A Diocese de Petrolina tem novo bispo. Dom Antônio Carlos Cruz Santos, de 62 anos, foi empossado neste sábado (29) sucedendo Dom Francisco José Canindé Palhano que esteve por seis anos à frente da diocese. Carioca da gema, como destacou durante coletiva à imprensa local, torcedor do Fluminense e da Portela, bisneto de escravizados e um homem aberto ao conhecimento.
Dom Antônio chega a Petrolina após passar uma década como bispo de Caicó, no Rio Grande do Norte. “Foi uma experiência muito boa. Gostei muito do Sertão e acho que o fato de eu ter o sangue nordestino, facilitou. Eu dizia que gostava muito de Caicó, mas não gostaria de ser bispo a vida inteira só em Caicó, porque eu acho que toda missão tem que ter começo, meio e fim”.
Assim como da cidade potiguar, o bispo diz que chega a Petrolina com pouco conhecimento da cidade. “De Petrolina, a única coisa que eu conhecia era a música, ‘Petrolina, Juazeiro’. Só tinha passado por aqui uma vez, há mais de 20 anos, tinha vindo de carro do Rio até Fortaleza, na volta passamos por aqui, atravessei a ponte e dormi em Juazeiro”, conta o bispo, que quer aproveitar o primeiro semestre do bispado para conhecer toda a diocese. Dom Antônio disse que pretende visitar todas as paróquias para ‘celebrar’.
Dom Antônio citou várias vezes o Papa Francisco, por quem foi nomeado para assumir a diocese de Petrolina e como a igreja deve ser acolhedora. “O amor de Deus tem nome, e chama-se: misericórdia. Por isso, tem lugar para todos na igreja”, afirmou.
Sobre os problemas sociais da cidade, que tem mais de 360 mil habitantes e é a terceira maior de Pernambuco, o religioso disse que “isso é um termômetro de que Petrolina é uma cidade grande. A população em situação de rua é um fenômeno das cidades grandes, em Caicó eu quase não tinha. É um desafio, os pobres incomodam”, disse o bispo, lembrando que Jesus se faz presente nos mais necessitados.
G1 Petrolina