Quem é o preso no 8/1 que pode ser o 1º absolvido totalmente pelo STF

Pela primeira vez, um preso durante os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 pode ser absolvido totalmente no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo menos esse foi o voto do relator da ação, o ministro Alexandre de Moraes, que sugeriu a absolvição na sexta-feira (8/3).

O preso é Geraldo Filipe da Silva, preso no dia dos atos perto do Congresso Nacional. De acordo com a defesa do réu, que convenceu a Procuradoria-Geral da República (PGR), Geraldo é uma pessoa em situação de rua e se viu cercado pelos vândalos, mas não participou da invasão.

Ainda há vídeos da prisão em flagrante que mostram que ele foi agredido pelos golpistas, que o acusaram de “petista” e “infiltrado” enquanto era acusado de vandalizar viaturas policiais. No entanto, não foi possível provar que ele cometeu as infrações. No depoimento do acusado, ele disse que estava há três meses no Distrito Federal em situação de rua e esteve na manifestação por curiosidade. Ele afirmou, também, que nunca fez parte de manifestações políticas e chamou os atos de baderna.

Diante do exposto, a PGR mudou o entendimento em relação à denúncia contra Geraldo e pediu a absolvição. Moraes seguiu a PGR e afirmou que “não há elementos probatórios suficientes que permitam afirmar que o denunciado uniu-se à massa, aderindo dolosamente aos seus objetivos, com intento de tomada do poder e destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal”.

Para a absolvição se tornar real, os outros ministros da Corte devem seguir o entendimento de Moraes. O julgamento de Geraldo e outros presos dura até a próxima sexta-feira (15/3).

Correio Brasiliense

Deputada pernambucana, Clarissa Tércio é investigada por postagem de apoio a invasão dos Três Poderes

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar a conduta de deputados federais eleitos que publicaram, em suas redes sociais, mensagens de apoio aos ataques aos Três Poderes, no último final de semana.

Clarissa Tércio (PP), deputada federal de Pernambuco, é uma das citadas, ao lado de André Fernandes (PL-CE) e Silvia Waiãpi (PL-AP). O pedido foi assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico dos Santos, responsável pelas apurações sobre atos antidemocráticos, relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

No entendimento do Ministério Público Federal (MPF), as publicações dos parlamentares eleitos podem ser enquadradas como incitação pública à prática de crime e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. No pedido apresentado pela PGR, há menção ao conteúdo divulgado por Tércio. “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. […] Isso vai ficar para a história”, escreveu a deputada.

Invasão no DF: PF e Ministério da Justiça criam canais para denúncias

Manifestantes invadiram Congresso, STF e Palácio do Planalto no final de semana

A Polícia Federal (PF) e o Ministério da Defesa e Segurança Pública criaram canais de denúncias, para identificar os envolvidos na invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília (DF), no último domingo (8). O objetivo é conseguir a identidade dos criminosos e puni-los dentro da lei.

“A Polícia Federal informa que criou o e-mail [email protected] para receber informações sobre envolvidos nos atos do último domingo. Qualquer informação é bem-vinda“, diz a nota da instituição.

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Empresário suspeito de montar explosivo no DF vai responder por crime contra estado democrático de direito

Homem tinha arsenal; seu CAC estava irregular (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

George Washington de Oliveira Sousa. Esse é o homem suspeito de implantar um artefato explosivo em um caminhão tanque de combustível no aeroporto de Brasília (DF). Ele tem 54 anos, é empresário e reside em Santarém, no Pará. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), George confessou ter montado a bomba. Seu desejo era chamar atenção para os atos dos bolsonaristas na capital.

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Polícia prende suspeito de colocar explosivo na via de acesso do Aeroporto de Brasília

George saiu de Santarém, no dia 12 de novembro e foi para Brasília, participar de atos bolsonaristas. O suspeito foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região central do Distrito Federal. Ele também esteve no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército no Setor Militar Urbano (SMU).

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