grupo de produtos teve variação de 1,84%. Contribuiu para o recuo o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 7,6% para 2,48%.

O índice referente ao grupo bens intermediários variou 1,16% neste mês. Em janeiro, a taxa foi de 0,69%. O principal responsável por esse movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,06% para 1,96%. O índice de bens intermediários, calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 1,43%, ante 0,87%, em janeiro.

No estágio inicial da produção, o índice do grupo matérias-primas brutas variou 1,83% em fevereiro. Em janeiro, o índice registrou variação de 0,85%. Os itens que mais contribuíram para esse movimento foram: milho em grão (9,68% para 17,79%), bovinos (0,09% para 2,63%) e cana-de-açúcar (1,39% para 4,03%). Em sentido oposto, destacam-se: soja em grão (1,83% para -1,45%), suínos (-0,58% para -11,08%) e aves (-2,48% para -4,20%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 1,19% em fevereiro, ante 1,48% em janeiro. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas: a principal contribuição foi do grupo alimentação (2,36% para 1,42%). Nessa classe de despesa, o destaque é o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 19,44% para 5,29%.

Detran reajusta taxas em Pernambuco

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Após quase 17 anos sem apresentar aumento de valores cobrados, o Detran-PE começou 2016 reajustando as taxas para todos os serviços. A elevação, segundo a presidência do órgão, acompanhou justamente a inflação em 2015, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que terminou o ano com um avanço médio de 10,28%, conforme as estatísticas do Banco Central (BC). Com isso, novos condutores e motoristas veteranos devem ficar atentos aos novos preços.

A correção nas taxas foi aprovada após a apresentação do Projeto de Lei nº 15.602, de 30 de setembro de 2015, enviado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo governador Paulo Câmara. Essas mudanças pegaram carona no pacote anticrise, de aumento de impostos para elevar a arrecadação estadual, anunciado no ano passado pelo Governo do Estado. Aprovado na Alepe, a nova lei foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOU) no dia 1º de outubro, passando a vigorar no dia 1º de janeiro deste ano. A lista completa dos novos valores dos serviços está disponível no site do Detran-PE.

Pela nova tabela, todos os valores de cerca de 75 taxas foram modificados, com alguns sofrendo aumento e outros apresentando redução de preços. Em torno de 22 taxas de serviços que eram gratuitos agora são pagos. Um deles é a vistoria para transferência veicular (nome do novo proprietário e endereço), que antes não era cobrada agora terá valor fixo, igual à vistoria comum, de R$ 43,44. Somente na unidade do Detran-PE da Iputinga, de acordo com Ribeiro, são vistoriado 700 automóveis por dia.

A aplicação do IPC, no entanto, não foi levada à risca em alguns casos, como no da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Antes do aumento, o custo para tirar a CNH, levando-se em conta o agendamento, captação de imagem, biometria e exames oftalmológico, psicotécnico, teórico e prático, além da impressão, era de R$ 230. Com o reajuste, agora o valor é de R$ 299. Mas poderia chegar até R$ 400, de acordo com Charles Ribeiro, presidente de Detran-PE. “Se usássemos a base de cálculo do IPC para a habilitação, teríamos que cobrar mais de R$ 400. Avaliamos alguns serviços de interesse da população para ficarem mais baratos ou ter um reajuste menor”, explicou.

Segundo Ribeiro, após a realização do estudo entre para avaliar a saúde financeira do órgão foi verificado que desde 1999 alguns serviços não eram nem cobrados. “Através do princípio da anualidade, analisamos todos os custos para reajustar os valores através de um estudo feito entre os meses de março e agosto. Havia uma defasagem muito grande entre custos e receitas e decidimos atualizar os preços. Caso contrário, até 2017 o Detran-PE entraria em colapso”, pontuou. Em relação ao aumento da arrecadação do órgão a partir da cobrança dos novos valores, Ribeiro afirmou que a expectativa é de um acréscimo de 30% comparados a 2015, quando o Detran arrecadou R$ 350 milhões.

Charles Ribeiro ressaltou, ainda, que a diferença que poderia aumentar a defasagem na arrecadação do órgão vai ser compensada pela extinção dos serviços gratuitos. Entre os serviços que foram reajustados estão o emplacamento, um dos que mais gera receitas ao órgão. Antes do reajuste, o Detran-PE cobrava uma taxa de R$ 128,13. Agora, o serviço foi dividido em duas etapas e valores. Primeiro, o motorista paga pela guia de emplacamento, onde consta a lista das empresas credenciadas para que a pessoa emplacar o veículo, no valor de R$ 29,77. Depois, o proprietário paga pelo licenciamento, que agora custa R$ 141,34.

Vale lembrar que arrecadação do órgão também será incrementada este ano com o aumento médio de 20% na cobrança do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), instituída por lei estadual, para a maioria dos veículos, e a obrigatoriedade da CNH para os motoristas das motonetas conhecidas como “cinquentinhas”, que passa a valer a partir de fevereiro. “Entendemos a necessidade de milhares de pessoas que usam este tipo de veículo para o trabalho, mas a cobrança era necessária. O valor para licenciar um ciclomotor, por exemplo, é a metade do preço de um veículo”, completou. Charles Ribeiro. (Diário de Pernambuco)

Gasolina e Energia elétrica foram os vilões da inflação em 2015

Dicas de economia de energia

Os aumentos dos preços da energia elétrica residencial e da gasolina foram os grandes vilões da inflação de 2015, que fechou o ano em 10,67%, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (8). Segundo o IPCA, que mede a inflação oficial, o preço da energia subiu 51% no ano passado. Por isso, ele, sozinho, foi responsável por 1,5 ponto percentual no índice. Já a gasolina representou 0,76 ponto percentual da inflação, com um aumento de 20,1% no preço em 2015.

Na terceira colocação aparece o subitem refeição, com uma alta de 9,71% e responsável por 0,51 ponto percentual da alta. Na sequência, vêm o subitem plano de saúde, com 0,40 ponto percentual (alta de 12,5%) acompanhado pelo ônibus urbano, com peso de 0,37 e alta de 15,09% nos preços. Dentre os alimentos que registraram aumento dos preços em 2015, o subitem carnes foi o que mais contribuiu para a alta da inflação oficial. A alta foi de 12,48%, já o impacto no índice foi de 0,36 ponto percentual.

O segundo lugar dentre os maiores responsáveis pela alta da inflação foi o pão francês, que representou 0,14 ponto percentual no índice, com uma alta de 12,05. Outro alimento, que ficou famoso pela alta, foi o tomate. A fruta representou 0,10 do índice, com uma alta de 47,45% no índice oficial.

Dilma afirma que equilíbrio fiscal é essencial para reduzir inflação

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (7), em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que o equilíbrio fiscal é essencial para reduzir a inflação. O objetivo do governo é trazer a inflação “o mais rápido possível” para o centro da meta de 4,5%. “Com o equilíbrio fiscal, é possível garantir o superávit de 0,5% [do Produto Interno Bruto (PIB)] e criar condições para trazer a inflação para o centro da meta”. O superávit primário é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública.

Segundo a presidenta, questões de política interna, como a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), são mais importantes que a discussão sobre o impeachment aberto contra ela na Câmara dos Deputados. “O Brasil não pode parar [por causa do processo]”.

Dilma afirmou que é preciso desmentir “um mito”: de que a carga tributária no país vem crescendo. “Pelo contrário, está em 33,4%. Considerando só os impostos federais, cai para 22% e se desse valor for retirado o que vai para Previdência, Sistema S e FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], o montante vai ao que era a carga tributária em 2002”.

A presidenta espera que este ano seja melhor que 2015 e destacou que vai se esforçar para retomar o crescimento e garantir a estabilidade econômica.

Dilma está a caminho de Porto Alegre onde nasceu hoje cedo seu segundo neto, Guilherme.

Inflação que serve de base para corrigir aluguel fecha o ano com alta de 10,54%

Renda e economia. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentou queda em dezembro na comparação com novembro ao passar de 1,52% para 0,49%.

O resultado também ficou abaixo do registrado em dezembro de 2014 quando a taxa oscilou em 0,62%, mas no acumulado de 2015 o avanço do IGP-M foi de 10,54% contra 3,69% de 2014.

O IGP-M é utilizado como referência para os cálculos de reajuste da energia elétrica e dos contratos de aluguéis.

O levantamento – feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) – mostra que houve recuo na intensidade de aumento de preços em dois dos três componentes do índice, com destaque para o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que caiu de 1,93% para 0,39%.

Entre os itens que contribuíram figura o subgrupo alimentos in natura, que apresentou alta menor, passando de 12,29% para 7,01%.

Também foi constatada queda de 0,31% no grupo matérias-primas brutas ante uma alta em novembro de 0,96%. Este grupo inclui as cotações das commodities (produtos primários negociados no mercado internacional).
No ano, o IPA aumentou 11,2%.

No componente que reflete as oscilações no varejo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou alta de 0,92%. O percentual foi superior ao verificado em novembro (0,90%), refletindo os avanços de preços dos alimentos (de 1,37% para 1,70%). Desde janeiro, o IPC teve alta de 10,24%.

Já em relação ao Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), a variação passou de 0,40% para 0,12%, puxada pelos materiais, equipamentos e serviços com taxa de 0,23%, o que é bem inferior ao número de novembro (0,86%).

O índice referente ao custo da mão de obra ficou praticamente estável em 0,02%. No acumulado do ano, o INCC atingiu 7,22%. (Ebc)

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